segunda-feira, 15 de março de 2010

Meio Ambiente - Oportunidade para aliar preservação com desenvolvimento

As novas metodologias para medição das emissões de CO2 foram debatidas durante palestra na sexta-feira, 12 de março, no Inpa Novas metrologias para medir as emissões de carbono.


Essa foi a tônica da palestra "Balanço Global de Carbono e modelo de emissões por desmatamento na Amazônia", ministrada nesta sexta-feira, dia 12, na biblioteca do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Segundo o palestrante, o pesquisador Jean Ometto, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a metodologia se baseia na relação entre uso do solo a dinâmica do desmatamento. Para ele, o país vive uma oportunidade única de aliar preservação com desenvolvimento.


"No Brasil, a mudança do uso do solo, desmatamento e agricultura representa mais de 70% das emissões. A partir desse modelo, a gente analisa de forma integrada como a mudança do uso do solo influencia na emissão de carbono na atmosfera", disse. Ainda de acordo com o pesquisador, o mercado de carbono representa uma fonte de negociação para o país como forma de proteger o meio ambiente.


"É uma proposta internacional, a redução do desmatamento e redução de carbono gera uma oportunidade muito grande. O Brasil pode, se reduzir desmatamento desenfreado além de diminuir as emissões, criar uma fonte muito interessante de recursos, mas isso está ligado aos nonos gerenciadores", destacou. Ciência e desenvolvimento sustentável Entre as discussões sobre a redução de emissões, houve espaço para o debate sobre o desenvolvimento sustentável.


Para Ometto, as buscas de alternativas econômicas aliadas a investimentos em ciência e tecnologia são fundamentais para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. "Desenvolver e proteger o meio ambiente é um desafio regional e também planetário. O modelo econômico adotado de maneira geral não é sustentável a longo prazo. O desenvolvimento tecnológico, a mudança de base produtiva, o aproveitamento dos recursos ambientais, investimentos em ciência e a busca pela qualidade de vida das pessoas ajudam neste processo", declarou.


O pesquisador do Inpe participou também da Câmara Temática de Adaptação e Mitigação às Mudanças Climáticas, que debateu a formulação de inventário sobe emissões de carbono. A câmara, coordenada pelo gerente-executivo do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera (LBA) do Inpa, Antonio Manzi, faz parte das atividades do Fórum Amazonense de Mudanças Climáticas, Biodiversidade, Serviços Ambientais e Energia. Na semana passada, a câmara discutiu a elaboração de Mapas de Vulnerabilidade do Estado do Amazonas, para identificação de áreas que podem sofrer danos após fenômenos naturais. Participaram da reunião membros de instituições como a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (SDS), Defesa Civil e Inpe.


Para Manzi, as discussões sobre a elaboração dos mapas devem ajudar no planejamento das ações adotadas pelo poder público em fenômenos extremos como enchentes e secas. "As novas metodologias ajudam na formulação da reação aos eventos climáticos. Estamos interessados em conhecer quais regiões do Amazonas estão mais vulneráveis aos eventos do clima", disse. (Daniel Jordano, Assessoria de Comunicação do Inpa)

domingo, 14 de março de 2010

Eleições - E agora José?


Pesquisa anota empate, com Dilma à frente de Serra

O repórter Lauro Jardim levou à coluna Radar uma trinca de notas cujo teor pode trincar o já combalido ânimo da oposição.

Confira abaixo No Blog de Josias de Souza:

- Na frente? 1: De acordo com informações já do conhecimento do partido, o PSDB saiu-se mal em uma pesquisa nacional de intenção de voto a ser divulgada na quarta-feira. Ela mostra um empate técnico de José Serra e Dilma Rousseff, mas com a petista 1 ponto porcentual à frente. A pesquisa foi feita entre 5 e 10 de março com 2 002 pessoas em 142 municípios.

- Na frente? 2: Outra pesquisa, desta vez encomendada pelo PT, foi levada ao Planalto na sexta-feira. Deu pela primeira vez Dilma Rousseff 3 pontos à frente de José Serra.

- O rei dos palanques está aflito: Aos mais próximos, Lula tem reclamado da (falta de) desenvoltura de Dilma Rousseff nos palanques. Avalia que os seus discursos são longos e sem emoção.

Presidente do tucanato, Sérgio Guerra levou ao seu microblog um comentário: “O PSDB desconhece qualquer resultado antecipado de pesquisas”, escreveu.


“Nossos monitoramentos indicam que José Serra continua liderando essa corrida”.


A sondagem que está prestes a vir à luz foi feita pelo Ibope. Resta agora aguardar pela quarta-feira.


O último levantamento, feito pelo Datafolha, acomodara Dilma nos calcanhares de Serra –quatro pontos percentuais a separavam do tucano.

A eventual ultrapassagem, ainda que em quadro de empate técnico, converterá a apreensão dos oposicionistas em pânico.

Blog Josias de Souza

Pará - UFPA Semana do Calouro começa na segunda

A recepção dos calouros sempre vem associada a um compromisso social

Com o tema "Universidade: Vivências e valores", os calouros 2010 da Universidade Federal do Pará (UFPA) serão recepcionados a partir de segunda-feira. Além de aula magna com o reitor da instituição, Carlos Maneschy, os estudantes receberão as boas-vindas com uma programação especial, preparada em conjunto pelas Pró-Reitorias de Ensino, Pesquisa e Extensão, assim como pelo Diretório Central dos Estudantes, centros acadêmicos e pelos dirigentes das faculdades. Cerca de seis mil novos alunos são aguardados.

O Centro de Convenções da UFPA sediará a programação, que incluirá, ainda, um show musical e a premiação dos dez primeiros candidatos aprovados com maior nota na classificação geral do PSS 2010, tradicionalmente feita pelo grupo Y. Yamada. A animação ficará por conta da banda local de pop rock Tio Nelson e do grupo de hip-hop Pará Break, que levará ao palco o resultado do trabalho realizado desde 1983 pela Associação Comunitária Povo na Luta, do movimento social do Guamá.


A recepção dos calouros sempre vem associada a um compromisso social. É o trote solidário, quando cada calouro deverá doar, no dia da aula inaugural, um quilo de alimento não perecível para ser destinado a hospitais universitários. Os alimentos doados deverão beneficiar, ainda, a Igreja São Paulo e o Lar Fabiano de Cristo, ambos no Guamá, com o objetivo de integrar a universidade com as comunidades em seu entorno. Os calouros que fizerem doações receberão kits de brindes, como mochilas, camisas e material informativo.


E, para completar o clima de compromisso social, o momento de recepção dos calouros será oportunidade para incentivar a doação de sangue. Na Semana do Calouro, que vai de 15 a 19 de março, no Campus da UFPA, estará uma unidade móvel da Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará - Hemopa, que vai promover a campanha "Doe sangue, doe vida". Mas a doação só poderá ser feita por calouros maiores de 18 anos e com mais de 50 quilos.


Para o dia 16 de março, os calouros poderão assistir a palestras coordenadas pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp) sobre os Programas de Iniciação Científica ofertados a jovens universitários. A ideia é estimular o envolvimento dos alunos com a produção científica o mais cedo possível, além de unir a atividade de ensino, pesquisa e extensão no cotidiano do aluno, desde seu primeiro momento no ambiente acadêmico.

Eleições - Para Giannetti, discurso econômico deve focar capital humano

Economista, cuja entrada na pré-campanha de Marina Silva foi criticada por aliados, rejeita rótulo de neoliberal e diz que se identifica mais com os clássicos COLUNISTA DA FOLHA


 O economista Eduardo Giannetti da Fonseca, 53, foi o pivô de uma pequena crise na pré-candidatura de Marina Silva (PV-AC) à Presidência. Sua aproximação com a senadora, revelada pela Folha, chegou a ser interpretada como uma guinada neoliberal da campanha em preparação e rejeitada por vários simpatizantes. O ex-trotskista, autor de "Vícios Privados, Benefícios Públicos?", entre vários livros, abriu uma exceção para declarar seu voto em Marina Silva, atraído pela promessa de um modo novo de fazer política no Brasil.

Quem o levou até ela foi o empresário Guilherme Leal, provável candidato a vice na chapa, um dos donos da Natura e criador do Instituto Arapyaú, que tem Giannetti em seu conselho.

MARCELO LEITE da Folha.


FOLHA - Qual é seu papel, no momento, na pré-candidatura de Marina Silva e qual deverá ser no futuro? Vai se envolver diretamente em formulação de programa de governo?
EDUARDO GIANNETTI DA FONSECA - Esse processo está começando, tenho tido conversas frequentes com a senadora. Minha presença é complementar. Não tenho perfil executivo e nunca me envolvi em processo eleitoral. Nem sequer declarei meu voto, até hoje. Sou um virgem. Me animei com essa perspectiva porque Marina passa uma postura diferente no modo de fazer política. O Brasil não precisa ser uma cópia imperfeita do padrão americano. Eu me pergunto: se tudo der certo no Brasil, nós viramos um Estado empobrecido do sul dos Estados Unidos? É esse o nosso sonho civilizatório?

FOLHA - Sua contribuição deve ser mais em política macroeconômica?
GIANNETTI - Sim, mas não só. Na construção de um projeto de país que não submete tudo às decisões econômicas. Aumentar o PIB de qualquer maneira não seria a ambição desesperada de todas as nações.

FOLHA - Em setores próximos de Marina, sua presença na pré-campanha foi rotulada como neoliberal e não muito bem vista.
GIANNETTI - Não sei em que essa rotulagem contribui para o debate. Como pessoa que passou boa parte da vida estudando escolas de pensamento, sei da dificuldade de carimbar posições. Exemplo: uma ideia tão cara ao PT quanto renda cidadã é de um economista tachado de neoliberal, Milton Friedman. As pessoas usam esses rótulos achando que estão dizendo alguma coisa, quando nem sabem o que estão dizendo.
FOLHA - Elas querem dizer tucano.
GIANNETTI - Tucano seria social-democrata. Se quiserem discutir bandeiras ideológicas, vamos lá. Tem neoliberalismo austríaco, de Chicago, de Virgínia, tem o liberalismo clássico. Eu me identifico muito mais com os liberais clássicos, Adam Smith, John Stuart Mill, Alfred Marshall -que, aliás, foi quem trouxe o capital humano para a reflexão em economia.


FOLHA - Como o sr. enxerga o PAC e o pré-sal? O que precisaria mudar da perspectiva de uma candidatura com propostas ambientais? GIANNETTI - Gostaria de ver o mesmo empenho que o governo Lula deu ao PAC dado ao capital humano. Embora o Brasil tenha problemas sérios de capital físico e infraestrutura, o grande desafio secular sempre foi a sua incapacidade de formar capital humano. O Brasil nunca vai se tornar um país civilizado ou desenvolvido porque descobriu petróleo ou fez uma nova usina hidrelétrica. Esse fetiche do capital físico é uma herança do processo de desenvolvimento brasileiro.


FOLHA - E o pré-sal?
GIANNETTI - Tenho muitas dúvidas técnicas sobre o pré-sal, sobre custo de produção, o preço do barril quando o pré-sal se materializar. É economia suja. O Brasil está querendo dar um passo maior que a pernas. Quer aumentar o investimento, o gasto das famílias e o gasto corrente do governo -tudo ao mesmo tempo. A conta não fecha. Se insistir, dois tipos de desequilíbrio começam a aparecer: pressão inflacionária e desequilíbrio nas contas externas. Se não quiser permitir que aflorem, vai ter de aumentar o juro, tirar o barril de chope quando a festa começa a ficar animada.


FOLHA - Qual seria a alternativa?
GIANNETTI - Vamos ter de enxugar o gasto do governo. E provavelmente pensar mais em crédito para formação de capital do que em crédito para o consumo das famílias. Vamos ter de aceitar algum sacrifício agora para melhorar o futuro.


FOLHA - É provável que o debate eleitoral volte a opor estatismo e privatização. Haverá espaço para questões socioambientais?
GIANNETTI - Esse debate tem de ser feito de maneira mais inteligente. O Brasil precisa de um Estado forte, mas enxuto. O que nós temos hoje, para usar expressão do Sérgio Abranches, é um Leviatã anêmico. O Estado brasileiro faz muitas coisas que não deveria e deixa de fazer coisas que deveria.


FOLHA - O que está errado?
GIANNETTI - O papel que o BNDES está assumindo é muito preocupante. Lula descobriu em seu segundo mandato uma mágica perigosíssima: transferir recursos de dívida pública para concessão de empréstimos sem que isso entre no cálculo de superavit primário. E escolhendo por critérios nem sempre transparentes os parceiros que vão receber benesses desse crédito subsidiado.

Pará - Hoje a onça vai beber água

Paysandu e os "reminhos" fazem hoje o primeiro clássico.


Fávaro já salvou o Paysandu inúmeras vezes no ano de 2010















Ainda temos Hino, falta jogar, bem!!!
 

sábado, 13 de março de 2010

PARÁ - UFPA PROMOVE WORKSHOP SOBRE AÇAÍ

Sem dúvida, uma das frutas mais tradicionais e importantes da nossa região é o açaí. Mas, nos últimos anos, a sua qualidade vem sendo questionada, principalmente, após a polêmica associação da fruta com a contaminação do protozoário Trypanosoma Cruzi, agente etiológico da doença de Chagas. Colocar em pauta essa temática e os avanços dos estudos sobre o açaí, para a comunidade acadêmica, é o objetivo do workshop “Açaí: aspectos tecnológicos e de contaminações", que acontecerá nesta quinta-feira (dia 18).

Promovido pelo curso de Especialização de Qualidade e Segurança em Alimentos, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da UFPA (FEA), o workshop contará com a participação do pesquisador Marcus Vasconcelos, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA-Amazônia Oriental), que discutirá o aproveitamento industrial do açaí; com a pesquisadora Vera da Costa Valente, do Instituto Evandro Chagas, que discutirá sobre a doença de Chagas em açaí; além de pesquisadores da própria UFPA.

Um deles é o professor Jesus Souza, que pesquisa a caracterização das antocianinas (pigmentos responsáveis pela cor da fruta), cujos compostos encontrados pela dissertação de mestrado do docente desmistificam o fato de muitas pessoas acharem que a coloração do açaí provinha de sua riqueza em ferro. Quando indagado sobre a associação entre a doença de Chagas e o açaí, o professor afirma que “o medo é necessário, pois sabemos as condições de produção da bebida vinda da fruta. Mas muitos estudos ainda devem ser feitos para esclarecer a questão do barbeiro e o consumo de açaí”.


O workshop é destinado aos discentes e pesquisadores da Engenharia de Alimentos, Nutrição, Química Industrial, Engenharia Química, Tecnologia Agroindustrial, Farmácia, Agronomia e de outros cursos que tenham interesse em adquirir conhecimentos acerca do açaí. Os participantes receberão certificado ao final do evento.

Workshop "Açaí: aspectos tecnológicos e de contaminações"

Realização: 18/03/2010, das 15h às 19h, no Campus V da UEPA (Tv. Enéas Pinheiro).

Inscrições: na Secretaria do Laboratório de Engenharia Química.

Mais informações: 3201.7295/7291, 8190.4496 ou 8209.4270

Texto: Igor de Souza – Assessoria de Comunicação da UFPA

Música - Operado de urgência Joan Manuel Serrat

Joan Manuel Serrat Músico e cantor de Barcelona, que interpreta Miguel Hernandez, um poeta espanhol assassinado durante a ditadura de Francisco Franco em Espanha.

Foi internado, após visita de rotina ao médico, e operado do pulmão, para retirada de um tumor.

Se recupera da cirugia e neste mês de março deverá iniciar uma turné apresentaqndo seu novo cd sobre a vida do poeta espanhol Miguel Hernandez Ouça as músicas onde Joan Manuel Serrat interpreta a poesia de Miguel Hernandez.
 

sexta-feira, 12 de março de 2010

Meio Ambiente - Mecanismo de proteção de florestas terá US$ 3,5 bilhões

Representantes de países com florestas tropicais e representantes de países com dinheiro se reuniram nesta quinta-feira (11) em Paris para tentar criar um mecanismo de redução de emissões por desmatamento que possa começar já neste ano.

O chamado Irpa (Arranjo de Parceria Interino para Redd) visa capacitar países tropicais a monitorar suas florestas e a gerenciar os recursos doados pelos países ricos para redução de desmate e conservação. O mecanismo começará com US$ 3,5 bilhões, doados por EUA, Noruega, Japão, Austrália, França e Reino Unido.


Segundo o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente), que representará o Brasil no encontro, a ideia é que o Redd (nome dado a ações de redução de emissões por desmate) possa começar a funcionar mesmo na ausência de um acordo internacional de proteção ao clima. "Fazer as coisas andarem antes de um acordo pode ajudar a derrubar o ceticismo que sobreveio à frustração generalizada com Copenhague", afirmou Minc à Folha.


O Redd era um dos capítulos mais adiantados da negociação internacional antes do fracasso da cúpula na Dinamarca. Já era consenso, por exemplo, que o Redd terá três fases. Na primeira, países que ainda não têm metodologias nacionais de monitoramento adotarão uma --o Brasil possui uma das mais avançadas do mundo.

Na segunda, serão feitos projetos em pequena escala e financiados por verba de doação. Só numa terceira fase, a ser implementada depois de assinado novo acordo do clima, é que países ricos poderiam usar ações de Redd como "créditos" a serem abatidos de suas metas de redução de CO2.


Segundo Suzana Kahn Ribeiro, secretária nacional de Mudança Climática, o Brasil deve ajudar a capacitar outros países, transferindo de graça a tecnologia de monitoramento desenvolvida pelo Inpe. "O monitoramento será relevante de qualquer forma", diz Thelma Krug, do Inpe, principal negociadora do Brasil em Redd. Segundo ela, independentemente de um acordo internacional, devem ser firmados acordos bilaterais e constituídos fundos na área.


Leia matéria completa Aqui

Economia - CDES debate condições para novo ciclo de desenvolvimento

Em 2004, os integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social (CDES) começaram a debater a importância de construção de uma Agenda Nacional de Desenvolvimento para o Brasil. Esse debate consumiu mais de um ano de trabalho, envolvendo todos os membros e foi aprovada pelo pleno do CDES em agosto de 2005. A partir de março de 2008, as reflexões do CDES sobre a questão do desenvolvimento se inseriram no contexto da nova arquitetura mundial e a necessidade de uma revisão da Agenda surgiu. Encontro realizado em São Paulo atualizou esse debate.

Clarissa Pont

Membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), principal órgão consultivo da Presidência da República, discutiram quarta-feira (10), em São Paulo, propostas que sustentem um novo padrão de desenvolvimento brasileiro e as estratégias que devem ser adotadas pelo Estado para tal.


É consenso entre os conselheiros que o Brasil hoje é diferente do país que foi analisado no momento da construção da Agenda Nacional de Desenvolvimento, em 2004, e que uma nova proposta deve ser gestada. Agora, as conclusões estabelecidas no encontro serão apresentadas ao Presidente Lula durante a 33ª Reunião Plenária do CDES, em abril.

Segundo o clima do encontro na sede da Fecomércio, em São Paulo, as proposições sobre o padrão de desenvolvimento em curso apontam para a busca de um maior dinamismo da economia brasileira, associado com uma melhor distribuição de renda e riqueza, redução da pobreza, ampliação do mercado interno e sustentabilidade ambiental. Ou seja, a construção de um novo padrão de produção, consumo e distribuição sobre o qual o Conselhão vem se debruçando a partir do acúmulo de experiências de diálogo ente os diferentes atores sociais que o compõem.

A oficina sobre Desenvolvimento, com a presença dos economistas Ricardo Bielshowski e João Carlos Ferraz serviu como base para as avaliações do Conselho. O economista da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) Ricardo Bielschowsky, destacou que o Brasil apresenta um bom cenário econômico, mas carece de um pacto social que gere um novo ciclo de desenvolvimento. “Entre 1930 e 1980, aconteceu no país a formação de um grande suporte estatal e desenvolvimento da economia via uma industrialização dirigida ao mercado interno. Depois, o país viveu períodos de instabilidade macroeconômica e, até 2003, um baixo crescimento. Agora, é hora de discutir um novo padrão”, disse. Segundo Bielschowsky o Brasil tem fôlego para uma perspectiva de desenvolvimento promissora a longo prazo, se enfrentar “a baixa propensão a investir e a histórica insuficiência de mecanismos de transmissão de produtividade ao rendimento das famílias. Isso é uma dívida de 500 anos que não se resolve da noite para o dia”.

Leia matéria completa em Carta Maior Aqui

Pará - Belém - Comissão do Banco Mundial visita Hospital Barros Barreto da UFPA

O Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) recebeu, nos dias 10 e 11 de março, a visita de representantes do Banco Mundial, instituição financeira que está negociando com o Ministério da Educação (MEC) a liberação de cerca de 420 milhões de dólares para financiar ações emergenciais do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf). O objetivo foi conhecer de perto as reais necessidades do Barros Barreto, para que a instituição possa ser beneficiada com investimentos, principalmente, nas áreas de estrutura física e tecnológica.

O Banco Mundial estava representado pelo economista André Médici, pelo especialista ambiental Gunars Platais, pela antropóloga Ximena Traa e pela médica Joana Godinho, que avaliaram os aspectos sociais e ambientais envolvidos na reestruturação do HUJBB. Eles estavam acompanhados pelo coordenador geral de Hospitais Universitários do MEC, Celso Araújo, e pela coordenadora de Planejamento e Gestão da Secretaria de Educação Superior do MEC e gerente do Programa Rehuf, Valéria Grilanda.

Os representantes conheceram, também, como é a inserção da instituição no Sistema Único de Saúde (SUS). O diretor do HUJBB, Eduardo Leitão, contou a história do Barros Barreto e falou da sua missão e importância para a população da região amazônica como hospital geral de média e alta complexidade, referência em doenças infecciosas e pulmonares. Segundo Leitão, o HUJBB precisa de uma revitalização geral, uma vez que a instituição, em termos de área física, não acompanhou o crescimento da demanda por serviços.

Para a gestão atual, as principais demandas nas áreas estrutural e tecnológica são: a construção de um Complexo Ambulatorial, pois atualmente o Ambulatório funciona dentro do Hospital; construção de uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTI) e de uma Unidade Intermediária; ampliação do Centro de Terapia Intensivo (CTI) e do Centro Cirúrgico; construção de uma nova estação de tratamento de água e de esgoto; aquisição de um novo tomógrafo, de um aparelho de Ressonância Magnética e Raios-X Digital. Outra demanda importante é colocar para funcionar a Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), que vai oferecer todos os tipos de tratamento ao paciente com câncer e contribuir para aliviar, em parte, a demanda do Hospital Ofir Loyola (HOL).

Lei a reportagem completa no site da Universidade Federal do Pará

Energia - Governo tentará derrubar no Senado mudança na distribuição de royalties do pré-sal

Cuidado com a "maldição dos recursos naturais", também conhecida na teoria econômica com o nome de "Dutch disease". O Brasil não é exportador de petróleo, e, por isso, essa maldição ou essa doença não tem aqui a gravidade com que se apresenta em países como a Venezuela ou a Arábia Saudita. Mas, como possui recursos naturais abundantes, que possibilitam a produção agrícola e agroindústria a custos muito baixos, o problema da maldição dos recursos naturais não pode ser subestimado.

Por isso, da Forma em como sejam distribuídos os royalties do petróleo dependerá muito o fururo econômico e o desenvolvimento do País.

Os royalties da camada do pré-sal são, na realidade, uma verdadeira "repartição de benefícios" e sob essa ótica é que devem ser entendidos.

A pervercidade da discussão é que no caso da biodiversidade, esses recursos são apenas uma potencialidade e no petróleo, uma realidade.

Da mesma forma em que recentemente se gerou uma polêmica sobre repartição de benefícios da biodiversidade, hoje vemos a discussão sobre a "repartição dos benefícios" dos royalties do petróleo.

a discussão sobre a biodiversidade passou mais de 4 anos sem uma clara conclusão e o debate sobre os benefícios dos recursos do Pré-Sal já serão matados no peito pelo Presidente Lula.

Veja matéria completa sobre os Royalties do Pre-sal.

O governo vai trabalhar para derrubar no Senado a chamada emenda Ibsen Pinheiro, aprovada na quarta-feira (10) pela Câmara dos Deputados. A emenda divide igualmente os royalties obtidos com a exploração do pré-sal entre os municípios e os estados, com base nos fundos de participação. Na prática, a emenda fará com que os estados produtores de petróleo passem a receber menos. O governo alega que o novo texto altera contratos que já estão em vigor e defende o critério anterior, em que os produtores recebem um percentual a mais por conta da exploração. “Não é possível alterar contratos. Contrato é para ser cumprido. O petróleo já está sendo explorado. Mudar a regra com o jogo em andamento não é possível”, disse o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP). “Isso vai cair no Supremo. Ou então, o presidente Lula vai vetar”, reafirmou. Um dos autores da emenda, o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) garantiu que, se o texto for vetado, os parlamentares se mobilizarão para derrubar o veto. Segundo ele, o critério social na distribuição dos royalties é mais justo. “Uma coisa é o minério produzido no estado, outra é o minério produzido no mar. É um bem da União, de todos os brasileiros e não apenas de uma parcela”, disse. Marcelo Castro ainda argumentou que a emenda não fere contratos em andamento. “Não existe contrato entre a União, estados e municípios. Existe contrato entre a União e a empresa. Depois que a União recebe os royalties e participações especiais, divide de uma maneira. E agora vai dividir de outra maneira, que entendemos ser a mais justa: igualmente para todos os municípios”, defendeu. A emenda Ibsen foi o último ponto do pré-sal em tramitação na Câmara. Agora, o grupo de projetos segue para apreciação no Senado antes de retornar para a Câmara. O governo espera que a proximidade das eleições não atrapalhe as discussões no Congresso. “Estamos em ano eleitoral, o que motiva discussões apaixonadas e não com base na lei”, afirmou Vaccarezza. (Fonte: Agência Brasil).

terça-feira, 9 de março de 2010

Pará - Política, política - PMDB não aceita acordo com PT no Pará - do Blog do Val-André Mutran


Alianças dos desconfiados  

Por Denise Rothenburg - Flávia Foreque, para o Correio Braziliense 

 ELEIÇÕES

Lula tenta diminuir as chances de traição nos palanques estaduais de apoio a Dilma, mas aliados aumentam o tom das ameaças

Lula com Jader Barbalho: mais fácil seria um torcedor do Remo passar a torcer pelo Payssandu do que o PMDB apoiar a candidata petista no Pará

A desconfiança que se instala entre PT, PMDB e PSB em alguns estados começa a provocar abalos no castelo de partidos que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende arregimentar para a campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República. No Pará, por exemplo, onde a governadora Ana Júlia Carepa (PT) é candidata à reeleição, o ex-deputado José Priante (PMDB-PA) resume assim a relação entre os dois partidos: “É mais fácil um remista passar a torcer para o Payssandu, ou vice-versa, do que o PMDB apoiar a Ana Júlia”, afirma.

A declaração do peemedebista vem carregada pela pura desconfiança que cresce cada vez mais entre os dois partidos. Ana Júlia foi candidata porque, em 2006, o deputado Jader Barbalho foi ao presidente Lula e disse que o pré-candidato do PT, Mário Cardozo, não venceria o PSDB. Lula e Barbalho combinaram então que Jader teria um candidato a governador, o PT lançaria Ana Júlia e, no segundo turno, eles estariam juntos. Ao longo do governo de Ana Júlia, a relação com o PMDB se deteriorou.

Há dois meses, Ana Júlia ofereceu a Jader uma das vagas ao Senado. Ocorre que Jader, depois de uma série de consultas ao PT, descobriu que os petistas planejam votar apenas no seu candidato — o deputado Paulo Rocha, aquele que terminou fora do Congresso em 2006 por conta do escândalo do mensalão — e, por causa dos antigos escândalos da Sudam, desidratar o candidato do PMDB.

A desconfiança levou o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a chamar Paulo Rocha e Priante para uma conversa em seu gabinete. Até o momento, o acordo não saiu e a perspectiva é a de que não sairá por conta da desconfiança.

No Maranhão, a situação não é diferente. PT e PMDB simplesmente não confiam um no outro. Lá, o PT decide no dia 27 deste mês se ficará com o aliado histórico, o PCdoB — que tem como candidato a governador o deputado Flávio Dino — ou apoiará a reeleição de Roseana Sarney (PMDB). A disputa será dura e, na hipótese de ficar com Dino, isso pode refletir na campanha presidencial, uma vez que Roseana estendeu o tapete vermelho para Dilma e fechou as portas para Marina Silva, do PV de Sarney Filho, irmão da governadora. Feito isso, agora o PMDB aguarda reciprocidade do PT local. Desconfia que não terá.