quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

MENSAGEM DE FIM DE ANO E NATAL

UM NATAL DE MUITA FELICIDADE, PAZ E ALEGRIAS E UM 2009 DE SUCESSO, SAÚDE E AMOR.

TENHO A CERTEZA QUE AS MUDANÇAS "OS CAMBIOS" (DOS QUE FALA MERCEDES SOSA NA MÚSICA A SEGUIR)SERÃO SEMPRE PARA MELHORAR, PARA ENGRANDECER O PARÁ E AS CONDIÇÕES DE VIDA DAS COMUNIDADES MAIS CARENTES DA AMAZÔNIA. ESSAS SÃO NOSSAS EXPECTATIVAS.

QUE ESSAS MUDANÇAS CONTRIBUAM TAMBÉM PARA O CRESCIMENTO, EM TODOS OS SENTIDOS, DESSAS PESSOAS QUE OFERECEM SUA FORÇA E SUA ESPERANÇA POR UMA AMAZÔNIA COM MAIS EDUCAÇÃO, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA, E QUE EM TROCA POUCO RECEBEM, ELAS CONTINUAM LUTANDO POR ESSE BRASIL DO FUTURO.

SÓ ESTAREI DE VOLTA NESTE BLOG A PARTIR DO DIA 10 DE JANEIRO DE 2009.


TODO CAMBIA - MERCEDES SOSA

CANCIÓN CON TODOS - MERCEDES SOSA

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

TAPAS E BEIJOS - Do Painel da Folha

Em recente inauguração, Agnelli foi chamado por Lula de "meu caro companheiro". Mas já levou pitos públicos do presidente. Em setembro passado, o motivo foram 12 navios que a Vale pretendia comprar da China. "Roger, você me desculpe, mas uma parte nós vamos ter que fazer no Brasil."

UM NOBEL NA EQUIPE DO OBAMA

COMPETÊNCIA NÃO FALTA.

Vencedor do Nobel de Física em 1997 e defensor de fontes alternativas de energia, como o etanol, Steven Chu foi nomeado ontem secretário de Energia do governo de Barack Obama.

AMAZÔNIA O MINISTRO MINC DERRUBA ADIAMENTO DE PUNIÇÃO POR DESMATE

O decreto com punições aos desmatadores ganhará uma terceira versão para impedir um retrocesso no combate ao desmatamento na Amazônia e a liberação do crédito aos infratores. A nova versão foi negociada por Carlos Minc, que, ao voltar de viagem, percebeu a inclusão de um artigo sem seu conhecimento e que suspendia a punição. A Casa Civil disse que o texto não havia sido incluído a tempo nos despachos do presidente, o que seria feito hoje. Pela redação, ficarão suspensas só punições fora da Amazônia e que tenham sido aplicadas antes de 21 de dezembro de 2007.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Deputado estadual é suspeito de pedofilia no Pará -CARLOS MENDES - Agencia Estado

BELÉM - A Promotoria da Infância e Juventude do Pará pediu a abertura de inquérito policial contra o deputado estadual Luiz Afonso Sefer (DEM) por crime de pedofilia contra uma menina de 13 anos, que aos 9 veio do interior do Estado para trabalhar na casa dele. O juiz da 1ª Vara da Infância e Juventude, José Maria Teixeira do Rosário, recebeu e encaminhou ao Ministério Público (MP) um relatório social do Pró-Paz referente ao depoimento da garota, feito na presença uma parente.


Nesse depoimento, datado de 22 de outubro de 2008, ela conta ter sido abusada sexualmente por Sefer desde os 9 anos de idade. A Divisão de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Data) confirmou que já abriu inquérito para apurar o caso. Em nota, o MP informou que vai aguardar a conclusão das investigações e diligências que serão realizadas durante o inquérito policial para "tomar as devidas providências que o caso requer". O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, senador Magno Malta (PR-ES), já tomou conhecimento do caso e deve convocar Sefer para depor em Brasília antes do recesso parlamentar.

Em pronunciamento na tribuna da Assembléia Legislativa do Pará, no fim do qual recebeu a solidariedade de quase todos os colegas de plenário, Sefer negou hoje a acusação, afirmando estar sendo vítima de "linchamento moral" pela imprensa e de estar sofrendo chantagem para não ser denunciado publicamente por um locutor de rádio de Belém. O deputado não disse quem seria o autor da chantagem.


"Essa denúncia contra mim é volátil e inconsistente, não tem nenhum fundamento", disse o deputado, observando que a menina tem "problemas psicológicos" e que nunca se ajustou ao convívio familiar. "Não queria estudar e eu fiz tudo por ela, inclusive a matriculei em curso de informática, além de pagar aulas de natação." Para ele, a menor foi "induzida por alguém" a denunciá-lo.

CANDIDATURA DE CRISTOVAM BUARQUE PARA DIRETOR GERAL DA UNESCO RECEBE APOIO DE SENADORES

No dia 11, o senador Paulo Paim (PT-RS) anunciou, em Plenário, que o documento de apoio à indicação do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) para o cargo de diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) já conta com a assinatura de 77 senadores. No total, a Casa tem 81 parlamentares.

A informação foi dada durante a sessão de comemoração dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A iniciativa do documento foi dos senadores Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) e do próprio Paim com o objetivo de sensibilizar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que indique Cristovam para o cargo, garantindo, assim, mais uma presença do Brasil em cargos internacionais de grande destaque cultural e educacional. Hoje, o senador Cristovam Buarque é presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). Entre outras funções, ele já foi ministro da Educação no governo Lula.

Informações sobre as ações do Senado Federal podem ser obtidas no site www.senado.gov.br. Para conhecer as ações da Unesco, acesse www.brasilia.unesco.org.
(Com informações da Agência Senado)

DEPUTADO SEFFER SE DIZ INOCENTE

O DEPUTADO LUIS AFONSO SAFFER SE DIZ INOCENTE, FALA NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA E PEDE SOLIDARIDADE DE COLEGAS. A MAIORIA SE SOLIDARIZA COM O DEPUTADO.

São realmente assim as coisas da política no Pará?. O acusado de pedofilia fala, diz que é inocente e fica por aí mesmo. Não tem vítima, ela não tem direito nem quer falar, então o deputado é inocente. Eu não quero acreditar. Nessa Assembléia, ninguém, ninguém foi capaz de perguntar pela vitima?.

E a maioria manifesta sua solidariedade com o Deputado. Claro ele é influente político paraense de família tradicional. O Pai foi funcionário da SUDAM (conhecido pelo apelido de 20%), ele tem filhos já crescidos, uma família, e duas vidas.

Quando soube da notícia pensei nos filhos do Saffer, na sua esposa, Camile, colega nossa na UFPA. Pensei na minha filha de 9 anos, que corre pela vida com sua inocência plena de felicidade.

Pode até ser que o espírito humano ainda não seja completo, que falte muito para sermos verdadeiros seres humanos, entretanto, esses que pisam na lama que nos rodeia devem ficar em meio do podredouro se possível de por vida.

"BANCO CENTRAL É UM BANCO. DEVIA PROVER O CRÉDITO; NÃO AGIR COMO GOVERNO PARALELO" - Entrevista: Luiz Gonzaga Belluzzo

Para o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, professor do Instituto de Economia da Unicamp, recusa do Banco Central em baixar os juros é a "reafirmação algo infantilizada de um princípio de independência que não hesita em colocar suas supostas prerrogativas à frente das prioridades da economia nacional num momento grave como esse". O BC, acrescenta, deveria ter uma ação enérgica para prover o crédito e impedir a passagem da crise financeira para uma crise da economia real.


Redação - Carta Maior



A decisão não surpreendente do Banco Central brasileiro, cujo comitê de política monetária, o Copom, reafirmou na última quarta-feira a supremacia de um capricho ideológico contra as evidências econômicas, a sensatez política e as urgências da sociedade brasileira, reavivou a lembrança de um diagnóstico feito em 2003, pelo então recém-eleito Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.
“Terceirizaram o Brasil”, desabafou o novo mandatário ao tomar conhecimento do excesso de poder investido nas agências reguladoras pelos entusiastas do Estado mínimo, que há pouco haviam deixado o Palácio do Planalto.
Nos dias que antecederam a última reunião de 2008 do Copom, países com economias de escala e histórico distintos, como os EUA, a China, Japão, Inglaterra, Suécia e Tailândia, ademais do Banco Central Europeu , comando pelo nada heterodoxo Jean Claude Trichet, baixaram os juros. O mundo em geral opera atualmente em patamares cada vez mais distantes do pico mundial de 13,75% ostentado pela taxa Selic brasileira e reafirmado agora pela agência reguladora da moeda nativa. No Japão, por exemplo, a taxa básica é de 0,3%. Nos EUA, 1% e um novo corte não está descartado ainda este ano.
Imediatamente ao pronunciamento do Copom, BCs da Suíça, Taiwan e Coréia do Sul reafirmam esse distanciamento em relação ao blindado da ortodoxia tropical. Na quinta-feira pela manhã, a Coréia do Sul, cuja moeda enfrenta ataques especulativos, reduziria a taxa de juro ao patamar mais baixo da história, 2%.
A convergência mundial reflete uma ação coordenada de Estados e governos para resistir à “virada abrupta”. Ou seja, à passagem dura da crise financeira para uma crise da economia real. Trata-se de opor barreiras a uma espiral recessiva que se nutre de suas próprias crias e dejetos, desencadeando a partir daí um processo longo, penoso, quase incontrolável depois que se inicia.
Que fundamentos teriam capitaneado o BC brasileiro a uma constelação tão distante desse ansioso esforço de resistência planetária, ao qual se alia o governo Lula e o Presidente em pessoa?
O economista Luiz Gonzaga Belluzzo, professor - titular do Instituto de Economia da Unicamp, uma voz ponderada crescentemente ouvida e consultada pelo governo, mas também por empresários e lideranças sociais, não encontra razões técnicas para o fenômeno. “Assistimos à reafirmação algo infantilizada de um princípio de independência que não hesita em colocar suas supostas prerrogativas à frente das prioridades da economia nacional num momento grave como esse”.
Belluzzo vai ao ponto. E retoma com outras palavras o espanto de Lula em 2003. Ao vasculhar a literatura - “italiana, diga-se” - que consagra os “mandamentos universais” de um Banco Central independente, o professor da Unicamp e também presidente do Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, encontra sete dogmas que permitem a transmutação de um pedaço do Estado em força autonomista, dissociada da história e da democracia. O professor lê rapidamente o resultado de sua pesquisa. Um conjunto de prescrições que asseguram ao presidente de um BC e demais diretores, bem como às suas decisões, a vaporosa condição metafísica de entes não subordinados a nenhum tipo de escrutínio ou condicionalidade, exceto aqueles ditados pelos interesses do mercado financeiro.
“Resolvi fazer um adendo à literatura especializada”, ironiza Belluzzo que se permitiu resumir essas salvaguardas numa única norma: “Sugiro o seguinte”, diz ele, “artigo único: - O presidente do Banco Central é indicado pelos seus pares do mercado; cabe-lhe em seguida indicar o Presidente da República. Ponto. Revogam-se disposições em contrário”.
O recurso à ironia é sério. Reforça a preocupação do economista com a necessidade - urgência, seria melhor dizer - de se dotar o país de um comando coeso para coordenar ações de profundidade e abrangência requeridas para o enfrentamento da crise. “Em nenhum lugar do mundo o mercado financeiro tem o peso e a sacralidade que vemos no Brasil”, explica o presidente do Centro Celso Furtado. “Tudo bem”, ressalva, “nos EUA o mercado financeiro é o Estado, ou quase isso”, cutuca e pondera em seguida: “Porém, mesmo lá veja se o Bernanke (presidente do FED, BC dos EUA) não conversa com o Paulson (secretário do Tesouro, algo como ministro da Fazenda); verifique se não tomam decisões combinadas, coordenadas e coesas. Claro que tomam; aliás é o que têm feito todo dia nesta crise. Aqui, ao contrário", fulmina o professor da Unicamp, "a sociedade e, pior, os membros do governo, inclusive o Presidente da República, não podem sequer se manifestar sobre o comportamento dos juros. Quando mencionam o assunto devem fazê-lo em voz baixa, por metáforas. Ou cochichando. Caso contrário há chiliques; demissionários se oferecem ao mercado como heróis da causa autonomista; a imprensa, colunistas e demais círculos interessados, magnificam a importância desses gestos e protagonistas insuflando uma crise que contamina todo o mercado.”
O economista - que já teria sido convidado pelo Presidente da República para a direção do BC - afirma que mexer na instituição nesse momento seria um risco não recomendável. Mas admite que os “autonomistas” valem-se desse quase poder de chantagem para acuar a política econômica. Isso num momento em que a coordenação e rapidez das respostas de governo fazem a diferença entre a recessão ou a travessia controlada da crise.
“Os juros na ponta estão subindo fortemente nos últimos três meses; as condições de crédito pioraram; a virada da economia de um curso de crescimento vigoroso para seu oposto está sendo muito dura. Esse movimento brusco envolve desdobramentos sérios, perigosos e crescentes. Como pode um BC ficar indiferente a isso?”, questiona o professor da Unicamp. Belluzo defende que o BC deveria ter uma ação enérgica para prover o crédito e impedir a “virada” brusca sentida por vários setores empresariais. “Eles deveriam se espelhar no que vem fazendo o FED. Nos EUA", exemplifica, "o BC entrou inclusive no mercado de commercial papers (fazendo algo como descontos de duplicatas para empresas, de modo a evitar maior contração dos negócios)".
Ampliar a presença do Estado no mercado de crédito, através dos bancos públicos, é o último recurso, a seu ver, para impedir que a economia brasileira perca drasticamente sua dinâmica . “Os bancos públicos deveriam contrastar o setor financeiro privado; puxá-lo de volta ao financiamento a taxas factíveis; esse é o caminho". "Mas", ele se pergunta, "como reduzir o crédito público de forma substantiva se o BC não corta a taxa básica nem mesmo em 0,25 ponto?”. Belluzzo não deixa transparecer pessimismo. “Creio que estou sendo realistas; converso muito e o que me dizem, nos setores mais diversos, é que as dificuldades para produzir e empregar se avolumam”, adverte, para concluir em tom sereno mas contundente: “o BC não pode viver num a esfera apartada da Nação. O Banco Central é um banco; deveria agir como tal, desdobrando-se em esforços para prover a economia de crédito a custos compatíveis; e não se portar como um governo paralelo”.

NO MÊS DE NOVEMBRO BRASIL PERDEU US$ 7,2 BI E TEM MAIOR SAÍDA DE DÓLARES DESDE JANEIRO DE 1999

Da Folha

O Brasil registrou uma saída de US$ 7,159 bilhões no mês de novembro devido à piora na crise econômica internacional. O número, divulgado nesta quarta-feira pelo Banco Central, é a diferença entre os dólares que entraram e os que saíram do país no período.

Trata-se do pior resultado desde janeiro de 1999, mês da maxidesvalorização do real, quando o Brasil abandonou o sistema de câmbio fixo. Na época, o fluxo ficou negativo em US$ 8,587 bilhões.

O fluxo é dividido em duas partes. Na área comercial, houve uma entrada de US$ 3,139 bilhões (diferença entre exportações e importações). Na área financeira, saíram do país US$ 10,298 bilhões, o pior resultado desde a saída de US$ 11,265 bilhões registrada em dezembro de 2006.

No acumulado de 2008, o fluxo cambial está positivo em US$ 5,39 bilhões. O resultado comercial registra entrada líquida de dólares de US$ 48,02 bilhões, e o saldo da conta financeira aponta uma saída de US$ 42,63 bilhões.
No mesmo período do ano passado, o Brasil havia registrado uma entrada de US$ 82 bilhões por meio do fluxo cambial.

Os dados do BC também mostram que o crédito para exportadores por meio de ACC (Adiantamento de Contrato de Câmbio) ficou estável em relação ao mês anterior.

Os contratos de ACC somaram US$ 3,683 bilhões em novembro, ante um resultado de US$ 3,695 bilhões em outubro. Até setembro, a média mensal de contratos era de US$ 3,9 bilhões.

Na primeira quinzena do mês passado, os contratos tiveram uma média diária de US$ 137 milhões, ante US$ 232 milhões na segunda metade do mês.
Esse mecanismo permite que uma empresa possa receber adiantado o dinheiro de um contrato de exportação. Para isso, ela usa contrato para buscar o crédito em um banco. A crise internacional de crédito havia reduzido essas linhas, o que ajudou a pressionar a cotação da moeda no Brasil.

sábado, 13 de dezembro de 2008

APENAS 9 ANOS - DO BLOG DO BACANA DO PARÁ

É esta a idade da menina que foi abusada pelo deputado acusado de pedófilia no Pará. Ela é do interior e tem 9 anos. A idade da minha filha

Nove anos. E vem sendo agredida não é de hoje. O que será que alguém que abusa de uma criança de 9 anos merece?

Eu, sinceramente, prefiro não responder.

O deputado pedófilo parece que não escapa não. O caso chegou a Brasília e nem todo o dinheiro do mundo deve salvar o couro do pervertido. Amém!

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DEPUTADO DO PARÁ ACUSADO DE PEDOFILIA - DA COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

Da vergonha constatar que nenhum, jornal, nenhum mesmo - jornal do Pará tenha divulgado, até hoje, o nome do deputado envolvido em crime de pedofilia.

Foi aqui em Brasília que um jornalista, que pouco conhece o Pará, denunciou o caso. Claro o silêncio dos jornais paraenses, deve ser para não cometer o "risco" de acusar inocentes.



O deputado estadual Luiz Afonso Sefer, líder do DEM na Assembléia do Pará, está sob investigação do Ministério Público por suposto crime de pedofilia contra uma menina de dez anos. Médico e empresário, dono de rede de hospitais, Seffer afirmou a esta coluna que não foi informado oficialmente da denúncia, por isso não se considera envolvido em nada. “Como vou me defender de algo que ainda não existe?”, pergunta.
Investigador

Cláudio Humberto destaca que o Deputado Luiz Afonso Seffer é suplente na CPI da Pedofilia da Assembléia que investiga denúncias de abuso sexual contra crianças na ilha de Marajó.

A Promotoria de Justiça da Infância no Pará confirmou que investiga deputado acusado de pedofilia, mas só se pronunciará segunda-feira.

Dilma abre encontro petista com críticas à era FHC

Nesta sexta (11), Dilma Rousseff trocou o expediente de ministra pela agenda de candidata.

do Blog de Josias de Souza: http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/index.html

Discursou na abertura de um encontro de prefeitos do PT, num hotel de Brasília.


Na aparência, a candidata é muito diferente da ministra. É mais risonha.

Foi vestida a caráter. Recobriu o corpo com um terninho vermelho-PT.

A troca dos óculos de aro grosso por lentes de contato deu-lhe um cenho menos sombrio.

No discurso, a presidenciável faz lembrar o presidente que constrói a candidatura dela.

Agarrada a imagens encontradiças nas falas de Lula, Dilma investiu contra o tucanato.

Para desancar a gestão de FHC, a candidatura recorreu à comparação:

"A nossa visão de Estado não é neoliberal", disse ela a certa altura.

"Somos um governo com responsabilidade fiscal, mas também social".

"Quando um governo [...] escolhe entre fazer ou não o Bolsa Família, ele escolhe fazer a política legítima".

Dilma realçou também diferenças econômicas. Disse que a situação atual é oposta à da fase pré-Lula:

"Nós, hoje, temos uma situação completamente diferente do que existia antes de 2003..."

"...Uma situação que construímos e a capacidade do governo de reagir perante a crise."

Interrompeu-se, no dizer da ministra-candidata, o "ciclo ocioso" do Brasil.

"Nas crises até 2001, 2002, a crise começava lá fora, contaminava o Brasil pelo câmbio..."

"...Éramos frágeis e quebrávamos. Aí íamos ao Fundo Monetário..."

E o FMI "mandava cortar investimentos sociais. A diferença é radical, temos todos os investimentos para reagir".

A aparição de Dilma teve efeitos instantâneos.

O presidente do PT, Ricardo Berzoini, viu-se compelido a afirmar: "Não há nenhuma resistência a ela no partido".

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, disse que, na pele de candidata, a ministra começa mal:

"Se a ministra quer ser candidata, tem que dizer o que pretende fazer. Esse discurso de olhar para trás é inadequado para quem quer pensar o futuro".

Lula cede às pressões da bancada ruralista e anistia desmatadores - 12/12/2008

O Greenpeace, antes aliado do povo agora inimigos do povo



Link: http://www.greenpeace.org.br


Uma semana depois de anunciar metas de redução de 40% no desmatamento irregular, presidente assina decreto que incentiva a destruição das florestas.

O presidente Lula assinou na quinta-feira (11/12) um decreto que anistia por um ano os desmatadores - durante esse período, o IBAMA fica impedido de cobrar as multas aplicadas. O decreto 6.686 que altera o 6.514, assinado em junho de 2008, diz que a cobrança das multas relativas à ocupação irregular de reserva legal e desmatamento serão suspensas até o dia 11 de dezembro de 2009. Para ser beneficiado, o desmatador só precisa apresentar o protocolo de pedido de regularização da reserva legal junto ao órgão ambiental competente.

O decreto atende às pressões da bancada ruralista, que comemorou a iniciativa do presidente dizendo que ganhou tempo para trabalhar pelo fim da exigência da reserva legal e pela transformação da anistia em uma medida definitiva, com a alteração do Código Florestal. Na semana passada, o ministro da Agricultura Reinhold Stephanes defendeu publicamente anistia a quem desmatou e ocupou ilegalmente áreas de preservação permanente (APP) até julho de 2007. “O governo Lula agiu como sempre faz com as questões ambientais. A proteção do meio ambiente fica só no discurso porque na prática, ele sempre acaba cedendo às pressões da bancada ruralista”, diz Sérgio Leitão, diretor de campanhas do Greenpeace.

A medida vai totalmente na contra-mão do discurso do governo com o Plano de Mudanças Climáticas, anunciado no dia 6 de dezembro. O plano do governo está sendo apresentado hoje na Conferência do Clima, na Polônia, pelo ministro do meio ambiente Carlos Minc, como o principal compromisso do país na luta pela redução das emissões dos gases do efeito estufa. “Como é que o governo vai cumprir a meta se ele estimula a impunidade para quem desmata?”, questiona Leitão.

O estímulo do governo brasileiro ao desmatamento é uma preocupação que já atravessou as fronteiras do país. Nesta semana, o Comitê de Cooperação Econômica e Desenvolvimento do Parlamento da Alemanha enviou uma carta expressando a preocupação do governo alemão, parceiro do Brasil em vários programas ambientais, com as propostas de alteração do Código Florestal. A carta endereçada aos ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, e do Meio Ambiente, Carlos Minc, é assinada por dois membros do Parlamento alemão – Thilo Hoppe, do Partido Verde e presidente do Comitê de Cooperação Econômica e Desenvolvimento; e Christian Ruck, do Partido Conservador CDU/CSU (o mesmo partido da chanceler Angela Merkel).

“A atitude da Alemanha é extremamente preocupante em um momento em que o governo brasileiro define metas de redução do desmatamento vinculadas a doações de recursos internacionais”, diz Leitão.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

O FÓRUM SOCIAL MUNDIAL ESTÁ A Í

ALGUMAS POSTAGEM SERÃO DEDICADAS A LÍDERES DA ESQUERDA DA AMÉRICA LATINA QUE NO BRASIL NOSSOS "ESQUERDISTAS" JÁ SE ESQUECERAM. CLARO, PREOCUPADOS EM TOMAR OU ABSORVER E DESFRUTAR O PODER NEM OLHAM PARA OS RINCÕES DA AMÉRICA MORENA.

UM OUTRO LIDER DA ESQUERDA DA AMÉRICA LATINA - QUASE ESQUECIDO PELA ESQUERDA BRASILEIRA ESTÁ AÍ. VEJA O VÍDEO.

A DISTORCIDA IMAGEM DE CHAVES NO BRASIL

Apesar das diferentes condições da realidade brasileira, se comparada com a venzuelana, muitos brasileiros gostariam fazer o que Chaves já fez na Venezuela. Por outro lado, ficam mudos e até aventuram, sem conhecer a história da américa Latina, uma crítica, não apenas a Chaves, bem como a todos os que lutaram pela libertade da América.

De uma olhada ao VIDEO embaixo, como os representantes mexicanos familiares do Emiliano Zapata, líder da primeira revolução social do século, conferem uma medalha ao Presidente Chaves.

Eu não concordo com Chaves, entretanto já concordei com o Che quando disse que “em uma revolução se triunfa ou se morre, se é verdadeira”.

Ou como disse mais de uma vez o Vice Presidente José Alencar "que não teme à morte, o que teme é perder a dignidade".

Digo isto porque o todas as atitudes do Chaves e da maioria dos lideres que lutaram pela liberdade ou que pregaram a revolução na América Latina, foram feitas de cara ao povo, só as oligarquias conseguiram impor suas decisões quando atuavam em gabinetes ou nos quarteis, escondidos da população e da sociedade. Olhe para isso e me diga se estou equivocad ou não.

Exemplo para muitos políticos paraenses e para aqueles que não são políticos e querem alcançar esse status.


10 QUESTÕES PARA ENTENDER O TREMOR NA ECONOMIA - artigo da FOLHA - EXTENSO MAS INTERESSANTE

10 questões para entender o tremor na economia

da Folha de S.Paulo

O que era uma onda de calotes no mercado imobiliário dos Estados Unidos se transformou em uma crise nos mercados de ações, de crédito e de câmbio do planeta --e os efeitos já começam a chegar ao comércio, aos empregos e ao cotidiano de todos. As próximas páginas procuram trazer à linguagem comum as origens da crise, a dinâmica do mundo financeiro e os desafios a serem enfrentados pelo Brasil.

Leia a seguir dez explicações que ajudam a entender a atual crise:

1 - Como um momento de euforia econômica se transforma em pânico financeiro?
2 - Se as autoridades culpam os especuladores, por que a especulação não é coibida?
3 - Por que os bancos quebram? Por que são socorridos?
4 - De onde os bancos centrais tiram dinheiro para injetar nos bancos?
5 - Se as ações não estão diretamente envolvidas na crise, por que as Bolsas desabam?
6 - Por que o governo não consegue controlar a cotação do dólar?
7 - O que acontece em uma recessão?
8 - Por que o Brasil tende a crescer menos?
9 - Por que as empresas brasileiras que nada têm a ver com as origens da crise tiveram prejuízos milionários?
10 - Quais são as opções do governo brasileiro para lidar com os efeitos da crise?


1 - Como um momento de euforia econômica se transforma em pânico financeiro?
Crises especulativas como a atual --documentadas desde o século 17, com dimensões variadas-- são sempre gestadas em momentos de juros baixos e crédito farto, mais comuns em fases de prosperidade. E a economia mundial vivia o melhor momento desde a década de 70.

O acesso mais fácil ao dinheiro reduz a noção geral de risco. Tanto profissionais do mercado quanto cidadãos comuns se tornam mais propensos a investimentos ousados, em busca de lucros mais altos e rápidos.

Nesse cenário, surgem as 'bolhas': um tipo de investimento -sejam ações, moedas, imóveis, empréstimos ou, em tempos mais remotos, canais, ferrovias e até tulipas- se torna uma mania e se valoriza muito além das reais possibilidades de retorno. Cria-se um círculo vicioso: quanto mais gente entra no mercado, mais ele se valoriza; quanto mais se valoriza, mais gente entra.

No caso atual, a bolha foi criada no mercado imobiliário americano, antes de se disseminar por outros mercados e países. Casas e apartamentos com preços em alta serviam de garantia para financiamentos imobiliários que ajudavam a elevar os preços. A espiral culminou em financiamentos de altíssimo risco para clientes sem capacidade de pagamento.

Os participantes do mercado sabem que a festa não vai durar para sempre. Paradoxalmente, isso estimula a corrida à especulação: os investidores querem aproveitar a oportunidade antes do estouro da bolha.

Como se sabe que a situação é insustentável, o primeiro sinal --quebra de banco, disparada de uma moeda, moratória-- causa pânico geral, e todos querem fugir ao mesmo tempo e multiplicam as perdas. Decisões individuais racionais, portanto, podem levar a comportamentos coletivos irracionais.

2 - Se as autoridades culpam os especuladores, por que a especulação não é coibida?
Os especuladores, tratados no coletivo e no anonimato, são bodes expiatórios convenientes quando as crises explodem. Evoca-se a antipatia dedicada aos gananciosos que desejam enriquecer sem produzir, deixando em segundo plano os questionamentos à política econômica ou à atuação dos órgãos reguladores.

Propostas para restringir a especulação são antigas e periodicamente lembradas. A mais famosa, do economista americano James Tobin, é a de criar um imposto sobre todas as transações financeiras, uma espécie de CPMF global, para tornar mais lentos e mais caros os movimentos do mercado. Nas palavras de seu idealizador, jogar 'um pouco de areia' nas engrenagens do sistema.

Passadas as crises, no entanto, as ameaças e limites impostos aos especuladores são esquecidos ou contornados. Em parte porque o setor financeiro é influente no mundo das idéias e da política, mas, principalmente, porque a especulação é um dos motores da economia de mercado.

Os especuladores --aqueles unicamente interessados em comprar e vender com lucro- viabilizam e expandem os mercados de ações, de moedas e de títulos. Se não fosse a especulação, só compraria ações, por exemplo, uma meia dúzia de fato interessada em se tornar sócia de uma empresa.

A riqueza financeira se distancia cada vez mais dos valores que enxergamos diariamente. Em 1980, o volume de dinheiro aplicado no mercado financeiro era 20% superior à riqueza produzida no mundo. Em 2006, mais de 200%.

O Produto Interno Bruto global, no período, quase quintuplicou, de US$ 10 trilhões para US$ 48 trilhões. Mais espantoso foi o salto do volume de dinheiro aplicado nos bancos, em títulos e ações, que foi de US$ 12 trilhões para US$ 167 trilhões. Mais dinheiro no mercado significa mais possibilidades de investimento e crescimento -e mais riscos também.

3 - Por que os bancos quebram? Por que são socorridos?
Uma pessoa ou uma empresa quebrada é a que não consegue pagar suas dívidas. Um banco quebrado é o que emprestou dinheiro a quem não conseguiu pagar as dívidas, como mutuários do subprime americano.

O papel do sistema financeiro é intermediar o encontro entre os que desejam poupar e os que desejam investir. Sua tarefa é selecionar pessoas e empresas mais aptas a progredir e a conseguir pagar com juros o dinheiro recebido. Os menos aptos pagam juros maiores para compensar o risco.

Nos financiamentos imobiliários tradicionais, o banco empresta recursos da poupança. Para os mutuários sem emprego, sem documentos e sem garantias dos EUA, a operação foi muito mais sofisticada.

Os empréstimos serviram de base para títulos que proporcionavam a seus compradores os superjuros cobrados nos financiamentos imobiliários. De pequeno valor unitário e livremente negociáveis, títulos permitem que os credores se tornem múltiplos e anônimos.

Os títulos, por sua vez, serviram de base para derivativos, ou seja, contratos em que as partes perdem ou ganham a partir da variação de um ativo financeiro, muito semelhante a uma aposta num cassino.

A sofisticação não removeu o obstáculo mais prosaico e previsível: os pobres-coitados que habitam a economia real não puderam mais pagar as dívidas.

Administradores de poupança pública, os bancos podem provocar perdas generalizadas ao quebrar. E, quanto maior o erro, maior a chance de socorro por governos que querem evitar ou atenuar uma onda de falências e desemprego.

4 - De onde os bancos centrais tiram dinheiro para injetar nos bancos?
Os bancos centrais, mesmo os que estão formalmente subordinados a governos, como o brasileiro, têm poder de decisão para movimentar diariamente enormes quantias, necessárias para a execução da política monetária, ou seja, de controle do volume de dinheiro e crédito na economia.

Dos seus superpoderes, o mais usual e importante são as operações de mercado aberto, em que se negociam títulos com bancos. Quando querem elevar a oferta de moeda e reduzir juros, os bancos centrais compram títulos --como fizeram na semana passada os seis principais BCs do mundo.

Quando se deseja um aperto monetário, como o BC brasileiro vem fazendo para conter a inflação, vendem-se títulos, e há menos dinheiro na praça. Os juros dessas operações servem de base para as demais operações da economia e, por isso, são chamados de "taxa básica".

Para regular a oferta de crédito, os bancos centrais recolhem parte dos depósitos em contas correntes e aplicações financeiras. Nos últimos dias, o BC brasileiro liberou mais de R$ 100 bilhões desse recolhimento compulsório para tentar conter queda do volume de empréstimos e financiamentos.

Por fim, os bancos centrais têm o papel de atender, a seu critério, bancos que não conseguem obter no mercado recursos para operações diárias. Por maiores que sejam, esses empréstimos à base de emissão de moeda só resolvem problemas momentâneos de liquidez.

Se o banco tem problemas patrimoniais, ou seja, se o dinheiro dos devedores for insuficiente para saldar compromissos, seus donos têm de entrar com mais capital. Se não têm dinheiro, a solução do momento é achar um sócio --o governo, ou, mais exatamente, dinheiro dos contribuintes.

5 - Se as ações não estão diretamente envolvidas na crise, por que as Bolsas desabam?
Quem compra ações se torna sócio de uma empresa e, portanto, espera lucros com a expectativa de crescimento futuro da economia. Se as expectativas para os próximos meses e anos se tornam sombrias, os investidores se desfazem das ações, e o movimento de venda em massa derruba os preços.

Ainda que a maior parte dos participantes do mercado não queira relações duradouras com as empresas, mas apenas comprar e vender com vantagem suas participações, a valorização das ações depende das perspectivas para a empresa em particular e para o mercado em geral.

Ações de empresas diretamente envolvidas na crise, como as de bancos que se aventuraram no crédito arriscado ou nos derivativos a ele atrelados, tendem a cair mais, mas as demais tampouco estão a salvo.

Os mercados financeiros são interligados em todo o mundo. Um investidor que teve prejuízo com derivativos no Japão, por exemplo, pode ser obrigado a vender ações no Brasil para cobrir as perdas.

Ações são o que se chama de investimento de renda variável. Diferentemente de quem aplica na poupança ou em um CDB, os compradores de ações não sabem quanto nem quando vão ganhar. Sabem apenas que pretendem ganhar mais do que oferecem as opções conservadoras de renda fixa.

Não por acaso, há uma sucessão frenética de compras e vendas nas Bolsas, o que faz o índice geral das ações alternar altas e baixas em questão de minutos. O mercado brasileiro, com grande presença de capital estrangeiro e concentrado nas ações de poucas empresas grandes, como a Petrobras e a Vale do Rio Doce, tende a ser ainda mais volátil --ou seja, apresentar percentuais mais elevados de alta ou de baixa- do que a média das Bolsas de Valores do mundo.

Emoções à parte, quando se observa o comportamento do mercado em períodos mais longos, medidos em décadas, a tendência geral é sempre de alta -porque, afinal, também assim funciona, aos trancos e barrancos, o capitalismo.

6 - Por que o governo não consegue controlar a cotação do dólar?
O câmbio é o preço mais importante da economia, mais ainda em países, como o Brasil, cujas moedas não são aceitas como pagamento de importações ou pagamento de dívidas com o exterior.

O preço do dólar afeta o comércio, a inflação, as contas do governo, o crescimento econômico e a popularidade dos governantes.

Ainda assim, o governo passou os últimos anos tentando, sem sucesso, segurar a valorização do real -e as últimas semanas tentando, também inutilmente, deter a disparada do dólar. Devido a essa incapacidade, proclama-se oficialmente, desde 1999 que o câmbio é livre no Brasil.

Não é difícil entender: o mercado de câmbio é o maior dos mercados financeiros, com movimento diário de US$ 3 trilhões a US$ 4 trilhões que podem ir de um extremo a outro do planeta em alguns segundos.

Mesmo as nada desprezíveis reservas de US$ 200 bilhões acumuladas pelo Banco Central poderiam virar farelo se o governo tentasse, como no passado, administrar sua taxa de câmbio em um cenário de livre fluxo de capitais.

Para manter o câmbio, o governo precisa atender aos movimentos de compra e venda do mercado: se falta dólar, precisa vender suas reservas para ampliar a oferta e evitar uma disparada das cotações; se sobra, compra o excesso para manter o preço estável.

Nos últimos meses de câmbio administrado, o país precisava paralisar sua economia com juros de 40% ao ano na tentativa de atrair os dólares necessários.

Mas esse não é um caso de incompetência nacional. Os Estados Unidos e o Japão adotaram o câmbio flutuante na década de 70, e a Europa, nos 90.

Onde houve liberdade, o fluxo de capitais derrubou o sistema de cotações que havia sido acertado entre os países na conferência de Bretton Woods, em 1944 -a última iniciativa de controle das finanças globais, sempre lembrada em tempos de crise e esquecida logo depois.

7 - O que acontece em uma recessão?
Uma recessão começa quando investidores acreditam que a hora não é boa para investir e consumidores crêem que a hora não é boa para consumir. E, na tentativa de protegerem sua riqueza, todos empobrecem.

O desalento não é um mero estado de espírito. Empresas e famílias afetadas pela crise perderam efetivamente condições de investir e consumir, como os donos de ações e imóveis que perderam valor. Não se trata de um caso em que uns perdem e outros ganham, num jogo de soma zero: essa riqueza simplesmente desapareceu.

Quando não se confia no futuro, o medo toma o lugar da ganância. Evita-se emprestar dinheiro e procura-se poupar para dias difíceis. Mas, com a retração de investimento e consumo, empresas vendem menos; com a queda nos lucros, há mais demissões; com menos renda, as famílias cortam o consumo, e o ciclo recomeça.

Tecnicamente, os economistas consideram que há uma recessão quando o PIB (Produto Interno Bruto) cai por dois ou três trimestres consecutivos. Quando se imagina uma queda profunda e prolongada do PIB, fala-se, mais dramaticamente, em depressão --mas, após a década de 30, nenhum período da história econômica mundial chegou a merecer o termo.

Recessões mundiais são raras: na história recente, não há casos de anos em que o PIB global tenha terminado menor do que começou. Em 1982, em meio à crise da onda de calotes do Terceiro Mundo, a economia mundial cresceu 0,9%, e desde então não houve resultado pior. No Brasil, a pior recessão ocorreu em 1990, quando o Plano Collor confiscou depósitos bancários e o PIB caiu 4,4%.

8 - Por que o Brasil tende a crescer menos?
Depois de dois anos seguidos de expansão econômica na casa dos 5%, o governo já decretava que fazia parte do passado a comparação entre o crescimento brasileiro e um vôo de galinha. Agora, a galinha está prestes a pousar mais uma vez.

Não há, até o momento, previsões de recessão, mas é consensual que os percentuais de crescimento serão mais modestos em 2009. Andar mais devagar não é tão ruim quanto andar para trás, mas os efeitos econômicos e políticos são da mesma natureza.

O Brasil já sofre com a retração mundial do crédito. Boa parte do dinheiro emprestado aqui dentro é obtida lá fora. Com recessão nos Estados Unidos e na Europa, encolhe o mercado para as exportações brasileiras, que também cairão de preço. Multinacionais tendem a cancelar ou adiar planos de expansão no país.

Outra ameaça é a recente disparada do dólar, que não se sabe onde ou quando vai parar. Se o dólar se mantiver alto, importações ficarão mais caras e a inflação tenderá a subir. Nesse caso, o Banco Central, na contramão do resto do mundo, poderá optar por subir ainda mais os juros e conter o consumo, o investimento, o crescimento e os preços.

9 - Por que as empresas brasileiras que nada têm a ver com as origens da crise tiveram prejuízos milionários?
Empresas entram no mercado de derivativos para se protegerem de perdas, enquanto os especuladores assumem os riscos para ganhar. Sadia, Aracruz e Votorantim --entre muitas outras, teme-se-- acabaram participando de uma tentativa de fazer as duas coisas.

Embora o nome cause estranheza, derivativos fazem parte do cotidiano de quem faz, por exemplo, o seguro de um automóvel. O dono do carro não quer sair mais rico do negócio; quer simplesmente uma operação que, se for preciso, renderá dinheiro suficiente para cobrir possíveis prejuízos de sua atividade de motorista. É o que se chama de hedge.

Na outra ponta da operação, está um especulador apostando que o carro não será batido nem roubado, a seguradora. Se a aposta estiver correta, ela ficará com o prêmio pago pelo dono do carro.

Os demais derivativos podem ser mais complexos, mas seguem os mesmos princípios. Empresas exportadoras, com receita em dólar, buscam se proteger de uma desvalorização vendendo a moeda americana no mercado futuro por uma cotação considerada razoável. Se o dólar mudar de patamar, a perda em receita será compensada pelo derivativo.

Como o dólar caía sem parar, os bancos passaram a oferecer às empresas operações que prometiam ganhos superiores ao necessário para cobrir riscos de perdas. O que era hedge virou especulação. E dava lucro, até a crise provocar uma alta inesperada do dólar -que, se não for revertida, poderá revelar mais empresas no jogo e perdas maiores.

10 - Quais são as opções do governo brasileiro para lidar com os efeitos da crise?
A primeira reação do governo tem sido tentar evitar ou atenuar a secura de crédito, cuja expansão foi um dos motores da economia brasileira nos últimos anos, embora retórica oficial prefira dar mérito ao PAC.

Mas, como aconteceu em todas as crises recentes, o país pode ser obrigado a escolher entre crescimento e inflação --sacrificar o primeiro para evitar a segunda ou, na alternativa menos conservadora, tentar acelerar um correndo o risco de impulsionar a outra.

No primeiro caso, a receita é conhecida: os juros são mantidos ou até elevados, e o mesmo é feito com a meta de superávit primário (a parcela da arrecadação tributária destinada ao abatimento da dívida pública). As medidas reduzem o consumo público e privado, esfriam a economia e ajudam a impedir que a alta do dólar se transforme em aumento da inflação.

Esse era o cenário traçado antes do agravamento da crise, quando as atenções do governo se voltavam para a rápida piora da balança comercial, efeito colateral do consumo em alta. O projeto de Orçamento de 2009 já contempla a possibilidade de aumentar superávit primário.

Mas a perspectiva de contração econômica acima do esperado levou setores menos ortodoxos da equipe econômica a falar, até aqui no anonimato, em medidas pró-crescimento, de mais gastos públicos, menos impostos e menos juros. É o que os economistas chamam de política anticíclica: quando a economia vai bem, o governo faz mais economia; quando vai mal, gasta-se. No caso brasileiro, já não há mais tempo para a primeira parte do plano.