terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O MUNDO DE OLHO NA POSSE


"Presidente de todos", Barack Obama faz história e toma posse nos EUA

Jornais do todo o Planeta mundo dão destaque para a posse de Obama nesta terça-feira.

HOJE É A FESTA DA DEMOCRACIA



O que a eleição de Barack Obama significa para a história dos países emergentes?

Você acredita que trará algum resultado positivo ou será mais do mesmo?

Chuva financeira - não adianta guardachuvas

INTERNACIONAIS - O PROBLEMA DA CRIS ECONÔMICA COMEÇA PELAS FINANÇAS E OS DESDOBRAMENTOS SÃO IMPREDICÍVEIS.

Cofres públicos vazios, desaceleração da economia chinesa e consequências da mudança climática para produção de alimentos são algumas das ameaças apontadas pelo WEF no relatório "Riscos globais 2009".

A menos de duas semanas do início do próximo Fórum Econômico Mundial (WEF), em Davos, a organização do evento apresenta um panorama sombrio para a economia mundial este ano.

O relatório, elaborado pela resseguradora Swiss Re, o banco Citigroup, a seguradora Zurich Financial Services e a sociedade de bolsa americana Marsh & McLennan, servirá de base para as discussões sobre "a agenda de depois da crise", na reunião anual do WEF, de 28 de janeiro a 1° de fevereiro, em Davos.

O documento aponta 26 perigos para o mundo em 2009. O WEF considera improvável que a situação econômica melhore este ano. Pelo contrário: a crise financeira e econômica pode até se agravar.

"O valor dos ativos imobiliários, que diminuiu à metade em pouco tempo, ainda não atingiu o fundo do poço. O círculo vicioso da queda de valor das aplicações, amortizações e o consequente aumento da pressão sobre o capital próprio dos bancos vão continuar", afirma.

TIRO PELA CULATRA

O WEF traça um quadro sombrio principalmente para as finanças públicas. "Os enormes gastos com que os governos apóiam as instituições financeiras são uma ameaça à precária situação financeira de países como os EUA, a Grã-Bretanha, França, Itália, Espanha e Austrália."

Esses países, com crescentes gastos públicos e populações envelhecidas, "devem valorizar todos os riscos" e "não perder a perspectiva" além do futuro imediato, advertiu o economista-chefe do Zurich Financial Services, Daniel Hofmann.

Segundo ele, "2008 foi o ano em que a crise bateu no sistema financeiro, enquanto 2009 será o ano em que a crise passará à economia real".

A desaceleração da economia chinesa a um crescimento de menos de 6% ao ano terá efeitos para toda a debilitada economia mundial, além de atingir internamente o país, com aumento de desemprego e redução das importações, escrevem os analistas.

Segundo Sheana Tambourgi, diretora de pesquisas de risco do WEF, a crise financeira mostrou que crises globais só podem ser minimizadas com uma ação globalmente coordenada. "Isso vale para todos os tipos de crise. Crises globais exigem uma resposta participativa e nunca podem ser atacadas isoladamente", disse Tambourgi.

PROTECIONISMO E CLIMA DE VELÓRIO

O diretor de risco da resseguradora Swiss Re, Raj Singh, advertiu sobre uma outra ameaça: a mudança climática, que afetará muito mais os países em desenvolvimento, mas terá efeitos econômicos globais. Segundo ele, por isso, os governos "não podem olhar para outro lado" na hora de planejar seus investimentos.

"As previsões econômicas para 2009 são sombrias para a maioria das economias", afirma o WEF. O Fórum aponta um quadro desolador: mercados voláteis, falta de liquidez, aumento de desemprego e de confiança dos consumidores, crise alimentar, instabilidade das matérias-primas, queda do dólar, diminuição de recursos naturais e fissuras no "governo global".

O relatório do WEF mostra que os países emergentes não são imunes à crise econômica. "Ficou claro que, quanto às mudanças cíclicas, as economias emergentes e desenvolvidas continuam a ser fortemente correlacionadas, um fato que pode ter ficado escondido por anos sem fortes recessões." O WEF prevê aumento do protecionismo nos emergentes como reação à crise.

Para evitar o esperado clima de velório em Davos, o WEF ainda tenta espalhar um pouco de otimismo. "Toda crise é uma oportunidade e 2009 oferece a ocasião de reforçar a política de governo mundial e de construir uma vontade política para restaurar a estabilidade financeira", afirma o relatório. Mas também esse otimismo forçado não deve mudar o quadro.

INTERNACIONAIS - Gaza foi um conflito sem vencedores




Israel dribla direito internacional em Gaza.

Os comentaristas dos principais jornais do mundo são unânimes em afirmar que essa guerra só teve perdedores.

"Neste conflito, caracterizado pelo ódio e pelo medo, não houve vencedores, apenas perdedores", afirma o Berner Zeitung, da capital suíça. "Em primeiro lugar, a população civil: mais de mil pessoas, entre elas muitas crianças, perderam a vida sob os bombardeios."

Contrariamente ao que afirmam os dirigentes israelenses, que dizem ter atingido seus objetivos, o "Hamas e outros grupos palestinos ainda representam uma ameaça para Israel no barril de pólvora da Faixa de Gaza. Além disso, com a intervenção desproporcional de seu exército, a imagem de Israel foi prejudicada a nível mundial", afirma o Berner Zeitung.

Agressores sem limite

"Apesar de ter proclamado a guerra como sucesso, o exército israelense não conseguiu destruir o Hamas no plano militar nem na esfera política", afirma o Basler Zeitung, de Basiléia (oeste). "Com seu comportamento brutal, o Estado hebraico assumiu o papel de agressor que, em nome da própria defesa, não conhece qualquer limite."

A decisão de Israel e da comunidade israelita de boicotar o Hamas, após sua vitória nas eleições de três anos atrás, "favoreceu a divisão entre os palestinos e conduziu a um desastre". Na opinião do Basler Zeitung, a paz na Faixa de Gaza só será possível se todos as partes decidirem buscar uma solução política."

Paz ainda longínqua

"Desde a guerra dos seis dias em 1967, todos os conflitos no Oriente Médio terminaram com milhares de mortos, dores e novos ódios e nenhuma solução", lembra o Neue Luzerner Zeitung. "O cessar-fogo trará um pouco de tranquilidade aos 1,4 milhão de habitantes da Faixa de Gaza e a meio milhão de israelenses que vivem na vizinhança. Mas a criação de um Estado palestino parece ainda distante e ainda mais distante a paz."

"O cessar-fogo pode ser visto como um presente para o novo presidente norte-americano Barack Obama", afirma o Tages Anzeiger, de Zurique. "Ninguém poderá se iludir em Gaza e crer que pode significar o fim das hostilidades entre israelenses e palestinos."

Perda da credibilidade

Para o Der Bund, de Berna, o ocorrido nos últimos três dias não traz nova esperança de paz. "No passado, depois de uma vitória militar, o Estado hebreu sempre demonstrou que não faz concessões aos palestinos, capaz de construir um novo processo de paz."

O jornal da capital suíça sublinha a perda de credibilidade de Israel no plano mundial. "Com seu comportamento, o governo israelense está utilizando cada vez mais métodos que podem ser considerados de um Estado terrorista."

"O nascimento do Estado de Israel suscitou muitas esperanças e agora está causando cada vez mais o desprezo da comunidade internacional com sua política de ocupação nos últimos 40 anos", acrescenta o Der Bund.

Trégua frágil

"Duas tréguas paralelas não não fazem um armistício e muito menos a paz", observa o "Corriere del Ticino, da região sul da Suíça. "O Oriente Médio precisa de uma solução duradoura e o que foi acordado demonstra a fragilidade da situação. A trégua está baseada em opiniões e práticas claramente divergentes."

Depois deste conflito, "é muito provável que os beligerantes não cheguem a um acordo", afirma o jornal da Suíça italiana. "Deveria haver um compromisso de retirada gradual das tropas israelenses e a desmilitarização do Hamas." swissinfo, Armando Mombelli

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Mangabeira quer ordem fundiária e fim do isolamento da Amazônia


Brasília - DF Fonte: Radiobrás Link: Gilberto Costa



O ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, quer tratar da regularização fundiária e ambiental da Amazônia durante reunião que será realizada com os governadores da região no dia 13 de fevereiro, em Boa Vista (RR).Mangabeira defende que as posses com mais de 2.500 hectares fiquem sujeitas ao confisco federal e as posses com menos de 1.500 hectares tenham regularização mais rápida. Ele acredita que a medida possibilite a regularização, em três anos, de 80% das posses pequenas e que “os usurpadores vão ficar expostos a luz do dia”.Para o ministro, há posses e propriedades irregulares em função da mudança da legislação.


“Muitas vezes são pessoas que estão na região há anos ou décadas, a legislação ambiental evoluiu e essas populações foram colocadas retrospectivamente em uma situação de ilegalidade”, avalia.O ministro, responsável pelo Plano Amazônia Sustentável (PAS) lançado em maio do ano passado, defende a recuperação de áreas degradadas no cerrado que há na região. O incentivo (para lavoura, pecuária, manejo florestal ou produção de biodiesel) se daria por meio da cobrança de impostos. “A idéia é mudar o marco regulatório para impor um preço à degradação e oferecer um benefício à recuperação.”Outra preocupação de Mangabeira, além das áreas degradadas, é o fato de o extrativismo madeireiro ser, apesar da ilegalidade, uma atividade econômica mais lucrativa do que o extrativismo não-madeireiro, mas sustentável.


“Enquanto houver esse descompasso entre o ruim eficiente e o bom ineficiente, nós continuaremos a depender da polícia como muralha protetora da floresta”, prevê.Mangabeira Unger também defende propostas polêmicas entre ambientalistas, como, por exemplo, simplificar os procedimentos de licenciamento de obras (especialmente do Programa de Aceleração do Crescimento) e estimular a construção de estradas vicinais. É comum aos defensores do meio ambiente apontar as rodoviais como “vetores do desmatamento”. O ministro assinala que a proposta em elaboração prevê rodovias que tenham ao longo do trecho áreas delimitadas de proteção. Para “tirar a Amazônia do isolamento”, o ministro ainda defende a construção de mais eclusas para a navegação nos rios e estímulos para a aviação comercial na região.As reservas ambientais devem ser feitas nos pontos críticos de preservação ou nos locais mais próximos.


“Quando não for possível estabelecer as reservas legais no lugar original, nós precisamos construir as condições físicas e financeiras para reservas compensatórias em um lugar próximo.”Mangabeira também busca apoio dos governadores para o projeto de lei que vai transferir para os municípios as áreas onde já estão construídas cidades (regularização urbana).Hoje (16), o ministro terminou em Rio Branco, no Acre, a visita a quatro estados da Amazônia Legal (além do Acre, Amazonas, Mato Grosso e Pará). A viagem do ministro tinha o objetivo de ouvir propostas e articular apoio dos governadores da região ao que está chamando de “segunda fase de trabalho do PAS”.

Falta de implementação faz desmatamento avançar em reserva extrativista no Pará

Reserva Extrativista Verde Para Sempre aguarda implementação há quatro anos.
Fonte: Greenpeace Brasil

Ativistas do Greenpeace e lideranças comunitárias de Porto de Moz, no Pará, inflaram hoje (18) um boi de seis metros de altura em uma área desmatada ilegalmente por fazendeiros de gado dentro da reserva extrativista Verde Para Sempre. A atividade é um protesto contra a falta de implementação da resex, criada há quatro anos pelo presidente Luiz Inacio Lula da Silva. A falta de ação do governo e o avanço da pecuária sobre a floresta estão entre as principais causas do desmatamento na Amazônia, maior fonte de emissões brasileiras de gases que provocam o aquecimento global.

Durante reunião realizada neste final de semana, lideranças comunitárias relataram diversos problemas sociais e ambientais relacionados com o fato da resex só existir no papel: o levantamento sócio-econômico realizado em 2006 para subsidiar o plano de manejo comunitário da unidade sequer foi divulgado. Não há placas de sinalização indicando os limites da reserva.
A regularização fundiária não avançou. Os créditos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) prometidos pelo presidente do órgão em 2005 nunca chegaram. A sede da reserva em Porto de Moz não foi instalada, apesar de uma casa da Marinha ter sido disponibilizada para isso. Para completar, a exploração madeireira persiste, as invasões de barcos pesqueiros são constantes e funcionários do Instituto Chico Mendes raramente visitam a unidade de conservação.

“Faltou uma grande responsabilidade e essa responsabilidade do governo tem que ser retomada. E com respeito. Por que quem mora aqui é gente e merece respeito. É o apelo que eu faço para todas as autoridades, pois o descaso aqui é muito grande”, disse Raimundo Ribeiro da Silva, presidente da Associação de Moradores da Reserva Extrativista Verde Para Sempre. “Quando o presidente Lula venceu as eleições, ele disse que a esperança havia vencido o medo. Aqui, o medo é que está vencendo a esperança”, concluiu.

Em quatro anos, a reserva já teve desmatados mais de 40 mil hectares de sua área total de 1,2 milhão de hectares. Em sobrevôo recente pela região, o Greenpeace identificou novos desmatamentos dentro da reserva, ainda não apontados pelo sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

“As unidades de conservação de uso sustentável, como a resex Verde Para Sempre, deveriam ser uma alternativa aos modelos predatórios de desenvolvimento da região amazônica. No entanto, sem implementação, acabam se tornando alvo de atividades predatórias, como a pecuária”, disse André Muggiati, da campanha da Amazônia do Greenpeace.

Entre 1990 e 2003, o rebanho bovino cresceu 240%, passando de 26,6 milhões para 64 milhões de cabeças de gado. Segundo estudo do Imazon, os estados do Mato Grosso e Pará, juntos, concentram 60% do rebanho bovino da Amazônia. Esta expansão vem acompanhada de crescente pressão sobre a floresta, gerando mais desmatamentos e perda acelerada da biodiversidade. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 1996 e 2006, a área de pastagem aumentou em cerca de 10 milhões de hectares só na Amazônia, o equivalente a uma área 100 vezes maior que a da cidade de Paris.

Desmatamento Zero. É agora ou agora.
O desmatamento das florestas tropicais responde por 20% das emissões globais de gases do efeito estufa. No Brasil, essa conta é ainda mais perversa: a destruição florestal e o mau uso do solo representam 75% das emissões nacionais, colocando o país como o quarto maior poluidor do clima global. Zerar o desmatamento da Amazônia até 2015 é a principal contribuição que o Brasil pode dar para salvar o planeta dos impactos das mudanças climáticas.

A atividade em Porto de Moz, no Pará, faz parte da expedição do Greenpeace “Salvar o planeta: É agora ou agora” para alertar a população brasileira sobre os problemas causados pelo aquecimento global .

O navio do Greenpeace saiu de Manaus (AM) e segue agora para Belém (PA), Fortaleza (CE), Recife (PE), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ) e Santos (SP) e, durante os finais de semana, estará aberto à visitação pública. Os visitantes serão informados, de uma forma lúdica e interativa, sobre os problemas causados pelas mudanças climáticas. A entrada é gratuita.

AÇÕES SOCIAIS DO GOVERNO ANA JULIA

Governo anuncia inclusão de mais dez mil jovens no Bolsa Trabalho

Na inauguração do infocentro do Planetário, no bairro Mangueirão, hoje (19) às 15 horas, a governadora Ana Julia Carepa anunciará o cadastro de mais dez mil bolsistas no Programa Bolsa Trabalho. Após um ano de criação, o Bolsa Trabalho cadastrou 47,5 mil jovens na faixa etária de 18 a 29 anos.

O novo infocentro tem 11 computadores e vai atender a comunidade em geral com acesso gratuito à internet de alta velocidade no programa Navegapará, maior programa de inclusão digital do país que beneficia cerca de dois milhões de pessoas.

Energia elétrica chega a 15 localidades em Bujaru

A governadora Ana Julia Carepa inaugurou, na última sexta-feira (16), energia elétrica na comunidade de Santa Maria no município de Bujaru, região Rio Capim, como parte integrante do projeto Luz para Todos do governo federal executado em parceria com o Governo do Estado. Pelo menos 15 comunidades foram beneficiadas com a eletrificação. Na sede do município, a governadora entregou à população cinco quilômetros de estrada asfaltada e um trator para a agricultura familiar em Bujaru.


Novas vagas para cursos profissionalizantes em dez municípios

Seduc oferta mais de 3,3 mil vagas para 23 cursos profissionalizantes da Rede das Escolas Tecnológicas nas formas Integrada ao Ensino Médio, Subseqüente e Proeja (Programa de Integração da Educação Profissional Técnica de Nível Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos). As vagas são ofertadas na capital paraense e nos municípios de Marituba e Santa Izabel, na Região Metropolitana de Belém; Paragominas, região Capim; Salvaterra, Marajó; Cametá, Tailândia e Abaetetuba, região Tocantins; Itaituba, região Tapajós e Monte Alegre, no Baixo Amazonas.

Ação de prevenção à aids e outras DSTs durante o FSM 2009

A Sespa vai intensificar as ações de combate das DSTs/aids durante o Fórum Social Mundial, realizado em Belém de 27 de janeiro a 1º de fevereiro. Esta será a primeira vez que o FSM é realizado na Amazônia e a capital paraense deverá receber uma média de cem mil pessoas para o evento.
Serão distribuídos cerca de 600 mil preservativos masculinos no Acampamento Intercontinental da Juventude, dentro do campus da Universidade Federal Rural da Amazônia, que deve abrigar até 20 mil jovens de todo o mundo.

- Leia mais notícias do Governo Popular no portal do Agência Pará, acessando www.agenciapara.com.br.

- Visite o novo site Movimento Pará onde são discutidos temas relevantes para o desenvolvimento do Pará: www.pa.gov.br/portal/movimento-para

Perceba que todas as ações são interessantes e fundamentais, formam parte das ações sociais do Governo do Estado. Entretanto uma questão sempre, ou quase sempre esquecida é saber quanto representam essas ações do que o governo tinha planejado e como se estruturaram essas ações. Um dos grandes debilidades que se percebem é que as ações se perdem em um mar de pequenos esforços paliativos e não é parte estruturada de um programa estratégico para mudar o modelo.

O FÓRUM SOCIAL MUNDIAL E O MODELO DE DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA, AINDA INEXISTENTE (2 Parte)

As potencialidades da Amazônia e a falta de exploração adequeada.


O potencial para o descobrimento de novos princípios ativos para remédios, produtos alimentícios, cosméticos, óleos naturais e essenciais, fitoterápicos e controles biológicos para patógenos agrícolas é ilimitado e só o céu é o limite se são aproveitados adequadamente os novos recursos da ciência, tecnologia e inovação, que estão ao alcance das universidades da Amazônia.

Entretanto o setor não tem dado respostas a uma demanda do mercado internacional, cada vez mais amplo.

Existe o sério perigo que a biodiversidade siga o caminho de outros produtos diferenciados da floresta, tais como a borracha, os óleos de dendê e outros produtos pouco explorados na região e hoje fortemente difundidos na Ásia e em outras latitudes.

Será que o Brasil estará sempre fadado a chegar tarde para explorar suas riquezas estratégicas.

Por enquanto o valor da biodiversidade é praticamente nulo se a sociedade não percebe também a importância da sua conservação e não aloca recursos para protegê-la, por enquanto, de forma paralela, se difunda a inovação tecnológica e a ciência, para agregar valor aos produtos.

Para perceber esse valor é necessário que existam regras bem claras no que diz respeito à questão fundiária e ao uso da terra, para impedir que ela seja utilizada livremente como parte de um recurso da natureza sem valor. Nas comunidades extrativistas foi constatado que a natureza é percebida como um fator de produção, diferentemente do que se pensava no passado.

Entretanto a percepção oficial e a economia de mercado consideram o uso da terra na Amazônia apenas pelo seu valor do solo, sem considerar todos os valores de usos que nela existem.

As condições atuais da economia apontam para a possibilidade de que a Amazônia e os produtos da biodiversidade ocupem um espaço diferente no mercado global, comparativamente ao que ocuparam em fases econômicas passadas, fornecendo apenas recursos naturais e não produtos da natureza, com valor agregado, como acontece atualmente.

Neste terceiro milênio, a Amazônia apresenta também uma característica ímpar, porque já tem uma população urbana consolidada, com demandas e procura de soluções para os problemas socioeconômicos, que o modelo de desenvolvimento econômico vigente não resolveu. Esse modelo, que não é apenas nacional, está esgotado e suas conseqüências têm levado a uma crise da sociedade moderna, transformando-a em uma verdadeira “sociedade de risco”.

O FÓRUM SOCIAL MUNDIAL E O MODELO DE DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA, AINDA INEXISTENTE (1 Parte)

A AMAZONIA: ENTRE A RIQUEZA E PARVERSA PROBREZA

Estraído de: "DESAFIOS DA SUSTENTABILIDADE DA AMAZÔNIA: Biodiversidade, cadeias produtivas e comunidades extrativistas integradas - Gonzalo ENRÍQUEZ"

A Amazônia representa uma das maiores fontes de recursos naturais, além de ser um dos três patrimônios naturais mais importantes do planeta. Os outros são os mares profundos, sem uma governança ainda definida, e o território antártico, compartilhado entre diversas nações. Assim, a Amazônia é a única grande reserva da natureza que pertence, em sua maior parte, a um único país – o Brasil.

Como se isso não fosse suficiente, a Amazônia talvez seja uma das regiões mais cobiçadas no mundo, menos conhecida, pouco explorada, sujeita a muitas especulações e seriamente ameaçada. É praticamente consensual que os diversos ciclos de uso e exploração de seus recursos naturais e ambientais pouco contribuíram para a construção de uma sociedade justa, economicamente dinâmica e ambientalmente sustentável.

O modelo econômico vigente não tem contribuído para o dinamismo econômico sustentável e nem para uma melhor distribuição de renda, a partir do benefício econômico gerado.

Durante décadas foram promovidas atividades ambientalmente predatórias, como a pecuária e a indústria madeireira e, recentemente, a propagação da soja, que tem ampliado de forma extrema a fronteira agrícola. Embora tais atividades tenham, de certa forma, elevado a renda regional, e em alguns dos casos a renda per capita, elas não promoveram a eqüidade social desejada e têm acarretado o desmatamento e a destruição da floresta.

Da mesma forma, outras atividades de grande vulto – como a mineração e os empreendimentos hidrelétricos – têm contribuído muito mais como indicadores econômicos nacionais e internacionais do que para a solução dos sérios problemas da sociedade local: a pobreza e a exclusão.

O que a maioria dos responsáveis das políticas públicas na Amazônia ainda não compreendem, ou não estão interessados em compreender (por já ter assumido compromissos com as elites locais) é que o extrativismo e outras formas de produção, tradicionalmente praticadas na região, que integram as comunidades locais, apesar de ainda insuficientes, contribuem para a manutenção da floresta em pé, condição essencial para a sustentabilidade da Amazônia e para a geração de um novo modelo de sustentabilidade.

Com a intensidade das discussões sobre globalização e suas conseqüências no agravamento dos problemas ambientais no planeta, os recursos naturais se destacam hoje como um dos bens mais cobiçados para a sobrevivência da humanidade. Sendo assim, são diversos os interesses nacionais e internacionais que coexistem e se digladiam nesse campo, desde ambientalistas, que defendem o espaço geográfico e seus recursos naturais e ambientais, até fortes grupos econômicos, que consomem a natureza como simples matéria-prima para sustentar o crescimento econômico.

Acrescente-se, entre outros, o próprio Estado brasileiro, que, por intermédio das políticas públicas, expressa seu poder sobre o uso e a ocupação do território e seus recursos estratégicos como se eles fossem ilimitados. Os planos governamentais se sucedem, sobretudo a partir da década de 1970, na ocupação e desenvolvimento da Amazônia sem levar em consideração suas especificidades e riquezas naturais.

São muitas as correntes de opinião e os autores que convergem para o senso comum de que na Amazônia deve-se aproveitar a biodiversidade de forma sustentável, e que qualquer forma de exploração que não mantenha a floresta em pé terminará por destruir um bioma de riqueza imensurável, essencial para a sobrevivência da humanidade.

Entretanto, essa riqueza fantástica atribuída à Amazônia é, ainda, potencial. É preciso transformar esse potencial em insumos e produtos para os segmentos da indústria que apresentam uma demanda crescente de material de origem genético. Um dos melhores exemplos dessa demanda está nas indústrias de cosméticos (dermocosméticos), fitoterápica e farmacêutica, além da própria agricultura.

Como é de reconhecimento público e notório, a rica biodiversidade da Amazônia vem sendo subaproveitada e depredada ao longo dos tempos. Especialistas concordam que o momento atual é particularmente favorável para o aproveitamento dessa riqueza, em bases ambientalmente sustentáveis, economicamente dinâmicas e socialmente justas.
Um elemento central de diferenciação da biodiversidade, e que tem acirrado o debate sobre suas potencialidades, é o consenso entre os pesquisadores de todas as áreas de que a biodiversidade tem um substancial valor econômico e que está se tornando o principal recurso estratégico dos países de grande biodiversidade (megadiversos).

Israel e a lógica irracional

Luiz Carlos Bresser-Pereira

Folha de S.Paulo, 5.1.2009

O ATAQUE de Israel a Gaza tem uma lógica -os foguetes de fundo de quintal lançados pelo Hamas- e uma oportunidade: as próximas eleições naquele país.
Mais amplamente, entretanto, o terrorismo do Estado de Israel contra o terrorismo palestino é um capítulo do equívoco geopolítico dos Estados Unidos e de Israel em relação ao Oriente Médio.

Durante a Guerra Fria, fazia sentido para a grande potência apoiar incondicionalmente Israel, já que este era seu aliado mais seguro na competição contra a União Soviética.

Depois que ela terminou, o objetivo de segurança nacional tanto dos Estados Unidos como de Israel deveria ter sido o de estabelecer relações comerciais e políticas de interesse mútuo com os demais países da região.

Infelizmente, não foi isso que aconteceu. A relação próxima entre o presente ataque e as próximas eleições tem sido apontada por inúmeros analistas. Por outro lado, esses e outros analistas informam sobre o crescente pessimismo e insegurança da maioria judaica em Israel. As duas posições são aparentemente contraditórias, mas é possível compreendê-las.

Os israelenses apoiam a guerra porque querem mais segurança, mas no seu íntimo sabem que a guerra não aumentará sua segurança -pelo contrário, a diminuirá porque fortalecerá o ódio dos países muçulmanos vizinhos e porque será mais um capítulo da crescente diminuição de apoio dos demais países devido à intransigência de Israel em relação a um acordo- principalmente se não cumprir as resolução da ONU (Organização das Nações Unidas) determinando que desocupe os territórios que pertencem à Palestina.

É muito difícil para os israelenses saírem da armadilha em que estão metidos. Sociedade desenvolvida e democrática, muitos de seus cidadãos são críticos da política de seu Estado. Mas estes são a minoria. A maioria quer a guerra -o que mostra que também a democracia pode ser origem do nacionalismo étnico e religioso. O nacionalismo econômico faz parte da lógica da globalização e da democracia é parte da competição internacional. Já o nacionalismo étnico e o religioso são violentos, são fontes de limpeza étnica -foi assim que os palestinos foram expulsos de suas terras e concentrados na faixa de Gaza.

O que é paradoxal é que possam ser sustentados pelo voto popular, como vimos ser o nacionalismo étnico na Alemanha, e vemos hoje o nacionalismo étnico e religioso em Israel.

Quais as consequências dessa incapacidade de Israel de negociar com os palestinos e lhes garantir um Estado? No curto prazo, a violência e o ódio dos dois lados serão crescentes. E no longo prazo? O aumento da indignação e do ódio nos países vizinhos não permite otimismo. Se para os Estados Unidos essa é uma ameaça longínqua, para Israel é uma ameaça concreta por isso, os israelenses estão pessimistas. Os países muçulmanos não submetidos à dominação norte-americana estão se fortalecendo. O Irã e a Turquia, principalmente, mas também a Síria e o Líbano. Em toda a região, novos partidos políticos islâmicos combinam um necessário nacionalismo econômico com um perigoso nacionalismo étnico semelhante ao de Israel.

O que vemos na região não é a lógica da paz, mas a da guerra. Uma lógica tão irracional quão implacável que só poderá ser quebrada quando mudar a política dos Estados Unidos.

domingo, 18 de janeiro de 2009

DEL CINEASTA MARCO ENRIQUEZ DOCUMENTÁRIO SOBRE UM LIDER DEPOIS FARÁ UM SOBRE CHAVEZ

OS HÉROES ESTÃO FATIGADOS
Marco Enríquez
Este documentário é feito sobre a história do seu pai, Miguel Enríquez Espinoza, quem foi fundador do MIR chileno e um dos dirigentes que enfrentou à Ditadura desde à Clandestinidade quando caiu morto em enfrentamento contra 600 militares num bairro de Santiago do Chile.
Marco Enríquez realizará também um Documental sobre Chavez e promete outros sobre líderes da esquerda da América Latina.


DEPUTADO CHILENO MARCO ENRÍQUEZ REALIZARÁ DOCUMENTÁRIO SOBRE O PRESIDENTE CHAVEZ


O polêmico presidente venezuelano está pronto para voltar ao cinema e à TV.


Hugo Chávez, o personagem, será tema de dois novos documentários: o primeiro feito por Oliver Stone e o segundo, pelo chileno Marco Enríquez. Ambos cineastas estão na fase de produção de seus filmes, que prometem lançar entre 2009 e 2010.

Enquanto o enfoque de Stone é tomar Chávez como parte de um contexto histórico que explicaria o ideal bolivariano de integração continental, Enríquez pretende retratar Chávez num primeiro filme de um projeto maior, que engloba os demais líderes de esquerda da América do Sul.

Aliás, projeto semelhante é o Renaissance, financiado pela Arte-France (produtora de tv e cinema franco-alemã), CNC (Centre National de la Cinématographie - França), da Yle (a maior emissora de TV pública da Finlândia) e RTBF (Bélgica) e que visa a analisar as figuras de Lula, Bachelet, Rafael Corrêa, Evo Morales e do próprio Chávez.

Voltando ao projeto de Stone, suas filmagens começaram junto às negociações de Chávez com as Farc pela entrega dos reféns, frustradas pela interferência do governo colombiano em dezembro de 2007. A exclusividade das filmagens era sua. "Nunca estive numa coisa assim. Estou orgulhoso de fazer parte disto", declarou Stone na ocasião à agência portuguesa Lusa. Veterano do Vietnã, ele questiona há muito as relações e políticas estadunidenses, e sua filmografia mostra títulos como Looking for Fidel e Comandante, sobre Fidel Castro, e Persona non grata, sobre o líder palestino Yasser Arafat.

Em declaração recente à revista Variety, Stone definiu seu documentário atual, sem esconder suas preferências políticas: "É sobre Chávez e a renovação na América do Sul". Já Marco Enríquez buscou uma parceria com a produtora Cine TV France. O chileno define o “bolivarianismo” de Chávez como "um dos mais potentes já vistos na América do Sul nas últimas décadas".

Enríquez é filho de Miguel Enríquez, fundador do MIR (Movimento de Izquierda Revolucionaria) e morto em confronto com militares em 1974, e tem grandes expectativas em relação ao seu trabalho: "Gostaria de somar ao projeto estas novas figuras que encarnam novos e antigos sonhos para mostrar os matizes das esquerdas latino-americanas".

Veja um trecho de um documentário de Marco Enríquez sobre seu pai, Miguel Enríquez "Os héroes estão fatigados".

Na temporada de verão há gás metano em Marte, pode vir de bactérias subterrâneas - essa é a pergunta

Na Terra, 90 por cento do gás é produzido por seres vivos

Clara Barata, Reuters

Há grandes quantidades de metano e vapor de água na atmosfera de Marte durante o Verão — o que é o melhor indício até agora de que poderá haver vida no planeta vermelho. É que este gás não sobrevive muito tempo na atmosfera, tem de ir sendo lançado. E na Terra, 90 por cento do metano é de origem biológica.

Não há provas de que algum micro-organismo marciano esteja a expelir metano.

Pode ser também emitido por processos geológicos, como vulcões, diz hoje no site da revista Science uma equipa de cientistas dos Estados Unidos que divulga as suas observações, feitas entre 2003 e 2006, graças a três telescópios do Hawai.

“Em Marte, o metano pode ter origem biológica ou geoquímica”, diz a equipa de Michael Mumma, do Centro Goddard a NASA.A equipa não é a primeira a detectar metano em Marte, mas é a primeira a associá-lo ao momento em que sobem as temperaturas: o gás parece surgir em pluma, em algumas áreas, quando chega o Verão. Foram detectada até 19 mil toneladas deste gás na atmosfera, usando espectrómetros. Estes instrumentos podem medir os gases na atmosfera, analisando a sua assinatura característica no espectro electromagnético.

Até agora, não se conhecem processos naturais nenhuns na superfície do planeta que permitam a produção de metano. "Portanto, a presença de quantidades significativas de metano exigiria a libertação recente do gás a partir de reservatórios sob a superfície.

Mas a sua origem pode ser biológica ou não”, escrevem os investigadores na Science.No entanto, é no subsolo de Marte que há água, e talvez possam existir micróbios subterrâneos que produzem metano: na Terra existem, há milhões de anos.

AQUECIMENTO GLOBAL AUMENTA A PRODUÇÃO DE VIRUS NA EUROPA

Quase 40 por cento dos casos ocorreram entre 2005 e 2007
Estudo mostra que aumento de vírus europeu está ligado ao aquecimento local -
Público - última hora.

As estações quentes mais prolongadas que se têm vivido são para todos: pessoas, animais, plantas e vírus. Um estudo publicado no “International Journal of Health Geographics” conseguiu ligar estes quatro grupos e explicar porque é que o aquecimento global está relacionado com o aumento preocupante de uma doença que tem afectado a Bélgica.

Desde 2005 que já se vive uma pandemia na Bélgica causada pelo vírus puumala. O vírus, cujo hospedeiro é o rato-toupeiro, está referenciado nas listas do país desde 1985. Dos 2200 casos identificados, 828 (que representa 37,6 por cento dos casos) ocorreram entre 2005 e 2007.

“Esta doença transmitida por animais era pouco conhecida antes de 1990. A sua incidência tem aumentado na Bélgica com um padrão cíclico, alcançando proporções epidémicas desde 2005. O facto de nos últimos anos haver um efeito combinado de Verões e Outonos mais quentes que estão ligados com o aumento da doença sugere que este fenómeno seja uma consequência do aquecimento global”, explica em comunicado Jan Clement da Universidade belga de Leuven, autor do estudo.

Os autores acreditam que o clima mais quente faz com que haja mais bolotas, o prato principal da dieta do rato-toupeiro ou Myodes glareolus. Ao haver mais alimento, a população do roedor também aumenta, o que torna o vírus mais frequente. Por outro lado, um tempo mais ameno faz com que as pessoas visitem mais vezes os espaços verdes e estejam mais em contacto com o mamífero.

“Desde 1993 que o pico de casos da doença foi precedido pelo aumento de produção outonal de bolotas no ano anterior”, explicou o investigador. A doença já se espalhou para outros países como a Alemanha, França, Holanda e Luxemburgo.

O vírus pummula faz parte da família dos vírus que causam febre hemorrágica – o sangramento dos tecidos e dos órgãos. Apesar de ser relativamente fraco, causa sintomas parecidos com os da gripe e complicações a nível renal que necessitam de diálise intensa. Alguns doentes podem ter problemas a nível pulmonar e em casos raros o vírus mata a pessoa.

NOTAS DE DOMINGO - VISITA A CONCEPCIÓN, CHILE

UMA VISTA PANORÂMICA DO CENTRO DE CONCEPCIÓN VEJA A TRANQUILIDADE DAS CALLES E DO TRÂNSITO, ONDE O PEDESTRE É RESPEITADO E A LIMPÉZA DAS RUAS É CARACTERÍSITCA DO CENTRO. QUEM VISITOU CONCEPCIÓN CONFIRMA ESSA OPINIÃO.

FAÇA UM CLICK ACIMA E VEJA COMO É MARAVILHOSA A CIDADE.


Concepción es um dos centros culturais e turísticos mais importante do Sul do Chile. Uma visita a Concepción marcara a diferença da sua visita a Chile.





Caminar sus calles

Observando un plano de la ciudad se percibe un rasgo importante. Las calles que cortan el río Bío-Bío llevan nombres de personajes republicanos, mientras que aquéllas que corren paralelas al río han sido bautizadas con el nombre de caciques mapuches. HAGA UN CLIC EN EL LINK ARRIBA SERÁ UN VIAJE INOLVIDABLE

Lo importante es que aunque en el pasado esta región fue sinónimo de luchas, conquistas y desarraigos, hoy las calles se integran entre sí. Se cruzan, por decirlo de algún modo, y en esto descansa el presente y el futuro: en que los pueblos se integren y en que el “otro” también sea considerado parte de un “nosotros”.

Comenzar por la plaza

La Plaza de la Independencia es uno de los sitios más concurridos de la ciudad. Allí se proclamó la independencia nacional, el 1ro de enero de 1818.

Frente a ella se encuentra la catedral de la Santísima Concepción, que fue construida entre 1940 y 1950. En su interior, tres naves conducen al altar mayor y a dos altares laterales consagrados al Santísimo Sacramento y a la Inmaculada Concepción.

Sus pinturas, sus figuras, sus paisajes tallados en madera y sus trabajados vitraux son parte del patrimonio más destacado de la ciudad, junto a la Casa Central de la Universidad Católica de la Santísima Concepción y al Museo de Arte Sagrado, que se encuentra en el interior de la catedral.

Imposible es dejar de caminar por la calle peatonal, bautizada “Alonso de Ercilla y Zúñiga”, que permite adentrarse en el corazón comercial de la ciudad y en la vida diaria de los habitantes de esta bella y ordenada comuna.

El parque Ecuador y el cerro Caracol son dos de los puntos más visitados por los turistas. En el primero es posible hacer un alto y descansar de la rutina urbana o esperar febrero, mes en que se realiza desde el año 1964 la Feria Internacional de Arte Popular. Desde el segundo es posible obtener una vista panorámica increíble de la ciudad y del transparente río Bío-Bío.

Viaje al pasado

Para seguir conociendo la ciudad, la ex estación del ferrocarril resulta ideal para viajar al pasado. Dentro de esta se encuentra un gran mural realizado por el artista chileno Gregorio de la Fuente, quien lo pintó entre los años 1943 y 1945, y que comunica de manera perfecta la secuencia cronológico-histórica de Concepción, desde sus orígenes hasta la actualidad.

Otro mural destacado de la ciudad es el que se ubica en el hall central de la Casa del Arte, al que se ha bautizado “Presencia de América Latina”. Realizado por el mexicano Jorge González Camarera, representa la fusión de las razas y culturas: el mestizaje.

Otro punto de interés es el Museo Histórico Natural. Este atesora muestras de distintos períodos históricos de la región del Bío-Bío que se dividen en dos salas: una donde se relata en forma cronológica la historia de la ciudad de Concepción y otra donde aparecen vestigios de cerámica, cestería y hasta conchas marinas.

La Universidad de Concepción, junto a su famosa pinacoteca, es un sitio que el visitante no puede dejar de conocer. En el campus universitario se destacan el Arco de Medicina, la Casa del Arte, la Casa del Deporte, la Biblioteca Central y el Campanil, que es el símbolo de esta casa de estudios.

NOTAS INTERNACIONAIS (4) LA TORTURA COMO ARMA OFICIAL DA CASA BRANCA

TORTURA AUTORIZADA

En diciembre de 2002, Bush firmó un memorando que autorizaba las denominadas "técnicas mejoradas" de interrogación, que no era otra cosa que un brutal sistema de tortura. Alberto Mora, el consejero naval, ha contado que cuando vio el memorando pensó que se trataba de una equivocación. "Creyendo que una vez que arreglaran el error todo se aclararía y corregirían el memo, me reuní con Jim Hay-

nes, el consejero legal del Departamento de Defensa y le dije que ese documento estaba autorizando el trato abusivo en contra de los prisioneros y la tortura. Su respuesta instantánea fue, no, no. Le pedí que por favor lo analizara con cuidado y que lo habláramos una vez que yo regresara de mis vacaciones". Me fui a Miami a pasar la Navidad pensando que resolveríamos el asunto de manera correcta y ética, pero a mi vuelta me encontré con que no se trataba de ninguna equivocación. Todo lo que decía el memo había sido pensado y analizado, y se había adoptado este curso de acción, la tortura, de manera deliberada".

John Bellinger, asesor legal del Consejo de Seguridad Nacional, dijo: "Una de las grandes tragedias de este gobierno ha sido su política hacia los detenidos: la decisión de instalarlos en Guantánamo sin participación de la comunidad internacional, las órdenes ejecutivas que crearon comisiones militares, aspectos de las política de interrogatorios de la CIA, enviar detenidos a otros países para que fueran torturados lejos de nuestras fronteras, la decisión de pasar por alto la Convención de Ginebra".

NOTAS INTERNACIONAIS (3) -2001 – 11 DE SETEMBRO NA CASA BRANCA

11 DE SETEMBRO - A ÓRDEM - INVADIR ALGÚM PAÍS COMO REPRESÁLIA AO ATENTADO DAS TORRES GÊMEAS - A VEZ DO IRAK

La misma noche del 11 de septiembre, que terminó definiendo lo que sería el gobierno de Bush, ya se habló de invadir Irak. Según ha contado Richard Clarke, consejero de contraterrorismo de la Casa Blanca: "Esa noche, en cuanto el Presidente regresó a Washington, nos reunimos el secretario de Defensa, Donald Rumsfeld; el vicepresidente, Dick Cheney; el secretario de Estado, Colin Powell; el Presidente y yo. El primero en tomar la palabra fue Rumsfeld: ‘Tenemos que atacar a Irak’. Todo el mundo se quedó en silencio y yo miré Colin Powell como diciéndole ¿de qué está hablando? Powell se dirigió a Rumsfeld: "¿De qué diablos está hablando usted?". Y nunca voy a olvidar lo que Rumsfeld respondió: Mire, no hay suficientes blancos en Afganistán. Tenemos que bombardear algún otro lugar para probarles, ustedes saben, que somos grandes y fuertes". Esa noche les dije que Irak no tenía nada que ver con los ataques, pero eso pareció no importarle un comino ni a Rumsfeld, ni a Cheney ni al Presidente".

Michael Brown, director de la Agencia Federal de Emergencias, contó que en una de las frenéticas reuniones de esos días se encontró con Bush, Cheney y Condoleeza Rice. "El Presidente no hacía preguntas, las hacían Rice o Cheney. En un momento, el Presidente se levantó para irse de la sala, se volvió hacia todos nosotros y dijo: ‘Que Dios nos ayude. Lo único que tenemos que hacer esta noche es rezar para que Él nos guíe’. No le dije nada, nadie se habría atrevido a hacerlo, pero pensé: ¿Usted es el Presidente de Estados Unidos y nos está diciendo que recemos porque esto nos queda grande?".

NOTAS INTERNACIONAIS (2) UM RELATO PESTILENTE - LOS HOMBRES DE BUSH..... DESTAPAN LA OLLA (panela)

UN RELATO PESTILENTE

Más temprano que nunca, cuando el sillón (cadeira) de la Casa Blanca aún está tibio, los hombres del Presidente empiezan a contar la verdad sobre lo que ocurrió en los últimos ocho años. Y el resultado es un espeluznante conjunto de atrocidades, malos juicios, decisiones equivocadas y mentiras.

Washington.- Mientras está en la Casa Blanca, el Presidente de Estados Unidos suele contar con la lealtad y el silencio tanto de sus colaboradores como de los periodistas.

No se lo desacredita, no se propaga a los cuatro vientos lo que dijo o no dijo ante tal o cual situación, y ni hablar de lanzarle un par de zapatos por la cabeza, como hizo un reportero en Bagdad. ¡Es el Presidente de Estados Unidos, por el amor de Dios! Pero una vez que el Mandatario se va se destapa la olla y empiezan a salir los trapos sucios, lo que realmente pasó allí dentro y cómo se movieron los hilos.


Finalmente, el hombre a quien resguardaron con tanto celo queda al descubierto. Los colaboradores escriben libros o dan entrevistas en las que cuentan lo que ocurría entre esas paredes desde las cuales se pretendía regir los destinos del mundo.

En el caso de Bush, el destape ha empezado inusualmente temprano, cuando aún no se ha subido con su señora y su perro al helicóptero que lo sacará por última vez de la Casa Blanca y lo pondrá rumbo a su futuro como el ex Presidente norteamericano más odiado de la historia. Tal vez porque el índice de rechazo de Bush es tan alto, sus colaboradores están contándole a la prensa cómo se manejaron las cosas mucho antes de lo acostumbrado.

Tanto en la prensa como en las radios y televisión aparecen casi a diario, haciendo declaraciones, despejando dudas, revelando secretos. Lo que Bush hizo y dejó de hacer. La revista "Vanity Fair", por ejemplo, publicó un reportaje de más de diez páginas que recoge las versiones de numerosos cercanas al gobierno de Bush. Y el resumen de lo que fue ese gobierno, dicho por ellos mismo, es un espeluznante relato de atrocidades, malos juicios, decisiones equivocadas, mentiras.

NOTAS INTERNACIONAIS (1) - Milhares de pessoas marcham em Roma contra ofensiva de Israel Roma (Reuters)

Milhares de pessoas carregando bandeiras da Palestina marcharam em Roma neste sábado em protesto contra a ofensiva de Israel em Gaza.

Alguns manifestantes seguravam cartazes com a suástica nazista sobreposta à Estrela de Davi.


Outros carregavam grandes imagens de crianças palestinas mortas desde que Israel começou os ataques aéreos na Faixa de Gaza, em 27 de dezembro. Uma semana depois, tropas terrestres investiram no conflito.

Um cartaz maior com os dizeres "Vida, terra e liberdade para o povo palestino" conduzia a manifestação em Roma.

Outro protesto pela paz em Gaza aconteceu em Assis, cidade na região central da Itália onde nasceu São Francisco.

O Vaticano, entretanto, anunciou que o papa Bento 16 enviou uma quantidade não-especificada de dinheiro dos próprios fundos de caridade para ajudar a pequena população católica em Gaza.

sábado, 17 de janeiro de 2009

OS NAZISTA E O PRÓPRIO HITLER SENTIRIAM VERGONHA DE VER ISSO QUE ESTÁ AÍ

Palhaço é uma profissão séria, respeitada e que alegra a vida. Isso que está ahí é um demente que só a "democracia" americana pôde suportar por tantos anos.




"As nações marcharam por toda a superfície da terra e cercaram o acampamento dos santos, a cidade amada; mas um fogo desceu do céu e as devorou. O Diabo, que as enganava, foi lançado no lago de fogo que arde com enxofre... Então a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. O lago de fogo é a segunda morte. Aqueles cujos nomes não foram encontrados no livro da vida foram lançados no lago de fogo". (Apocalipse 20:9-15)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

SAIU ACORDO DA SECRETARIA PARA ASSUNTOS ESTRATÉGICOS E O MMA PARA AGILIZAR O PAS

Minc e Mangabeira definem ações para agilizar o PAS

Técnicos do Ministério do Meio Ambiente e da Secretaria para Assuntos Estratégicos da Presidência da República estiveram reunidos, para formar o primeiro grupo de trabalho que irá colocar em prática ações do Plano Amazônia Sustentável (PAS). A força-tarefa criada pelos dois órgãos do Governo Federal trabalhará em questões relativas ao extrativismo, às áreas degradadas e à infra-estrutura e meio ambiente já a partir da próxima semana. Lançado em maio de 2008, o PAS tem por objetivo promover um modelo de desenvolvimento para a região amazônica, em bases sustentáveis, valorizando a diversidade sociocultural e a redução das desigualdades regionais.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, explicou que a iniciativa é de fundamental importância no combate ao desmatamento na Amazônia, pois só o trabalho da Polícia Federal e do Ibama não resolvem. Segundo ele, é preciso criar uma estratégia para tornar mais difícil, mais problemática a ilegalidade, e mais barata, mais viável e mais factível a recuperação de áreas para a agricultura, inclusive a agricultura perene como dendê, babaçu. "A formulação não é nova. A novidade são as medidas que iremos tomar, concretizar questões como tornar mais caro o crime do desmatamento ilegal".

O ministro informou que nos meses de março e abril começam a chegar os recursos para os projetos que serão financiados pelo Fundo Amazônia, e que o Fundo se pauta pelo PAS. "Só a regularização fundiária avançando, embora seja indispensável, não garante que os investimentos do Fundo tenham agregação com o trabalho de outros ministérios, que é a função da coordenação do PAS". De acordo com Minc, para que o PAS ganhe agilidade é necessário dar um avanço no grupo de trabalho, criado hoje, para que junto com os governadores da Amazônia tenha início a aplicação dos recursos.

O secretário Mangabeira Unger, presente à reunião, explicou que embora prioritária e difícil de ser equacionada, a solução para o problema fundiário na Amazônia está muito adiantada com a simplificação do direito, a organização da cooperação do Governo Federal com estados e municípios e a definição da maneira pela qual o Governo Federal vai participar desta cooperação. Unger informou que após a reunião com o ministro Carlos Minc ficou decidido que três temas relacionados ao PAS serão trabalhados intensivamente a partir de agora.

O primeiro deles será o soerguimento do extrativismo madeireiro, nas suas formas de organização econômica. "É importante que a população da Amazônia, comprometida com o desenvolvimento sustentável tenha uma alternativa e a alternativa passa pelo soerguimento do extrativismo", disse Mangabeira. O secretário informou que o segundo tema é a recuperação das áreas degradadas e o terceiro será o de trabalhar o paradigma brasileiro de solução dos problemas de transporte e de energia com preservação.

Fonte: MMA

DEPOIS DO ANIVERSÁRIO DE BELÉM ONTEM FOI A UFPA QUE TEVE SEU DIA DE FESTA - aniversário do reitor eleito

A UFPA O ESTADO DO PARÁ E A REGIÃO AMAZÔNICA GANHAM UMA NOVA LIDERANÇA QUE EMERGE DE UMA LONGA LUTA ACADÊMICA MARCADA PELO GRANDE COMPROMISSO ÉTICO E PELA COMPETÊNCIA NA GESTÃO DA COISA PÚBLICA, O PROF. DR. CARLOS EDILSON DE ALMEIDA MANESCHY, REITOR ELEITO PELA COMUNIDADE DA UFPA.

ONTEM, DIA 15 DE JANEIRO FOI CELEBRADO O ANIVERSÁRIO DO MANESCHY (QUE CUMPRE ANOS DIA 12 DE JANEIRO). VEJA O RELATO DO BLOG DO BILHETIM.


DO BLOG DO BILHETIM

Aniversário de Maneschy: Personalidades marcaram presença

Personalidades do mundo acadêmico e político marcaram presença no aniversário de Maneschy, como lideranças estudantis, sindicais, administradores públicos, ex-reitores e muitos políticos.

Aniversário de Maneschy: Festa bombou

Todos os 600 lugares reservados para o evento foram ocupados pelos amigos do reitor eleito da UFPA Carlos Maneschy. De fato o aniversário de Maneschy foi mais um ato de carinho pessoal a esta figura que aglutina em escala ampliada os diversos segmentos da universidade.

Mais do que um ato comemorativo, este reencontro, no ano de 2009, foi um ato político. Os estudantes gritaram ...É magnífico, É magnífico, logo após ter encerrado o parabéns para Maneschy. Em breve publicaremos fotos deste evento.
Postado por Edir Veiga às 08:08 0 comentários Links para esta postagem

A OUTRA FACE DO GENOCIDIO E QUE ISRAEL CHAMA DE GUERRA



O presidente americano Lyndon Jonhson celebrizou a expressão "é preciso ganhar corações e mentes para vencer uma guerra". No caso, Jonhson se referia à guerra do Vietnã, um capítulo vexatório da história da americana.

Como ficou evidente depois, a sofisticada máquina de guerra americana não resistiria à imagem de crianças nuas fugindo de uma nuvem de napalm. Além da batalha no campo, é preciso vencer uma outra, disputada pelos meios de comunicação.

Na guerra da vez, Israel controla com mão de ferro o acesso de jornalistas à Gaza. O exército local tem até um canal no YouTube em que acusa o Hamas de usar crianças como escudo humano, armazenar armas em mesquitas e disparar foguetes contra civis israelenses.

Os vídeos mostram ainda o tráfego de caminhões com ajuda humanitária entrando em Gaza e imagens de palestinos recebendo cuidados em hospitais israelenses.

Esta semana, agências notícias contaram como estudantes israelenses são estimulados a usar as mídias sociais para postar comentários, vídeos e fotos com pontos de vista favoráveis à Israel. Os argumentos miram no mesmo alvo: Israel tem o direito de se defender.

Todo este esforço, no entanto, dificilmente resiste às imagens de dezenas de cadáveres de crianças palestinas expostas em enterros coletivos. Com sede em Moscou, o site PalTube reúne imagens chocantes da guerra em Gaza do ponto de vista de quem recebe as bombas sobre suas cabeças e não tem para onde fugir, já que todas as fronteiras de Gaza estão bloqueadas.

No PalTube, a abissal desproporção entre as baixas israelenses – algumas causadas por fogo amigo – e a multidão de mortos palestinos serve de argumento para chamar o evento de "Holocausto Sionista", numa provocação dolorida ao episódio mais trágico da história recente do povo judeu.

Os esforços palestinos de mídia já incluíram até um programa infantil apresentado por uma espécie de Mickey árabe. Na ficção, o valoroso Mickey acaba assassinado por soldados israelenses.

Se Jonhson fracassou em conquistar corações e mentes vietnamitas com idéias como democracia, liberdade e livre mercado, palestinos e israelenses parecem triunfar em encher os corações e mentes de ódio, intolerância e violência.

VEJA O VIDEO ABAIXO - FONTE: www.palatube.com - Postado por - Felipe Zmoginski - 15/01/2009. INFO 0NLINE.

SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA - Malware infecta 1 milhão de PCs em um dia - Daniela Moreira, de INFO Online

PLANTÃO INFO / 01/2009 / TI

O Brasil não só é um dos países que sufre os efeitos da crise econômica, também (como é obvio) depois da Chine é o país que mais sufre com os virus espalados pela internet. Todo cuidado é pouco. Não esqueça: gato escaldado morre de medo da agua fria.

Os virus entram no seu PC pelos e-mails de origem desconhecido e que sempre sugerem propostas tentadoras e ofertas imperdíveis ou aparecem como convocatorias para prestar declarações em órgãos públicos (receita federal, DETRAN, Secretaria do Trabalho, etc.). Se não conhece a fonte NÃO ENTRE.
Igual se ele é um arquivo dos chamados executáveis. Coisas já conhecidas pelos internautas e simples, mas, quase sempre esquecidas.


SÃO PAULO - Um astuto malware infectou mais de 1 milhão de computadores em 24 horas, reportou a F-Secure.

Na quarta-feira (14/01), o worm Downadup havia infectado mais de 3,5 milhões de PCs, um aumento de 1,1 milhão de vítimas em relação ao dia anterior.

O Brasil foi o segundo país mais infectado pelo código malicioso, com 34.814 endereços IP comprometidos, perdendo apenas para a China, com 38.277.

O Downadup – também conhecido como Conficker – explora uma falha no Windows Server Service, corrigida em outubro. Apesar disso, grande parte das vítimas são empresas, segundo o levantamento da F-Secure.

O malware usa um complicado algoritmo que muda diariamente, gerando diversos nomes de domínios diferentes a partir dos quais os códigos maliciosos podem ser baixados, segundo a F-Secure.

De acordo com a empresa de segurança, as máquinas infectadas podem formar uma grande rede maligna de computadores zumbi.

A correção para a vulnerabilidade que possibilita o ataque foi disponibilizada pela Microsoft em outubro.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A CRISE DAS MATERIAS PRIMAS E RECURSOS NATURAIS - DESDE CHILE (válido para a Amazônia)

La desaceleración del crecimiento de las exportaciones en los últimos meses y el enfriamiento del mercado inmobiliario, son algunos de los indicios que apuntan a un ritmo más lento de expansión de la economía mundial que se ralentizará en forma notoria durante 2009.

Se supone que esto dañaría las perspectivas del crecimiento chileno, como la demanda global por metales y materias primas al sector exportador nacional será afectado por la consecuencia de la crisis financiera mundial, en especial a los productos manufacturados que van a Estados Unidos y Europa, porque están restringiendo el consumo de productos que no son parte de la canasta básica de alimentos. Por miedo a la incertidumbre en el futuro, los ciudadanos de otros mercados prefieren no gastar para no endeudarse.

Se espera que los mercados asiáticos no entren en recesión, pues una situación de este tipo generará una crisis interna sin precedentes, afectando fuertemente la productividad y el empleo. Esto debido a que los consumidores, especialmente la clase media de China, Asia y la India en general, ya están sintiendo el efecto mundial. Por otro lado, y según la opinión de expertos, se anticipa que, al igual que otros países de la región, con economías basadas en commoditties, la baja en la demanda de nuestras exportaciones, y el desplome del precio del cobre, que se ha convertido en un verdadero “tobogán”, harán que nuestro país sienta una merma importante en la exportación de materias primas, en especial por la desaceleración de la economía mundial.

En relación a los grandes mercados como China e India, no sabemos si el boom de sus economía sobrevivirá a la crisis mundial, ya que sus habitantes aún consumen muy poco y no podrían absorber lo que dejarán de comprar los estadounidenses, canadienses, japoneses y europeos, que son los más afectados por esta crisis, lo que causa mucha preocupación en el país, porque gran parte de nuestras exportaciones se dirigen a esos países, por lo que se sentirán sus efectos en la economía real, empresas de exportación y pymes nacionales.

Tampoco se sabe si el boom económico de los países emergentes sobrevivirá a la crisis mundial, el problema principal ya no es el precio de los alimentos, la alta inflación, volatibilidad de los mercados, crisis inmobiliaria, el precio del petróleo y la energía, sino la caída de sus ingresos y el desempleo.

Según observamos, a principios del 2009 se visualizarán las primeras señales de una desaceleración de las exportaciones de una canasta básica de materias primas.

domingo, 11 de enero de 2009
José Luis Gallego C.

PARA MELHOR ENTENDER A CRISE FINANCEIRA

FAÇA UM CLIC AQUI E PRESTE MUITA ATENÇÃO, É ÓTIMO!

DO SEQÜESTRO DA ECONOMIA A POSSÍVEIS PORTAS DE SAÍDA

Quando os apostadores tomam ciência do tombar da jogatina, suplicam à velha viúva, a quem antes acossavam, que lhes socorra com mais dinheiro, transferindo a riqueza socialmente construída aos mesmos que até aquele momento ganharam apenas especulando

Marcos Aurélio Souza
leia artigo enteiro no Le Mond Diplomatic, http://diplo.uol.com.br/)

É difícil antever com precisão aonde ainda nos levará a crise financeira iniciada a partir da débâcle do quimérico mercado hipotecário dos Estados Unidos. Um vendaval de proporções arrasadoras, cujo resultado simbólico mais significante, provavelmente, tenha sido o abalo sísmico provocado na fé de dois dos homens mais poderosos do mundo nos mecanismos de ajuste automático dos mercados para resolver suas irreprimíveis e destemidas estripolias.

A fim de estancar a sangria que ameaçava a própria estrutura do sistema capitalista, Paul Bernanke, presidente do FED, e Henry Paulson, lugar tenente do tesouro norte-americano, se viram forçados, e não hesitaram, em estatizar a Fannie Mae e Freddy Mac - gigantes do financiamento de crédito imobiliário do país, - além da AIG, a toda poderosa corporação mundial do ramo de seguros. Enquanto dirigiam em alta velocidade, assistiam pelo retrovisor ao rápido agonizar do Lehman Brothers, o quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos, que finalmente sucumbiria sem que os dois ex-talibãs, guiando pelos pulsos, orientassem as mãos invisíveis do mercado para também lhe prestar socorro.

AGUA - RECURSO ABUNDANTE NA AMAZÔNIA JÁ É ESCASSA EM OUTRAS REGIÕES DO TRÓPICO ÚMIDO

No México, a água se torna artigo raro


No minúsculo jardim florido de Irene Rodriguez, nas alturas de Sierra de Guadalupe, a roupa está pendurada sobre fios na ordem em que foi lavada: primeiro o branco, depois as roupas de cor clara, depois os jeans. Pois a água produzida na máquina de lavar deve ser utilizada várias vezes: para a higiene dos cinco filhos, e depois para as várias lavagens, antes de terminar no fundo do vaso sanitário.

"Aqui, faz oito anos que a água não sai mais da torneira, conta Irene Rodriguez, e que nós a recebemos duas vezes por semana por caminhão-pipa. Somos obrigados a reciclar".

Ao redor de sua choupana, como nos quintais de seus vizinhos, uma imensa quantidade de recipientes - baldes, barris, tanques de PVC - mostra a necessidade de estocar o precioso líquido.

Esse labirinto de construções anárquicas, cujas ladeiras vertiginosas foram pavimentadas com cimento pelos habitantes, se chama El Mirador. A vista sobre a capital seria imbatível se uma névoa poluída de reflexos sulfurosos não turvasse as perspectivas do vale do México. Os bairros chiques em torno do bosque de Chapultepec estão somente a uma hora de carro quando não há trânsito: villas equipadas com seis banheiros, grandes gramados, piscinas, garagens repletas de veículos que pelotões de empregados aspergem com uma mangueira. Um outro mundo.

As zonas residenciais não deveriam sofrer muito com os racionamentos que acaba de anunciar a Comissão Nacional de Água (Conagua). Por causa de chuvas insuficientes, o nível das barragens do centro do país baixou perigosamente no começo da estação seca: elas estão a 63% de sua capacidade, contra os 85% usuais. "Hoje nós temos um déficit de 170 milhões de metros cúbicos. Precisaremos reduzir pela metade, durante três dias nos fins de semana e até maio, as quantidades que forneceremos para a capital e para o Estado (limítrofe) do México, explica José Ramon Arvarin, diretor-geral adjunto da Conagua. Mas a repercussão desses cortes, suportáveis em si, será multiplicada pelas falhas da rede urbana".

É a primeira vez que as autoridades federais são levadas a tomar tais medidas desde a instalação, 30 anos atrás, do "sistema de Cutzamala", que coleta as reservas de sete represas e as encaminha por um aqueduto de 110 quilômetros em direção à zona urbana onde vivem 20 milhões de habitantes. Mas essa contribuição só cobre um quarto das necessidades de uma das megalópoles mais sedentas do mundo: "O México consome quase 300 litros por dia e por habitante, o dobro das grandes capitais europeias", ressalta Ramon Aguirre, diretor da rede canalização de água da capital.

O racionamento só revela antigos problemas, resultado de uma negligência dos poderes públicos e de dificuldades geológicas, em especial, graves deslizamentos de terra. As perdas decorrentes tanto dos vazamentos domésticos como nas falhas da rede atingem 38% (contra 26% em média no resto do país). As águas de chuva vão direto para o esgoto, e somente 6% das águas usadas são tratados. Uma enorme unidade de saneamento está sendo projetada no Estado de Hidalgo, ao nordeste do México.

Alguns esperam que o racionamento vá marcar o início de uma conscientização. "É preciso melhorar as canalizações, mas também diminuir a demanda ao modificar a estrutura das tarifas, afirma Ramon Aguirre. Devemos mudar os hábitos de consumo excessivo. Barcelona se sai bem com 114 litros por dia e por habitante".

Joëlle Stolz
Correspondente no México

OS ESCANDALOS DE POLÍTICOS PARAENSES - ALGUNS AINDA GUARDAM CERTOS VALORES ÉTICOS, A MAIORIA É LIXO

Do BLOG DO BARATA

ESCÂNDALO – CPI ouve o bispo do Marajó

Tráfico de drogas, particularmente em Portel, exploração da prostituição infantil, turismo sexual com menores e tráfico de mulheres. Esses são os ingredientes que condimentam as denúncias de dom Luiz Azcona, sobre a exploração sexual de menores e mulheres no Marajó, do qual o religioso é bispo.
Dom Luiz Azcona foi o primeiro depoente ouvido pela CPI, a Comissão Parlamentar de Inquérito instalada na Alepa, a Assembléia Legislativa do Pará, para apurar as denúncias de exploração sexual de menores e mulheres no Marajó, feitas pelo bispo, desde então sob ameaça de morte. Criada por proposta do deputado petista Carlos Bordalo, a CPI tem como presidente o deputado Bira Barbosa (PSDB) e relator o deputado Arnaldo Jordy (PPS).

ESCÂNDALO – A indiferença dos poderes legais

O assustador é que nenhuma das denúncias oferecidas pelo bispo do Marajó à CPI nesta quarta-feira, 14, no auditório João Batista, acrescentou alguma nova informação ao que dom Luiz Azcona já havia tornado do domínio público há pelo menos dois anos atrás. A despeito disso, como acentuou o próprio bispo, as aberrações relatadas perduram, sob a indiferença dos poderes constituídos – Executivo, Legislativo e Judiciário – e dos seus órgãos auxiliares, como o Ministério Público.

O mais irônico é que a criação da CPI agora instalada foi proposta, ainda em 2006, pela então deputada Araceli Lemos, na época no PT e hoje no PSol, sem mandato, após tentar sem sucesso a eleição para a Câmara Federal, pela sua nova legenda. Na ocasião, a proposta de criação da CPI foi abortada pela bancada de sustentação do governo do tucano Simão Robison Jatene, ironicamente comandada pelo deputado Bira Barbosa, a quem agora cabe presidir a comissão que no passado recente ajudou a inviabilizar.


ESCÂNDALO – Deputadas cobram rigor na apuração

Na sessão da CPI realizada nesta quarta-feira, 14, as deputadas Josefina Carmo (PMDB), Regina Barata (PT) e Simone Morgado (PMDB) cobraram rigor na apuração das denúncias feitas à comissão. A propósito, Simone Morgado recordou que, quando vereadora em Bragança, denunciou o envolvimento com pedofilia de dois vereadores do município. Segundo a deputada do PMDB, a acusação foi formalizada perante o Judiciário, em ação que ainda aguarda a manifestação do TJ do Pará, o Tribunal de Justiça do Estado, onde supostamente dormita o processo, segundo a presunção verbalizada pela parlamentar.

O temor de que a CPI acabe em pizza, manifestado pelo próprio bispo do Marajó, mereceu uma enfática observação da deputada Regina Barata, do PT. A parlamentar petista sublinhou que dedicará às denúncias eventualmente feitas, desde que comprovadas, o mesmo zelo que dedica aos seus próprios filhos. “No que de mim depender, cortaremos a própria carne, se necessário for”, salientou Regina Barata.


ESCÂNDALO – O recado para Sefer

A advertência feita pela deputada petista Regina Barata, ao acentuar a obrigação da CPI de cortar a própria carne, se assim for necessário, foi uma clara alusão ao deputado Luiz Afonso Sefer, do DEM. Sefer é acusado de molestar sexualmente uma menina, dos 9 aos 12 anos, período no qual a garota trabalhou e morou na casa do parlamentar.

Segundo revelou o jornalista Cláudio Humberto na sua coluna - de circulação nacional -, além da acusação de pedofilia, que aguarda um parecer do Ministério Público do Pará, o deputado do DEM é também réu em ação no Tribunal de Justiça da Paraíba sobre reconhecimento de paternidade. O processo, que teve início em meados de 2005, tramita em segredo de Justiça e nenhuma audiência foi realizada até agora. Quando a criança nasceu, a mãe teria apenas 15 anos de idade.
Diante da suspeita de pedofilia, Sefer, recorde-se, foi afastado da liderança do DEM na Alepa e excluído da CPI da Pedofilia no Estado, na qual figurava como suplente, por indicação do Democratas. Apesar disso, existem fortes indícios de que esteja em curso uma operação abafa, para poupar Sefer, patrocinada pelo governo Ana Júlia Carepa.

INGLATERRA COMEMORA 200 ANOS DE DARWIN

As teorias de Charles Darwin revolucionaram nosso conhecimento do mundo e suas ideias assentaram as bases da sociedade e da ciência modernas, pois nos ajudaram a compreender melhor nosso lugar no meio natural. São palavras do presidente do Museu de História Natural de Londres, Oliver Stocken, que explicam por que 2009 será um ano carregado de eventos, especialmente no Reino Unido, para comemorar o 200º aniversário de nascimento de Darwin e os 150 anos da publicação de "A Origem das Espécies", cujo autor é considerado, ao lado de Newton, o cientista britânico mais importante de todos os tempos.

Com mais de 15 mil visitantes no primeiro mês de funcionamento, muito além das melhores previsões, "Darwin, a Grande Ideia" - a maior exposição organizada em torno da vida e do legado do cientista -, no museu citado, é uma das melhores cartas de apresentação do que será 2009.

Talvez porque a grande comemoração estivesse planejada antes que a crise econômica começasse, talvez porque não há discussão sobre a importância mundial da figura de Darwin, não se pouparam meios nem há organizações entre o longo elenco de instituições britânicas de reconhecido prestígio científico que ficaram à margem.

A Royal Society organizará pelo menos dois congressos científicos; a Universidade de Cambridge reúne em uma página da Internet (http://darwin-online.org.uk/) quase toda a abundante bibliografia do autor, e também organiza um festival em julho (informações em www.darwin2009.cam.ac.uk) para divulgar a importância passada e futura da obra de Darwin. A Sociedade Lineana celebrará o aniversário da leitura da Teoria da Evolução pela Seleção Natural, que completou 150 anos em 2007, entregando as medalhas Darwin/Wallace em 12 de fevereiro, dia do aniversário de Darwin, em vez do 1º de julho habitual, e fazendo que o prêmio passe a ser entregue anualmente e não a cada 50 anos.

Down House, a casa na região de Kent onde Darwin viveu e desenvolveu muitas de suas teorias, as estufas em que cultivou orquídeas, os jardins por onde passeou durante os 20 anos em que se questionou se deveria publicar uma ideia que certamente escandalizaria a sociedade, estarão abertos ao público a partir de 3 de fevereiro. Nesse cenário, que espera ser declarado Patrimônio da Humanidade depois de uma longa reabilitação, poderão se realizar alguns dos experimentos que o cientista criou para provar sua teoria.

Também não ficará atrás sua cidade de origem, já que o Festival Shrewsbury Darwin voltará a trazer as ideias de Darwin para a cidade onde ele nasceu e cresceu. Este ano os eventos e as palestras têm a finalidade de divulgar entre o grande público a importância de suas teorias, e para isso reuniram prestigiosos e conhecidos cientistas.

E para completar o panorama, algo que coloca o acontecimento no alto da agenda social britânica: um documentário e séries especiais da BBC, incluindo uma de lorde Richard Attenborough. Definitivamente, haverá um bocado de Darwin este ano.

"Estamos orgulhosos de que Darwin comunicasse pela primeira vez sua teoria sobre a seleção natural na Sociedade Lineana. Suas idéias têm uma grande clareza e uma incrível atualidade e continuam inspirando pesquisadores e membros de nossa sociedade", declarou seu presidente, David Cutler.

A exposição "Darwin, a Grande Ideia" pretende dar uma visão que une a vida de Darwin como cientista com suas inquietações como ser humano. Por isso, o relato da viagem no navio Beagle durante mais de cinco anos e a exposição de algumas das coleções trazidas somam-se à ambientação perfeita da sala onde ele criou suas teorias e coordenou suas obras, e também seus escritos pessoais. Neles se discute o momento do casamento e a conveniência do mesmo, e mais tarde se vê claramente a preocupação de sua mulher, Emma, porque o trabalho científico de Darwin e suas crenças o afastaram das ideias católicas, o que para ela significava que não poderiam compartilhar a eternidade depois da morte. Ciência e vida que caminham de mãos dadas, porque em poucos casos como este as teorias de um cientista serviram para mudar tanto o conceito do mundo.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

CULTURA PERIFÉRICA - O gozo de Gaza


A periferia debaixo de tiros, a Palestina debaixo de bombas. Mera coincidência, ou são sempre os mesmos que sangram nas calçadas, quer seja na faixa de Gaza brasileira ou na Faixa de Gaza Palestina? Estou cansado deste mundo de muitos na faixa de gaza e poucos na faixa do gozo


Sérgio Vaz

Manifesto da Antropofagia Periférica
Sérgio Vaz

(17/10/2007)

A Periferia nos une pelo amor, pela dor e pela cor. Dos becos e vielas há de vir a voz que grita contra o silêncio que nos pune. Eis que surge das ladeiras um povo lindo e inteligente galopando contra o passado. A favor de um futuro limpo, para todos os brasileiros.

A favor de um subúrbio que clama por arte e cultura, e universidade para a diversidade. Agogôs e tamborins acompanhados de violinos, só depois da aula. Contra a arte patrocinada pelos que corrompem a liberdade de opção. Contra a arte fabricada para destruir o senso crítico, a emoção e a sensibilidade que nasce da múltipla escolha.

A Arte que liberta não pode vir da mão que escraviza.

A favor do batuque da cozinha que nasce na cozinha e sinhá não quer. Da poesia periférica que brota na porta do bar.

Do teatro que não vem do "ter ou não ter...". Do cinema real que transmite ilusão.

Das Artes Plásticas, que, de concreto, querem substituir os barracos de madeira.

Da Dança que desafoga no lago dos cisnes. Da Música que não embala os adormecidos.

Da Literatura das ruas despertando nas calçadas.

A Periferia unida, no centro de todas as coisas.

Contra o racismo, a intolerância e as injustiças sociais das quais a arte vigente não fala.

Contra o artista surdo-mudo e a letra que não fala.

É preciso sugar da arte um novo tipo de artista: o artista-cidadão. Aquele que na sua arte não revoluciona o mundo, mas também não compactua com a mediocridade que imbeciliza um povo desprovido de oportunidades. Um artista a serviço da comunidade, do país. Que, armado da verdade, por si só exercita a revolução.

Contra a arte domingueira que defeca em nossa sala e nos hipnotiza no colo da poltrona.

Contra a barbárie que é a falta de bibliotecas, cinemas, museus, teatros e espaços para o acesso à produção cultural.

Contra reis e rainhas do castelo globalizado e quadril avantajado.

Contra o capital que ignora o interior a favor do exterior. Miami pra eles? "Me ame pra nós!".

Contra os carrascos e as vítimas do sistema.

Contra os covardes e eruditos de aquário.

Contra o artista serviçal escravo da vaidade.

Contra os vampiros das verbas públicas e arte privada.

A Arte que liberta não pode vir da mão que escraviza.

Por uma Periferia que nos une pelo amor, pela dor e pela cor.

É TUDO NOSSO!

DA PALESTINA - Urda Alice Klueger

PALESTINA
O Gueto de Gaza
O que o governo de Israel faz com o Gueto de Gaza sob os olhos de todo o mundo. Ah! Palestina, ah! Palestina, como me dóis cá dentro do meu peito que parece estraçalhado... Ah! Palestina, ah! Palestina, que me resta fazer além de chorar angustiadamente, como estou a fazê-lo agora?

Do Portugal de volta o 'caso Maddie' - Procuradoria lusa só reabre 'caso Maddie' com fatos novos

Lisboa, 14 jan (Lusa) - A Procuradoria-Geral da República (PGR) portuguesa afirmou nesta quarta-feira que o processo relativo ao desaparecimento no Algarve de Madeleine McCann só será reaberto se surgirem "fatos novos, credíveis e relevantes", numa reação a declarações do pai da criança.

O pai de Madeleine McCann manifestou terça-feira a intenção de cooperar com as autoridades portuguesas no processo de procura da filha, desaparecida no Algarve em maio de 2007, acreditando que há passos que ainda podem ser dados na investigação.

"Achamos que há muito boas hipóteses de a Maddie ainda poder ser encontrada viva e de boa saúde e, por isso, queremos que a busca continue. Queremos salientar o nosso desejo de trabalhar com as autoridades tanto quanto for possível", afirmou à Agência Lusa Gerry McCann, que chegou terça-feira a Portugal para uma visita de apenas dois dias.

Solicitada hoje pela Lusa a comentar estas declarações de Gerry McCann, a PGR respondeu por escrito afirmando que "o processo só poderá ser reaberto se forem apresentados fatos novos, credíveis e relevantes", sem adiantar mais qualquer observação.

Em entrevista à Lusa, o pai de Madeleine McCann disse ter regressado agora a Portugal, pela primeira vez desde setembro de 2007, para discutir com o seu advogado, Rogério Alves, a melhor forma de colaborar com as autoridades portuguesas no sentido de "explorar passos que ainda não foram dados e que poderão fazer a diferença".

Para isso, adiantou, é importante analisar o processo e toda a investigação desenvolvida até agora "para não duplicar passos que já tenham sido dados" e também "para não desperdiçar recursos".

Madeleine McCann, então com três anos de idade, desapareceu em 3 de maio de 2007 do quarto onde dormia junto com os dois irmãos gémeos, mais novos, num apartamento do complexo turístico "Ocean Club", na Praia da Luz, no Algarve, sul do país.

Os pais, ambos médicos (o pai é cardiologista, a mãe médica de clínica geral), jantavam naquele momento com um grupo de amigos ingleses num restaurante do hotel, a cerca de 50 metros do apartamento.

Em 14 de maio de 2007, o luso-britânico Robert Murat foi apontado suspeito no processo do desaparecimento da menina, após ser interrogado no Departamento de Investigação Criminal (DIC) da Polícia Judiciária (PJ), em Portimão.

Em 7 de setembro do mesmo ano, a mãe da criança, Kate, e o pai, Gerry McCann, foram também apontados suspeitos, após mais um interrogatório no DIC.

A Polícia Judiciária (equivalente à Polícia Federal) inicialmente apontou para a hipótese de seqüestro, mas mais tarde admitiu a morte da criança, mas as autoridades nunca conseguiram apurar o que realmente aconteceu a Madeleine McCann.

Em 21 de julho de 2008, a Procuradoria-Geral da República anunciou oficialmente o encerramento da investigação e o arquivamento das suspeitas contra Gerry e Kate McCann e Robert Murat.

O mistério do desaparecimento da criança e a aparente falta de pistas sólidas para explicar o ocorrido contribuíram para transformar este caso num dos processos mais midiáticos de todos os tempos.

A SINFONIA DA DOR - DIARIO LA VANGUARDIA

À noite, na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, só se vê a escuridão que não acaba, mas os ruídos que se escutam contam toda a história. É a sinfonia da dor.

O chiado dos tanques e dos carros de combate israelenses indica que o metal de guerra continua entrando na faixa. De repente, sem aviso, ouvem-se estrondos que provocam uma espécie de pequeno terremoto; às vezes é a artilharia israelense que cospe, outras são foguetes Qasam lançados pelo Hamas de algum ponto de Gaza.

Ao longe se ouve o uivo das ambulâncias; algumas se dirigem a toda velocidade para os hospitais do interior de Gaza, levando mais feridos palestinos; outras correm para a fronteira israelense, transportando vítimas de um projétil de morteiro islâmico.

No ar corre o incessante rugido dos aviões sem piloto israelenses, que com suas poderosas câmeras desnudam a superfície palestina, fazendo uma radiografia - nunca totalmente precisa - de tudo o que acontece em seu território. Os estrangeiros, quando dormem em território palestino, demoram para conciliar o sono por causa desse ruído monótono e contínuo. Quando se fala disso com os palestinos, não entendem a que nos referimos: um jornalista de Gaza que viajou à Espanha me contou que custava a dormir porque sentia falta do ruído dos aviões teleguiados.

De repente, sempre na escuridão, ouve-se um silvo que gela o sangue e se vê uma luz. Dois segundos e uma eternidade depois, ouve-se uma explosão que faz tremer um grupo de jornalistas que, apinhados como que para se esquentar, transmitem ao vivo para países de todo o mundo. Até então moviam-se na fronteira como se fossem imunes às bombas. Depois do estrondo ensurdecedor na Torre de Babel jornalística, todos gritam a mesma coisa. "What was that impact?"... "Isso foi um tanque?"... "Mi pare di avere veduto un missile!"...

Segundos depois surgem da escuridão dois monstruosos helicópteros Apache que se eclipsam na noite até que lançam uma bola de fogo sobre algum alvo em Gaza.

Há poucos dias centenas de jornalistas de todo o mundo estavam festejando o Natal e o fim de ano com suas famílias em pontos distantes espalhados pelos cinco continentes, e agora se encontram em uma terra estranha, em uma guerra que não lhes pertence e que nem sempre conseguem entender.

Para se inteirar do que está acontecendo, os jornalistas gritam muitas vezes em seus telefones celulares para os colegas de suas respectivas redações, gente sentada em uma poltrona que acompanha minuciosamente as agências de informação... "Diga-me... o que está acontecendo aqui?"... De repente chega um táxi diretamente do aeroporto: é um jornalista japonês que escreveu a crônica antes de chegar. Todos os idiomas se misturam em uma espécie de esperanto da guerra.

Os momentos mais difíceis são quando, sem esperar, ninguém sabe por quê, sempre na escuridão, ocorrem longo silêncios... Todos esperam que isso não signifique que está passando um anjo. Mas o temor interno é que pouco depois, segundos depois, em Gaza ou em Israel, alguém não possa mais tremer.

Henrique Cymerman
Do La Vanguardia

COBRAM VIDA E SE CONSOLIDAM AS AÇÕES DE INOVAÇÃO DA FUNDAÇÃO DE PESQUISA DO ESTADO DO PARÁ

Boletim Bitnews
Belém/Pa - N. 180
14/01/2009


Ação Integrada - A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará - Fapespa, lançou o edital Infocentros Navegapará: ações colaborativas para cidadania digital. A data limite para submissão das propostas é o dia 15 de maio. A chamada também é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia - Sedect, e conta com a parceria da Secretaria de Estado de Comunicação - Secom, da Secretaria de Estado de Educação - Seduc, da Secretaria de Estado da Cultura, da Empresa de Processamento de Dados do Estado do Pará - Prodepa, e da Fundação de Telecomunicações do Estado do Pará - Funtelpa.

Habilidades Compartilhadas - No total, serão disponibilizados R$ 600 mil. O objetivo é o de conjugar as habilidades do uso do computador e Internet com ações educacionais e artísticas a fim de contribuir para o desenvolvimento local e para a melhoria nas condições de vida da comunidade utilizando espaços para inclusão digital integrados ao Programa Navegapará, como infocentros, laboratórios de informática de escolas públicas e pontos de cultura. Veja o edital aqui www.fapespa.pa.gov.br/files/edital infocentro.pdf


Seminário SharePoint - A Amazon Corporation iniciou 2009 inovando. Na semana passada, no auditório da empresa em Belém/PA, seus clientes participaram do Seminário Internacional de Sharepoint, com o consultor norte americano Greg Kiefer, proprietário da Kiefer Consultoria. Na ocasião foram apresentados vários sites de Internet, intranets e ferramentas de colaboração utilizando a plataforma MS SharePoint, inclusive com soluções desenvolvidas pela Amazon.


Grupo de Software - Credenciada no Pará para implantação do MPS.BR, a QR Consultoria, realizará na próxima sexta-feira (16) às 10h, na Incubadora da UFPa, reunião para apresentar às empresas de software da região, os detalhes do convênio para montar o primeiro grupo para implantação cooperada (com subsídio financeiro da Softex). Os interessados podem se obter maiores informações e/ou se inscreverem através de corporativo@qrconsult.com.br.


Cursos Específicos - Começam em fevereiro os cursos da Tecnoinf, com Asterisk - Montagem Prática de PBX IP, com instrutores da Casa do Linx e ObeliSk, e FPA - Análose de Pontos de Função, tendo como instrutor Carlos Eduardo Vazques. Mais informações em www.tecnoinf.com.br.


Eficiência para 2009 – O Blog Plugado.net, que pode ser acesado no portal da Associação Comercial do Pará - ACP, traz na primeira semana de 2009 dicas interessantes para quem deseja coordenar o seu tempo com a ajuda da tecnologia, ou quem sabe descobrir um pouco mais das utilidades das planilhas, e-mails e serviços que o mundo disponibiliza. Consulte as dicas e previsões para 2009 em www.acp.com.br.


Oi Cresce - A operadora Oi finalizou a aquisição da Brasil Telecom, numa transação de R$ 5,3 bilhões, assumindo inclusive dívidas que somam R$ 1 bilhão, da antiga controladoda da BrT.


e-Lounge Nortel - Poucos meses após o anúncio de seus esforços para desenvolver o web.alive, uma nova aplicação de negócios do mundo virtual, a Nortel anunciou que a fabricante de micros Lenovo, está utilizando a aplicação para seu novo protótipo de loja virtual. O e-Lounge da Lenovo foi apresentado em primeira mão no evento da CES (Consumer Electronics Show), ocorrido recentemente em Las Vegas.


Compras Sociais - Com o projeto, os clientes poderão criar avatares personalizados para entrar na loja virtual e interagir com outros compradores em todo o mundo e representantes da Lenovo. Os clientes também poderão participar de demonstrações de produtos e tutoriais apresentados por representantes virtuais da companhia. Os usuários podem ainda construir comunidades / grupos sociais para compras conjuntas com sua rede de amigos, família ou associados - um conceito definido como E-commerce Assistido ou Compras Sociais.


Segurança em Risco - Em 2008, a cada 15 minutos, uma nova vulnerabilidade foi descoberta em páginas da Web, segundo dados levantados pela empresa inglesa Sophos. Anexos de e-mails, spam e malwares virtuais serão os principais agravantes no quesito de ameaças corporativas.


Desafio Nacional - A SBC está convidando todos os membros da indústria de TIC, da comunidade científica e de empresas governamentais relacionadas a TIC, para contribuirem com a consolidação da iniciativa dos Grandes Desafios da Computação no Brasil para a próxima década. As propostas serão analisadas por uma comissão de especialistas quanto à pertinência, abrangência e desafios vislumbrados. Os autores cujas propostas forem selecionadas serão convidados a participar, nos dias 3 e 4 de março de 2009, em Manaus, do II Seminário de Grandes Desafios da Computação no Brasil. Mais detalhes em www.gd2.ufam.edu.br.


==++==++==++ Eventos ++ ==++==++==


Informática Educativa - Em julho acontecerá no Brasil, mais especificamente em Bento Gonçalves/RS, a Conferência Mundial de Computadores na Educação (www.wcce2009.org). Até esta semana, ainda é possível submeter trabalhos para a conferência.


NETCOM 2009
De 4 a 6 de agosto de 2009
Expo Center Norte - São Paulo/SP
www.arandanet.com.br

EM MARCHA UM NOVO DRAMA DA ZONA FRANCA DE MANAUS

O AUMENTO DAS DIMISSÕES, SEM EXISTIR UMA POLÍTICA PARA SUBSTITUIÇÃO DO MODELO BASEADO NA MICROELETRÔNICA PELA EXPLORAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, TRARAM PARA O COMPLEXO DE MANAUS A MAIOR CRISE DESSE PARADIGMA.

O Estado do Amazonas, diferentemente do Pará, não conta com extensiva mineração e nem com uma ampla estrutura de agronegócios como a que existe no estado do Pará.

A crise financeira internacional já começa a refletir na geração de empregos no Polo Industrial de Manaus (PIM). No ano passado, o número de demissões foi 35% maior que em 2007. Segundo o sindicato local, mais de 4,5 mil postos de trabalho foram cortados oficialmente, além de outros 6 mil empregos de pessoas com menos de um ano de registro em carteira.

Segundo o superintendente em exercício da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Oldemar Ianck, algumas empresas já apresentam problemas. Em entrevista ao jornal Gazeta Mercantil, Ianck explica que as dificuldades começaram em dezembro, e que até novembro as empresas do polo acumularam uma receita 20% superior ao mesmo período de 2007, chegando a US$ 28,57 bilhões.

Ianck também lembra que é normal que o índice de demissões em novembro e dezembro seja alto no Polo Industrial de Manaus, já que outubro é o pico dessa indústria. Mas admite que a Suframa já detectou "cortes além da quantidade" no caso dos trabalhadores temporários, além de aumento das férias coletivas e negociações para redução de jornada.

CRIME AMBIENTAL ( III ) FLORESTA DE PÉ, E PARA SEMPRE, ATRAI INVESTIDOR E TURISTA

Manter a floresta de pé tem o seu custo. É preciso cercar a área, mantê-la vigiada contra invasores e tomar medidas preventivas contra incêndios. Para fazer frente às despesas extras, os hotéis tendem a embutir os custos nas diárias.

Desde 1º de janeiro, o Refúgio Ecológico Caiman, no Pantanal, cobra uma taxa ambiental para os visitantes de R$ 30,00, por pacote. O dinheiro é destinado à manutenção de sua RPPN de 5,6 mil hectares. Se repetir a entrada de 3 mil turistas registradas no ano passado, será um reforço de R$ 90 mil no caixa. A aceitação dos hóspedes, segundo a empresa, tem sido boa.

O preço mais alto, aparentemente, não afugenta turistas. Uma pesquisa realizada no ano passado pela consultoria francesa TNS Sofres apontou que 69% dos 800 europeus entrevistados estão dispostos a pagar até 30% a mais em um pacote turístico desde que ele financie ações de preservação ambiental. No Equador, hóspedes de hotéis de selva recebem certificado de preservação de um determinado número de árvores , que varia dependendo do tempo de estadia.

Para que o número de reservas particulares ganhe escala, os especialistas defendem mais incentivos fiscais a quem manter a floresta. “A RPPN é uma ação voluntária. Se não tiver benefício, não tem escala”, diz Márcia Hirota, diretora de Gestão do Conhecimento da SOS Mata Atlântica. A única vantagem hoje é a isenção do Imposto Territorial Rural (ITR) da propriedade.

Fonte: Valor Econômico (Por Bettina Barros)

CRIME AMBIENTAL (II) FLORESTA DE PÉ, E PARA SEMPRE, ATRAI INVESTIDOR E TURISTA

O Governo do Estado poderia pensar em utilizar essa área para construir um complexo de reserva estratégica na região da PIERELLI. Pode ser um pequeno complexo verde para ser explorado sem destruição da floresta.

De olho nas novas tendências de mercado e no nicho promissor dos hotéis ambientalmente corretos, a Funcef, fundo de pensão da Caixa Econômica Federal, anunciou no fim de 2008 a criação de uma reserva florestal particular em seu Ecoresort de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Dona de um patrimônio imobiliário de R$ 2,1 bilhões, uma carteira hoteleira de três resorts e quatro hotéis econômicos, a Funcef agora quer agregar valor aos negócios via sustentabilidade.

Angra será a primeira experiência “verde”. A fazenda onde está localizado o ecoresort, composto por um hotel e dois condomínios, tem 180 hectares. Nada menos que 83,3% dessa área - 150 hectares - são de mata virgem, fragmentos da Mata Atlântica que sobreviveram à destruição do homem.

A Funcef ainda não tem as contas exatas, mas percebeu que a relação custo-benefício para manter a floresta em pé é interessante. Por um lado, o empreendimento está impedido por lei de derrubar árvores (o que sobrou da Mata Atlântica está protegido, sob pena de crime ambiental). Por outro, vê a procura crescente por hotéis “amigos da natureza” como oportunidade.

“O custo é pequeno para o valor agregado que teremos”, disse Jorge Luiz de Souza Arraes, diretor de participações societárias e imobiliária da Funcef. Em entrevista ao Valor, Arraes afirmou que deseja institucionalizar uma política para “que isso não seja pontual” nos negócios. “Quem não tiver esse tipo de postura vai ficar para trás”, diz.

O que diferencia esta iniciativa de outros ecoresorts no país é a sigla RPPN, de Reserva Particular para o Patrimônio Natural. Como o nome diz, trata-se de um instrumento jurídico destinado à preservação da floresta em propriedades particulares. É uma ferramenta ambiental extremamente rígida: uma vez criada a reserva - aprovada pelas autoridades ambientais e averbada em cartório - , a mata se torna intocável. Seus frutos ou sementes não podem ser comercializadas e as únicas atividades permitidas são as contemplativas (observação de pássaros e animais), de lazer (trilha e arvorismo) e pesquisa.

“É a garantia de preservação. A propriedade pode mudar de titularidade, mas a RPPN existirá sempre”, diz Carlos Alberto Mesquita, do Instituto BioAtlântica, no Rio.

Ao criar a RPPN em Angra, o fundo de pensão da Caixa aderiu a um restrito grupo de hotéis que optou pelo mesmo caminho. Além de algumas dezenas de pousadas, quatro grandes nomes figuram na lista: Sesc Pantanal e Refúgio Ecológico Caiman (de Roberto Klabin), no Pantanal, Costão de Santinho, na Mata Atlântica catarinense, e o Cristalino Lodge, na amazônia.

Em comum, esses empreendimentos enxergaram na RPPN uma forma de valorizar a imagem do hotel e o inserir num nicho de mercado ainda altamente inexplorado no país. Mas há também um forte componente emocional. Surgidas nos anos 90, as RPPNs em hotelaria resultam em muito da vocação de preservação florestal de seus proprietários.

“O ecoturismo não é o único propósito. Nosso principal objetivo é o de preservar a floresta e contribuir com os esforços de conservação da parte sul da amazônia que está passando por rápidas mudanças”, afirma Vitoria De Riva, diretora do Cristalino Lodge.

O sucesso desse tipo de atividade, no Brasil e no mundo, se explica pelos números. A Organização Mundial de Turismo calcula que em 2006, dado mais recente disponível, cerca de 42 milhões de pessoas se deslocaram de seus países de origem para fazer viagens motivadas pelo interesse na natureza.

“Ser sustentável deixou de ser uma coisa que se pode ou não fazer. Para o mercado internacional, isso é um pré-requisito”, diz Patrícia Servilha, diretora no Brasil da Chias Marketing, empresa de planejamento estratégico de turismo com sede em Barcelona e escritórios no México, Argentina e Chile. A consultoria estima, a partir de dados da OMT, que esse viajante gaste, em média, US$ 103,59/ dia e permaneça 15 dias no destino.

Fonte: Valor Econômico (Por Bettina Barros)