quinta-feira, 3 de junho de 2010

SINOPSES - RESUMO DE ALGUNS DOS PRINCIPAIS JORNAIS DO BRASIL

Sinopses anteriores: 03 de junho de 2010

O Globo Manchete: Dilma e Serra discordam de Lula sobre carga tributária

Presidente disse que Estado que cobra pouco não consegue ser forte

O presidente Lula justificou a alta carga tributária do Brasil, uma das mais altas do mundo, dizendo que ela é necessária para que o Estado seja forte e atenda os mais pobres. "Tem muita gente que se orgulha de dizer: 'No meu país, a carga tributária é de apenas 9%'; 'No meu país, é (de) apenas 10%'. Quem tem carga tributária de 10% não tem Estado! O Estado não pode fazer nada", discursou Lula. A carga de impostos no Brasil atinge cerca de 36% do PIB, e no ano, só até ontem, os brasileiros pagaram R$ 500 bilhões de tributos. Os pré-candidatos presidenciais José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) criticaram o sistema tributário e a alta carga de impostos e defenderam a redução. Para Serra, a carga de tributos no Brasil é perversa porque penaliza os mais pobres. "Quem tem carga de 10% faz um país do tamanho da China", reagiu a Lula o economista Paulo Rabello de Castro. (Págs. 1, 3 e 4 e Merval Pereira)

Serra diz que Dilma é culpada por dossiê

O pré-candidato tucano, José Serra, culpou Dilma Rousseff (PT) pelo suposto dossiê preparado pela campanha petista para atingir a filha dele, Verônica. "A principal responsabilidade é da candidata Dilma", afirmou. O dossiê acirrou ânimos entre tucanos e petistas. O presidente do PT, José Eduardo Dutra, disse que Serra está "com pesquisite aguda". Para conter a crise interna, o PT recorreu ao ex-ministro José Dirceu. (Págs. 1, 10 e 11)


PAC: só 46% das obras são concluídas

No último balanço do PAC antes da eleição, menos da metade das obras (46,1 %) foi concluída, representando R$ 302 bilhões em investimentos. Excluindo o crédito habitacional, o percentual cai a 22%. (Págs. 1 e 21)

Israel mantém o bloqueio e desafia críticos

O premier israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel manterá o bloqueio à Faixa de Gaza, e acusou seus críticos de hipocrisia. Levantar o embargo agora seria permitir que a região se transformasse em base de mísseis iranianos contra Israel e a Europa, disse. O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, apoiou o bloqueio e a interceptação do Mavi Marmara. Os ativistas deportados foram recebidos por uma multidão em Istambul. (Págs. 1 e 27 a 29) Foto legenda: Milhares de manifestantes protestam contra Israel em Istambul, onde recepcionaram ontem os ativistas que estavam a bordo do barco atacado

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Folha de S. Paulo
Manchete: Serra acusa Dilma de fazer dossiê; petista nega

Tucano diz que sigla rival tem 'tradição' nesse tipo de ação; presidente do PT vê 'desespero' O pré-candidato do PSDB ao Planalto, José Serra, acusou sua adversária Dilma Rousseff (PI) de estar por trás de um dossiê contra ele.

"A principal responsabilidade desse dossiê é da candidata Dilma", afirmou o tucano, que lembrou o caso dos "aloprados", em 2006, e disse que o PT tem "tradição" em fazer dossiês.

Segundo a revista "Veja", petistas articularam a criação de equipe de espionagem, o que a sigla nega. O pré-candidato ficou irritado ao receber informações de que sua filha, Verônica, foi alvo de investigações. Dilma negou a acusação: "Não vou ficar batendo boca sobre isso.

Agora, é uma falsidade". Segundo o presidente do PT, José Eduardo Dutra, a fala de Serra revela "desespero". (Págs. 1, A4 e A6)

Fernando Rodrigues
Caso mostra que apenas Dutra e Palocci mandam na campanha de Dilma. (Págs. 1 e A6)

Frota apoiava terror, diz premiê israelense

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, rebateu a onda mundial de condenação pela ação militar contra frota humanitária que tentava romper bloqueio marítimo à faixa de Gaza, relata Marcelo Ninio. "Não era uma frota de paz, era uma frota de apoiadores do terror", disse ele. Entre os 700 ativistas deportados ontem, estava a brasileira Iara Lee. (Págs. 1 e A12)

Janio de Freitas
A crise no Oriente Médio é obra dos EUA. (Págs. 1 e A6)

Esporte: O jogo do ditador

Robert Mugabe, acusado de massacre e fraudes no Zimbábue, afirma em entrevista à Folha que Brasil ajuda a tirar seu país do isolamento (Págs. 1 e D4)


PT nacional enquadra o de MG por apoio a Hélio Costa

O comando de campanha de Dilma Rousseff enquadrou o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT). Ele anunciará seu apoio à candidatura de Hélio Costa (PMDB) ao governo de Minas nesta segunda.

Além disso, o PT negocia com Patrus Ananias sua indicação para ser vice de Costa, com Pimentel como candidato ao Senado. Segundo a Folha apurou, a equipe de Dilma cobrou do ex-prefeito que seus aliados parassem de colocar empecilhos à chapa com o PMDB. (Págs. 1 e A8)

Anatel dá aval para as teles atuarem com TVs a cabo

A Procuradoria-Geral da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) avalizou decisão dos conselheiros pela eliminação do limite de concessões para a oferta de TV a cabo no país, informa Elvira Lobato.

Na prática, a medida pode derrubar a restrição à atuação das teles no setor, prevista em lei. Como existe obrigatoriedade do controle de capital nacional, a Oi seria a principal beneficiada.

Empresas que pagaram pelas concessões reclamam que podem ter concorrentes sem essa despesa. (Págs. 1 e B1)

Cerqueira César desentope canos ao reciclar óleo

A reciclagem de óleo de cozinha em Cerqueira César (SP) reduziu em 26% os casos de esgoto entupido entre 2008 e 2009, segundo a Sabesp. O programa, ao qual aderiram 1.500 dos 1.600 prédios do bairro, existe há três anos. (Págs. 1 e C1)

Para Mantega, a economia já se desacelerou

Em entrevista em Xangai, o ministro Guido Mantega (Fazenda) disse que a economia brasileira não corre risco de superaquecimento.

Mantega citou sinais de desaceleração no consumo e na indústria, relata Fabiano Maisonnave. (Págs. 1 e B5)

Venda de prédio para PUC é alvo de inquérito

O Ministério Público do Estado abriu inquérito civil para investigar a suposta compra pela PUC-SP do conjunto de prédios onde funcionou por décadas o hospital Matarazzo. Padres que controlam a universidade negaram a aquisição. Fontes ligadas à reitoria, porém, confirmaram a compra. (Págs. 1 e C6)

Vacinação para gripe prossegue nos municípios (Págs. 1 e C2)

Editoriais

Leia "Sindicalista acidental", sobre manifestação das centrais de trabalhadores; e "Crise de aloprados", acerca da candidatura presidencial petista. (Págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Serra responsabiliza Dilma por suposto dossiê contra ele

Alvo seria sua filha; tucano lembrou do escândalo dos 'aloprados' para dizer que não seria a primeira vez O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, responsabilizou a petista Dilma Rousseff pela fabricação de suposto dossiê contendo denúncias que o atingiriam. "Disso eu não tenho dúvida", afirmou o tucano. O alvo da ação seria a filha de Serra, Verônica. Ele lembrou casos de eleições passadas, quando houve guerra de dossiês. Falou especificamente da disputa de 2006, quando um grupo de petistas, alguns ligados ao senador Aloizio Mercadante, que disputava o governo de São Paulo, tentou comprar um dossiê com supostas irregularidades da administração tucana no Estado. Na ocasião, os responsáveis foram chamados pelo presidente Lula de "aloprados". O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse que esse tipo de ação, além de ser ilegal, "é vergonhosa, indecente e coisa de gente safada". (Págs. 1 e Nacional A4)

Petista diz que não bate boca sobre 'falsidade'

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, foi sucinta ao reagir à acusação do tucano José Serra, que a responsabilizou pelo suposto dossiê contra ele. "Isso é falsidade e eu não vou ficar batendo boca sobre isso", afirmou a petista. Já o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, declarou: “Posso atribuir a estresse acima do suportável. Talvez efeito de pesquisite aguda. O nome disso só pode ser 'desespero". (Págs. 1 e Nacional A4)

Deportados os ativistas da 'Flotilha da Liberdade'

O governo de Israel deportou todos os quase 700 ativistas pró-palestinos que haviam sido detidos quando os barcos da "Flotilha da Liberdade", que pretendia ir a Gaza para entregar ajuda humanitária, foram interceptados. A ação deixou nove mortos e sofreu condenação internacional. Para reduzir o desgaste, Israel desistiu de processar os ativistas. A brasileira Iara Lee, que participou do protesto, embarcou num avião turco rumo a Istambul. (Págs. 1 e Internacional A11)

Nível de gasto do governo é o maior sob Lula

As despesas do governo atingiram em abril o maior patamar (20%) em relação ao PIB desde o início do governo Lula. No acumulado dos últimos 12 meses, os gastos representaram 18,6% do PIB. Em 2002, último ano do governo FHC, eram 15,7%. Números revelam que o governo aproveitou o aumento das receitas para elevar gastos. (Págs. 1 e Economia B1)

PAC investe só 46,1% do previsto

Dos R$ 656,5 bilhões em investimentos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para até 2010, foram gastos R$ 302,5 bilhões com a conclusão obras, ou 46,1% do total. Entre as ações em ritmo preocupante estão as de aeroportos, como o de Brasília e o de Vitória, necessárias para a Copa de 2014. (Págs. 1 e Economia B1)

Falha tentativa de frear vazamento de petróleo (Págs. 1 e Vida A10)

Multa por falta de cadeirinha começa dia 12

R$ 191,54 é o valor da multa para quem descumprir a regra As novas regras para o transporte de crianças nos carros, como a exigência de cadeirinhas e outros dispositivos de segurança, começam a valer no dia 9 em todo o País. Em São Paulo, as multas só vão ser aplicadas a partir do dia 12. Antes disso, o policiamento de trânsito orientará motoristas perto de escolas. (Págs. 1 e Cidades C1)

Eugênio Bucci: Propaganda eleitoral

Recursos do Estado entram na disputa ideológica. Cadê a República? (Págs. 1 e Espaço Aberto A2) Notas & Informações: Sindicalismo de Estado Conferência sindical foi uma escancarada mobilização eleitoral pela “continuidade”. (Págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil

Manchete: Cresce pressão contra Isarael

Secretário-geral da ONU pede fim “imediato” do bloqueio a Gaza

Apesar de Israel ratificar que manterá sua postura em Gaza, crescem as pressões pelo fim do bloqueio. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, exigiu o fim "imediato" da ação que qualifica como "imoral". O sétimo navio que tenta furar o bloqueio está no Mediterrâneo e se chama Rachel Corrie – americana morta em 2003, atropelada por um trator militar israelense. (Págs. 1 e Tema do dia A2 e A3)

Nestlé na mira da Anvisa

Após ser obrigada a modificar a embalagem da bebida láctea Alpino Fast, a Nestlé pode ser multada pela Anvisa em até R$ 1,5 milhão, por manter a propaganda do produto no site da empresa. (Págs. 1 e Economia A15)

Petróleo ameaça corais no Golfo

O vazamento de petróleo no Golfo do México ameaça um imenso recife de corais descoberto no ano passado a 32 km do poço e a 400 metros de profundidade. (Págs. 1 e Vida, Saúde & Ciência A19)

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Correio Braziliense

Manchete: Vitória do consumidor nos planos de saúde

Lentamente, os usuários de planos de saúde conquistam melhorias no atendimento. Duas ações promovidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) dão mais chances ao consumidor de buscar tratamento adequado. A medida imediata começa segunda-feira, quando entra em vigor o novo rol obrigatório de serviços oferecidos pelas administradoras. A lista amplia a cobertura de procedimentos médicos e o número de consultas. Para outubro, o governo negocia facilidades ao cliente na troca de operadora. A advogada Daniela Tratel, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), elogia as mudanças, mas alerta que faltam benefícios. “São conquistas depois de muita luta e ações judiciais. Mesmo assim, a maioria dos transplantes, por exemplo, ainda ficou de fora”, comentou, referindo-se à cobertura dos serviços de saúde. (Págs. 1, 10 e 11)

Israel diz que reação mundial ao ataque é hipócrita (Págs. 1 e 22)

Corpus Christi: Celebração nas 122 paróquias

A festa católica, este ano, será descentralizada pelas igrejas do DF. Mas a comunidade jovem confeccionará o tradicional tapete na Catedral, a partir das 6h30. (Págs. 1 e 3)

Caixa de Pandora: Gazeteiros podem salvar Eurides

A cassação da deputada por falta de decoro já teria o apoio de 13 distritais. Mas a ausência de parlamentares na sessão pode mudar o destino da votação a favor da peemedebista. (Págs. 1 e 34)

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Jornal do Commercio

Manchete: Alívio e medo Filhos de Maristela Just comentaram a condenação do pai, José Ramos Neto, a 79 anos de cadeia. Também baleados no dia da morte da mãe, finalmente puderam dormir bem, revela Zaldo. Mas Nathalia receia que ele volte “para terminar o que começou”. (Pág. 1) Suspeito de sequestro é capturado (Pág. 1) Brasil já arrecadou R$ 500 bilhões, mas aplica mal o dinheiro (Pág. 1) Premiê israelense rebate críticas à ofensiva ao comboio (Pág. 1)

Consulte os Principais Jornais do mundo (E A PRIMEIRA CAPA) no Blog, NA COLUNA DA ESQUERDA, SOB O TÍTULO: JORNAIS MAIS IMPORTANTES DO MUNDO,  CLICANDO Aqui

Economia - Sobrou do Mangabeira

Ainda sob a coordenação do Ex Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, o Ministro Mangabeira Unger, o IPEA realizou um estudo sobre o desempenho dos aeroportos brasileiros. Cheio de erros e falta de informações substanciais foi publicado e está sendo criticado pelo Ministro de Defesa.

Veja a matéria do O Globo.

BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, criticou o estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre o desempenho dos principais aeroportos do país, divulgado nesta semana.
De acordo com o levantamento, os principais aeroportos do país não têm capacidade para atender à demanda de pousos e decolagens. Durante a divulgação do balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o ministro apontou falhas nas análises do Instituto.

Segundo Jobim, os dados apresentados estão desatualizados e com informações incorretas. Além de questionar os dados sobre a alta carga tributária do setor, o ministro criticou a estimativa de investimentos da Infraero. O estudo mostra que a estatal investiu R$ 3 bilhões no período de 2000 a 2007, número contestado pelo ministro. Segundo ele, os investimentos somaram quase R$ 4,7 bilhões. "O Ipea mentiu em R$ 1,7 bilhão", disse.

Para Jobim, o Ipea falhou ao não ouvir os diferentes segmentos da aviação civil brasileira ao realizar o estudo. Ele chegou a questionar o período de análise considerado pelo Instituto, que engloba o tempo em que um pesquisador do Ipea ocupou um cargo de diretor na Anac.
Leia a reportagem completa Aqui

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Eleições Pará - Projeto particular do Jader. Parabens!

Primeiro Turno
(Treino)



Segundo Turno
(Jogo)


Biodiversidade - MPF lança campanha Carne Legal, pelo consumo consciente

O Ministério Público Federal lançou nesta terça-feira (01/06), em Belém, campanha cidadã pelo consumo consciente de produtos bovinos.

A campanha é um alerta sobre as ilegalidades presentes na cadeia da pecuária. E também sobre a necessidade de os consumidores cobrarem informações a respeito da origem da carne que compram nos supermercados. A campanha será veiculada em todo o Brasil e começa exatamente um ano depois do início do trabalho contra a ilegalidade na cadeia da pecuária.

Além das peças gráficas, foram produzidos três filmetes de 30 segundos para veiculação na televisão e três spots para rádio, nos quais é evidenciada a relação entre carne, fazendas ilegais, desmatamento, trabalho escravo e lavagem de dinheiro. (as peças estão disponíveis para download no site www.carnelegal.mpf.gov.br ).

A Carne Legal também vai estar no twitter (www.twitter.com/carnelegal) e no YouTube. O trabalho tem o apoio do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e da Repórter Brasil, organização que trabalha para a erradicação do trabalho escravo.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Sucessão - No mato sem cachorro

Cadê o discurso?
Do Kennedy Alencar
Claro que a vaga de vice é um problema para a campanha do pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra.

Mas encontrar o discurso parece ser um problema ainda maior. Até agora não existe um mote, uma ideia que sintetize a candidatura e que faça o grosso do eleitorado entender a razão de optar por ela. Serra oscila entre maior e menor agressividade direta contra Dilma Rousseff e o PT, quase sempre poupando Lula.

Há ataques a Lula, mas são cifrados demais para o grosso do eleitorado. Alguns exemplos para não cansar. Insinuar que não teria boa relação com ditadores, porque Lula tem. Não lotear os cargos, porque com ele seria diferente, não teria essa coisa de ceder à fisiologia.


Neste exemplo, o próprio Serra se esquece das boas relações que manteve e mantém com José Roberto Arruda e democratas, tucanos e peemedebistas que não ficam nada a dever à turma da pesada que apoia Lula. Mas o que importa é que ele tenta ferir Lula.


Discretamente, repita-se. Motivo: boa parte dos que hoje optam pelo tucano avalia bem o governo do presidente. Seria suicídio político brigar de frente com o petista. Resta, portanto, bater no PT e em Dilma. Mais à frente, virá a chamada tentativa de desconstrução. Em outras palavras, ataques mais duros à pré-candidata do PT. Simultaneamente, fará um discurso algo doce para tentar mostrar a suposta superioridade no quesito preparo para governar.


Mas, de novo, a pergunta: qual é o mote? Dilma tem o seu: continuar a obra de Lula, de fácil compreensão para a maioria dos eleitores. Sem discurso, começam a bater o desespero e o destempero no próprio candidato. E, aí, ocorrem ataques como o desferido contra a Bolívia. Ninguém entendeu a razão. Especulação: pode ser uma tentativa de construir um discurso mais linha dura em relação à segurança pública, um dos temas de maior preocupação do eleitorado.

 O risco é soar meio malufista. Existe indício nesse sentido: o violento comportamento da Polícia Militar de São Paulo hoje em dia. A PM paulista está matando mais, de acordo com dados do primeiro trimestre deste ano comparados com a mesma época do ano passado.

Nesse período, em que Serra governava o Estado, cresceram 40% as chamadas ocorrências em que há resistência seguida de morte. Falar mais duro em relação ao combate às drogas pode atrair uma fatia do eleitorado. No entanto, numa primeira avaliação, parece estreito para virar um discurso de campanha eficiente a fim de derrotar a candidata de um presidente com popularidade recorde.

Crime Organizado - E a polícia acha graça




Internacional - O efeito Hillary na Faixa de Gaza não se deixou esperar

Conselho de Segurança da ONU faz reunião de emergência sobre Gaza

DA AGÊNCIA REUTERS

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas se reunirá na tarde desta segunda-feira em uma sessão de emergência para discutir o ataque de Israel contra um comboio de navios que levavam ajuda humanitária a Gaza, disseram diplomatas do Conselho de Segurança à Reuters.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fez um apelo nesta segunda-feira por uma investigação completa e mostrou-se chocado com o ataque israelense, que matou ao menos dez pessoas. "É vital que haja uma investigação completa para determinar exatamente como o ataque ocorreu. Eu acredito que Israel deve fornecer urgentemente uma explicação", disse ele em coletiva de imprensa realizada na capital de Uganda, Kampala.

O secretário-geral está em Kampala para participar de uma conferência de revisão do Tribunal Penal Internacional (ICC, sigla em inglês). Ataque O Exército de Israel atacou na madrugada desta segunda-feira um comboio de barcos organizado pela ONG Free Gaza, um grupo de seis navios, liderados por uma embarcação turca, que transportava mais de 750 pessoas e 10 mil toneladas de ajuda humanitária para a faixa de Gaza, deixando ao menos dez mortos e cerca de 30 feridos.

O grupo tentava furar o bloqueio de Israel à entrega de mercadorias aos palestinos. De acordo com a imprensa turca o ataque ocorreu em águas internacionais, mas as forças de defesa de Israel mantêm que as embarcações tinham invadido seu território. A imprensa turca mostrou imagens captadas dentro do navio turco Mavi Marmara, nas quais se viam os soldados israelenses abrindo fogo. Em Istambul cerca de 10 mil pessoas protestaram contra os ataques.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, decretou três dias de luto nos territórios palestinos devido ao ataque israelense à "Frota da Liberdade". Em comunicado emitido na cidade cisjordaniana de Ramallah através da agência oficial palestina "Wafa", Abbas não anunciou, no entanto, uma interrupção do diálogo indireto de paz que mantém com Israel. EUA (é uma verdadeira piada (se não for trágica) essa declaração dos Estados Unidos).

Os responsáveis do atentado, inspirados na nova Pit Bull do Império Lamentam o atentado



Os Estados Unidos lamentaram a ação e indicaram que uma investigação deve apurar os detalhes da ação militar. "Os EUA lamentam profundamente a perda de vidas humanas e o saldo de feridos, e neste momento tentam entender as circunstâncias em que esta tragédia ocorreu", sinalizou o porta-voz da Casa Branca, Bill Burton. O ataque também motivou forte reação na comunidade internacional. A Turquia já pediu à ONU (Organização das Nações Unidas), uma reunião urgente sobre o tema.

A alta comissária para os Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, se manifestou, e em seu discurso na abertura da 14ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU disse estar "comovida" com as informações do ataque, que provocou "mortos e feridos".

Irã O ministro de Defesa do Irã fez nesta segunda-feira um apelo à comunidade internacional para que cortem todas as relações com Israel após a morte de ativistas que levavam ajuda humanitária à faixa de Gaza a bordo de navios nesta segunda-feira. "O mínimo que a comunidade internacional deveria fazer com relação ao horrível crime cometido pelo regime sionista é boicotá-lo e cortar todas as relações diplomáticas, econômicas e políticas", disse Ahmad Vahidi, segundo a agência semi-oficial de notícias Irna.

Anteriormente, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, denunciou o ataque do Exército israelense contra a frota, qualificando-o de um "ato desumano do regime sionista". "O ato desumano do regime sionista contra o povo palestino e o fato de impedir que a ajuda humanitária destinada à população chegasse a Gaza não é um sinal de força, e sim de fragilidade deste regime", declarou Ahmadinejad. "Tudo isto mostra que o fim deste sinistro regime fantoche está mais perto do que nunca", acrescentou.

domingo, 30 de maio de 2010

Economia- Classe emergente festeja progressos

Com maior facilidade de crédito e elevação do poder aquisitivo, eles melhoraram de vida, mas não é necessário que votem em Dilma, disse a matéria do Estadão.

O Estado de S.Paulo

Muitos eleitores de classe média baixa melhoraram de vida nos últimos anos, e associam seus progressos ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No tabuleiro de acarajé do Zé da Chica, perto da praia de Itapuã, em Salvador, quatro integrantes dessa classe emergente se reuniram num fim de tarde para conversar com o Estado sobre a melhora em suas vidas - e as consequências dela nas suas escolhas na eleição presidencial deste ano.



O taxista Luis Estrela, de 34 anos, conta que "afundou em dívidas" entre 1998, no final do primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, e 2003, início do governo Lula. "O poder aquisitivo diminuiu muito", diz, e, com ele, o movimento de passageiros.



"Tudo que eu tinha tive que botar na fogueira", recorda Luis. Em 2003, ele devia R$ 30 mil a duas financeiras. "Quando entrou o governo Lula, comecei a respirar." O número de passageiros foi aumentando - ele reconhece que também por causa da violência nos ônibus de Salvador - e os juros dos empréstimos caíram.

Leia a matéria completa no Estadão Aqui

sábado, 29 de maio de 2010

Eleições 2010 - Serra ataca: Bolívia a mae de todas as culpas (the mother of all guilt)

Serra acusa a Bolívia pelo tráfico de drogas no Brasil.

As críticas do Serra a Bolívia pelo ingresso de drogas na fronteira com Brasil, são extremamente superficiais, arrogantes e prepotentes.

Ele não sabe distinguir entre países produtores de drogas e consumidores.

Utiliza os mesmos argumentos dos Estados Unidos, quando acusa ao México de todos os desastres, pelo alto consumo de drogas no País do Norte.

Foi necessário ouvir muitas vezes o candidato para acreditar que essa infeliz declaração era mesmo do José Serra. Ele sozinho está cavando seu próprio túmulo.

Leia a mátéria

Em visita à capital do Mato Grosso, o presidenciável José Serra (PSDB), elevou o tom contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste sábado (29) e reforçou as acusações contra a suposta ajuda da Bolívia a narcotraficantes.

 
Depois disso, o ex-governador de São Paulo - Estado que viu a violência aumentar no primeiro trimestre deste ano -, voltou à carga contra o presidente da Bolívia, Evo Morales.

Nesta semana, o tucano acusou o mandatário do país vizinho de "no mínimo" fazer vistas grossas para o tráfico de drogas que age no Brasil e passa pela fronteira sem nenhuma fiscalização.

"Parece que virou política de governo, mandar coca e destruir nossa juventude. Noventa por cento da cocaína consumida no Brasil vem da Bolívia", atacou Serra. Segundo ele, Morales abandonou um programa de erradicação da planta de coca no país vizinho. "Ele é cúmplice porque expandiu em três vezes a produção (...) A coca precisa parar de entrar no Brasil, porque está destruindo a juventude brasileira", afirmou.

O tucano ainda se comprometeu a indicar um jurista para o cargo de ministro da Justiça se for eleito. Essa pasta trata da Polícia Federal, que tem, entre outras atribuições, a obrigação de fiscalizar fronteiras. Para o presidenciável, é preciso indicar pessoas que têm experiência para a pasta, "como membros do Ministério Público, porque os políticos só fazem relações [institucionais] com os tribunais, e não pensam em políticas de segurança".

Leia a mátéria completa no UOL Aqui

REFLEXÃO DA SEMANA - RECOMENDO AMPLAMENTE, DEMAIS

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Imprensa - Vale a pena ler de novo

FOLHA SUPERLATIVA


Novíssima, Ilustríssima e esquecidíssima

Por Alberto Dines em 25/5/2010


História faz bem, há quem diga que a nostalgia pode ser revolucionária: houve um tempo em que o New York Times levava anos para consumar alterações insignificantes nas fontes tipográficas ou na largura das colunas. No fim ninguém notava, apenas os especialistas e, óbvio, a visão dos leitores idosos.



Quanto menos perceptível, melhor avaliada seria a mudança. Sua majestade, o leitor, não poderia ser incomodado, mesmo num tempo em que as pesquisas de opinião eram raras. Seus hábitos de leitura eram sagrados, intocáveis. Sua relação com o jornal – ou, se quisermos, sua fidelidade ao jornal – fazia-se através de rígidas rotinas e rituais inflexíveis armando vínculos mútuos de confiança.



Uma pequena mudança na previsão do tempo e o sobressalto provocado pelo deslocamento de um articulista, cartum ou receita de bolos poderiam provocar graves rompimentos e debandada de assinantes. Alterações no visual e na organização do espaço exigiam demorados cuidados e extremadas precauções. Não mexa no jornal, mexa com o leitor. Obrigue-o a pensar.



Sensações mais fortes eram transmitidas através das notícias e neste caso os editores tinham carta branca para provocar trepidações inclusive visuais. A matéria prima e a função do jornal era – adivinhem! – o jornalismo. O tamanho das manchetes (uma, duas ou três linhas) e o uso de fontes diferenciadas (bold, negras, ou light, leves) resultavam de uma hierarquização natural, implícita no processo de relatar fatos antes mesmo de Gutenberg.



O lugar da opinião Esta linguagem nuançada e tonal visava um entendimento, um diálogo, entre aqueles que até há pouco eram designados como emissor e destinatário e agora atendem pelo nome de mediador e mediado. Manchetes diárias em bold produzem o mesmo efeito de e-mails em maiúsculas.



Jornais gritados não são ouvidos. Vespertinos e tablóides usavam claves mais estridentes, mas obrigatoriamente graduadas. Matutinos permitiam-se o uso da gama completa de entonações e sinais sempre adaptados e regulados pelo peso específico do material que transportavam. Em 1952, por intermédio do Diário Carioca (então dirigido por Danton Jobim e Pompeu de Souza), ocorreu a primeira revolução no moderno jornalismo brasileiro. A introdução do lead, lide, com a adoção da narrativa direta exigiu um redesenho dos jornais e uma distribuição menos atabalhoada do noticiário.



A revolução seguinte deu-se no Jornal do Brasil, em 1956, onde as inovações experimentadas quatro anos antes no DC foram combinadas à nova estética concretista. Liderados por Odylo Costa, filho, um grupo de jovens e brilhantes profissionais entre os quais o escultor Amilcar de Castro e os jornalistas Reynaldo Jardim, Janio de Freitas, Ferreira Gullar, Carlos Lemos, Wilson Figueiredo – para citar apenas alguns – produziu a mais feliz e duradoura reforma jamais feita na imprensa brasileira. Manteve-se intacta até os anos 1990 e mesmo diluída no jornal-matriz esparramou-se como paradigma da modernidade jornalística do norte ao sul do país. Alguns de seus aportes estão visíveis até hoje (chamadas de primeira página com textos-resumo, espaços em branco no lugar dos fios de paginação etc.).



O Jornal da Tarde é um caso à parte, especial: não foi uma reforma, foi um novo produto associado a um novo conceito inspirado no New York Herald Tribune – o jornal-revista aceso, criativo, alegre. Este passado precisa ser coletado, ruminado e reciclado. O futuro não pode ser visto como banalidade ou ato de desespero. Coube à Folha de S.Paulo, em 1975, iniciar a mais original, a menos ostensiva e a mais eficaz reforma jornalística brasileira com profundas implicações no processo político.



Orquestrada por Cláudio Abramo e acompanhada de perto pelo publisher Octávio Frias de Oliveira, a reforma consistiu na simples reintrodução do ingrediente fundamental do jornalismo – a opinião – tornada inútil pela censura e autocensura do regime militar. A promessa de uma distensão política levou Frias & Abramo a materializar um dos preceitos básicos da imprensa: podem existir jornais sem notícias, mas jornais sem opinião não sobrevivem.



Páginas permanentes No magnífico desfile de grafismos exibidos na nova Folha de S.Paulo desde o domingo (23/5), há duas páginas-monumento, espaços-símbolo, ícones de perenidade no meio do turbilhão. Estão lá há 35 anos, desde junho de 1975, praticamente intocadas, desafiando os bulldozers da inovação.



O elegante conjunto formado pelas antigas páginas Dois e Três, agora designadas alfanumericamente como A-2 e A-3, foi refinado e retocado nas diferentes reformas do jornal mas ninguém conseguiu desmontar sua essência, estrutura e funcionalidade. Não conseguiram ou não tentaram. Por respeito, devoção ou incapacidade de produzir algo tão nobre e digno. Tão jornalístico e permanente. Registre-se que a reforma que implantou estas tarimbadas e quase-gêmeas vitrines de opinião (criadas com semanas de diferença) não foi mencionada no histórico das mudanças e façanhas dos jornais do grupo Folha (caderno "Novíssima", pág. 11). Será mencionada na próxima reforma. Então, até lá.