6/1/2010 18:01
Da Redação
Agência Pará
O Plano de Desenvolvimento Regional do Xingu (PDRS) será finalizado até 31 de maio deste ano para inclusão no leilão de Belo Monte. Ou seja, a empresa que vencer a licitação da obra terá que implementar as ações do documento, beneficiando a população dos 10 municípios da região. A finalização do PDRS será feita por um grupo de trabalho intergovernamental formado por 19 órgãos do governo federal e 25 do Estado.
Decretos lançados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (de 19 de novembro de 2009) e pela governadora Ana Júlia Carepa (nº 1.979, de 30 de novembro de 2009) criaram o GTI. O grupo tem uma secretaria executiva formada pela Casa Civil da Presidência da República, Ministério da Integração Nacional e Secretaria de Estado de Integração Regional (Seir) para coordenar os trabalhos.
O PDRS é um instrumento de planejamento com vistas ao desenvolvimento socioeconômico da região, por meio de ações e obras a serem implementados a curto, médio e longo prazos. Fazem parte da região do Xingu os municípios de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Pacajá, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu.
O governo do Estado, através da Seir, já realizou o diagnóstico da realidade local e as consultas públicas. O diretor de Integração Territorial da Seir, Denivaldo Pinheiro, explica que o GTI vai revisar o diagnóstico e fazer o cruzamento das ações demandadas nas consultas públicas com as previstas pelos governos federal e estadual para definir as diretrizes e as ações estratégicas.
A primeira reunião da secretaria executiva acontece no próximo dia 14, no auditório do Centro Integrado de Governo (CIG), em Belém. Mas o GTI já começou a trabalhar após encontro no mês passado, em Brasília. A próxima reunião ampliada será nos dias 1 e 2 de fevereiro, também na capital paraense.
Membros - Cada órgão integrante do GTI do Xingu vai definir as ações correspondentes às suas respectivas áreas de atuação. Os órgãos do governo federal no grupo, são Casa Civil e Secretarias de Assuntos Estratégicos e de relações Institucionais da Presidência da República; Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; da Educação; da Saúde; das Cidades; de Minas e Energia; do Desenvolvimento Agrário; do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; da Integração Nacional; do Meio Ambiente; do Planejamento, Orçamento e Gestão; dos Transportes; do Trabalho e Emprego; da Justiça; e de Pesca e Aqüicultura; e Centrais Elétricas Brasileiras.
Os órgãos do Estado no GTI, são Casa Civil do Governo do Estado; secretarias de Estado de Integração Regional; de Planejamento, Orçamento e Finanças (Sepof); de Agricultura (Sagri); de Governo (Segov); de Assistência e Desenvolvimento Social (Sedes); de Cultura (Secult); de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect); de Desenvolvimento Urbano e Regional (Sedurb); da Fazenda (Sefa); de Educação (Seduc); de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh); de Meio Ambiente (Sema); de Obras Públicas (Seop); de Pesca e Aqüicultura (Sepaq); de Projetos Estratégicos (Sepe); de Saúde (Sespa); de Segurança Pública (Segup); de Trabalho, Emprego e Renda (Seter); e de Transporte (Setran); Institutos de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp); de Desenvolvimento Florestal do Pará (Ideflor); e de Terras do Pará (Iterpa), Companhia Paraense de Turismo (Paratur); e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater-PA).
Amazônia, meio ambiente, ecologia, biodiversidade, desenvolvimento sustentável, ciência e tecnologia, incubadoras e parques tecnológicos, política nacional e internacional - Amazonia, the environment, ecology, biodiversity, sustainable development, science and technology, incubators and technology parks, national and international policy
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Chile de Norte a Sul - A Concertação cometeu seu erro histórico e pagará caro por isso
Tenho viajado pelo chile de Norte a Sul e de Sul a Norte, visitado cidades da cordilheira ao mar e todo mundo com quem falo concorda: a concertação cometeu um dos seus principais erros, desconhecer a força da diversidade e da disidencia.
Os presidentes dos partidos socialistas e democratacristianos, reprovaram a realização primárias internas, o que na realidade não mudaria a indicação do candidato mayoritário do bloque, apenas consolidaria sua força e legitimaria sua candidatura. Não foi assim e um dos jovens militantes do Partido Socialista, Marco Enríquez, renunciou e se apresentou como independente, passando de 1% das preferência eleitorais para mais de 20%, resultando o terceiro colocado e sendo hoje depositário de mais de um milhão 500 mil votos que podem decidir a eleição do Segundo Turno.
Os sociaslistas e democratacristiãos preferem perder a eleição a reconhecer seus erros. E menos aceitar o chamado de todas as correntes da Izquierda de que os presidentes dos partidos devem renunciar para assim ampliar o leque de apios ao candidato do Bloque, Eduardo Frei.
O perigo de um trunfo da direita é iminente e muitos ex Marquistas (que apoiaram a Marco Enríquez) preferem hoje votar na direita, como voto de castigo à insenzatez política da concertação.
Assim, a direita pode ganhar e arrebatar o trunfo à concertação. Teriamos direita por mais 12 anos.
Os presidentes dos partidos socialistas e democratacristianos, reprovaram a realização primárias internas, o que na realidade não mudaria a indicação do candidato mayoritário do bloque, apenas consolidaria sua força e legitimaria sua candidatura. Não foi assim e um dos jovens militantes do Partido Socialista, Marco Enríquez, renunciou e se apresentou como independente, passando de 1% das preferência eleitorais para mais de 20%, resultando o terceiro colocado e sendo hoje depositário de mais de um milhão 500 mil votos que podem decidir a eleição do Segundo Turno.
Os sociaslistas e democratacristiãos preferem perder a eleição a reconhecer seus erros. E menos aceitar o chamado de todas as correntes da Izquierda de que os presidentes dos partidos devem renunciar para assim ampliar o leque de apios ao candidato do Bloque, Eduardo Frei.
O perigo de um trunfo da direita é iminente e muitos ex Marquistas (que apoiaram a Marco Enríquez) preferem hoje votar na direita, como voto de castigo à insenzatez política da concertação.
Assim, a direita pode ganhar e arrebatar o trunfo à concertação. Teriamos direita por mais 12 anos.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Aqui no Chile - Um país de cerejas, vinhedos e rosas
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
sábado, 2 de janeiro de 2010
Biodiversidade - Cadeia produtiva da castnha
Começou a safra da castanha do Pará. No Acre, principal estado produtor, a coleta ajuda na renda dos pequenos agricultores.
É inverno amazônico. A época de verão para o restante do país não é considerada assim para quem vive no meio da floresta porque chove muito e o acesso por estradas fica bastante comprometido.
Para chegar à casa do agricultor José Francisco de Freitas, que mora a dez anos no lugar, a equipe de reportagem precisou seguir a pé. Ele coleta castanha e extrai borracha, produtos que geram uma renda de quase mil reais por ano. Para a alimentação da família ele mantém pequenas plantações e cria alguns animais.
“A gente produz, no caso do arroz e do feijão, para a subsistência. Chega a safra da castanha e é uma ajuda. Tem também a ajuda do gado, que a gente tem para manter a subsistência da família”, falou seu José.
O trabalho do seu José com a coleta dos ouriços de castanha começa com o preparo das ferramentas. Quase todas são feitas com materiais extraídos da própria floresta, como a fibra utilizada para fazer o balaio ou panero, como se diz pela região.
Já no meio da floresta, ele procura uma mão de onça. Mas não é do bicho onça. Ele olha para o lado, pega um galho, corta, pega mais uns galhos finos e está pronta mais uma ferramenta feita na hora.
“A gente faz a mão de onça para a colheita ouriço, de castanha”, explicou seu José.
A coleta da castanha é feita entre os meses de dezembro e março. Na última safra o seu José vendeu 52 latas do produtor, cada uma com dez quilos. A renda total foi de R$ 520. Ele recebeu pelas castanhas R$ 2,00 a mais por lata do que o preço pago no mercado. Isso porque ele participa de um programa de boas práticas, que aumenta o valor do produto.
“Amontoa e deixa amontoado por dois ou três dias no máximo. Aí tem que quebrar e levar para casa e colocar para enxugar. Depois, tem a catação da castanha para tirar todas as impurezas”, esclareceu seu José.
Outras 23 famílias fazem parte da mesma associação de extrativismo que o seu José. A castanha coletada pelos produtores vai para o novo armazém da comunidade. Além das boas práticas e da estrutura de armazenamento, a associação dos extrativistas busca a certificação internacional do produto orgânico, titulo que pode render até R$ 2,00 a mais por lata de castanha vendida.
Da comunidade a castanha é carregada diretamente para a cooperativa, que recebe quase a metade de toda a produção do Estado. O controle de qualidade, que começa na floresta, continua na cooperativa. A castanha passa por um processo de secagem e classificação. Depois de esterilizada, a casca é quebrada e a amêndoa ou a própria castanha passa por outra separação, onde são tiradas impurezas como cascas e amêndoas quebradas. Elas são colocadas ainda em estufas para mais uma secagem de 20 horas.
Depois de tudo, elas voltam para uma classificação manual e seguem para serem embaladas a vácuo, em caixas de 20 quilos cada. Na safra passada a cooperativa conseguiu negociar o produto ao preço de R$ 17 a lata. Para esta safra a expectativa é aumentar o preço.
“Nós temos uma grande perspectiva para 2010. No momento ainda não temos uma definição de preço. Mas estamos na expectativa de que vai melhorar em relação a 2009”, falou Manoel Monteiro de Oliveira, representante da Cooperacre.
O Acre é responsável por 34% da produção nacional de castanha do Pará.
É inverno amazônico. A época de verão para o restante do país não é considerada assim para quem vive no meio da floresta porque chove muito e o acesso por estradas fica bastante comprometido.
Para chegar à casa do agricultor José Francisco de Freitas, que mora a dez anos no lugar, a equipe de reportagem precisou seguir a pé. Ele coleta castanha e extrai borracha, produtos que geram uma renda de quase mil reais por ano. Para a alimentação da família ele mantém pequenas plantações e cria alguns animais.
“A gente produz, no caso do arroz e do feijão, para a subsistência. Chega a safra da castanha e é uma ajuda. Tem também a ajuda do gado, que a gente tem para manter a subsistência da família”, falou seu José.
O trabalho do seu José com a coleta dos ouriços de castanha começa com o preparo das ferramentas. Quase todas são feitas com materiais extraídos da própria floresta, como a fibra utilizada para fazer o balaio ou panero, como se diz pela região.
Já no meio da floresta, ele procura uma mão de onça. Mas não é do bicho onça. Ele olha para o lado, pega um galho, corta, pega mais uns galhos finos e está pronta mais uma ferramenta feita na hora.
“A gente faz a mão de onça para a colheita ouriço, de castanha”, explicou seu José.
A coleta da castanha é feita entre os meses de dezembro e março. Na última safra o seu José vendeu 52 latas do produtor, cada uma com dez quilos. A renda total foi de R$ 520. Ele recebeu pelas castanhas R$ 2,00 a mais por lata do que o preço pago no mercado. Isso porque ele participa de um programa de boas práticas, que aumenta o valor do produto.
“Amontoa e deixa amontoado por dois ou três dias no máximo. Aí tem que quebrar e levar para casa e colocar para enxugar. Depois, tem a catação da castanha para tirar todas as impurezas”, esclareceu seu José.
Outras 23 famílias fazem parte da mesma associação de extrativismo que o seu José. A castanha coletada pelos produtores vai para o novo armazém da comunidade. Além das boas práticas e da estrutura de armazenamento, a associação dos extrativistas busca a certificação internacional do produto orgânico, titulo que pode render até R$ 2,00 a mais por lata de castanha vendida.
Da comunidade a castanha é carregada diretamente para a cooperativa, que recebe quase a metade de toda a produção do Estado. O controle de qualidade, que começa na floresta, continua na cooperativa. A castanha passa por um processo de secagem e classificação. Depois de esterilizada, a casca é quebrada e a amêndoa ou a própria castanha passa por outra separação, onde são tiradas impurezas como cascas e amêndoas quebradas. Elas são colocadas ainda em estufas para mais uma secagem de 20 horas.
Depois de tudo, elas voltam para uma classificação manual e seguem para serem embaladas a vácuo, em caixas de 20 quilos cada. Na safra passada a cooperativa conseguiu negociar o produto ao preço de R$ 17 a lata. Para esta safra a expectativa é aumentar o preço.
“Nós temos uma grande perspectiva para 2010. No momento ainda não temos uma definição de preço. Mas estamos na expectativa de que vai melhorar em relação a 2009”, falou Manoel Monteiro de Oliveira, representante da Cooperacre.
O Acre é responsável por 34% da produção nacional de castanha do Pará.
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