quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Aqui em Brasília - Ambientalistas de Brasília não querem um tijolo mais no Plano Piloto, e agora?



A FARSA DO SETOR NOROESTE

“O que me assusta não é a violência de poucos, mas a omissão de muitos.”
Martin Luther King

Prezados amigos, um crime sócio-ambiental está ocorrendo bem debaixo de nossos olhos. A população só conhece a versão oficial da história, que vem sendo propagada pelos meios de comunicação chapa branca, enquanto isso, a última grande reserva do Cerrado dentro da área tombada de Brasília já está sendo destruída e a comunidade indígena que cuida daquele local está sendo expulsa.

O governo arrecada uma fortuna com a chamada " Ecovila" Noroeste, que se diz ser o primeiro bairro ecológico do Brasil, mas na verdade trata-se de um tremendo engodo.

As verdadeiras Ecovilas que se espalham por todo o mundo são criadas em cima de áreas já degradadas pelo homem, aonde os futuros moradores irão recuperar o local , respeitando e se adaptando aos ritmos da natureza.
Na FALSA Ecovila do GDF, existe na verdade um projeto antiquado que será construído em cima de uma reserva ambiental e de um santuário indígena, projeto feito pelas construtoras da cidade e "doado" ao governo local, aonde se criou um bairro de luxo, aonde o desperdício e a ineficiência serão predominantes. Verdadeiras estufas de vidro e granito climatizadas com muito ar-condicionado.

O projeto contraria todo e qualquer princípio de arquitetura ambiental, não pensou-se em criar um zoneamento para preservar a reserva florestal, muito pelo contrário, a avenida principal passa justamente na área com a vegetação nativa mais preservada, e que vem sendo cuidada e mantida pelos índios que habitam a região.

A farsa do projeto "sustentável" é na verdade uma repetição de clichês do chamado "marketing verde" ou melhor “maquiagem verde”, que serve única e exclusivamente para encarecer os apartamentos (captação de água da chuva e paineis solares para aquecimento de água já é lei em várias cidades do Brasil. É uma obrigação das construtoras e não um gesto em defesa da natureza.)

A cara-de-pau do governo e principalmente da imprensa vendida é tão grande que usam justamente as riquezas naturais da reserva do Bananal e citam as suas árvores (copaíba, ingá, angico, baru, açoita-cavalo, barbatimão, pimenta de macaco, jequitibá etc) como itens para vender qualidade de vida para os futuros moradores.

Eles só não dizem que as mesmas árvores estão sendo destruídas por seus tratores na calada da noite.

Com esta farsa o GDF já engordou o seu cofre com 1 bilhão de reais, fora a fortuna que as construtoras irão ganhar (as mesmas que elegeram o atual governador, fora o fato de que o vice-governador é um dos maiores empresários da construção da região).

E com essa fortuna circulando, está todo mundo de bico calado, os deputados distritais defendendo os seus patrocinadores de campanha, o IBRAM órgão que só sabe abençoar o que o governo manda, e os que permanecem em cima do muro, FUNAI e IBAMA que lavam suas mãos convenientemente.
Enquanto isso o cacique Korubo, guardião do local que vinha sendo ameaçado de morte está DESAPARECIDO HÁ SEIS MESES, e uma residência indígena foi incendiada de maneira criminosa. Tenho certeza que vc não leu e não lerá isso no Correio Braziliense.

Mas a atitude do governo e dos empresários já era esperada, estranho seria se eles se comportassem de maneira diferente.
O que não é admissível é ver a passividade do cidadão brasiliense, que terá a sua qualidade de vida extremamente prejudicada por esse tsunami de concreto e asfalto despejados em cima da última grande reserva de Cerrado dentro da área tombada de Brasília. Especialistas em trânsito já falam do caos que virá em nossas ruas, igualando Brasília às demais capitais, com engarrafamentos intermináveis e poluição do ar.

O governo fala que a cidade não tem para onde crescer, assim justificando as suas atrocidades,mas ignora que naquela região poderia ter sido feito um verdadeiro bairro ecológico. Primeiramente delimitando a reserva ambiental e o santuário indígena, depois criando verdadeiras ecovilas nas áreas degradadas ( pelo próprio GDF) do local, usando os princípios do urbanismo ecológico e da arquitetura bioclimática, aonde teria uma população de moradores condizente com a fragilidade do local.

Mas o que está sendo feito é o extremo oposto, uma farra da especulação imobiliária que agride a inteligência da população mais esclarecida. Brasília vai fazer 50 anos, isso aqui não é mais terra de ninguém como pensam os políticos.

O ministério público em março deste ano recomendou a suspenção de todas as licenças emitidas pelo Ibama para a construção do setor noroeste por irregularidades no processo, e recomendou ainda o estudo para a demarcação da terra indígena do Bananal.

A mobilização já está sendo feita, diversas ong´s, grupos estudantis, associações de moradores já estão nesta luta, mas ainda é pouco, precisamos da SUA participação também. Junte-se a nós.
PAREM OS TRATORES JÁ!!!

Contamos com a participação de todos na divulgação deste email, mas o mais importante será a presença física no local, para que todos possam olhar com os próprios olhos a riqueza e a beleza da reserva do Bananal, e a destruição que os tratores da “ecovila” estão causando (vide fotos anexas).

Convidamos portanto para:
TRILHA ECOLÓGICA NO SETOR NOROESTE

Dia 8 de novembro (domingo) a partir das 10 horas, encontro no estacionamento ao lado do canhão que fica entre o setor militar e o setor noroeste. Leve água e protetor solar.

Para que todos despertem para o fato de que um cidade é feita por seus moradores, e não por políticos com interesses próprios.

Obrigado pela atenção,

Movimento Cerrado Vivo

Economia - Exportações brasileiras perdem espaço para produtos chineses na América do Sul

Durante a copa do mundo na Alemanha, a seleção brasileira aparentemente se considerou imbatível, treinou pouco, achou que poderia ganhar de qualquer outro time quando bem entendesse e foi eliminada. O mesmo acontece com o mercado: se as empresas não se preparam adequadamente, tendem a desaparecer. Sob o ponto de vista da produtividade, se estivessem disputando a copa, os jogadores chineses teriam grandes chances de erguer a taça. O país de maior população de todo o planeta, com cerca de 1, 313 bilhão de habitantes, impõe tantos desafios à indústria mundial que até mesmo as maiores potências econômicas precisam suar a camisa para acompanhar o ritmo frenético de produção asiático.

Baixos salários, produção em larga escala e estratégias governamentais que fomentam o setor produtivo a partir de políticas industriais eficientes são alguns fatores que explicam a forte competitividade da China no mercado mundial, fazendo com que a produção industrial do país consiga crescer mais de 16% ao ano. O índice subiu 16,2% em 2005, em comparação a 2004, e já cresceu 18,7% só no primeiro semestre de 2006. Outra vantagem competitiva é a taxa de câmbio, que mantém a moeda chinesa desvalorizada de modo a baratear os produtos. As longas jornadas de trabalho e o menor salário/hora do mundo são situações que acabam por atrair o investidor frente à baixa participação do custo trabalho na composição do valor do produto.

Hoje, apesar da crise internacional a economia chinesa tem conseguido se recuperar com relativa rapidez, entretanto, a grande diferença do setor empresarial chines, se comparado com o brasileiro, é o valor agegado aos produtos o que reflete na baixa competitividade das empresas. O País vende mais commodities e menos produto acabados.

Veja a matéria do Correio abaixo:

Liana Verdini
Correio

As exportações brasileiras estão perdendo espaço para os produtos chineses na América do Sul, principal destino das manufaturas nacionais. De acordo com estudo da economista Lia Valls, da Fundação Getulio Vargas (FGV), as perdas ainda são pequenas, mas a situação pode se agravar este ano, pois a estratégia desse país oriental é vender produtos manufaturados para nações em desenvolvimento, uma vez que todas as projeções indicam que esse grupo está sofrendo menos perda de renda do que os países desenvolvidos.

Trata-se de uma tentativa da China de compensar a perda de exportações para o mercado dos Estados Unidos, que enfrentam uma das piores recessões de toda a sua história. Esse movimento chinês explica a expressiva perda de mercado no exterior de alguns produtos brasileiros, especialmente siderúrgicos e componentes do setor automobilístico.

Esse é o caso, por exemplo, do dispositivo para comando de acelerador, freio, embreagem, direção ou caixa de marchas vendido ao Uruguai. De acordo com o levantamento da economista, 98% das perdas das exportações brasileiras para o país vizinho são devido ao aumento da participação chinesa na venda desse tipo de componente. Outro exemplo são os tubos para perfuração utilizados na extração de petróleo ou gás comprado do Brasil pela Colômbia. Em 2008, o Brasil perdeu 90% desse mercado para produtos similares chineses.

"O preocupante de tudo isto é que o Brasil está perdendo exportações de produtos de maior valor agregado (mais caros). E isso poderá ter algum impacto em nossa balança comercial se não houver maior atenção das autoridades para essa tendência que está se desenhando", observa a economista.

Leia a matéria completa no Correio Braziliense Aqui

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Mineração - Chineses ganham mercado com preço cada vez menor. Preço do produto chinês em reais despenca no ano


Sergio Lamucci e João Villaverde
Valor Econômico
Os preços dos produtos importados da China despencaram desde o começo do ano, aumentando ainda mais a dificuldade das empresas brasileiras de concorrer com os rivais asiáticos. De janeiro a setembro, as cotações em reais de muitas das mercadorias chinesas superaram com folga a valorização do câmbio no período, um sinal de que houve recuo também em dólar, como mostra um estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) feito a pedido do Valor, com base nos números do Ministério do Desenvolvimento.

Há casos em que, em nove meses, os preços dos produtos em reais caíram mais de 50%, como os das bolsas de matérias têxteis (-63,3%), dos calçados de matéria têxtil com sola de borracha (-51,7%) e dos brinquedos representando animais e criaturas não humanas (-54,7%). Para comparar, o dólar médio caiu 21,1% de janeiro a setembro, de R$ 2,31 para R$ 1,82.

O estudo da Fiesp deixa claro que o o aumento da concorrência chinesa se espalha por diversos setores da economia , como destaca o diretor titular de Relações Internacionais e Comércio Exterior da entidade, Roberto Giannetti da Fonseca. No setor de borracha e plástico, os preços de pneus novos para ônibus ou caminhões caíram 46,5% de janeiro a setembro, enquanto houve recuo de 31,9% nos dos caminhões-guindastes com hastes telescópicas, de 44,9% nos móveis de metal e de 42,2% nos terminais portáteis de telefonia celular. Giannetti diz que os chineses, ao manterem a cotação do yuan fixa em relação ao dólar, "pegaram carona" na desvalorização da moeda americana em relação às divisas do resto mundo, "especialmente o real, a que mais se valorizou".

Para complicar ainda mais a situação dos concorrentes brasileiros, os chineses conseguem reduzir os seus preços em dólar. "É uma concorrência desleal." Segundo Giannetti, é "absolutamente impossível" para as empresas brasileiras obterem ganhos de produtividade suficientes para enfrentar a magnitude da diminuição dos preços dos produtos chineses. Para ele, já está em curso um processo de desindustrialização no país. Há empresas de autopeças que passaram a importar produtos da China e apenas colocam a marca no Brasil, segundo ele. "Eu vejo diariamente na Fiesp empresários desesperados para tentar barrar a competição chinesa."

O segmento têxtil é um dos que mais sofrem com a competição dos asiáticos. "A economia está em recuperação, entrando no período das festas de fim de ano com ritmo acelerado, impulsionando o crescimento a partir de 2010. O setor têxtil, porém, não está aproveitando praticamente nada", afirma Domingos Mosca, coordenador da área internacional da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Segundo ele, o "derretimento" do real contribui para fortalecer o ingresso em massa de produtos chineses, especialmente roupas e tecidos. "Somos um setor muito sensível ao câmbio. Essa competição predatória com os chineses está nos asfixiando", afirma Mosca.

A fabricação nacional do tecido denim, usado na produção do jeans, custou, em média, US$ 5,24 o quilo nos primeiros nove meses deste ano. Na China, o mesmo produto chegou ao Brasil custando US$ 4,20 o quilo. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, a balança comercial deste tipo de tecido é favorável em 2009 até setembro - US$ 17,7 milhões. Representantes do setor, no entanto, apontam que esse cenário não deve durar por muito mais tempo.

"Numa feira em Xangai na semana passada, um metro de tecido denim era negociado a US$ 1,60. Aqui, de jeito nenhum podemos vender o metro por menos de US$ 2. O saldo comercial não se sustentará", afirma Mosca. Segundo ele, a balança comercial de tecidos e vestuário deve fechar negativa em US$ 2 bilhões neste ano. A situação é mais dramática na comercialização de vestuário. Dados da Abit apontam que a fabricação nacional custa US$ 34,70 por quilo. As importações chinesas chegam ao Brasil com preços 60,3% mais baratos - US$ 13,70 por quilo.

Para Mosca, os industriais chineses são incentivados à exportar por meio do câmbio desvalorizado em relação ao dólar, os baixos encargos trabalhistas e a pequena carga tributária. "No Brasil é tudo ao contrário. Enquanto os encargos chineses representam 15% dos salários, aqui eles superam 100%. Como se não bastasse, nossa moeda não para de se valorizar, dificultando ainda mais a exportação e facilitando a vida da China no nosso mercado", afirma.

Para Rinaldo Dini, dirigente do Sindicato da Indústria Óptica (Siniop), além das condições facilitadas para produção e exportação, os chineses também se apoiam na internalização ilegal do produto - o contrabando. Segundo Dini, uma prática comum é declarar um preço mais alto para escapar da cobrança de impostos de importação mais elevados, mas comercializar em território brasileiro por um preço mais baixo.

Rinaldi avalia que nem mesmo avanços na fiscalização da Receita Federal são capazes de, isoladamente, dar competitividade ao produto nacional. Segundo dados do Siniop, os preços das armações de óculos no Brasil variam, na média, entre R$ 20 e R$ 70. A armação chinesa, por sua vez, custa, na média, US$ 6 (R$ 10,38). "Com a taxa de câmbio em R$ 2, o produto chinês pode ser vendido por R$ 15 que, além de ser mais barato que o brasileiro, ainda devolve lucro ao importador." O raciocínio, na prática, é mais "cruel", diz ele, uma vez que o câmbio está muito "pior" que R$ 2 - fechou na sexta-feira a R$ 1,73. "No setor de óculos, tinhamos por volta de 300 fábricas. Nos últimos quatro anos, a maioria fechou, e uma parcela passou a importar da China. Restam entre 15 a 20 fábricas que ainda produzem armações."

Manuel Miguez, proprietário da Escovas Fidalga, afirma que, mantidos taxa de câmbio e encargos trabalhistas, apenas um "milagre" pode salvar o mercado interno brasileiro de "invasão" dos produtos chineses nos próximos anos. O preço médio de uma escova de cabelo produzida no mercado nacional é R$ 15, enquanto os importados chineses são vendidos pela metade do preço no varejo. Esse diferencial convenceu diversas empresas do setor a importar o produto da China, desativando a produção local. O movimento, afirma Miguez, é altamente lucrativo, uma vez que o espaço antes destinado a máquinas e operários pode ser ocupado por caixas do produto final, importado. Miguez, que também preside o Sindicato da Indústria de Móveis de Junco e Vime e Vassouras e de Escovas e Pincéis no Estado de São Paulo (Simvep), afirma que os importadores hoje são maioria no setor. "O que não deixa de ser um tiro no pé. Se todo mundo virar importador, teremos muito menos trabalhadores. Sem emprego, não temos consumo. É uma bola de neve, e está apenas começando", afirma ele.

A Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais (Abimei) tem obviamente uma visão diferente sobre a concorrência chinesa. O diretor-secretário da entidade, Daniel Dias de Carvalho, diz que os produtos da China vendidos no Brasil são aqueles com menor valor agregado, um segmento no qual os brasileiros têm dificuldades de competir em grande parte por questão de escala.

Ele defende a importação das máquinas da China como uma maneira de os empresários brasileiros reduzirem seus custos de investimento. "Se você sabe quanto custa uma máquinas chinesa e percebe que ela atende perfeitamente o seu propósito, estaria disposto a pagar o dobro do preço por uma máquina nacional? Além disso, há várias casos de máquinas em que há produção nacional capaz de suprir a demanda."

Carvalho diz que o dólar a R$ 1,70 não é o câmbio ideal para o setor. "É melhor uma taxa de R$ 2 a R$ 2,10, e mais estável." Nesse nível, o dólar fica num patamar mais adequado para toda a economia, diz ele. É um câmbio ainda competitivo para os importadores, que teriam a possibilidade de vender também mais produtos às empresas exportadoras, cujo desempenho melhoraria com uma moeda americana mais cara.

Aqui em Brasília - Curiosidades, a veja e o cidadão: VOCÊ


Politicômetro da VEJA.
Apesar de que desde faz 79 anos não leio a Veja, apenas dou uma olhada no consultório do dentista (cada 6 meses), hoje recebi este teste pelo e-mail e repasso para seu entretenimento.


Já fiz e senti certo constrangimento porque me "atacou" me avaliando como "de esquerda moderado liberal", acredito em um mercado forte na economia, entretanto não concorda com restrições à liberdade individual.

Fiz o teste para repassar para o leitor meu permanente protesto contra esse pasquim que até de graça é oferecido entre os chamados segmentos "A" e "B", da sociedade. É uma palhaçada, os que já lí em revistas femininas são de maior conteúdo e qualidade. Também já conheço esse sociólogo Alberto Almeida ( não é o espírita), este é um medíocre com título de graduação e só, que vive ministrar palestrinhas para de auto-ajuda para a Globo e Veja, palestras que são freqüentadas por algum crédulo, cândido, inexperiente ou um pomboca e desavisado cidadão, que apenas lê a VEJA, como única fonte de informação.

Segue a explicação do testinho da Veja:

"O politicômetro é um teste de opinião que o situa no campo das liberdades individuais e da relação entre o estado e a economia. Com a ajuda do sociólogo Alberto Almeida, VEJA preparou um questionário com vinte perguntas. Assim que terminar de respondê-las, você saberá a sua posição política em um quadrante que tem como eixos os extremos esquerda-direita e liberal-antiliberal" (Veja, 2009).

Aceito suas opiniões e aguardo críticas a mim e a VEJA.

Clique aqui e faça o teste para conferir como a veja avalia seus princípios, em geral

Diploma
que a Veja outorga aos jornalistas e leitores brasileiros


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Política - Governo do Pará confirma substituto na SEFA


Confirmado: diretor do Sebrae assumirá a Sefa.

Você sabe qual foi a razão da exoneração do Zé Raimundo, nosso colega da Faculdade de Economia da UFPA?.

Fala-se em falta de competência e falta de inteligência emocional para administrar os problemas com os servidores e o sindicato. Em uma queda de braço com o ex-chefe da Casa Civil, a corda se cortou pelo elo mais fraco, como dizia o filósofo.  

O presidente do Sindicato dos Servidores do Fisco do Pará (Sinditaf), Charles Alcantara, recebeu com reservas a notícia da confirmação do economista Vando Vidal de Oliveira Rego, 42, para comandar a Secretaria de Estado da Fazenda. A nomeação, determinada pela governadora Ana Júlia Carepa, será publicada nesta quarta-feira, no Diário Oficial do Estado.

Vidal assume o lugar do economista José Raimundo Barreto Trindade, que se desgastou com a queda vertiginosa de arrecadação e pela greve dos servidores da fazenda, encerrada na sexta-feira. “O fato de ele não ser oriundo da área sindical é uma temeridade. Vai ter que negociar conosco e pode repetir a atuação de José Raimundo Trindade. Mas como não sei muito sobre o perfil do novo secretário, prefiro esperar para conferir”, disse Alcantara, ex-chefe da Casa Civil da governadora Ana Júlia.

Alcantara enfatizou que espera do novo secretário transparência nas ações, valorização do servidor fazendário e das políticas fazendárias. O sindicalista disse que está disposto a colaborar com o novo secretário, desde que este trabalhe de acordo com os princípios éticos que devem nortear o setor fazendário.

PERFIL DO NOVO SECRETÁRIO

Especialista em Economia do Trabalho, Vando Vidal ocupava, desde janeiro, o cargo de diretor administrativo e financeiro do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/Pará).

Entre 2007 e 2008, foi diretor de Planejamento, Administração e Finanças da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, ocupada por Maurílio Monteiro, ex-cunhado da governadora e, ao que se diz nos bastidores, é o patrono da indicação de Vidal para o lugar de Trindade.

O novo secretário é natural de Santarém. Ele também coordenou o Grupo Especial de Trabalho em Engenharia dos Parques Tecnológicos, Distritos Industriais e Infraestrutura do Programa NavegaPará. Na Prefeitura de Belém, em 2003, assumiu interinamente a Secretaria Municipal de Saneamento. Em 2006, foi secretário de Desenvolvimento Econômico, em Canaã dos Carajás, então administrado pelo PT. Mas não tem militância no partido.

Secretários e parlamentares do PT não quiseram comentar a indicação de Vando Vidal, em detrimento de José Júlio Lima, que aparecia como favorito entre os auxiliares diretos da governadora. Consultados, afirmaram que a nomeação é prerrogativa de Ana Júlia e que não lhes compete discutir isso. O líder do PT na Assembleia Legislativa, Airton Faleiro, não foi encontrado para comentar a substituição. (Diário do Pará).

Esporte - Finalmente uma análise impecável sobre a "estratégia de escape" do Robinho


Do UOL Esporte
Em São Paulo

Nos últimos tempos, Robinho manifestou seu desejo de trocar seu clube por outro no qual julga ter melhores condições de se tornar o melhor do mundo. Parece um filme já conhecido, mas o atacante do Manchester City repete agora o que fez no Real Madrid. Em baixa, o brasileiro se arrisca de novo em uma tática questionável, que aumenta a desconfiança em torno dele. Como se não bastasse, ele ainda se vê prejudicado por uma lesão e pelas atuações sem destaque. Tudo isso coloca em dúvida até sua presença na seleção brasileira.

Sem conseguir o brilho esperado no Real Madrid, Robinho viveu seus últimos momentos no clube espanhol rodeado por polêmicas. O brasileiro forçou sua saída dos Merengues, com seguidas declarações de que gostaria de defender o Chelsea. No fim das contas, ele foi para a Inglaterra, mas para se juntar ao Manchester City. A transferência lhe rendeu o nada honroso "título" de jogador mais mercenário, de acordo com o diário francês L'Équipe.

A negociação ficou em torno de 40 milhões de euros. Na época, Robinho afirmou que no Manchester City teria condições de se tornar o melhor jogador do mundo. Em um clube "emergente", graças ao dinheiro investido pelo xeique Mansour bin Zayed Al Nahyan, os resultados em campo não foram dos melhores: o time terminou o Campeonato Inglês em 10º lugar.

Os planos de crescimento do Manchester City ganharam impulso ainda maior para esta temporada e isto afetou diretamente o jogador. O clube não economizou pare reforçar seu elenco, principalmente o ataque. Para o setor ofensivo, foram contratados Emmanuel Adebayor, Carlos Tevez e Roque Santa Cruz. Robinho perdeu espaço e acabou na reserva.

Como se não bastasse, a lesão no tornozelo sofrida pelo brasileiro complicou sua situação não só no clube como até o ameaça na seleção brasileira. No Manchester City, além da concorrência com os reforços, o atacante se preocupa com outro "rival". O galês Craig Bellamy tem se destacado com boas atuações pela equipe.

E se antes Robinho tinha lugar cativo na seleção, hoje há quem coloque em dúvida sua presença na equipe. Enquanto Luís Fabiano e Adriano parecem nomes certos para a Copa do Mundo-2010, Nilmar e Alexandre Pato acirraram a disputa por uma vaga e colocaram alguns pontos de interrogação na cabeça de Dunga - ainda mais depois das últimas atuações sem tanto brilho do ex-santista com a camisa amarela.

Agora, Robinho repete a mesma estratégia usada quando quis deixar o Real Madrid. O atacante manifestou seu desejo de retornar ao futebol espanhol e já disse que gostaria de vestir a camisa do Barcelona. Além de destacar a qualidade dos blaugranas, o atacante afirmou que, no Camp Nou, teria mais condições de alcançar a condição de melhor jogador do mundo.

Enquanto acumula declarações polêmicas e tenta forçar mais uma vez a saída de um clube, Robinho coloca seu futuro em risco. Com a imagem arranhada, ele nem pode recorrer ao seu desempenho em campo para amenizar a situação, pois seus espaços se reduziram tanto em sua equipe como na seleção. Seus planos de se tornar o melhor do mundo correm risco de se transformar em ameaça para seu futuro.

EUA cobram meta de pobre sem mostrar as suas, acusa africano

Carlos Minc também criticou aos Estados Unidos por exigir muito e oferecer pouco.

Terminou com críticas aos EUA o principal dia da reunião ministerial que tenta desatar alguns nós da negociação para a conferência de Copenhague. Representantes de cerca de 30 países fizeram em Barcelona uma discussão política antes do último encontro de negociadores pré-Copenhague, que acontece na semana que vem na cidade espanhola. Foi uma tentativa de tirar a reunião dinamarquesa da rota do fracasso.

Há três pontos principais de debate na reta final: 1) como serão estabelecidas as metas de corte de emissões até 2020; 2) quem pagará para os países pobres combaterem a mudança climática, e quanto; 3) quem administrará esse dinheiro.


Na sexta-feira (30), os EUA pressionaram os emergentes a revelar suas propostas imediatamente. "Precisamos saber o que China, Índia, Brasil, Indonésia e África do Sul pretendem fazer. É crucial", disse na reunião o americano Todd Stern, o homem do governo Obama para questões climáticas. Stern falou logo depois do representante chinês e disse que a necessidade de ter informação para discutir domesticamente antes de Copenhague "não se aplica a um grande número de países".

A Folha teve acesso apenas a parte do encontro - a reportagem foi expulsa da sala pelo governo dinamarquês, organizador do evento, sob o argumento de que não estava prevista cobertura de imprensa ali.

Após a reunião, o representante sul-africano rebateu o argumento americano: "Os EUA querem números nossos, mas não mostram os deles", afirmou Alf Wills.

O governo brasileiro adotou caminho parecido. "Os EUA têm exigido muito e oferecido pouco", afirmou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Na reunião, ele trabalhou com a meta de reduzir até 2020 as emissões de gás carbônico em cerca de 30% -o número final será discutido com o presidente Lula na terça-feira.

O representante chinês, Xie Zhenhua, do Conselho Nacional de Desenvolvimento, alertou que a reunião poderia acabar em mais conflito a depender do foco das negociações. E cobrou: "Os países desenvolvidos precisam ter uma redução significativa de suas emissões". (Fonte: Roberto Dias/ Folha Online)

Assista aqui vídeo: Copenhage, O Kioto que não foi?



domingo, 1 de novembro de 2009

Meio Ambiente - O passivo ambiental, Editorial da Folha de S. Paulo


Aproxima-se a data para regularizar propriedades rurais, e o governo Lula já cogita novo adiamento na cobrança das regras

TORNOU-SE já consensual o objetivo de não repetir com as imensas florestas na metade do país que chamamos de Amazônia a experiência trágica da mata atlântica, reduzida a menos de 8% da área original. No entanto, não se encontrou ainda a fórmula capaz de conciliar preservação com a agricultura e a pecuária.
Em 2008, o agronegócio sustentou 36% das exportações brasileiras. Não se pode abrir mão desse resultado, nem pode ele servir de pretexto para que tratores e patas do gado arrasem as matas que a lei manda preservar.
Dá-se como certo que o Planalto adiará mais uma vez a aplicação de multas diárias de R$ 50 a R$ 500 por hectare para aqueles proprietários que não averbarem (fizerem anotar em escritura) suas áreas de reserva legal. A data-limite é 11 de dezembro.
Reservas legais são terrenos em que é obrigatório manter a cobertura vegetal nativa. Estão previstas no Código Florestal desde 1965, para que a preservação das matas do país não ocorra só em terras públicas ou unidades de conservação. A parcela da propriedade reservada varia: 80% em áreas com florestas na Amazônia Legal, 35% naquelas com cerrado na mesma região e 20% no restante. Não são intocáveis: o dono pode manejá-las, por exemplo, extraindo alguma madeira e frutos.
Para muitos proprietários, sobretudo na Amazônia, averbar a reserva legal significa reconhecer um grande passivo ambiental. O Código Florestal em vigor (lei nº 4.771, alterada por medida provisória em 2001) faculta-lhes três opções, ou uma mescla delas, para recompor a vegetação indevidamente derrubada: replantio de espécies nativas em um décimo da área a cada três anos; regeneração natural; compensação por meio de compra de área equivalente na mesma microbacia fluvial.
Apesar da flexibilidade, alguns donos de terras resistem à averbação. Preferem centrar fogo no improvável afrouxamento do código. Há quem proponha no Congresso, por exemplo, retroceder a reserva legal na Amazônia aos 50% que vigoravam antes de 2001. A reação da opinião pública -nacional e internacional- seria avassaladora se a proposta vingasse.
A averbação se tornou obrigatória em julho de 2008 e deveria vigorar em dezembro daquele ano. Foi adiada para o final de 2009. Acredita-se que será novamente adiada, talvez para junho de 2010 (embora pareça duvidoso que Lula vá hostilizar a base ruralista em ano eleitoral).
Dessa bancada no Congresso e até do Ministério da Agricultura surgem agora propostas para livrar da recomposição produtores que tenham desmatado sem amparo legal. É inaceitável. Muitos o fizeram justamente na expectativa de que a regra seria abrandada. Chegou o momento de estancar de vez essa torrente de risco moral, que só prejudica quem obedece a lei.
Outro alvo de inconformismo são as áreas de preservação permanente (APPs). Proprietários devem manter incólumes terrenos com corpos d'água, em topos de morros e em terrenos com mais de 45 de inclinação, entre outras situações.
Uma das funções das APPs é impedir a erosão. A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) argumenta que, no caso dos cursos d'água, a extensão da faixa a preservar deveria ser determinada com base em critérios técnico-científicos, como a conformação geológica das barrancas, e não na largura do rio, como hoje. As normas mais específicas seriam objeto de legislações estaduais, aproximando-as das condições regionais, o que parece sensato (se não for pretexto para afrouxar as leis).
Pleiteia-se ainda computar a superfície das APPs para inteirar a reserva legal. Uma expectativa razoável, aliás contemplada pelo código em algumas situações. A lei também admite que órgãos ambientais reduzam a 50% a área de reserva legal a recompor, em propriedades da Amazônia com passivo ambiental, desde que haja indicação para tanto em zoneamentos agrícolas propostos pelos Estados.
O Ministério do Meio Ambiente cogita outras concessões. Uma delas seria criar "cotas" de reserva legal -o proprietário que dispusesse de mais do que o exigido poderia vender o excedente a outro. Alguns cultivos, como maçã, uva e café, seriam permitidos em encostas, consagrando áreas há muito cultivadas. A compensação poderia ocorrer fora da microbacia, se no mesmo bioma.
Alguns ambientalistas, contudo, se agarram a uma legislação que parece perfeita, ou quase, mas é descumprida por toda parte. Entre um fundamentalismo e outro avança a fronteira agrícola, de forma desordenada, abrindo caminho para o Brasil reeditar um roteiro de desenvolvimento insustentável que todos gostariam de arquivar para sempre.

Ecologia - VI Semana de Economia das Faculdades Integradas do Tapajos (FIT)

A sustentabilidade da Amazônia na visão da economia ecológica


O Curso de Ciências Econômicas, das Faculdades Integradas do Tapajós (FIT), representado pelo corpo docente e discente realizou a VI Semana de Economia, no período de 29 e 30 de Outubro de 2009, no auditório da Associação Comercial de Santarém (ACES). Os temas abordados foram “A sustentabilidade da Amazônia na visão da economia ecológica” e “As Políticas de Desenvolvimento na Amazônia: PAC e BR – 163”.

De acordo com o coordenador do curso, Prof. Sandro Leão, a pretensão do evento foi discutir alguns temas de forte interesse não só para a área específica da economia, como também para um público mais amplo, que busca informações sobre a economia do meio ambiente e as políticas públicas na Amazônia.
As palestras foram proferidas por mim, pelo Dr. Gabriel Guerreiro (Deputado Estadual do partido verde/Pará), Everaldo Martins Filho (PMS) e Prof. Dr. Gilberto Marques (UFPA).

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FIT

sábado, 31 de outubro de 2009

MÚSICA - Como disse o poeta, "Caminante no hay camino sino estelas en la mar"


Caminante No Hay Camino
Joan Manuel Serrat

Todo pasa y todo queda
Pero lo nuestro es pasar,
Pasar haciendo caminos,

Caminos sobre la mar.
Nunca perseguí la gloria,
Ni dejar en la memoria
De los hombres mi canción;
Yo amo los mundos sutiles,
Ingrávidos y gentiles
Como pompas de jabón.
Me gusta verlos pintarse de sol y grana,
Volar bajo el cielo azul,
Temblar súbitamente y quebrarse...
Nunca perseguí la gloria.
Caminante son tus huellas el camino y nada más;
Caminante, no hay camino se hace camino al andar.


Al andar se hace camino
Y al volver la vista atrás
Se ve la senda que nunca
Se ha de volver a pisar.
Caminante no hay camino sino estelas en la mar...

Hace algún tiempo en ese lugar
Donde hoy los bosques se visten de espinos
Se oyó la voz de un poeta gritar
Caminante no hay camino, se hace camino al andar...

Golpe a golpe, verso a verso...
Murió el poeta lejos del hogar
Le cubre el polvo de un país vecino.
Al alejarse, le vieron llorar.
"caminante, no hay camino, se hace camino al andar..."

Golpe a golpe, verso a verso...
Cuando el jilguero no puede cantar
Cuando el poeta es un peregrino,
Cuando de nada nos sirve rezar.
Caminante no hay camino, se hace camino al andar.

Golpe a golpe, verso a verso. (3 bises)

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Meio Ambiente - COP-15 será a hora das florestas, diz diretora da ONU


A frente do Fórum de Florestas das Nações Unidas (UNFF), Jan McAlpine, comemora a grande atenção que as florestas estão recebendo dentro das negociações climáticas internacionais. Entre os pontos centrais que serão discutidos na Conferência de Mudanças Climáticas da ONU (COP15) em dezembro, em Copenhague, está um mecanismo de pagamento aos países em desenvolvimento para reduzirem o desmatamento e a degradação, conhecido como REDD.

Diretora do UNFF há um ano, Jan foi por onze anos conselheira sênior sobre florestas e principal negociadora do Departamento de Estado dos Estados Unidos.

Confira abaixo a entrevista dada com exclusividade para a CarbonoBrasil durante o Congresso Mundial de Florestas, em Buenos Aires.
CarbonoBrasil - A menos de 45 dias da COP15, qual é a sua perspectiva para o encontro?

Jan McAlpine - Primeiro, eu acho que é uma oportunidade extremamente importante para as florestas que basicamente ficavam fora do mapa, em muitas maneiras. Por todo o tempo que estou trabalhando internacionalmente pelas florestas quase nunca houve recursos para elas. Eram quantias mínimas, algum dinheiro para a plantio de florestas, mas com certeza não para o manejo sustentável. A grande oportunidade com as mudanças climáticas e a agenda do REDD é que pela primeira vez as florestas estão recebendo atenção e sua grande contribuição para a sustentabilidade é percebida.
CB - Como podemos garantir que os benefícios financeiros irão para as comunidades?

McAlpine - Como trabalho há muitos anos com governos, te digo uma coisa: governos nunca garantem nada, especialmente grupos de governos. Mas uma maneira de ter certeza que isso aconteça, e acho que o Brasil tem um bom presidente nesta área, é fazer como que isto seja parte da lei do seu país. Como o Nepal mostra, desde meados dos anos 80, manejo florestal comunitário é parte da lei deles. Mas como um próprio nepalês disse, mesmo sendo parte da lei, menos de 30% das florestas são de propriedade das comunidades. Então sempre haverá esta tensão no modo como os governantes interpretam isso.

Porém, os fundos para as propostas de carbono são um grande recurso para mostrar a contribuição das florestas e eu diria que indígenas e representantes de comunidades têm sido bem ativos no processo climático para garantir que sejam ouvidos. Não é comum ver uma experiência vívida igual a deles nesses processos.

Eu acho que para as florestas é muito bom (REDD), algumas estimativas falam que são necessários US$15 bilhões por ano e já temos o comprometimento de um país, a Noruega, com US$ 3 bilhões. É muito impressionante. Outros governos estão começando a fornecer recursos também, e esta é uma quantidade significativa de dinheiro para fazer a diferença. A pergunta então, que você fez, é como isso vai apoiar as comunidades que vivem em florestas? Eu acho que ainda teremos que continuar trabalhando nisso, porque é muito mais desafiador.

CB - A senhora acha que em Copenhague teremos uma decisão sobre o REDD ou vai levar mais tempo?
McAlpine - Eu não tenho uma bola de cristal, mas eu estou esperançosa. Eu realmente acredito que a força da Convenção do Clima da ONU nos dá uma boa oportunidade para avançarmos em Copenhague. Por isso, eu me sinto bastante positiva.

CB - A senhora acredita então que os povos indígenas e comunidades que vivem em florestas estão bem envolvidos nas discussões do REDD?
McAlpine - Eu não sei se você pode representar com precisão todas as comunidades e todas as vozes, mas é bastante significativa a extensão com que tais grupos conseguiram garantir que seus interesses estivessem na mesa e fossem considerados pelos doadores e negociadores climáticos. Definitivamente há um avanço considerável em entender os impactos das decisões sobre florestas no clima e em particular sobre os indígenas. Não sei se as comunidades locais estão incluídas de forma clara, mas os indígenas, sim.

CB- A senhora disse na sua apresentação que o mercado pode criar uma distorção para os projetos florestais. Durante a última COP (em Poznan), a senhora também comentou que “a intensificação recente de doações de investimentos em florestas para apenas mitigar o problema climático poderia significar mais distorções para as finanças em manejo sustentável”. O que você quer dizer com “distorções”?

McAlpine - Eu estava me referindo aos “cowboys do carbono”.
CB - E o que a senhora quer dizer com isso?

McAlpine - O problema é que a ênfase nos projetos climáticos tem sido em aflorestamento, reflorestamento e degradação florestal. Floresta nativa preservada é um assunto muito mais difícil: como você paga por isso, como recompensa os governos e comunidades, qualquer coisa e qualquer um para conservar a floresta. A comunidade que discute mudanças climáticas tem lidado com o problema do entendimento sobre esse assunto há décadas. Agora, com o REDD e REDD , eles estão tentando chegar a isso de alguma maneira. Mas é um assunto difícil.

O meu ponto é que se você focar apenas em aflorestamento, reflorestamento e degradação florestal, você estará lidando apenas com uma parte do quebra-cabeça. A questão é como você recompensa as pessoas que vivem na interseção no Rio Negro, no Amazonas, para eles não derrubarem as árvores? Isto é difícil. O que quero dizer sobre distorções do mercado é que se muitos investimentos forem para aflorestamento ou reflorestamento haverá um volume limitado de doadores que irá para florestas nativas que estão de pé hoje e poderá levar muito deste dinheiro para longe do manejo comunitário em florestas virgens ou intocadas. Esta é a ameaça. Existem tentativas de lidar com políticas sobre as comunidades de florestas, mas é algo que ainda não está resolvido.
(CarbonoBrasil)

Meio Ambiente - Ignacy Sachs critica venda de créditos de carbono e defende dirigíveis


Desenvolver mantendo a floresta preservada. O desafio está sendo debatido desde ontem na Estação Gasômetro, no III Encontro Anual Fórum Amazônia Sustentável, que termina hoje. Durante o evento, foi assinada uma Carta Aberta ao Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pedindo que ele e seus ministros conclamem os demais líderes mundiais à importância da elaboração de uma acordo 'ambicioso, justo e com força de Lei', em Copenhague. Estudiosos, organizações sociais, governos, empresários e Organizações não Governamentais (Ongs) participam do evento, último realizado no Brasil antes da Conferência do Clima, no mês de dezembro, em Copenhague, na Dinamarca.

Entre os convidados de ontem, um nome que virou referência no assunto, sendo considerado mundialmente como um dos maiores especialistas em desenvolvimento sustentável: professor Ignacy Sachs, da Escola de Altos Estudos Sociais de Paris. Na ocasião, Sachs falou da importância do zoneamento ecológico-econômico; da certificação de origem de produtos; da necessidade da melhoria das condições de transporte. Sachs também criticou a venda de créditos de carbono.

'Se o meu vizinho polui e eu começo a tossir, eu não vou parar de tossir quando ele comprar um pedaço da floresta e continuar poluindo. Nós temos que resolver esses problemas através de projetos e não de programas individuais de compra ou venda de carbono', disse Ignacy Sachs, durante a palestra de abertura.

O especialista acredita que um dos caminhos para tentar resolver o problema seria avançar na política de zoneamento ecológico-econômico. Mas ele lembra da necessidade de fiscalizar a área envolvida. 'Não é suficiente fazer apenas um documento. Vamos em seguida fazer um monitoramento da execução ou não execução da área zoneada. Poderia ser o caso de se instituir um certificado obrigatório', sugeriu.

Leia mais no O Liberal Aqui

Internacional - Zelaya e Micheletti fecham acordo em Honduras; Congresso decide se presidente deposto voltará ao poder


O governo golpista de Honduras aceitou um acordo que abre as portas para o retorno ao poder do presidente deposto Manuel Zelaya, quatro meses após ele ter sido expulso do país em um golpe militar. Zelaya permanece abrigado na embaixada brasileira em Tegucigalpa desde que retornou de surpresa a Honduras, em 21 de setembro último.

A seguir os principais pontos do acordo entre o presidente de fato de Honduras, Roberto Micheletti, e o chefe de Estado deposto Manuel Zelaya, qualificado pelo primeiro como "o início do fim da crise política" no país da América Central:

•Apoiar a proposta que permite uma votação no Congresso Nacional com uma opinião prévia da Suprema Corte de Justiça para retroagir todo o Poder Executivo prévio a 28 de junho de 2009, ou seja, a restituição de Zelaya ao governo.

•Criação de um governo de unidade e reconciliação nacional.

•Rejeitar a anistia de crimes políticos e moratória das ações penais

•Renunciar à convocação de uma Constituinte ou a uma reforma da Constituição nas cláusulas pétreas.

•Reconhecer e apoiar as eleições gerais de 29 de novembro e a transferência de governo.

•Transferir autoridade sobre o Supremo Tribunal Eleitoral, as Forças Armadas e a Polícia Nacional.

•Criar uma comissão de verificação para fazer cumprir os dispositivos do acordo.

•Criar uma comissão da verdade que investigue os fatos, antes durante e depois de 28 de junho de 2009.

•Solicitar à comunidade internacional a normalização das relações com Honduras.

Veja a matéria na íntegra no UOL NOTÍCIAS INTERNACIONAL
Aqui

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Política - Quem está por tras do candidato próprio do PMDB? Pode uma coisa dessas?




"......Por trás da animosidade de Requião está um personagem recém-desembarcado desembarcado do governo Lula: o ex-ministro Roberto Mangabeira Unger.

Demitiu-se da pasta de Assuntos Estratégicos para retomar a cadeira de professor de Harvard, nos EUA. Súbito, voltou a dar as caras no Brasil.

Mangabeira filiou-se ao PMDB e pôs-se a medir asfalto. Percorre o país como um mercador da terceira via. Fala para platéias de peemedebistas.

Esteve em Goiânia. Passou por Cuiabá. Há 15 dias, esteve na Curitiba de Requião. O governador levou-o à sede local do PMDB. Discorreu sobre programa de governo e candidato próprio.

Ao abrir o encontro, Requião perguntou aos pemedebês presentes: “Quem aqui [...] acredita que o partido deve ter um candidato à Presidência da República?”

Todos os braços que o rodeavam se ergueram. A cena pode ser conferida na foto lá do alto. “Maravilha!”, disse Requião. “Nós temos uma unanimidade...”

“...Por isso eu me entusiasmei quando o Roberto Mangabeira me ligou numa manhã dessas dizendo que estaria disposto a vir à Curitiba [...]”.

Mas e quanto ao nome do candidato? Embora frequentem o debate com cara de alternativas, Mangabeira e Requião dizem que isso é coisa para depois.

Primeiro o projeto. Depois o candidato. “Parece piada”, disse ao repórter um dirigente do PMDB que negocia o apoio a Dilma.

Um apoio que, para virar realidade, depende da aprovação da convenção nacional da legenda, marcada para junho de 2010.

Os votantes da convenção virão dos Estados. A turma pró-Serra tenta tocar fogo nos diretórios estaduais.

Num instante em que o time de Dilma apresenta o pré-acordo selado em Brasília como um extintor, Requião irrompe no palco munido de gasolina.

Sentindo o cheiro de queimado, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, pede pressa ao PT.

Para evitar surpresas na convenção de junho, Henrique Alves, Dilma desde menino, quer acelerar o fechamento dos acordos estaduais entre PMDB e PT.

A caligrafia de Mangabeira Unger salpica no novo capítulo da guerra interna do PMDB uma pitada de ironia.

Mangabeira não é um noviço no partido. Jacta-se de ter sido um dos primeiros a assinar o documento de fundação do PMDB.

Contudo, entre a saída e a reentrada, Mangabeira revelou-se uma cintura com roldanas. Foi guru de Leonel Brizola, no PDT...

...Coordenou a primeira candidatura presidencial de Ciro Gomes, à época no PPS.

Como articulista de jornal, pespegou na gestão Lula a pecha de “governo mais corrupto da história”. Virou ministro de Lula. E agora, fora da Esplanada, conspira contra Dilma, a candidata do ex-chefe.

Leia a matéria completa no UOL NOTICIAS, no Blog de Josias de Souza Aqui