terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Cultura e Cinema - You Tube inaugura novo serviço de aluguel de filmes: começarão com uma seleção de graça do Festival de Sundance


Além de compartilhar os lucros dos vídeos mais populares com seus donos, YouTube acrecentou uma boa nova: agora se poderão alugar filmes a um preço muito baixo e por meio do seu Site.

Mas cuidado, que além dos filmes de carteleira se oferecerá uma grande oportunidade a realizadores independentes, quens verão a YouTube como uma janela para alugar suas criações cinematográficas.

Entre US$0.99 e US$19.99 pelo aluguel de filmes disponíveis em linha desde 24 horas até um máximo de 90 dias, os usuários poderão desfrutar da melhor seleção cinematográfica.

Para animar aos usuários do seu portal, YouTube lançará um especial com algumas fitas do Festival de Sundance que desde esta sexta feira 29 e até dia 31 de janeiro estarão disponíveis ssem custo.
 

Veja aqui o site do Festival de Sundance

Meio Ambiente - Multinacional francesa GDF Suez da hidrelétrica de Jirau no rio Madeira, está entre as empresas mais irresponsáveis do mundo


A GDF Suez, responsável pelo empreendimento, acaba de ser eleita uma das seis companhias e organizações que mais ameaçam o meio ambiente e a população. Entidades enviaram uma carta ao presidente da empresa e ao governo francês exigindo suspensão imediata das obras.

Thais Iervolino Amazônia.org

A usina hidrelétrica de Jirau, em construção no Rio Madeira (RO) e alvo de críticas de especialistas e da população afetada por ter grandes impactos socioambientais, conquistou mais um feito: fazer da empresa que lidera o consórcio que desenvolve a obra, o grupo GDF Suez, uma das seis empresas e organizações mais irresponsáveis do mundo em 2010, segundo premiação internacional Public Eye Awards ("Olho do Público", em tradução livre para o português).

De acordo com Roland Widmer, da OSCIP Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, uma das entidades que indicaram GDF Suez pelo prêmio Public Eye, "o empreendimento está causando sérios impactos socioambientais. A eleição da GDF Suez pelo prêmio Public Eye demonstra que, cada vez mais, a sociedade civil cobra o abismo entre discurso oficial de empresas e sua atuação efetiva".

Entre as violações de direitos humanos estão a ausência de consentimento livre, prévio e informado dos povos indígenas e a falta de atenção aos índios isolados que serão diretamente afetados. Pesquisadores alertam também sobre os impactos ambientais que a obra traz, entre eles estão o desmatamento e a possível extinção de espécies de peixes.

Como finalista na categoria de empresas mais irresponsáveis no mundo, a GDF Suez concorre, a partir do dia 14 de janeiro, na categoria "People's Award" (Premiação do Público, em tradução livre para o português), na qual os internautas podem votar e escolher, até hoje 26 de janeiro, amanhã será a divulgação da premiação final da empresa que mais desrespeita o meio ambiente e populações afetadas. A cerimônia de entrega do prêmio acontecerá em Davos, na Suíça.

Para votar, basta acessar o site da premiação: Vote Aqui

Carta à Suez

Organizações brasileiras e internacionais enviaram, nesta quarta-feira (13), uma carta ao presidente do grupo, Gérard Mestrallet. O presidente da Suez na América Latina e do consórcio Energia Sustentável do Brasil , Jan Flachet e Victor Paranhos, respectivamente, também receberam o documento.

O objetivo da ação é fazer com que a empresa suspenda imediatamente as obras de Jirau e tome medidas emergenciais com relação aos impactos ambientais e sociais já criados por causa do empreendimento.

Leia documento na íntegra Aqui e detalhes sobre a campanha contra GDF Suez em Jirau Aqui

O cntraditório veja um ferrenho defensor do consórcio
o Deputado Moreira Mendes de Rondônia (PPS) que rasga as vestiduras com elogios sobre “postura social” do grupo Suez Aqui. Tem deputado para todos os gostos.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Lula - Visão estratégica

Para Lula, momento é de investimento em inovação tecnológica

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que o momento é de investimento em inovação tecnológica e que a medida vai "fazer toda a diferença" no crescimento e no desenvolvimento econômico do país. Ele disse ainda que as chamadas termelétricas flex vão dar "mais flexibilidade" ao setor.

Em seu programa semanal Café com o Presidente, Lula citou a inauguração da primeira termelétrica a álcool feita pela Petrobras em Juiz de Fora (MG). Ele lembrou que o país tem muitas outras termelétricas a gás, que podem ser convertidas para álcool para garantir "tranquilidade" no fornecimento de energia.

"Sobretudo agora, que estamos discutindo a questão do aquecimento global, o Brasil, mais uma vez, sai na frente e apresenta ao mundo que é possível criar uma matriz energética menos poluente que é o etanol e que pode gerar muitos empregos e ajudar países africanos, países como o Haiti e outros da América Latina", disse.

Leia mais o Valor Online: Aqui

Pará - Os 20 projetos estratégicos do Governo, metas para mudar o perfil econômico e social do Estado


A Governadora do Estado anunciou na sexta feira 22 de janeiro um conjunto de programas que são estratégicos para o desenvolvimento do Estado. Parabéns pela iniciativa e acreditamos que os projetos são mesmo estratégicos e com sua implantação a vida dos paraenses mudará radicalmente.

Apenas alguns comentários são necessários para termos uma visão mais exata da ordem de grandeza dos projetos.


É fundamental saber se eles são metas concretas e, portanto deverão ter uma data para sua realização, já que muitos desses projetos não serão desenvolvidos neste mandato da Governadora e sim, se é reeleita, no segundo mandato, até 2014, inclusive a construção de alguns dos projetos irão além de 2014 (gasodutos, ferrovias, aeroportos, 6 hidrelétricas, etc).

Qual é a ordem e grandeza das metas. Financeiramete devem estar relacionados a uma previsão de crescimento do PIB e a uma base de projeção claramente entendida.

E para cumprir essas metas quais serão as ações a realizar?. É fundametal dar uma luz respeito disso.

Mesmo assim, é fundamental que se pense em uma data, de outra forma a idéia perde seriedade e pode até servir para acender o fogo dos que não torcem pelo sucesso do projeto de longo prazo do Estado. Poderia ser interessante relacionar esses projetos com o ano do Bicentenário da forma em que está sendo pensado o Projeto Brasil 2022 que é coordenado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.

Uma outra questão importante é pensar, para o Estado do Pará, em projetos estratégicos relacionados diretamente ao capital social e não apenas físico do Estado. Dentre eles educação, capacitação tecnológica, Melhoria do ensino nas universidades do Estado, dentre elas a UEPA que ainda deixa muito a desejar, se comparada com outras universidades estaduais.
Em fim se percebe falta de investimentos no capital social dentre os 20 projetos.

Seguem os projetos que serão realizados, nos próximos anos.

Os 20 projetos - água para 400 mil famílias; aeroporto de Marabá e Santarém; mais casas em municípios com mais de 50 mil habitantes; o Plano de Desenvolvimento Sustentável do Xingu; a 2a e 3a. etapas do Ação Metrópole, com bilhete único e terminais; mais infocentros e pontos públicos com sinal livre de internet; gasoduto Belém-Marabá.
Estes são os 20 projetos:
1. Ferrovia Norte Sul até Barcarena
2. Terminal II em Barcarena, com 8 (oito) berços
3. Terminal de regaseificação em Barcarena
4. Gasoduto Belém-Marabá
5. Porto de Espadarte
6. Porto de Marabá
7. Porto de Vitória do Xingu
8. Cinco hidrelétricas no Tapajós
9. Hidrelétrica de Marabá
10. Federalização da PA-150
11. Aeroporto de Santarém
12. Aeroporto de Marabá
13. Terminal multimodal no Porto de Santarém
14. PDRS do Xingu
15. Ampliação do Programa Navega Pará, garantindo maior abrangência e velocidade
16. Projeto de urbanização integrada, com habitação, saneamento, pavimentação, atendimento básico de saúde (UPA), infocentro, creche, posto de segurança, Praça da Juventude.
17. Projetos Habitacionais para o Programa Minha Casa Minha Vida, para cidades com mais de 50 mil habitantes
18. Quatrocentos mil novas ligações de água.
19. Segunda Etapa do Projeto Ação Metrópole: prolongar a avenida João Paulo II até Marituba, duplicação da Perimetral e construção do Túnel sob a avenida Dr. Freitas.

20. Terceira Etapa do Projeto Ação Metrópole: Intervenção nas avenidas Almte. Barroso e Augusto Montenegro, criando um Sistema de Transporte e Trânsito integrado na Região Metropolitana de Belém que inclui a construção de terminais de integração de transporte coletivo.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Pará e as possibilidades de um verdadeiro modelo de desenvolvimento sustentável

Dia 26 de janeiro será realizado um importante debate no IDESP (veja a notícia no Blog do Alencar) onde será debatido o modelo de desenvolvimento, por economistas do Pará, entre eles o ex-secretário da Fazenda, José Raimundo Trinidade, o Chefe da Casa Civil e articulador político dao Governo, Claúdio Puty e o professor do Naea/Ufpa, Francisco de Assis Costa (chiquito), todos eles do mesmo partido e são ou foram técnicos do Governo do Estado e, seguramente continuaram a ser, se a governadora é reeleita. Nesse sentido são em certa medida os "ideólogos" do modelo que existe hoje no Estado. Poucas novidades se espera desse diálogo, entre três economistas que pensam  o desenvolvimento de forma muito parecida. Como não teremos alguma outra proposta de desenvolvimento para o Pará, esse diálogo será mais um ato oficial da posse do nosso colega Zé Raimundo ao frente do IDESP que um debate com algúm contraditório.

Aproveito a oportunidade para meus desejos de que o novo diretor do IDESP realize um excelente trabalho ao frente dessa importante instituição, como estou certo que realizará.

Como não gosto passar em branco quando existem debates da importância daqujele que será realizado no IDESP, não aguentei a vontade de postar alguma questões que tenho discutido, sobre a crise dos modelos de desenvolvimento e as possibilidades de um novo modelo que contribua com a sustentabilidade da Amazônia.

Na realidade, este ártigo é apenas um extrato de outros trabalhos que já publiquei e onde o conceito de Desenvolvimento Sustentável foi analisado em detalhe. O objetivo desta postagem é, apenas, mostrar que a noção de desenvolvimento é bem mais complexa daquela que usualmente vemos no cardápio dos programas que os diversos governos do Estado do Pará tem difundido como "desenvolvimento sustentável"

Seguem, abaixo, algumas críticas ao conceitos de desenvolvimento sustentável e como ele tem sido erradamente entendido até hoje.

CRÍTICAS E ALTERNATIVAS AO MODELO DE DESENVOLVIMENTO ATUAL

Existe um amplo leque de economistas, aqui referidos, que apresenta críticas e alternativas ao já esgotado modelo de desenvolvimento, baseado no aumento da produção material e no consumo excessivo e de uma população sempre crescente. A expansão se dá de forma contínua, levando, de um lado, ao aumento da extração e uso de recursos naturais e ambientais, e, de outro lado, geram cada vez maiores volumes de resíduos e rejeitos de alto potencial nocivo que são lançados livremente no meio ambiente.
Essa dinâmica tem sido particularmente agravada a partir de meados do séc. XX, em que houve um grande aumento de escala da economia mundial até os dias atuais. Essa escala, em termos muito gerais, tem dois componentes básicos: a magnitude da população humana e o nível de renda per capita. Nos cinqüenta anos posteriores à Segunda Guerra mundial, por exemplo, a população do Brasil mais do que triplicou, e o PIB aumentou mais de 12 vezes. Por seu turno, a população mundial passou de 1,5 bilhão de pessoas, em 1900, para 6,3 bilhões, em 2003, e o PIB global, no mesmo período, cresceu de 900 bilhões para 3 trilhões de dólares.

A questão que se apresenta é: será que não existem limites para essa expansão? Será que a economia mundial pode continuar com esse modelo de crescimento, a se expandir indefinidamente, sem provocar sérias repercussões nas diversas esferas e segmentos da sociedade? Esse conjunto de questões adquiriu grande relevância no final dos anos 1960. Uma discussão mais elaborada da comunidade internacional sobre os limites do desenvolvimento no planeta data da década de 1970. Foi quando se iniciaram os primeiros debates sobre o risco da degradação do meio ambiente global. O assunto era novidade na época, já que, até então, a preocupação se centrava na escassez de recursos naturais, como ameaça ao processo de desenvolvimento.

O Clube de Roma e os limites do crescimento

“Os limites para o crescimento”, conhecido como Relatório do Clube de Roma, foi o documento resultante de uma ampla pesquisa conduzida pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), Dennis Meadows. Ele alerta para os riscos ocasionados por um modelo de crescimento econômico que não leva em conta a capacidade dos recursos naturais do planeta, entre outros aspectos. O estudo afirma que, mantidos os níveis de industrialização, de poluição, de produção de alimentos e de extração dos recursos naturais, o limite de desenvolvimento do planeta seria atingido, no máximo, em 100 anos.

Para alcançar a estabilidade econômica e ecológica, Meadows propõe o congelamento do crescimento da população global e do capital industrial; mostram a realidade dos recursos limitados e rediscutem a velha tese de Malthus (economista britânico da escola clássica, discípulo de Adam Smith, escreveu um texto sobre os efeitos da constante tendência de todas as formas de vida de aumentar sua população além da capacidade de provisão de alimentos) do perigo do crescimento desenfreado da população mundial. A tese do necessário crescimento zero significava um ataque direto à filosofia do crescimento contínuo da sociedade industrial e uma crítica indireta a todas as teorias do desenvolvimento industrial que se basearam nela. As respostas críticas às teses de Meadows surgiram conseqüentemente entre os teóricos que se identificaram com as teorias do crescimento.

Posteriormente, em 1997, foi publicado documento que atualiza o estudo “Limites do crescimento”, realizado pela equipe do Clube do Roma, denominado “Beyond the limits: confronting global colapse” (Além dos limites do crescimento), realizado por Donella Meadows, Dennis Meadows e Jorgen Randers. Os autores reafirmam que a civilização está mais próxima do colapso e longe de alcançar a sustentabilidade, para isso eles utilizaram modelos modernos que permitissem uma visão abrangemte do que ocorrerá ao planeta Terra, explorando futuros prováveis e analisando cenários pessimistas e otimistas.

Crescente entropia e as irreversibilidades do sistema em Georgescu-Roegen

Nicolas Georgescu-Roegen publicou, em 1971, The Entropy Law and the Economic Process. Entretanto, embora considerada revolucionária, ela passou despercebida pela economia convencional. Os motivos disso estão relacionados ao fato de que a introdução da segunda lei da termodinâmica (Lei da Entropia) no raciocínio econômico forçaria a revisões profundas no corpo teórico convencional. A começar pela representação básica do funcionamento da economia por intermédio do diagrama do fluxo circular entre firmas e unidades de consumo, onde não há lugar para os recursos naturais como insumos e como rejeitos lançados ao meio ambiente. Aparentemente, seria fácil incluir o meio ambiente nessa representação analítica. No entanto, tal representação de fluxo circular é inerente à epistemologia mecanicista do paradigma teórico neoclássico, onde existem apenas movimentos reversíveis e qualitativamente neutros.

O que é importante ressaltar da obra de Georgescu é a introdução da idéia de irreversibilidade e de limites na teoria econômica, que decorre da segunda lei da termodinâmica em contraposição à primeira lei (transformação da matéria), para a qual essa idéia não faz sentido e sobre a qual se baseia, implicitamente, a teoria econômica convencional.

A obra de Georgescu serviu de inspiração para novas abordagens emergentes que se dedicam ao estudo da relação entre o desenvolvimento e o meio ambiente, tais como a economia ecológica e a versão da ecologia profunda do desenvolvimento sustentável.

Da visão convencional do desenvolvimento à economia ecológica de Martínez Alier

Representantes da economia ecológica, ressaltam que a economia convencional – ou neoclássica – se concentra principalmente no sistema de preços e tem uma concepção metafísica da realidade econômica, que funcionaria como um perpetuum mobile lubrificado pelo dinheiro (Figura 1). As empresas vendem bens e serviços e com isso remuneram os fatores da produção (terra trabalho e capital) -fluxo circular.




Figura 1: A economia como um fluxo circular (sistema fechado)

A visão analítica da economia ambiental neoclássica considera o ecossistema terrestre como simples fonte ilimitada de recursos de bens e serviços ambientais para o sistema econômico. Os limites impostos pela disponibilidade de cada recurso natural são relativos, uma vez que poderiam ser indefinidamente superados pelo progresso tecnológico, que os substitui por recursos mais abundantes. Esse processo de substituição, por sua vez, é estimulado pela escassez relativa de bens e serviços ambientais, não havendo risco de perdas irreversíveis potencialmente catastróficas. Em outras palavras, trata-se de um processo que é fundamentalmente reativo. Assim, a economia neoclássica foca seus esforços somente na alocação dos recursos, sem se preocupar com a sustentabilidade da escala e com a distribuição justa da riqueza. As políticas de gestão dos recursos naturais se simplificam na atribuição de valores econômicos a esses bens e serviços, de modo a criar condições para que a atuação dos agentes econômicos não gere externalidades negativas.

Nesse sentido, a economia convencional se vê como um sistema fechado entre produtores de mercadorias e consumidores, coordenados pelos mercados onde se formam os preços que guiam suas decisões (Figura 2). Para essa abordagem o livre jogo das forças de mercado em situação de livre competição (o que significa perfeita informação dos agentes econômicos) será capaz de promover a mais eficiente alocação de recursos, a mais elevada produção, a mais justa distribuição de renda, o mais rápido progresso tecnológico.
De forma contrária, a economia ecológica vê o planeta Terra como um sistema aberto (Figura 2). Segundo Martínez Alier, a economia ecológica é um novo campo de estudos criado por ecólogos e economistas cuja pretensão é “levar a natureza em consideração” não somente em termos monetários, mas, sobretudo, em termos físicos e sociais. A economia ecológica coloca no centro da sua análise a incomensurabilidade de valores.



Figura 2– A economia como sistema aberto
Fonte: MARTÍNEZ ALIER & ROCA JUSMET (2003)

Para a economia ecológica, existem limites absolutos, dados pela capacidade de suporte da terra e que o progresso científico e tecnológico não tem como superar. Além disso, considera-se que existem riscos de perdas irreversíveis potencialmente catastróficas, o que implica um processo de ajuste que não pode ser apenas reativo, mas sim fundamentalmente proativo. Nesse sentido, é preciso tomar decisões que, de forma preventiva, se antecipem ao agravamento dos problemas ambientais, sendo que tais decisões precisam que ser tomadas, via de regra, em um contexto de grande incerteza, decorrente da incapacidade da ciência em prever todas as conseqüências de um determinado problema ambiental. Nesse contexto, o “princípio da precaução” aparece como uma inovação institucional da maior importância.

Para a economia ecológica, a alocação dos recursos ocupa o terceiro lugar na ordem de prioridade. Primeiro busca-se definir a escala, baseada nos limites ecossistêmicos. Depois busca-se uma distribuição mais justa. E somente então parte-se para a alocação eficiente dos recursos. A economia ecológica acredita que o crescimento infinito da economia só pode ser restringido por intermédio de políticas públicas, num contexto de boa governança e de fortalecimento das instituições. Acredita também que a estabilização do consumo de recursos naturais per capita dependerá de uma mudança de valores, com base, em ultima instância, em considerações de ordem ética.

Haveria, portanto, de se passar de uma “civilização do ter” para uma “civilização do ser”, Segundo afirmara Ignacy Sachs. Outros valores como a solidariedade inter e intragerações têm de se afirmar num contexto de controvérsias e incertezas científicas decorrentes da complexidade dos problemas ambientais globais. A determinação da escala que se considere sustentável só pode ser realizada por intermédio de processos coletivos de tomada de decisão.

A economia ecológica abrange também à economia neoclássica ambiental e a transcende. Ao incluir a avaliação física dos impactos ambientais da economia humana, considera que o mercado não é a solução de todos os problemas da economia e que regulação dos fatores da natureza pela simples ação do mercado não é suficiente.

A perspectiva da ecologia profunda (Deep Ecology)

A ecologia profunda é uma das abordagens que questiona de forma mais veemente o modelo dominante de desenvolvimento. A ecologia profunda adota como princípio básico a idéia de que todos os seres vivos têm direito a existência; isso equivale a dizer que os seres humanos não têm o direito de provocar a extinção de outras criaturas ou de brincar de Deus ao decidir quais as espécies que nos servem e, portanto, que se pode permitir que vivam. Essa perspectiva rejeita a visão antropocêntrica arraigada de que a humanidade está no centro de tudo que tem valor e que as outras criaturas só têm valor enquanto têm alguma utilidade. Em vez disso, todas as coisas vivas têm um valor intrínseco, quer dizer, animais, plantas, bactérias, vírus, e os animais não são mais importantes do que as plantas e os mamíferos não são mais valiosos do que os insetos.

Uma importante expressão do pensamento associado à ecologia profunda é a de Herman Daly . Segundo Daly, a noção de desenvolvimento sustentável, popularizada pelo Relatório Brundtland, tem contribuído para localizar realmente a questão nos primeiros lugares da ordem de prioridades das Nações Unidas e dos bancos multilaterais de desenvolvimento. Entretanto, afirma Herman Daly, tinha-se a esperança de que a notória contradição de uma economia mundial que cresce a taxas de 5% a 10% ao ano, no que diz respeito aos limites ecológicos, seria resolvido na discussão posterior. Mas, na prática, “o relatório Brundtland tem defendido a necessidade de crescimento econômico a taxas de 5% ou 10% como elemento integrante de um desenvolvimento sustentável”. Nesse sentido, deveria ter se referido ao “crescimento sustentável”.

Daly alerta que o desenvolvimento – não o crescimento – sustentável supõe uma gestão de recursos renováveis que segue três princípios: 1) as taxas de coleta devem ser iguais às taxas de regeneração (produção sustentável); 2) as taxas de emissão de resíduos devem ser iguais às capacidades naturais de assimilação dos ecossistemas que geram os resíduos, e 3) os recursos não-renováveis devem ser administrados de maneira que sua taxa de esgotamento se limite à taxa de criação de substitutos renováveis. Outros fatores, como a tecnologia ou escala da economia, também têm de se harmonizar com o desenvolvimento sustentável.

O autor chama a atenção para o significado vago das definições de crescimento sustentáveis. Segundo ele, apesar das inúmeras aproximações de especialistas e de economistas ecológicos, ainda não se alcançou uma definição adequada. Para o autor, um simples dicionário basta para saber que crescer tem a ver com “aumentar de tamanho” por adição de material, por intermédio da assimilação ou o “acrescentamento”. Desenvolver significa, por sua vez, “expandir ou realizar as potencialidades com que se conta; aceder gradualmente a um estado mais pleno, maior, ou melhor”.

Conforme aponta Daly:

O crescimento é incremento quantitativo da escala física; desenvolvimento, a melhora qualitativa ou concretização das potencialidades. Uma economia pode crescer sem desenvolver-se, ou se desenvolver sem crescer, ou fazer ambas as coisas, ou nenhuma. Posto que a economia humana é um subsistema de um ecossistema global finito que não cresce, ainda que se desenvolva, está claro que o crescimento da economia não pode ser sustentável em um período longo de tempo.

Segundo Daly, os economistas dedicam tanta atenção ao crescimento do PIB que o confundem com “crescimento econômico”, sem admitir a possibilidade de que este pode ser “não-econômico”, já que custos marginais derivados dos sacrifícios ambientais e sociais poderiam ser maiores que o valor dos benefícios da produção. O anterior nos faria mais pobres e não mais ricos, pelo que deveria denominar-se “crescimento não-econômico”.

Existem provas empíricas convincentes de que alguns países do Norte entraram já numa etapa de crescimento antieconômico. Mas, como se pode eliminar a pobreza se não através do crescimento? A resposta é evidente, embora para muitos seja desagradável: mediante a redistribuição, o controle populacional e o aumento da produtividade dos recursos naturais. Considera-se que os dois primeiros fatores são politicamente impossíveis. O terceiro é apoiado até que se reconhece que os maiores níveis de produtividade, insumos de mão-de-obra e capital se alcançaram através do uso “consciente” de recursos.

Segundo o autor, a orientação do progresso econômico deveria mudar do crescimento quantitativo ao qualitativo e iniciar uma etapa de desenvolvimento sustentável, uma economia estável ou uma “condição estacionária” da população e do capital, se utilizarmos o conceito clássico de John Stuart Mill.

O breve resgate da noção, das críticas e das alternativas ao desenvolvimento, proposto por diferentes escolas e autores, permitiu constatar que, apesar de importantes contribuições, elas são ainda insuficientes para abarcar toda a complexidade do desenvolvimento de regiões ricas em recursos naturais, mas com graves restrições socioeconômicas.

Será que essas sociedades devem se resignar com a pobreza, a fim de manter sua riqueza natural ou, ao contrário, utilizar seus recursos para melhorar os indicadores econômicos e sociais? A preocupação primeira da Deep-ecology não é a pobreza, já que o ser humano ocupa a mesma ordem de importância de outras espécies vivas. Da mesma forma, a economia ecológica, embora agregue a necessidade de governança e uma melhor distribuição da riqueza, seu princípio da precaução, se levado ao extremo, pode imobilizar ações voltadas para a implementação de uma política de sustentabilidade, da forma em que considere as pessoas e comunidades da Amazônia como os principais atores do desenvolvimento sustentável.

A principal questão repousa na dificuldade de entender o desenvolvimento de forma holística. A economia ecológica, por exemplo, constrói sua argumentação a partir do espaço econômico e não do amplo espaço geográfico que o desenvolvimento sustentável propõe. Além disso, a relação entre pobreza e riqueza é pouco aprofundada como um fator determinante do desenvolvimento.

Cansei. Em outra oportunidade será abordado o conceito de desenvolvimento sustentável que, com algumas condicionantes, se apresenta como um dos mais adequados para o estudo da realidade da região amazônica.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Estados Unidos e a China não brincam de protecionismo, eles são os maiores


Estados Unidos e a China ditam as regras e os países crescem no sentido e direção que eles conduzem. Seu protecionismo não é brincadeira e o que mais gostam é de commodities o resto eles querem produzir e a China igual importam matérias primas, recursos mataurais, prodtos primários e eles processam e agregam valor;

A história se repete, ano após anos, década após década, da mesma forma desde o início do capitalismo, desde que houve troca com as nações desenvolvidas.

As minas é um exemplo assustador e o Pará a prova de que as coisas continuam inalteradas. Um modelo de exploração dos recursos naturais, baseado na exportação de commodities e na destruição do meio ambiente e do esgotamento dos seus recursos.

Veja aqui um exemplo dessa política protecionista dos países desenvolvidos e da China.


O Departamento do Comércio dos EUA disse que vai examinar a possibilidade de impor tarifas de compensação e antidumping contra a importação de tubos de perfuração da China. O anúncio é a mais recente resposta ao crescente número de queixas de companhias e sindicatos americanos contra as práticas comerciais injustas da indústria chinesa.

O número total de investigações tarifárias em andamento no Departamento do Comércio envolvendo a China soma mais de vinte. Os requerentes são o United Steelworkers, TMK Ipsco, VAM Drilling, Texas Steel Conversion e o Rotary Drilling Tools.

Eles buscam tarifas de importação compensatórias contra o que alegam ser subsídios governamentais e sustentam que o tubo está sendo vendido a um valor abaixo do normal, o que garante a aplicação de tarifas antidumping. As importações de tubos chineses pelos EUA, usados na perfuração de poços de petróleo, dobraram entre 2006 e 2008 em volume.

Essas compras foram avaliadas em US$ 195 milhões em 2008. Antes que possa seguir adiante com a investigação, o Departamento do Comércio tem de aguardar uma decisão da Comissão de Comércio Internacional (ITC, na sigla em inglês) sobre se existe uma chance razoável dos produtores americanos serem atingidos pelas importações.

Pelo cronograma do ITC, uma decisão será tomada em 16 de fevereiro e o Departamento do Comércio planeja tomar uma decisão preliminar sobre tarifas de compensação em março e sobre tarifas antidumping em junho.

Veja esta e outras matérias Aqui

Mudança climática: Indústrias freiam iniciativa da União Europeia

Por David Cronin, da IPS


Bruxelas, 22/1/2010 – Apenas um mês após os líderes mundiais reunidos em Copenhague obterem um débil acordo para enfrentar a mudança climática, indústrias dos países mais contaminadores da União Europeia tentam dissuadir as autoridades de tomarem medidas mais contundentes. O Conselho Europeu da Indústria Química (Cefic), uma das maiores associações industriais estabelecidas em Bruxelas, sede da UE, começou o ano cobrando de instituições do bloco regional a se absterem de fixar objetivos mais ambiciosos do que os já acordados para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa.

E parece que seus esforços já deram fruto. A Espanha, presidente de turno da UE, propôs ontem que a posição negociadora do bloco depois da Cúpula sobre Mudança Climática de Copenhague não seja diferente da anterior à Conferência. Essa posição europeia comprometia a associação regional de 27 membros a reduzir suas emissões contaminantes em 20% abaixo do nível de 1990 até 2020 e a aumentar esse objetivo para 30% unicamente se outros países industrializados realizarem cortes semelhantes.

A Espanha fez esta proposta em uma reunião de diplomatas encarregados de desenvolver o acordo alcançado em Copenhague. Esta tarefa deve terminar no final do mês, quando os governos do mundo deverão ter declarado formalmente seus compromissos de redução para a próxima década. O Cefic afirmou que se opõe a medidas unilaterais mais amplas da UE porque estas medidas colocariam as indústrias europeias que exigem muita energia em desvantagem competitiva com relação às de outras regiões.

“Para nós, a redução da emissão de gases contaminantes não é um concurso de beleza”, disse à IPS Philippe de Casablanca, especialista em clima do Cefic. “De nada serve ser a região com melhor desempenho contra a mudança climática se seu exemplo não é imitado com reduções significativas em todo o mundo. Este concurso não é vencido apenas por um, mas por todos trabalhando juntos”, acrescentou.

Entretanto, grupos ambientalistas acreditam que a UE deveria procurar um objetivo de redução dos 30% como mínimo nas emissões derivadas da queima de combustível fóssil, sem importar o que fazem os outros grandes atores da economia mundial. Acrescentam que a tática do bloco de incitar terceiros a imitar suas medidas não deu resultado e que é hora de guiar com o exemplo. Matthias Duwe, diretor da rede ambientalista Climate Action Network Europe, afirmou que a União Europeia não demonstrou uma autêntica liderança na capital da Dinamarca e “parece estar cometendo o mesmo erro agora. Cruzam-se os braços esperando pelos demais, quando deveria ter um senso renovado da urgência”, acrescentou.

Leia em Envolverde a matéria completa aqui

(IPS/Envolverde)

No Blog da Governadora do Pará 

A Governadora do Pará inaugura obras no interior. não são grandes obras, mas são importantes para a comunidade. Na verdade só cumpre com seu dever. É um trapiche, reforma de uma escola, um ponto de internet para comunidades carentes, uma rua asfaltada, uma praça em bairro do interior, reconstrução de uma ponte, construção de outra, compra de lanchas para a Polícia Militar, etc. etc.
Vai somando tudo e vc terá uma política social muito importante. entretanto, isso não é tudo, ela prometeu mudar o modelo de desenvolvimento no Pará e ainda está devendo.

Visite o Blog e confira aqui as inaugurações e a felicidade das comunidades que consiguem aparecer nas fotos.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Belém, Pará - Hoje a terrinha amanheceu quente

Sem maiores comentários. Se está interessado na matéria completa, acesse o Blog da jornalista Ana Célia Pinheiro (Perereca da Vizinha). Hoje se inspirou no Olimpo.

O Meu Comentário: (da Jornalista)

Fazia tempo que não tinha o desprazer de ir àquela cloaca que o deputado federal Vic Pires Franco insiste em chamar de blog.

Infelizmente, uma amiga me chamou a atenção para o fato de o meu blog ter sido novamente citado naquela imundície.

Fui lá.(EU NÃO)

 
E constatei que esse arremedo de homem e de deputado insiste em me ofender e à blogosfera inteira, acobertado que se sente pelo mandato que possui e pelo fato de a Justiça brasileira não punir filhinhos de papai, como é o caso dele.

Vic é, realmente, um exemplo extraordinário de canalhice, mesmo na acanalhada política brasileira.

É um sujeito que se utiliza de um mandato eletivo para ofender as pessoas, como se um mandato eletivo fosse espécie de carta branca a tal comportamento.

É, em suma, uma desonra para o parlamento paraense e brasileiro, e, quem sabe, um caso a ser examinado pela Comissão de Ética da Câmara dos Deputados.

Conheço muitos blogs e sites de políticos; leio, nos jornais, artigos de deputados, senadores, governadores e até do presidente da República.

Mas, em todos esses artigos, sites e blogs o que vejo é que esses parlamentares agem como cidadãos, na defesa democrática de seus ideais.

Algumas vezes de maneira incisiva, é verdade. Mas, sempre na defesa das idéias que consideram justas.

Vic, no entanto, não age assim.

Se espremermos o blog dele, o que sobra é palhaçada, leviandade. Ofensas gratuitas, acusações sem provas. Preconceito, misoginia. E até a exposição intensiva dos próprios filhos, em benefício da carreira dele.

Nada, rigorosamente nada, em favor do interesse público. Apenas uma berlinda financiada com dinheiro público, para um ego miserável e acovardado.

E o que mais espanta é que Vic acha tudo isso lindo, maravilhoso.

Quer dizer, é menos que um doente mental, tamanha a sua incompreensão da dignidade do cargo que ocupa.

A dignidade que deveria obrigá-lo a usar de seu blog para debater idéias – e não para disseminar fuxiquinhos, fofoquinhas, futriquinhas, num espetáculo rigorosamente deprimente para um parlamentar.

Tão ou mais grave, é que Vic é um sujeito tão frouxo, tão acovardado que nem sequer tem a coragem de assumir as acusações que faz, seja através de suas insinuações pestilentas, seja através dos anônimos que encena em seu blog.

Quer dizer: todo esse negócio de “macheza”, de coragem, de “valentia” que ele apregoa por aí, não passa de lári-lári.

Porque, quando chega na hora de sustentar alguma acusação, o “corajoso” deputado Vic Pires Franco simplesmente se esconde atrás do dinheiro, do mandato, das insinuações imundas e do anonimato.

Não passa, portanto, de uma figurinha oca e amoral. Um gnomo em termos de caráter, a provocar repugnância em qualquer pessoa com um mínimo de dignidade.

Desde um café da manhã que a governadora Ana Júlia Carepa ofereceu aos blogueiros paraenses, há cerca de um mês, que o deputado Vic Pires Franco não pára de nos caluniar, com essas insinuações covardes de que somos “chapa-branca”.

É como um demente que se considera a própria Fonte da Integridade: Vic passa o perobal na cara e garante pra todo mundo que faz o único blog independente do Pará.

Como se ninguém soubesse que ele é presidente estadual do DEM, a vanguarda do atraso do Brasil.

Além disso, é um deputado servil, que vive por aí, de quatro, diante de tudo o que é liderança política deste estado, a tentar descolar uma boquinha.


Leia a matéria completa no Blog da Célia Pinheiro aqui

Ciência e Tecnologia - CNPq recebe projetos para realização de pesquisas até 25 de janeiro



Edital prevê a aplicação de recursos financeiros, não reembolsáveis, no valor global estimado de R$ 13 milhões.

Os interessados em enviar propostas de pesquisa nas áreas de biodiversidade e biotecnologia têm até o próximo dia 25/01 para se inscreverem na chamada pública nº 66/2009. Os projetos devem ser encaminhados ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), exclusivamente via internet, por intermédio do Formulário de Propostas On line, disponível na Plataforma Carlos Chagas.

O edital objetiva apoiar projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação que visem contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico do País e integrar competências para a consolidação da Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Rede Bionorte). Desta forma, formando doutores com foco na biodiversidade e biotecnologia, gerando conhecimentos, processos e produtos que contribuam para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

A chamada pública prevê a aplicação de recursos financeiros, não reembolsáveis, no valor global estimado de R$ 13 milhões, sendo R$ 9 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT–Ação Transversal), R$ 2 milhões do Fundo Setorial da Amaz (CT-Amazônia) e R$ 2 milhões do Fundo Setorial de Biotecnologia (CT-Biotecnologia), a serem liberados de acordo com a disponibilidade orçamentária e financeira do CNPq.

A Rede Bionorte, instituída por meio da Portaria MCT nº 901, de 04 de dezembro de 2008, é uma rede integrada por instituições de ensino e pesquisa da Amazônia Legal, cujos projetos de pesquisa produzirão impactos socioeconômicos e permitirão a melhoria da qualidade de vida da população da Amazônia brasileira. É dirigida por um Conselho Diretor, gerenciada por um coordenador executivo e assessorada por um Comitê Científico. Está previsto que terá duração de seis anos, a partir da data de publicação da Portaria de criação, podendo ser renovada, a critério do MCT, mediante indicadores de uma Comissão Independente de Avaliação.

(Envolverde/Ministério da Ciência e Tecnologia)


Presidente eleito dança...e mal, "si, si pero dança" Veja i video recente aqui:

Ainda não se sabe que tipo de presidência Sebastian Piñera oferecerá aos chilenos. Ele só toma posse em março.

Algo já se pode afirmar, contudo: se tiver no governo desempenho semelhante ao que exibe na pista de dança, o Chile está perdido.

Piñera elegeu-se no último domingo. Dois dias antes, comparecera a um programa de TV. Convidado, aventurou-se a dançar ao som de Thriller, de Michael Jackson.

O resultado pode ser conferido lá no alto. Depois de assistir, responda: você confiaria o voto a um personagem como esse?


Empresas e biodiversidade:


Fundação O Boticário apóia projeto Oásis de Apucarana

Primeiros proprietários começam a receber os pagamentos em 26 de janeiro


A Fundação O Boticário de Proteção à Natureza desenvolveu, em parceria com a Prefeitura Municipal de Apucarana, a metodologia adotada no Projeto Oásis Apucarana, que vai premiar financeiramente 63 proprietários de terras da região para que preservem as florestas da região, especialmente aquelas áreas com nascentes. Os pagamentos iniciam em 26 de janeiro.

O Projeto Oásis/Apucarana foi lançado em agosto de 2009 pela Prefeitura Municipal, com o objetivo de melhorar a quantidade e qualidade da água dos rios que cortam o município e contribuir com a qualidade de vida dos moradores da região. Para isso, os proprietários de terra serão incentivados, por meio do apoio financeiro, a proteger as suas áreas com florestas e nascentes, a aumentar a cobertura vegetal de suas terras, adotar ações de saneamento ambiental e promover práticas conservacionistas de solo e recuperação de áreas degradadas.

A Fundação O Boticário contribuiu com o conhecimento técnico científico para o desenvolvimento da metodologia adotada para definir os valores que serão recebidos pelos proprietários integrantes do projeto "Essa metodologia que ajudamos a desenvolver possibilita que os proprietários com áreas mais bem conservadas tenham uma pontuação maior e também recebam mais. Com isso, o Projeto Oásis oferece estímulo para que as áreas naturais da região sejam conservadas", diz a diretora executiva da Fundação O Boticário, Malu Nunes.

Leia a matéria completa aqui

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Curiosidades - There's no such thing as a free lunch



Viajar para América do Sul em linha aérea brasileira? Ou vai de G ou vai de T, quando existia V todo era diferente. Quem diria, “qualquer tempo passado foi melhor”. Não acredito que seja assim, o presente e futuro sempre serão melhores que o passado. O avanço da ciência, tecnologia e inovação, têm feito com que as comunicações sejam melhores, com mais oportunidades de escolha. Mas no caso que relato não foi assim.

Peguei um vôo nessa G, que está aí na foto e o desastre foi total para minha coluna e em geral para minha estrutura óssea, que ficou gravemente afetada por uns três dias, apesar das minhas amplas qualidades de esportista amador, que agüenta uma cadeira apertada, em uma fileira Nº. 32, com as pernas encolhidas, sem conseguir esticar. Felizmente do meu lado, minhas filhas, que apesar de que já viajaram em classe executiva, por esses erros da burocracia, encararam esta viagem na aeronave G, como uma festa, com fome, só um sanduíche de queixo com presunto de peru e aquele suco ligth ou refrigerante, entretanto felizes.

O avião não caiu, passamos pela cordilheira e essa aeronave, mãe do sucatão, nos trouxe de volta, ao nosso destino final, vivos, mas quebrados e felizes, depois de 6 horas de vôo, incluindo uma poderosa escala de 55 minutos.

Qual foi a estratégia da Companhia para que sofrêssemos tanto? Aumentar em algumas fileiras a capacidade da aeronave, reduzindo o espaço entre elas. Assim cabem mais passageiros e a classe c, d, e, e f, estão viajando, pro exterior. As passagens são mais baratas e todo mundo está feliz, menos eu que era feliz e não sabia, mas estou dando minha contribuição para um mundo não tão cheio. Como disse o economista neoliberal: não existe esse lanche de graça.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Chile - uma virada à direita, alerta no continente


Além do peso estratégico do Chile, o que há de emblemático na vitória de Piñera é o caráter da coligação triunfante, ironicamente chamada de Coalizão pela Mudança. Pela primeira vez retornam ao poder forças políticas que deram sustentação direta às ditaduras militares da América do Sul. Não é pouca coisa, definitivamente. Tampouco trata-se de fato isolado. Se analisarmos a cadeia de acontecimentos que marcou o ano passado, encontraremos pistas evidentes de uma contra-ofensiva da direita latino-americana. O artigo é de Breno Altman.

Breno Altman

Os resultados da eleição presidencial chilena, com a vitória do direitista Sebastián Piñera, repercutem além-fronteira. O triunfo da coalizão neopinochetista também pode ser lido como a primeira vitória relevante das forças conservadores latino-americanas nos últimos dez anos. Ainda que esse campo, no ano passado, tenha vencido batalhas no Panamá e em Honduras, nenhum desses episódios tem o mesmo significado que a conquista do governo na terra de Allende e Neruda.

Essa importância não é ditada pela natureza da aliança política que saiu derrotada, cujos vínculos com o ciclo político favorável à esquerda, aberto pelas vitórias de Chávez e Lula, são praticamente nulos. Afinal, a Concertação nunca passou de aglomerado partidário sob hegemonia do centro católico, submetida a um processo de transição incapaz de promover mudanças fundamentais no modelo econômico e institucional herdado de Pinochet.

Além do peso estratégico do Chile, o que há de emblemático nessa situação é o caráter da coligação triunfante, ironicamente chamada de Coalizão pela Mudança. Pela primeira vez retornam ao poder forças políticas que deram sustentação direta às ditaduras militares da América do Sul. Não é pouca coisa, definitivamente.

Tampouco trata-se de fato isolado. Se analisarmos a cadeia de acontecimentos que marcou o ano passado, encontraremos pistas evidentes de uma contra-ofensiva da direita latino-americana, em diversas ocasiões com o patrocínio ou a cumplicidade do Departamento de Estado norte-americano. São eventos representativos desse cenário a reativação da IV Frota, a instalação de bases militares na Colômbia, o golpe cívico-militar em Honduras, a vitória conservadora no Panamá e, agora, a guinada à direita no Chile.

Leia a matéria completa aqui Carta Maior

E leia mais sobre o tema na matéria do Blog do Enriquez


Breno Altman é jornalista e diretor do site Opera Mundi

Política - Onda conservadora no Chile e Estados Unidos

Apesar dos bons resultados da política Obama e da excelente aprovação do Governo Bachelet, no Chile, no mundo se espalha uma onda neo-conservadora, ninguém remove essa idéia porque existem fatos históricos e realidades recentes que apontam nessa direção. O pendulo na história se confirma.

No Caso do Chile a história não é recente. Em certa medida tem sido nessa região onde as experiências políticas preanunciam algumas tendências na história da América Latina. Na década dos 1930-40, com os governos progressistas e soacialdemócratas de Pedro Aguirre Cerda e as ideias de esquerda difundidas pelo primeiro partido comunista da América Latina, criado pelo amigo do Lenin, Luis Emílio Recabarren, seu fundador.

Depois as ideias da teoria da dependência que floreceram no Chile e o governo Socialista, como uma experiência de construção de um socialismo sem revolução violente e o golpe de estado do Pinochet que deu passo à maior experiência neoliberal da América Latina. E por aí siguem outros exemplos.

Veja aqui a matéria do jornalista Antonio Caño no jornal Espanhol “El País”, sobre essa onda conservadora nos Estados Unidos

Ao se completar um ano da presidência Obama, a excitação se diluiu e prevalece um sentimento de oportunidade perdida. Mas o saldo de sua gestão é favorável: os EUA estão em melhor situação hoje do que em janeiro de 2009, e o novo governo recuperou prestígio e autoridade

Toda explosão de paixão, individual ou coletiva, termina na saudade, frequentemente na decepção e, tudo o mais, na calma.

O caso de Barack Obama não é diferente. Sua vitória eleitoral provocou uma maré de entusiasmo poucas vezes vista. Depositaram-se nele expectativas sobre-humanas, impossíveis de satisfazer. Consideraram-no capaz de uma mudança, como quer que cada um a entenda, que equivaleria ao renascimento de nossa sociedade hipócrita e desmoralizada. Atribuíram-lhe poderes especiais e esperava-se que de sua poltrona no Salão Oval emitisse o sinal de que a humanidade precisava para a salvação. Este país religioso, que em cada presidente acredita ver a chegada do Messias, alcançou o paroxismo com Obama, e o mundo, ansioso por liderança e farto de George Bush, se contaminou sem reservas.


Passado o tempo, ao completar-se um ano de sua posse como presidente dos EUA, essa excitação se esfumou e o sentimento que hoje prevalece é o de uma oportunidade perdida.

A direita recuperou a iniciativa política, os conservadores voltam a ser o grupo ideológico majoritário no país e o Partido Republicano é o favorito para conseguir a maioria parlamentar nas próximas eleições. A tentativa de bipartidarismo naufragou diante da primeira onda, o clima político continua sendo dolorosamente áspero e os cidadãos mais uma vez refletem majoritariamente nas pesquisas seu pessimismo sobre o rumo em que caminha o país.

Leia a matéria completa aqui no artigo do jornal El País publicado no UOL

Curiosidades - Felicidade do povo é importante para medir sucesso do país-

O colunista do UOL Notícias em Washington, Sérgio Dávila, fala sobre o "PIB da felicidade" dos países.