segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Presidente do INEP/MEC: Tenho orgulho de coordenar o ENEM 2010 e do dever cumprido. Mistura de ignorância, arrogância e imcompetência.

É curioso, mas as declarações do presidente do INEP/MEC, no sentido de que estava orgulhoso de haver concluído o ENEM de forma brilhante ("dever cumprido") não motivaram comentário algum, até parece normal acontecer isso no Brasil, os incompetentes parecem premiados. Até agora, ninguém manifestou indignação.

Brilhante sim é o Ministro de Educação e as importantes ações no plano educacional realizadas durante sua gestão. É um dos melhores ministro do Governo Lula. Agora esse arrogante e incompetente da vontader de chorar quando se autolegogia e ainda acusa a alunos pelos seus grosseiros erros e, ainda está impune.

Blocos de questões foram editados de forma errada o que motivou o equivoco de alunos, cadernos para as respostas também foram alterados e, em algumas regiões as perguntas foram retransmitidas do interior da sala por jornalistas e, tudo foi brilhante disse o presidente o INEP/MEC,  Joaquim José Soares Neto.

Ele continua no cargo, mentras o ENEM pode ser realizado, novamente e nossos filhos pagar pelos erros de um babaca.

O Presidente do INEP/MEC se está burlando de mais de 4 milhões de jovens, muitos dos quais definem, a partir do ENEM seu futuro.

Meu caro: Já ouviste a expressão: " expressão tu és um incompetente de m..."?.

domingo, 7 de novembro de 2010

O gato subiu no telhado


 Um britânico filmado por celular colocando o gato de seu sobrinho em um forno micro-ondas, uma secadora de roupas e um freezer foi condenado a 126 dias de prisão.

Colin Sherlock, 44, de Newton Abbot, na região inglesa de Devon, admitiu ter causado sofrimento desnecessário a um animal.

A sentença poderia ter sido maior se o acusado não tivesse admitido o crime. A corte o proibiu também de possuir um animal por dez anos.

Ele foi preso após Sherlock e dois menores de idade terem enviado o vídeo para conhecidos. Uma das pessoas que recebeu as imagens ficou chocada e entrou em contato com a polícia.

Detergente – O incidente aconteceu em maio. Sherlock agarrou o gato preto e branco e o colocou no micro-ondas por oito segundos.

Na sequência, ele o coloca em uma secadora que gira por sete segundos. O gato é então colocado em um congelador por outros 20 segundos.

Quando o freezer é aberto, o animal não consegue se mover rapidamente e é jogado por Sherlock em uma tigela com água e detergente.

O promotor do caso, John Wyatt, disse que, após o ocorrido, o gato tornou-se ‘extremamente nervoso e sofreu um sério trauma psicológico’.

O advogado de Sherlock disse que este alega que bebeu antes do incidente e estaria ‘envergonhado’ do que fez.

O gato ainda encontra-se recebendo cuidados antes de ser reintegrado a uma família.

(Fonte: G1)

Ela parecia Margaret Thatcher, disse ex-marqueteiro do PT. Todos falam, menos quem deve explicar o pq da derrota


 Preste atenção na entrevista do marqueteiro Chico Cavalcante, que foi o responsável pela maioria das campanhas do PT no Pará, menos esta de 2010. Ele, como todo marqueteiro, coloca a culpa da derrota da Ana Julia, na empresa Link que veio da Bahia, e que por tanto desconhecia o terreno e a realidade social e política do Estado. A mesma conclusão faz o jornalista "BACANA". 
Tudo muito simples e reducionista, já que parece ser que bastaria ser do Pará para ganhar qualquer eleição. Esse argumento é de uma simplicidade que não resiste nem merece maior análise. Imagine o marqueteiro do Lula e Dilma, que também fizeram sucesso em campanhas fora do Brasil e em países praticamente desconhecidos pelos marqueteiros. João Santana levou à presidência do “El Salvador”, esse pequeno país de Centro América a um ex-guerrilheiro da Frente FMLN (Frente Farabundo Martí de Liberación Nacional). E aí não é só não conhecer a realidade e não falar espanhol (qualquer um fala espanhol) é falar o verdadeiro dialeto dos centro-americanos, necessário para repassar a mensagem aos eleitores. 
A outra burrice do jornalista é pensar que "eleição se ganha e se perde no período eleitoral". Grande erro, os problemas são mais complexos e me estranha que um marqueteiro não consiga visualizar além da ótica da imagem e das e dos chavões clássicos da campanha.

Outra vez a questão é mais complexa. Se assim fosse uma campanha conseguiria transformar em dois a três meses, um bandido em santo ou uma santa Maria em Bandida.

E não é assim. A história conta e as instituições são de fundamental importância nestes casos. O economista, Prêmio Nobel de 1993, Douglass North, explica em detalhe o papel que as instituições desempenham no desenvolvimento e na evolução das sociedades. Conclusão, se nada disso existe, nada poderá ser refletido na campanha eleitoral. O contrário seria concordar com uma grande mentira que o povo não aceita. Mesmo assim alguns pensam que o povo é mesmo burro. O pior é que as vezes conseguem enganar.

Mas vamos a entrevista da jornalista do Diário do Pará ao marqueteiro Cavalcante. 


Responsável por todas as campanhas do PT no Pará entre 1994 e 2006, o jornalista Chico Cavalcante foi preterido, neste ano, pela agência baiana Link, que comandou os programas de rádio e TV de Ana Júlia Carepa, candidata à reeleição. 

Responsável pela campanha vitoriosa da coligação PSB-PT, que levou Camilo Capiberibe ao governo do Amapá, Cavalcante falou, por e-mail, com a repórter Rita Soares sobre o que considerou os erros fatais da campanha de Ana Júlia, que acabou derrotada na disputa com o tucano Simão Jatene. 

P: Qual sua real participação na campanha de Ana Júlia neste ano e por que ela foi tão restrita? 

R: Eu não tive nenhuma participação na campanha de Ana Júlia ou Paulo Rocha. Houve tentativas de me inserir na campanha, mas fui vetado pela Link (a agência baiana responsável pela campanha de Ana Júlia) que, ao considerar a eleição como ganha, estava antecipando comigo uma suposta disputa de mercado. Durante o primeiro turno participei da campanha de proporcionais, tão somente, ajudando a eleger alguns deles. 


P: A que o senhor atribui a derrota nestas eleições? 

R: A dois fatores: má engenharia política e comunicação ineficaz. A falta de uma política de aliança que reproduzisse o arco de apoio nacional à Dilma certamente foi um fator importante, mas poderia ser contornado durante a campanha pela construção de argumentos adequados, de posicionamento de marca que ajudasse a dar firmeza ao eleitor de Ana Júlia e o tornasse um propagador de sua decisão de voto. Ao fim e ao cabo, a derrota foi produzida por uma comunicação ineficiente de Ana Júlia em contraposição a uma comunicação extremamente eficaz de Simão Jatene. 


P: Quais foram os principais erros da campanha de Ana Júlia? 

R: Posso apontar três erros fundamentais. O primeiro foi insistir na tese do desenvolvimento como eixo único da campanha. Esse foi o erro político, de análise errada de conjuntura e da subjetividade do eleitor, que estruturou os demais. Quem é daqui sabe que esse erro já foi cometido antes e que o preço foi a derrota. Para recordar, esse foi o tema de Oziel Carneiro [cujo slogan, “O Pará vai disparar”, inspirou o “Acelera Pará”], quando disputou e perdeu para Jader Barbalho em 1982; foi o tema imanente de Sahid Xerfan, quando perdeu para Jader; o mesmo tema atravessava o discurso da campanha de Jarbas Passarinho, quando perdeu para Almir Gabriel; erro simétrico cometeu Almir Gabriel, quando perdeu para Ana Júlia, que agora pegou o discurso derrotado em 2006 e o trouxe para si. 
A base da antipatia a essa ideia é objetiva. Num Estado como o Pará, com IDH historicamente deplorável, falar em desenvolvimento e alardear de maneira desmedida soa ora como escárnio, ora como discurso desprovido de sentido. O efeito colateral dessa linha desenvolvimentista e desequilibrada foi aprofundar as diferenças regionais. Enquanto insistia em falar da Siderúrgica de Marabá, a campanha da Link deixava descobertas outras regiões, parecendo que privilegiou uma cidade ou região em detrimento de outras. Isso explica a derrota acachapante em Santarém. Especialmente para um candidato do PT, um partido com origem no movimento social, o centro do discurso tem que ser o fator humano, que é universal; Ana teria que insistir no social. Esse é o seu reduto. 

De costas para ele e guiada por estranhos, se perdeu. Já o erro de posicionamento de imagem foi o que fez consolidar a rejeição da governadora. A imagem apresentada ao eleitor aumentava a rejeição de Ana Júlia. Era a antítese da guerreira, da lutadora, da mulher destemida, da mulher sintonizada com o povo, da mulher que fez sua trajetória a partir dos movimentos sociais. 

Ela parecia Margaret Thatcher, a baronesa que foi primeira ministra da Inglaterra. Falava lento como se estivesse anestesiada, com estranha ênfase no final das frases. O terceiro erro grave da campanha de petista foi o de fugir ao confronto. Dilma teria perdido se não confrontasse. Só abriu diferença de Serra no segundo turno quando partiu pra cima dele. Ocorre que há quem confunda o termo “confronto” com a expressão “baixaria”. Não há baixaria na confrontação. Confrontar é respeitar o eleitor; é colocar em questão a fala do adversário. Toda campanha vitoriosa, inclusive a de Jatene, fez isso. O comercial “quem fez mais pelo Pará?”, criado por mim para a campanha de deputados, refutava o argumento adversário com base em dados públicos, apresentados pelo governo, sem baixaria nem ataques pessoais. Para o povo, vale a lógica “quem cala, consente”. Se você é atacado e não responde é porque não tem resposta, é porque o que o adversário diz é verdade. 

A Link fez o impensável, fez o PT calar. Extirpou a rebeldia. Domesticou o vermelho, azulou suas bandeiras. Desde o começo fez Ana Júlia e Paulo Rocha se apequenarem, falarem falas despossuídas de paixão, de vida, enquanto Jatene e Flexa Ribeiro ostentavam um vigor exemplar. A Link impôs ao PT um caráter lerdo, lento, abobalhado diante das denúncias e ataques que, por fim, foram sedimentando. Essa turma colocou na boca das principais lideranças do PT textos e falas abaixo da crítica.

A reação reflexa aos ataques, tipicamente de esquerda, inexistiu na campanha da situação. Mesmo em inferioridade de tempo no primeiro turno, Jatene conseguiu consolidar a rejeição da candidata petista, retirando a possibilidade de que essa rejeição inicial, natural em quem governa, caísse ao longo da campanha e se diluísse no segundo turno. 
Com a rejeição alta e sólida, o círculo de voto da campanha de Ana Júlia acabou se circunscrevendo praticamente aos votos do PT, situados um pouco além do terço do eleitorado identificado com a legenda. É curioso isso porque, ao fazer uma campanha azul no primeiro turno [no segundo turno a campanha tornou-se vermelha por imposição do partido, contra a vontade da Link], escondendo os símbolos do partido, negando a história das campanhas passadas, a Link queria que Ana se distanciasse do PT que, por fim, acabou sendo seu abrigo. 


P: É possível diferenciar o que foram erros de governo, erros da campanha e erros de comunicação?

R: Vejo que está havendo um grande esforço de atribuir a derrota de Ana Júlia a um suposto mal desempenho de governo. 

É um bode que estão colocando na sala. 

Rita, não se engane: eleição se ganha e se perde no período eleitoral. 

Não há resultado a priori. Dificilmente erros de governo podem impedir um candidato de ganhar eleição se sua campanha fizer o que precisa ser feito. Jacques Wagner, o governador da Bahia que venceu a eleição no primeiro turno, era muito mal avaliado e tinha uma sólida rejeição antes da campanha. 

Lula, em 2006, vinha de um profundo desgaste de governo advindo da crise do “mensalão”, ao ponto de que alguns analistas indicarem que ele não deveria nem tentar a reeleição. Duciomar Costa tinha 70% de rejeição e uma desaprovação recorde antes do pleito em 2008 e se reelegeu. Ao mesmo tempo, Almir e Jatene, que tinham altos índices de aprovação de governo perderam a eleição para Ana Júlia em 2006. Isso prova que avaliação de governo pode ser alterada ao longo de uma campanha eleitoral, rejeições podem ser reduzidas, ambientes desfavoráveis podem ser alterados. 


P: Qual dos erros pesou mais para o resultado que tivemos? 

R: O fator decisivo foi o posicionamento obtido pelos candidatos no decorrer da campanha. O que é posicionamento? É ocupar um lugar na mente do eleitor. Quem obtém o melhor lugar, vence. Como se faz isso? Com comunicação, com argumentos, com imagens eloquentes. Em uma campanha você não pode apenas afirmar a razão de voto em você, mas também a razão de não voto no adversário. Quem faz isso melhor, vence. Dito de outro modo, os erros de comunicação da campanha de Ana Júlia e os acertos da comunicação da campanha de Jatene foram os fatores que pesaram mais para o resultado final. 


Leia a entrevista completa no Diário do Pará.
Fonte: Diário do pará

sábado, 6 de novembro de 2010

Delfim - Fala que eu te escuto


ÉPOCA – Qual é o principal problema econômico que a nova presidente terá de enfrentar?
Antônio Delfim Netto – A (presidente) Dilma (Rousseff) recebe um governo muito melhor do que Lula recebeu. Com uma diferença: Lula pegou o governo quando vinha ventania de popa. Dilma vai receber o governo com ventania de proa. A ajuda que o crescimento da economia mundial deu ao período Lula está terminando ou já terminou. Neste novo cenário, você vai precisar de muito mais força do mercado interno se quiser manter seu ritmo de crescimento para continuar a distribuir renda. O Brasil precisará em 2030 dar emprego de boa qualidade a 150 milhões de sujeitos entre 15 e 65 anos. Você não vai fazer isso exportando alimentos e minerais. Por mais complexas que sejam essas cadeias, você precisa de uma economia de serviços e industrial. Uma economia competitiva. Todas as políticas precisam incentivar a competição. Aliás, observem o que a Dilma disse sobre as agências reguladoras. Ela disse que gente competente será nomeada porque nós precisamos garantir a competição. Competição é o nome do jogo. 



ÉPOCA – A presidente eleita sabe que a situação mudou? 
 Delfim – Acho que ela tem plena consciência disso, como o Lula teve. Houve pequenos desvios na política fiscal em 2009 e 2010, mas há um grande exagero na crítica dos economistas que falam em desastre fiscal. Sim, houve uma aparição do mágico Harry Houdine. Ele transformou despesa em receita e depois em superávit primário. Mas tudo foi um pecado venial, feito durante um momento de grande necessidade. E produziu resultados importantes. O Brasil foi o país que emergiu mais depressa da crise, foi o país que voltou mais depressa ao nível anterior da crise. Nós, na verdade, sofremos durante dois trimestres, no terceiro já estávamos recuperando. 

ÉPOCA – Mas a ação do governo produziu estresse. 
Delfim – Produziu um estresse de entendimento. A verdade é que não há desequilíbrio fiscal gigantesco no Brasil. Lula e Dilma sabem que o equilíbrio fiscal é fundamental. Eles sabem que a relação entre a dívida pública e o PIB é um fator importante quando se quer reduzir a taxa de juros real. 

ÉPOCA – Como se pode chegar a uma taxa de juros mais baixa? 
Delfim – É preciso coordenar a ação fiscal e monetária. Você tem de dar ao Banco Central o conforto de que o combate inteiro à inflação não vai ficar apenas na mão dele. O papel dele é construir, como construiu, uma expectativa de inflação estável. Mas o governo tem de sinalizar com clareza que vai reduzir a relação entre dívida e PIB daqui para a frente.

ÉPOCA – Dilma falou que vai fazer isso... 
Delfim – Falou, e acredito que vai fazer. Na verdade, você esgotou todos os truques possíveis. Se disser que vai aumentar o superávit primário aumentando a tributação, vai dar tudo errado. Mas reduzir a dívida implica o seguinte: os salários, os benefícios, os programas de redistribuição do governo, que são e foram fundamentais, terão de crescer ligeiramente menos que o PIB. De tal forma que se abra espaço para o investimento público. No passado, a carga tributária era de 24%, e o Brasil investia 4% do PIB. Hoje, a carga tributária é 36%, e o Brasil investe 1,5%. Quando você diz que o superávit primário é fundamental, está dizendo que ele é fundamental em duas condições. Primeiro, que ele não seja construído com o aumento de imposto. Segundo, que não envolva nenhuma violação das crenças fundamentais de Luca Pacioli, o inventor da contabilidade. 

ÉPOCA – O senhor acredita que os desvios do governo nos últimos anos foram fruto apenas da necessidade? 
Delfim – Sim, é a política anticíclica. Só que, no Brasil, a política anticíclica não tem nada a ver com o ciclo. Quando o ciclo termina, a política continua. Mas agora é evidente que isso não pode acontecer, ainda que alguns pensem que o Brasil pode continuar a ser financiado apenas pelo BNDES. Temos de criar mecanismos de criação de poupança interna de longo prazo. E o Brasil tem uma vantagem em relação a isso: o mais sofisticado sistema financeiro de qualquer país emergente. O sistema financeiro brasileiro compete com o inglês e com o americano. Não tem comparação possível nem com o alemão. O Brasil está hoje no radar de 140 países e de 1,4 milhão de sujeitos que constituem seus portfólios com o real dentro. "O governo tem de sinalizar com clareza que vai reduzir a relação entre dívida e PIB daqui por diante. A Dilma sabe muito bem disso" 

ÉPOCA – Há uma crescente preocupação com a valorização do real. Como se pode resolver isso? Delfim – É ilusão imaginar que você pode controlar o câmbio quando existe esse diferencial de taxa de juros em relação aos outros países. O Brasil é hoje o único peru com farofa disponível na mesa do mercado internacional. Por isso o dinheiro vem para cá. Não é possível controlar o câmbio com medidas fiscais, como a elevação do IOF. O ministro (da Fazenda) Guido Mantega sabe disso. Ele elevou o IOF em legítima defesa, porque a valorização cambial está destruindo um sistema sofisticadíssimo de produção que foi construído ao longo dos anos. Mas, para resolver a situação de forma duradoura, teremos de caminhar para uma taxa de juro real de 2% ou 3%. Isso é fundamental. Quando tivermos essa taxa, não vai mais ser preciso se preocupar com o câmbio. 

ÉPOCA – Muita gente defende a reforma da Previdência. O governo atual e Dilma disseram que não é essencial. Qual é sua opinião? 
Delfim – Eu acho que ela tem de aprovar a lei que está lá, que o Lula mandou ao Congresso em 2003. A grande injustiça está na Previdência pública. É um negócio escandaloso. Dizem que há 5 milhões ou 6 milhões de brasileiros fazendo cursinho para entrar para o funcionalismo público, porque você transformou o emprego público no sonho do brasileiro. Ele pode ter um salário maior que o do setor privado, aposentadoria infinitamente melhor e nenhum risco. Assim, você leva as melhores inteligências para o serviço público. Mas eu não acho que haverá choque administrativo porque não precisa. Choque só perturba. Vai ter, na minha opinião, um programa de oito anos em que as despesas do governo vão crescer ligeiramente menos que o PIB. Eu acho que o pessoal que está no governo se caracteriza por um pragmatismo cuidadoso. 

ÉPOCA – Não falta no discurso do atual governo o reconhecimento dos avanços feitos por seus antecessores? 
Delfim – A ideia de que o mundo começou em 2003 é falsa, mas quem ajudou a fazer isso foi o PSDB. Ele é o maior inimigo do (ex-presidente) Fernando Henrique. O PSDB morre de inveja dele. Não consegue conviver com seu sucesso. Foi isso que ajudou o Lula a desconstruir FHC. Quando eles tentaram recuperar, já era tarde. E as discussões sobre privatização... Se você olhar, vai perceber que a privatização foi feita em estado de emergência. O Estado estava quebrado, precisava de dinheiro. E não há nenhuma privatização que não tenha produzido efeitos extraordinários. Mas o PSDB não foi capaz de defender as coisas mais importantes feitas por Fernando Henrique. A conquista da estabilidade é outro exemplo. O Plano Real foi uma pequena joia. Ter congelado a distribuição de renda sem que as pessoas tivessem entendido, ter liberado os preços, ter construído todo um equilíbrio no tricô e depois liberado tudo e ele continuar como estava. Foi uma coisa brilhante, um dos mais extraordinários planos de estabilização já construídos. Negar esse fato é uma estupidez.

Entre mortos e feridos

Revisite algumas anécdotas das eleições 2010. 


Vale a pena ver de novo.



Dilma e a geração do 68 que assume o governo

"A memoria histórica não deveria ser extinta. Ainda que os passos pisem mil anos este sitio (a Casa da Moneda do Chile, onde morreu Allende) não apagarão o sangue e não se extinguirá a hora em que caiste....... "

 Para quem esqueceu, a Presidenta do Brasil passou 3 anos na cadeia, foi torturada pelos mesmos militares que depois foram ao Chile a dar aulas de tortura, nos campos de concentração da ditadura chilena.

 

Quando Dilma estava na cadeia, seus contemporâneos lutavam nas ruas de muitos países da Améirica Latina. 

Um deles Miguel Enríquez. 




 A música daquela época.



quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Depois da batalha o Campo ficou lotado de coroneis

Tem muitos analistas explicando as causas da estrondosa e arrasadora derrota da Ana Julia e do PT, na recente eleição. 

São tantos que juntos não cabem no Mangueirão. Todos querem dar palpites e são coronéis, depois da batalha. Blogueiros (principalmente), jornalistas, analistas, professores, até comentaristas esportivos, todos, menos o PT. 

Claro as explicações só podem vir depois do resultado das urnas. Mesmo assim, a maioria dos analistas afirmam que já tinham dito ao comando do governo o que estava ruim e tinha que ser alterado. “Me aplica”, como disse uma comadre. 

Coitados os marqueteiros da candidata derrotada. A empresa Link, o PH e Cia, da Bahia e Pernambuco. Já foram embora e aparecem, agora, como os principais responsáveis dos resultados horrorosos, como se fossem eles os únicos culpados. Essa é só inveja de marqueteiro. Eles podem até contribuir com a derrota, conheço um que nunca ganhou uma eleição importante no Pará, um verdadeiro pé frio, mas não são eles os responsáveis. 

É a alma da campanha que estava errada (leia-se AJ), a falta de empatia como o povo foi o desastre. Muitos esqueceram que em 2006 o Jader Barbalho foi o cara. Ele mesmo carregou no colo à candidata e levou-a a vitória, aí o povo passou a dar um voto de confiança. 

Depois veio o que todos falam, e com certa razão. Ela se desligou do povo, se enclaustrou no Palácio e nomeou uma “verdadeira corte” que não permitiam que ninguém que quisesse ajudar, colaborar e trabalhar pelo bem do Pará, alcançasse um espaço em algum órgão do governo. 

Mas ainda, se o técnico era competente, rapidamente era afastado do círculo e barrado do CIG. 

O PT tinha a máquina, o poder e como o próprio governo falou, “o Pará passou por uma grande reestruturação que mudou, para melhor, a vida do povo paraense”. Mil por cento. 

Contava com mais de uma dúzia de partidos na base de apoio, com recursos, com um PT formado por milhares de militantes, organizados em bases e comitês de apoio, que se multiplicavam por centenas e centenas, nos bairros das principais cidades do Estado. E com todo o apoio do Governo Federal, que se empenhou com todas as forças para que Ana Julia saísse vitoriosa da eleição. 

Excelentes ministros por aqui passaram. Tarso Genro, intelectual competente, um dos melhores quadros da esquerda brasileira, deu uma forçae nada. Alexandre Padilha, ótimo articulador, também veio varias vezes para tratar de arrumar a casa. José Dirceu, melhor canal de comunicação com Jader não existe, não conseguiu diminuir a mágoa desatada pelos artífices da estratégia governista. Faltava O próprio Presidente do PT, José Eduardo Dutra, Mineiro e Sergipano, veio e não conseguiu acertar as arestas.

Pareciam elefantes em loja de cristal, se movimentavam dando trombadas para onde viravam a cabeça. Até o Presidente do Brasil chamou aos líderes para ver como podia ser estabelecida uma estratégia comum para a reeleição da candidata do PT. Nada. Tudo foi inútil e o desgaste em vez de diminuir crescia. 

Aumentava a distância e não havia dinheiro nem marqueteiro que melhorasse a performance de quem estava ao frente da campanha. 

Era o conjunto da obra que estava errado. 

Por outro lado eu me pergunto, se existem governos horrorosos, que não tem piedade com o povo mais humilde e que nada fazem para melhorar a vida da população e conseguem se reeleger sucessivamente, passando o poder a filhos e sobrinhos, a parentes e amigos, por que aqui no Pará não aconteceu? 

Ainda aguardamos resposta oficial a essa pergunta. 

E o day after dos derrotados? Como se reflete o desastre nesse campo. Quantos feridos e mortos ficaram depois da batalha e, para onde eles irão? Para Brasília, logo, logo. 

O destino dos perdedores, uma secretaria, um ministério (só si fosse para a governadora, a Secretaria da igualdade das mulheres) ou algum cargo (DAS) como prêmio ao bom combate. 

Em geral, um cargo de primeiro ou segundo escalão. Já vi por aqui perdedores ocupando uma simples Coordenação Geral, de alguma coisa. Um Vice Governador e fez um ótimo trabalho. 

Lugar para trabalhar não falta. Mas parece que no Pará sobram quadros. 

Mudando para o outro lado. A expectativa que abre o governo do Jatene é também enorme. As promessas e compromissos são suas principais vitaminas para recuperar o terreno perdido e ganhar musculatura. 

Torcemos para que consiga realizar um bom governo, que dar resposta as maiores demandas da população que, segundo as pesquisas, são de segurança (o paraense quere primeiro seguir vivendo), esgoto, saúde, habitação, educação e emprego. Vontade não deve faltar.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O Valor da Biodiversidade a ser descoberta

Nagoya, Japão, 3/11/2010 – Por Stephen Leahy, da IPS 

A comunidade internacional finalmente despertou para um dos grandes desafios contemporâneos e chegou a um novo acordo para deter o desaparecimento da natureza que sustenta a vida humana. 

O novo acordo, assinado pelos mais de 190 Estados-membros do Convênio sobre a Diversidade Biológica, inclui o compromisso de reduzir pela metade a proporção de perda de espécies até 2020, bem como o histórico Protocolo de Nagoya de Acesso e Participação nos Benefícios dos Recursos Genéticos. 

No entanto, este despertar só se aplica aos primeiros madrugadores. A vasta maioria continua dormindo, sem consciência de que os seres humanos dependem da variedade de formas de vida que integram o ecossistema e que nos fornecem oxigênio, água, alimentos e combustível. E também sem consciência diante do fato de que a natureza é nossa realidade, enquanto a economia é simplesmente um jogo complicado criado por nós mesmos. O Japão importa mais de 60% de seus alimentos e a maioria dos ecossistemas da Europa foi devastada, restando apenas 17% deles em estado razoável, segundo a primeira avaliação desse tipo. 

O único motivo pelo qual esses países não faliram é que são suficientemente ricos para se ajudarem em matéria de recursos ecológicos e serviços da natureza. “Exploramos os recursos biológicos no exterior, especialmente no Sul. Por isso nós, o povo de Aichi, Nagoya, devemos nos desculpar pela deterioração dos ecossistemas e da biodiversidade que causamos”, afirma um documento público divulgado pela sociedade civil de Nagoya, onde, de 18 a 29 de outubro, aconteceu a 10ª Conferência das Partes (COP 10) do Convênio sobre Diversidade Biológica. Embora o governo japonês não tenha se mostrado disposto a reconhecer publicamente, essa realidade pressionou para que os países participantes chegassem a um acordo apesar da habitual divisão entre o Norte industrializado e o Sul em desenvolvimento.

O conflito central é que as nações do Norte são como biopiratas desesperados, viciados em saquear os ecossistemas mais ricos do Sul em busca de alimentos, matéria-prima e mão-de-obra barata. Cada vez mais, o Sul resiste e busca compensações. E isto implica transformar a economia do crescimento para deter a perda de espécies. Estima-se que anualmente aconteçam entre cinco mil e 30 mil extinções. “O Japão teve um papel central na economia do crescimento. Precisamos passar para uma economia de subsistência”, disse à IPS o professor Kinhide Mushakoji, da Universidade de Economia e Direito de Osaka e um dos organizadores. A petição foi assinada por 156 organizações no Japão. 

Porém, nas negociações formais não se falou dessa virada para uma economia de subsistência. De modo perverso, a atual economia do crescimento levou países como o Japão e muitos europeus a subsidiarem a destruição da pesca marinha com a pesca excessiva, disse Achim Steiner, diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), que administra o Convênio. Promover uma economia verde exigiria investir “US$ 8 bilhões dos estimados US$ 27 bilhões a título de subsídios em zonas como as Áreas Marinhas Protegidas, e cotas de pesca comercial”, disse Steiner na abertura da Conferência. 

Estudos do Pnuma mostram que esse enfoque representa maiores capturas no futuro, elevando a renda das populações locais e garantindo que quase um bilhão de indigentes do mundo tenham acesso a mais proteínas derivadas do pescado. Acabar com esses subsídios é o terceiro dos 20 objetivos estratégicos para até 2020 do acordo, conhecidos coletivamente como Objetivos de Aichi. 

“É necessário frear a perda de biodiversidade até 2020. Isso não pode ser adiado”, disse Mario Tanao, um delegado juvenil e membro da organização japonesa Biodiversity on the Brink. Mario e outros criaram uma rede chamada Global Youth Biodiversity Organisation, que foi oficialmente reconhecida pela secretaria do Convênio ao final da reunião. “Esperamos ter jovens de mais de cem países na próxima COP”, disse Christian Schwarzer, representante juvenil do Fórum Alemão sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. 

O governo holandês divulgou na COP 10 uma análise científica segundo a qual frear a perda de biodiversidade mundial até 2050 será extremamente difícil, quando não impossível. E até 2020, absolutamente impossível, disse o diretor do estudo, Maarten Hajer, da Agência Holandesa de Avaliação Ambiental. 

O estudo de Maarten dá ênfase às principais causas da perda de biodiversidade: agricultura, desmatamento, pesca excessiva e mudança climática, e nas opções que podem ser usadas até 2050 em um mundo que – estima-se – nesse ano terá cerca de nove bilhões de habitantes. Apenas aumentar o tamanho das áreas protegidas para 20% de toda a área terrestre é altamente insuficiente, afirmou. A única esperança é uma combinação de grandes áreas protegidas e uma virada para uma produção e um consumo sustentáveis. 

“Mesmo assim, só poderemos reduzir a proporção de perda de biodiversidade, não detê-la”, disse Maarten à IPS. Segundo Kinhide, “a economia verde é uma solução apenas para aqueles que atuam na economia monetária. Milhares de milhões de pessoas não o fazem”. 

Envolverde/IPS

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Pará - Jatene venceu nos maiores colégios eleitorais


O governador eleito Simão Jatene (PSDB) venceu em quatro dos cinco principais colégios eleitorais do Pará, incluindo os três maiores – Belém, Ananindeua e Santarém. Ana Júlia (PT) venceu apenas em Marabá, o quarto maior colégio eleitoral do Pará. Jatene também conquistou a maior votação em Castanhal, que tem o quinto maior eleitorado no Pará.

Em Belém, que representa 20,6% do eleitorado paraense, Jatene obteve 417.748 votos, contra os 334.650 de Ana Júlia. Em termos percentuais, a vitória do tucano foi de 55,52%, índice pouco abaixo da média no estado, de 55,75% (contra os 44,26% de Ana Júlia).

Em Ananindeua, que representa 5,32% do eleitorado paraense, Jatene conseguiu uma vantagem maior: foram 111.828 votos, contra os 84.901 de Ana Júlia. Em termos percentuais, a vitória foi de 56,84% (Ana Júlia recebeu 43,16%).

Em Santarém, o terceiro maior eleitorado do Pará (3,85% do total), o tucano conseguiu sua vitória mais arrasadora. Foram 90.613 votos contra 42.804, com índice de 67,91% da preferência (a candidata petista ficou com 32,09%).

Em Castanhal (2,15% do eleitorado), a vitória de Jatene também foi por ampla vantagem. Ele alcançou 54.089 votos, contra 25.631 de Ana Júlia. Isso representa 67,84% do eleitorado, contra os 32,16% da petista.
Em Marabá (que representa 2,71% do eleitorado paraense), a vitória de Ana Júlia foi um tanto quanto apertada: foram 48.407 votos da petista contra os 44.031 de Jatene. Em termos percentuais, Ana Júlia venceu no município com 52,36% da preferência, diante dos 47,74% de Jatene.

MUNICÍPIOS

Dos 144 municípios paraenses, Simão Jatene venceu em 94, o que representa 65% do total. Nos outros 50 municípios, a vitória foi de Ana Júlia. Em comparação com o primeiro turno das eleições, o resultado traz uma curiosidade: 17 municípios tiveram no segundo turno vencedor diferente do primeiro.

Em cinco municípios (Augusto Corrêa, Bom Jesus do Tocantins, Chaves, Faro e Oriximiná), Jatene venceu depois de ter perdido no primeiro turno. Já Ana Júlia venceu em 12 municípios onde havia perdido antes: Bujaru, Concórdia do Pará, Ipixuna do Pará, Irituia, Moju, Peixe-Boi, Ponta de Pedras, Santana de Araguaia, Santarém Novo, São Francisco do Pará, São João de Pirabas e Xinguara.

Fonte: (Carlos Gondim e Vinícius Passos/DOL)

Veja no infográfico onde foram as vitórias de Jatene e Ana Júlia:


Projetos de inovação tecnológica que podem ganhar dimensão estratégica no Governo Jatene

No que atinge diretamente a área de Ciência e Tecnologia e Inovação, existe uma enorme área que o novo governo pode explorar para contribuir com a verdadeira mudança da base produtiva do Estado, que é fundamental para alcançar uma economia sustentável e competitiva. 

Já existe um importante recurso para essa área, proveniente do BNDES. 

Os recursos estão focados na implantação de Parques tecnológicos e incubadoras de empresas de base tecnológica. Projetos que contribuem com essa mudança da base produtiva, a partir da agregação de valor aos produtos da abundante biodiversidade e os recursos naturais, existentes no Estado.

A UFPA foi pioneira nesse projeto, assumido, depois pelo governo do estado, que deu continuidade, mas o projeto tem história e não é possível negar sua origem. 

Cabe lembrar que esse projeto de implantação de parques tecnológicos não começou no Governo da Ana Julia e sim, em 1992, com a implantação da primeira incubadora de empresas de base tecnológica da região Amazônia. Não é, portanto, um projeto genuinamente petista, como se disse no governo. 

O Programa de Incubação de Empresas de Base Tecnológica (PIEBT/UFPA) nasceu na UFPA, junto com o projeto do primeiro parque tecnológico da Universidade, que foi funanciado pela FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos). 

Depois, a idéia foi replicada na maioria dos estados da Amazônia, através de Rede Amazônica de Incubadoras (RAMI), criada também, na UFPA. A incubadora e o parque tecnológico foi localizado, inicialmente, na UFPA e seu foco inicial, foi a área de biodiversidade, utilizando a biotecnologia como instrumento para transformar espécies da biodiversidade em produtos de alto valor agregado. 

Hoje, com a construção de três parques tecnológicos e incubadoras de empresas, em três pontos ou regiões importantes do Estado. 

Na região metropolitana (UFPA), em Marabá e Santarém, se inicia uma fase importante na nova economia sustentável e mais competitiva no estado. 

A partir desses projetos a idéia consiste em agregar valor local aos abundantes recursos naturais (biodiversidade, mineiros, madeira, frutas, peixes, etc.), fortalecendo as cadeias produtivas do estado. Produzir com inovação tecnológica, esse deve ser o foco do modelo. 

Transferir tecnologia para o setor produtivo. Esse é um dos programas que o governo do Jatene deverá aprofundar. 

Ouvi, pessoalmente,  do governador eleito que assim seria. Falou que hoje, a questão da inovação tecnológica era fundamental para que os produtos da biodiversidade da Amazônia alcancem presença e maior valor nos mercados internacionais. 

E para isso, as cadeias produtivas da biodiversidade seriam fortalecidas. Está tudo para ser feito e o governo, esta vez, pode fazer a diferença. 

Ampliar os recursos para essa área está sendo cada vez mais possível, pela importância da Amazônia, no contexto da nova economia mundial. 

Sabemos como obter esses recursos e conhecemos as entidades que os disponibilizam, bem como, os mecanismos e o passo a passo do caminho a seguir. 

Não podemos esquecer que os recursos existentes no Estado são para a obra civil e implantação dos projetos, falta o mais importante, que não é obra civil, é conhecimento, é capital humano capacitado e sobre tudo, gestão competente para articular o conhecimento da UFPA com a competência instalada na região amazônica e fora da região.

Pergunta para Ana Julia

A pergunta que não quere calar: 

 Ana Julia tu estas trabalhando, no teu governo, para te reeleger ou para eleger um deputado? 

Se for para o segundo, tu não serás reeleita maninha. 

Pergunta feita por alguém muito próximo da Ana Julia. 

Dito e feito, Ana Julia não foi reeleita. 

Nunca antes na história do Pará, foram destinados tantos recursos públicos para a campanha de reeleição de uma candidata ao governo do estado e veja no que deu. Disse-se que o Mercadante, em São Paulo investiu cerca de 40 Milhões de reais na campanha. Mas São Paulo é o Estado mais rico do Brasil, é 40% do PIB e um dos que conta com maior índice de educação do Brasil. A campanha da Ana Julia (a conferir) teria contado com um orçamento parecido e não conseguiu 44% dos votos. 

Quem sabe de outros casos no Brasil que candidatos à reeleição ao governo não tenham conseguido se reeleger? Só a Yeda Crusius (PSDB) do RS. 

E quais as causas pelas que Ana Julia não foi reeleita? 

Muitas explicações e abundantes interpretações. De tudo quanto lado chegam argumentos. 

Dos amigos, aliados de ontem e adversários de hoje. Todos querem falar e se vestem de analistas. Mas, avaliação séria do PT, ainda não teve. 

Só ouvi por aí uma do PT Nacional, que disse que no Pará não perdeu o PT e sim a isolada corrente da DS (Democracia Socialista). 

Ainda mais, segundo essa fonte, A DS, aquela que pensa como Troskysta e atua como direitista, fez muito pouco para mudar na direção aos mais necessitados e, aquilo que fez, não conseguiu difundir, dar a conhecer ao povo das suas ações. 

Ora bolas, uma das grandes virtudes da esquerda revolucionária daqueles tempos, eram as brigadas de AGP (Agitação e Propaganda), copiadas dos partidos de esquerda do mundo tudo. Regra Nº um: saber dizer o que você faz se não, você não fez. 

Nem isso a DS teria apreendido. 

Se a DS era meio troskysta deveria ter absorvido o princípio da descentralização das ações e a centralização do pensamento teórico. Aqui foi ao contrário, centralizaram, nos amigos da corte (o Núcleo Duro), todas as ações e o orçamento e, em contraste, descentralizaram o pensamento. A discussão rolou solta, assim as divergências aumentaram. A mágoa contra Ana Julia se instalou na porta do “Palácio de Inverno” da DS. 

Recentemente ouvi Ana Julia, dizer que o Estado tinha mudado, durante sua gestão, 1000 vezes ou 1000%. Vontade dela, menos, menos. Vamos começar a nivelar as informações, pouco a pouco. Por enquanto o PT não da conta do que fez e não fez, nós vamos falando.