quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Com alta nas exportações, Brasil precisa inovar mais, avalia MDIC



     Com alta no volume exportado no primeiro mês deste ano, o Brasil precisa investir mais em inovação para ampliar sua participação no mercado internacional. A avaliação é do secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira.

     O volume exportado alcançou a casa dos US$ 15,2 bilhões e a meta do ministério é exportar, em 2011, US$ 228 bilhões em produtos. “Inovação é a única solução para continuarmos aumentando as exportações”, afirmou Teixeira na última terça-feira (1º).

     Os dados da balança comercial mostram que o país também conseguiu diversificar a pauta de exportação, o que demonstra que o Brasil tem agregado valor às commodities produzidas em solo brasileiro, principalmente nos setores de autopeças, motores, máquinas de terraplanagem e perfuração.

     (Com informações da Agência Brasil)


Cinco secretários do MCT tomam posse em Brasília



     O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, empossou ontem (2) três novos titulares para áreas estratégicas do órgão, além de reconduzir dois secretários. A cerimônia foi realizada em Brasília (DF), no auditório do ministério.

     Passaram a fazer parte do MCT, Carlos Nobre, na chefia da Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento; Marco Antonio Oliveira, na pasta de Inclusão Social; e Virgílio Almeida, que assumiu o setor de Política de Informática. Foram reconduzidos Luiz Antonio Elias, que permanece como secretário executivo e Ronaldo Mota, à frente da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação desde 2009.

     Marco Antonio de Oliveira é graduado em ciências políticas e sociais pela Escola de Sociologia em Políticas de São Paulo e doutor em ciências econômicas na área de política social pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas. No governo do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Oliveira foi presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

     Já Virgílio Almeida é professor do Departamento de Ciência da Computação do Instituto de Ciências Exatas (ICEx) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Graduado em engenharia elétrica pela UFMG, tem mestrado em ciência da computação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e doutorado em ciência da computação pela Vanderbilt University, nos Estados Unidos. Membro da Academia Brasileira de Ciências, Almeida atuou no Conselho Deliberativo do CNPq e já foi engenheiro de Sistemas da Petrobras.

     Nobre é formado em engenharia eletrônica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Considerado um dos maiores especialistas mundiais em mudanças climáticas, ele integra o Comitê Científico do International Geosphere-Biosphere Programme (IGBP).

     O meteorologista ainda coordena o programa de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a Rede-Clima do MCT. Carlos Nobre é autor e co-autor de mais de 130 publicações, entre artigos científicos e livros, que já foram citados mais de quatro mil vezes na literatura científica.

     Ronaldo Mota é professor titular de física da Universidade Federal de Santa Maria e pesquisador do CNPq. Atualmente preside os comitês gestores dos fundos setoriais de energia e mineral. É bacharel em física pela Universidade de São Paulo, mestre pela Universidade Federal da Bahia e doutor pela Universidade Federal de Pernambuco.

     Luiz Elias é economista e pesquisador do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) na área de transferência de tecnologia e coordenador dos comitês gestores dos fundos setoriais. É presidente do conselho de administração da Finep e do comitê gestor do Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec).

     “A indicação dessa equipe, que o currículo fala por si mesmo, mostra que esse ministério está acima de qualquer disputa partidária e terá o papel de pensar em políticas permanentes para a sociedade brasileira”, destacou Mercadante.

     Ainda durante o evento, o ministro antecipou que está montando uma equipe para aprofundar um estudo sobre política internacional para ciência e tecnologia, sob a responsabilidade do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). Farão parte do grupo, por exemplo, o ex-presidente da Finep, Luis Fernandes; e o ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

     Informações sobre o MCT podem ser obtidas no site  www.mct.gov.br





MCT criará soluções para inclusão produtiva dos beneficiários do Bolsa Família

     O novo secretário de Inclusão Social do MCT, Marco Antonio de Oliveira, anunciou nesta quarta-feira (2), em Brasília (DF), que uma das prioridades da pasta será oferecer alternativas sustentáveis para a inclusão produtiva dos beneficiários do Bolsa Família, programa que tem hoje mais de 13 milhões de famílias cadastradas.

     De acordo com ele, o MCT já propôs ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) a integração de programas nas áreas de qualificação profissional, inclusão digital e apoio ao empreendedorismo e a tecnologias sociais. Uma das soluções apresentadas é a utilização da rede de centros vocacionais tecnológicos (CVTs) para ofertar cursos de qualificação profissional para esses cidadãos.

     “A secretaria estará sintonizada com a prioridade do governo federal de erradicar a extrema pobreza. E isso vai exigir um esforço governamental, de articulação e integração de programas de inclusão social, otimizando assim recursos, equipes técnicas e estruturas”, destacou na cerimônia de posse realizada no MCT.

     De acordo o ministro Aloizio Mercadante, os cursos priorizarão, inicialmente, as profissões de acesso rápido ao mercado de trabalho, como a construção civil. Para tanto será necessário promover melhorias nos serviços prestados hoje pelos centros vocacionais tecnológicos. “Nossos CVTs e todo esse conjunto de políticas voltadas para a inclusão social precisam dar um salto extraordinário em termos de qualidade”, avaliou.

     Oliveira destacou, também, que será necessário integrar e definir um padrão básico para os serviços prestados pelos centros vocacionais e pelo programa Casa Brasil, por meio de um novo arranjo vocacional em parceria com os institutos federais de educação (IFEs). “Trata-se de fazer dessa rede a porta de acesso das comunidades locais às políticas de inclusão implementadas pelo MCT e outros ministérios”, disse.

     Para o êxito dessa iniciativa, o chefe da Secretaria de Inclusão Social (Secis) lembrou que além das parcerias governamentais, será preciso uma articulação forte com entes privados, “incluindo parcerias com empresas do setor tecnológico que estejam dispostas a participar de programas de qualificação profissional, nos setores que demandam mão-de-obra especializada”.

     Inovação
     A Secis também priorizará ações que levem a inovação para os micros e pequenos empreendimentos, numa parceria articulada com a Finep e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae). “Nós precisamos olhar para essa multidão com soluções para a inovação”, disse Mercadante

Os Chineses estão aí


BRASÍLIA – A concorrência com produtos chineses no mercado interno afeta uma em cada quatro indústrias brasileiras. Entre as  empresas exportadoras, 67% alegam perder mercado para os chineses no exterior. Mas entre os importadores, 32% querem ampliar compras de matérias-primas da China, revela pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Sondagem especial da CNI, realizada com 1.529 empresas grandes, médias e pequenas, entre 4 e 19 de outubro de 2010, fez uma apanhado da “sensação” dos empresários em relação à concorrência chinesa. Em 2006, a CNI havia feito pesquisa semelhante, mas as perguntas foram alteradas.

As empresas apontaram que intensificou-se a concorrência com produtos chineses, manufaturados, tanto no mercado brasileiro como no mercado internacional.
Cerca de 52% das exportadoras competem com chineses no exterior. Quase metade ou 45% dessas exportadoras perderam mercado doméstico.  No exterior, 67% perderam clientes, e 4% deixaram de exportar, frente à ofensiva chinesa.

“A gente não pergunta se a maior concorrência é na qualidade ou no preço. Mas sabemos que a taxa de câmbio local em queda, favorece preços menores e o aumento da importação desses produtos. A diferença cambial e os custos de produção são elementos fortes, porque a mão de obra, os encargos e o custo do capital, com juros mais baixos que os nossos, levam as empresas brasileiras a ficar em desvantagem”, avaliou o economista da CNI, Flávio Castelo Branco. 

No mercado interno, a presença chinesa é mais forte em seis setores: material eletrônico e de comunicação; têxtil; equipamentos hospitalares; calçados, máquinas e equipamentos e indústrias diversas.
Na mão inversa, uma em cada cinco empresas brasileiras importou insumos da China em 2010, o  dobro da proporção em relação a 2006. Cerca de 32% desses importadores querem ampliar as compras de matérias-primas chinesas e 10% das grandes empresas brasileiras já montaram plantas industriais em solo chinês (veículos, máquinas e equipamentos e materiais elétricos e eletrônicos, principalmente).

Para defender-se do avanço dos produtos chineses, metade das indústrias brasileiras já traçou estratégia para enfrentar a competição. A linha básica desses planos foca o aumento do investimento em qualidade e no design dos produtos.

”Temos que fazer com que a economia brasileira seja tão atrativa ou mais atrativa que a China, para que as nossas empresas deixem de ir para lá, com melhor a infraestrutura, sistema tributário que reduza o custo investimento e não tribute a exportação, custo de capital  menor, enfim, uma agenda de competitividade de longo prazo, que pouco andou nos últimos quatro anos e se agravou com a valorização do câmbio”, concluiu Castelo Branco.
Ao ser lembrado que a China tornou-se o maior parceiro comercial do Brasil, suplantando os Estados Unidos em 2010, o economista destacou que "para a indústria de transformação, essa situação está mais negativa do que positiva."

(Azelma Rodrigues | Valor)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Número de divórcios mais do que dobram em São Paulo em 2010

Crescimento se deve à maior facilidade que os casais passaram a ter para se divorciar após lei ter sido alterada no ano passado

SÃO PAULO - Os cartórios de notas do Estado de São Paulo realizaram, no ano passado, 9.317 divórcios, um aumento de 109% sobre 2009, quando ocorreram 4.459 separações. O levantamento foi feito pelo Colégio Notarial do Brasil - Seção São Paulo (CNB-SP), entidade que representa o setor no Estado.
Por meio de nota, a entidade atribuiu esse crescimento expressivo à maior facilidade que os casais passaram a ter com a publicação, em julho do ano passado, da Emenda Constitucional 66, que extinguiu os prazos de oficialização. Antes, os casais só podiam romper o vínculo do casamento civil após um ano de separação formal ou dois vivendo em casas separadas.

Ainda segundo o comunicado, os divórcios em cartórios começaram em 2007 após a autorização obtida com a Lei 11.441. Naquele ano, ocorreram 4.080 formalizações sem a necessidade de ingresso no Poder Judiciário “porque foram resolvidos consensualmente em cartório perante um tabelião de notas”. Esse número subiu para 4.394 no ano seguinte.

O CNB-SP esclarece que, com a lei, “a população não precisa mais recorrer ao Poder Judiciário para realizar divórcios, separações e inventários consensuais, desde que não haja filhos menores ou incapazes envolvidos”. Em alguns casos de menor complexidade, a documentação pode sair no mesmo dia em que o interessado deu entrada nos papéis.

Para conseguir o divórcio em um cartório, no entanto, o casal tem de estar em comum acordo, não ter filhos ou menores sob a sua responsabilidade. Na escritura pública lavrada pelo tabelião, o casal deverá estipular as questões relativas à partilha dos bens (se houver), ao pagamento ou dispensa de pensão alimentícia e à definição quanto ao uso do nome se um dos cônjuges tiver adotado o sobrenome do outro.
(Agência Brasil)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Brasil - Argentina. Pacto de lealtade comercial


Cristina Kirchner quer aprofundar integração produtiva com Brasil

BUENOS AIRES – A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, afirmou hoje em encontro com a presidente brasileira, Dilma Rousseff, que, “se até agora as duas nações estavam unidas, a partir de agora estarão ainda mais”.
Cristina assegurou que a Argentina deve aprofundar a integração produtiva com o Brasil.
“Para nós é uma grande honra e representa a reafirmação de um compromisso iniciados por nossos antecessores, os presidentes Néstor Kirchner e Lula”, disse a presidente argentina, em entrevista coletiva na Casa Rosada, após o encontro com Dilma.
Dilma, por sua vez, assegurou que o Brasil e a Argentina representam “o grande potencial produtivo da América Latina”. Ela afirmou ainda que os dois países tem como desafio criar um “polo” que terá “papel estratégico” mundial.
Dilma destacou ainda que o desenvolvimento dos dois países foi alcançado com “o compromisso político de seus governantes, que tiveram sabedoria e coragem”.
(El Cronista)

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Por que o Brasil não conta com uma universidade dentre as 200 mais importantes do mundo?



Ao contrário do seu time de futebol, as universidades do Brasil não tiveram um crescimento global. Mas o Brasil parece estar pronto para marcar alguns grandes sucessos em breve. 

O continente da América do Sul não tem uma única instituição na lista do Times Higher Education do mundo dos 200 melhores universidades.
E as instituições com maior probabilidade de entrar na lista de elite, de acordo com um especialista, são prejudicados por uma série de obstáculos na sua escalada até o topo. 

"A América Latina tem vários desafios no caminho para o desenvolvimento de universidades de classe mundial", diz Philip Altbach, diretor do Centro Internacional de Educação Superior do Boston College, EUA. 

"Os principais candidatos são o continente grandes universidades públicas, como a Universidade de Buenos Aires. Estes são, no entanto, confrontados com as estruturas de governança pesado, burocrático e, às vezes politizadas. Eles se baseiam principalmente na faculdade a tempo parcial - e em tempo parcial não pode ser a base de uma universidade de pesquisa. Eles também são sub-financiadas e mais não são capazes de cobrar propinas aos seus alunos. " 

Mas há pontos luminosos, sem dúvida, diz ele. "Talvez só no estado de São Paulo pode haver universidades de classe mundial. Suas duas principais universidades são formados por um corpo docente de tempo integral que doutorados, e as universidades têm uma missão de investigação significativo e financiamento adequado por parte do Estado. "
De fato, a Universidade de São Paulo era muito perto de fazer isso na tabela das 200 maiores instituições de 2010-11 - como revelado em dados da educação Times Higher World University Rankings aplicativo para o iPhone, que inclui informações sobre mais de 400 instituições. 

O iPhone app ranking também revela que a Universidade Estadual de Campinas e Universidade Estadual Paulista também estão sentados fora do top 200.
Em seu livro 2009 o desafio de criar universidades de classe mundial, Jamil Salmi, coordenador de ensino superior no Banco Mundial, destaca as potencialidades e os desafios da da Universidade de São Paulo. É a instituição mais seletivas no Brasil, escreve ele, e ele tem "o maior número de programas de pós-graduação top-rated, e todo ano ela produz mais graduados doutorado do que qualquer universidade dos EUA". 

Mas ele lamenta: "Ao mesmo tempo, sua capacidade de gerir os seus recursos é limitada por rígidas normas de serviço civil, embora seja a mais rica universidade do país.
"Tem muito poucas ligações com a comunidade científica internacional, e apenas 3 por cento de seus estudantes de graduação são de fora do Brasil. A universidade é muito voltado para si mesmo. "
 
Salmi diz O que houve muitos avanços positivos na região. Ele destaca a criação de sistemas de acreditação na maioria dos países, eo desenvolvimento de sistemas de empréstimo do estudante no Brasil, Chile e Colômbia.
No entanto, ele também destaca os desafios: o investimento público de baixa no ensino superior, as estruturas de governança tacanho, a escassez de programas de intercâmbio internacional e links, campus culturas predominantemente monolíngües e uma "falta de visão de longo prazo para o desenvolvimento do ensino superior".
 
Mas Andreas Schleicher, chefe dos indicadores e da divisão de análise da Organização para a Cooperação Económica e Direcção de Desenvolvimento para a Educação, diz que, para alguns países da região, "não foram muito interessantes desenvolvimentos recentes", que poderá em breve ter um impacto sobre os tempos Ensino Superior ranking mundial.
"Enquanto para a maioria dos países da OCDE gastos por estudante tem continuado a aumentar desde 2000, países como Brasil e Chile têm visto sobe muito mais rápido do que na participação [sobe em] níveis de gastos", diz ele.
Gastos por aluno no Chile caiu em 25 por cento e 15 por cento no Brasil - "e ainda, os retornos do mercado de trabalho para o ensino superior parece estar pegando.
"No Brasil, a vantagem salário de diplomados do ensino superior mais graduados do ensino secundário é agora superior a 263 por cento, bem acima do valor para qualquer país da OCDE. O valor para os EUA, que é alto para os padrões da OCDE, é de 177 por cento.
"É difícil dizer em que medida oferta ou fatores de demanda para este jogo, mas esses dados podem sugerir que a qualidade está melhorando."
E o continente parece pronto para um perfil de muito maior em pesquisa de classe mundial em algumas áreas-chave. 

A Global Research Report sobre o Brasil pela Thomson Reuters, o fornecedor de dados para o Mundial Universitário de Rankings, identifica o Brasil como uma força dominante em um novo pacote de "tigres Latina - incluindo México e Argentina.
O relatório afirma que partes da América Latina de artigos científicos no mundo passou de 1,7 por cento em 1990 para 4,8 por cento em 2008. Em 1981, cerca de 2.000 jornais tinham um endereço de autor no Brasil. Em 2008, o valor era de cerca de 20.000. 

"A característica mais marcante da nova geografia da ciência é a escala de investimento e mobilização das pessoas por trás da inovação que está em andamento, impulsionada por uma visão de alta tecnologia de como ter sucesso na economia global", a Thomson Reuters, diz relatório .
O Brasil, que tem uma população de 190 milhões, gastou £ 8400000000 em pesquisa e desenvolvimento em 2007: isto equivale a cerca de 1 por cento do produto interno bruto - bem à frente de muitos países europeus. 

Cada ano, o país produz mais de 500 mil novos licenciados e cerca de 10.000 novos pesquisadores PhD, diz o relatório, o que representa um aumento de 10 vezes em 20 anos.
É nas ciências da vida que o Brasil é mais impressionante. 

Entre 2003 e 2007, o país cerca de 85.000 trabalhos publicados, o que representou 1,83 por cento de todos os trabalhos publicados em periódicos indexados pela Thomson Reuters.
Mas o Brasil responde por quase 19 por cento da quota global de trabalhos de pesquisa em medicina tropical, e mais de 12 por cento das pessoas em parasitologia. 

No seu relatório, a Thomson Reuters adverte: "O Brasil é uma economia de investigação cada vez mais importante e competitivo. Sua capacidade pessoal de investigação e investimento em I & D estão se expandindo rapidamente, oferecendo muitas novas possibilidades em uma carteira de investigação em rápida diversificação. perfil do Brasil, melhorando a dimensão da excelência, e interface com o resto da base de investigação internacionais fazem dele um parceiro essencial em qualquer carteira de futuras pesquisas internacionais. "

domingo, 30 de janeiro de 2011

Proibido em USA

EARTH SONG by MICHAEL JACKSON (CENSURADO NOS EUA) 

O vídeo é do single de maior sucesso de Michael Jackson no Reino Unido, que não foi nem "Billie Jean", nem "Beat it", e sim a ecológica "Earth Song", de 1996. A letra fala de desmatamento, sobrepesca e poluição, e, por um pequeno detalhe, talvez você nunca terá a oportunidade de assistir na televisão. 

O Detalhe: "Earth Song" nunca foi lançada como single nos Estados Unidos, historicamente o maior poluidor do planeta. Por isso a maioria de nós nunca teve acesso ao clipe. 

Vejam, então, o que os americanos nunca mostraram de Michael Jackson.
Filmado em África, Amazónia, Croácia e New York. 

Aqui

Pará - Prédio de 32 andares desaba em região valorizada de Belém


VEJA Video do desabamento 
A Construtora Real Class, responsável pela construção do edifício que desabou na tarde deste sábado (29), divulgou nota se pronunciando sobre o ocorrido. 

Leia, na íntegra:

"A REAL CLASS SPE, proprietária do edifício acidentado neste sábado, 29 de janeiro, em Belém, lamenta o ocorrido. A empresa está solidária com todos os envolvidos no acidente. E, ao mesmo tempo, garante que não medirá esforços para investigar as causas do episódio e dar assistência às pessoas atingidas pelo sinistro. Aguardando os laudos periciais, a REAL CLASS SPE está disponível para os procedimentos que o caso exige. A empresa REAL CLASS SPE nasceu do Grupo Real Engenharia, que atua há 27 anos no mercado de construção e incorporação, na Região Metropolitana de Belém. O Grupo já entregou onze empreendimentos, num total de aproximadamente 600 unidades residenciais. A DIRETORIA"

(Luana Laboissire, DOL)

Equipes continuarão buscas durante a madrugada

Em entrevista à TV RBA, o comandante do Corpo de Bombeiros, Cel. Luis Cláudio Sarmanho, afirmou que as operações de buscas e resgate se estenderão durante toda a madrugada e não tem previsão de término. Ainda segundo o comandante, a ação só terá fim quando todos os escombros forem recolhidos do local.
As equipes serão divididas em escalas de trabalho para garantir a continuidade da operação. Até a manhã deste domingo, novas equipes deverão comparecer ao local do desabamento para reforçar as buscas.
O Cel. Luis Cláudio Sarmanho também confirmou o total de quatro vítimas do desabamento do prédio. Todas funcionários da empresa. (DOL)






Duas pessoas foram resgatadas com vida após desabamento de um prédio de cerca de 30 andares em Belém (PA), neste sábado. O edifício, que estava em construção, ficava na região central da capital paraense. Ao menos duas casas vizinhas foram atingidas. As buscas devem continuar durante a noite.

Cães e retroescavadeiras auxiliam buscas
Promotoria recebeu denúncia, diz governador
Prédio tinha 70% dos apartamentos vendidos
Prédio desaba em Belém (PA); cerca de 20 ficam soterrados
Vídeo mostra trabalho de resgate no prédio que desabou em Belém (PA)

 
De acordo com a imobiliária que comercializava os apartamentos, três operários estavam no local. Eles já haviam terminado o trabalho e aguardavam a chuva passar no subsolo do prédio. No momento da queda, chovia forte e ventava muito em Belém.
Não há informações sobre o número de pessoas que estavam nas casas vizinhas na hora do acidente. A área foi isolada.
Inicialmente, a informação divulgada pela Polícia Militar era de que cerca de 15 operários e outras cinco pessoas ficaram debaixo dos escombros.



sábado, 29 de janeiro de 2011

Desenvolvimento Social - Dilma criará nova secretaria para cuidar da pobreza extrema

Já está acordado a Presidenta Dilma criará uma nova secretaria que cuidará de todas as ações de erradicação da pobreza extrema no Brasil. A Secretaria Extraordinária de Erradicação da Pobreza.

Essa era uma dívida social ainda não saldada pelo Presidente Lula que Dilma  assumiu como mais um desafio a cumprir.

A nova secretária será  Ana Fonseca, cearense radicada em São Paulo, historiadora, mestre e doutora em História Social, assumirá a Secretaria Extraordinária de Erradicação da Pobreza, que substituirá a Secretaria de Articulação para a Inclusão Produtiva no novo desenho organizacional do MDS.

Ana Fonseca é Pesquisadora do Núcleo de Estudos em Políticas Públicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp),coordenou o programa Bolsa Família (outubro de 2003 a janeiro de 2004) e foi secretária executiva do MDS em 2004.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Novos Secretários no Ministério de Desenvolvimento Social, um paraense prestigia a equipe do MDS

Conheça quais nomes fazem parte do novo secretariado do ministério. A ministra Tereza Campello optou por perfis mais técnicos para compor a pasta. Os titulares das secretarias possuem sólida formação acadêmica e experiência em cargos do alto escalão do executivo.


Confira a matéria da Assessoria de Comunicação do MDS.

A ministra do Tereza Campello escolheu um secretariado técnico para comandar ações de transferência de renda, segurança alimentar e nutricional, assistência social e inclusão produtiva que contribuirão para erradicar a miséria no País. Dos seis secretários, três já ocuparam Secretarias Executivas na Esplanada e cinco são mestres e doutores.

Rômulo Paes, paraense radicado em Minas Gerais, médico epidemiologista, especialista em Avaliação de Políticas Públicas e PhD pela Universidade de Londres, permanece à frente da Secretaria Executiva do MDS. 

Marcelo Cardona é o secretário executivo adjunto. Formado em Ciências Contábeis, foi secretário executivo e assessor de ministro no Ministério do Desenvolvimento Agrário. Foi superintendente nacional de gestão administrativa do Incra e também atuou no governo do Rio Grande do Sul.

Ana Fonseca, cearense radicada em São Paulo, historiadora, mestre e doutora em História Social, assumirá a Secretaria Extraordinária de Erradicação da Pobreza, que substituirá a Secretaria de Articulação para a Inclusão Produtiva no novo desenho organizacional do MDS. Pesquisadora do Núcleo de Estudos em Políticas Públicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp),coordenou o programa Bolsa Família (outubro de 2003 a janeiro de 2004) e foi secretária executiva do MDS em 2004.

Denise Colin, paranaense, mestre e doutora em Sociologia, será a titular da Secretaria Nacional de Assistência Social. Formada em Serviço Social, deu aulas na PUC do Paraná, Estado onde atuou na Subprocuradoria Geral de Justiça. Trabalhou na Fundação Social do Paraná e teve forte atuação em promotorias de defesa dos direitos da criança e do adolescente.

Maya Takagi, paulista, assumirá a Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Mestre e doutora pela Unicamp, a engenheira agrônoma trabalhava na Presidência da República acompanhando indicadores sócio-econômicos. Atuou na Embrapa e foi assessora especial do extinto Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome, quando participou da formulação das políticas hoje comandadas pela Sesan no MDS.

Tiago Falcão, baiano radicado em Brasília, economista e mestre em Desenvolvimento Econômico, ocupará a Secretaria Nacional de Renda de Cidadania, responsável pelo programa Bolsa Família. Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental desde 1997, era secretário de Gestão do Ministério do Planejamento e tem passagens pela Casa Civil, Secretaria Geral da Presidência da República e Ministérios da Previdência e do Trabalho.

Paulo Jannuzzi, paulista, mestre em Administração Pública e doutor em Demografia, ficará à frente da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação. Consultor do MDS e professor na PUC de Campinas, também trabalhou na Fundação Seade e desenvolveu atividades técnico-científicas na Associação Latino Americana de População (Alap).

TCM treina 17 municípios paraenses


Sob a coordenação geral do Prof. Juan Bardalez Hoyos, de Universidade Federal do Pará (UFPA) o Tribunal de Contas dos Municípios vai realizar um Treinamento em Controle Interno, no período de 7 a 11 de fevereiro, no município de Castanhal, abrangendo mais 17 municípios da região nordeste do Estado.

Segundo o presidente do TCM, conselheiro José Carlos Araújo, durante o evento será abordado do planejamento das compras públicas ao processo de licitação, gestão e fiscalização de contratos e pregão eletrônico.

O TCM oferece uma vaga para servidor efetivo de cada prefeitura e câmara municipal. O evento será realizado na Secretaria de Indústria e Comércio e a solenidade de abertura na Câmara Municipal de Castanhal. Estão incluídos no treinamento os municípios de Castanhal, Colares, Curuçá, Igarapé-Açu, Inhagapi, Magalhães Barata, Maracanã, Marapanim, Santa Izabel do Pará, Santo Antônio do Tauá, São Caetano de Odivelas, São Domingos do Capim, São Francisco do Pará, São João da Ponta, São Miguel do Guamá, Terra Alta e Vigia de Nazaré.

O TCM já vêm realizando a capacitação de mais de 60 alunos nas áreas de meio ambiente, ciência e tecnologia no âmbito do Programa de Especialização em Auditoria Ambiental, ofertado pelo Tribunal de Contas dos Municípios do Estado - TCM, pela Procuradoria Geral do Ministério Público junto ao TCM - PGJTCM e pela Universidade Federal do Pará ´-UFPA, através do seu Núcleo de Meio Ambiente - NUMA.

(Diário do Pará)

Política científica e tecnológica, pelo neurocientista Miguel Nicolelis, do Instituto de pesquisas de Natal

Miguel Nicolelis  é um dos 20 pesquisadores mais importantes do planeta. Apontado pela revista Scientific American. Diretor do Centro de Neuroengenharia da Universidade de Duke, nos EUA, Miguel Nicolelis  é considerado um candidato forte a trazer um prêmio Nobel para o Brasil.



Suas descobertas já apareciam na lista das dez tecnologias que devem mudar o mundo, divulgada em 2001 pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Em 2009, pela primeira vez um brasileiro vai para a capa da revista Science. Foi há pouco nomeado membro da Pontifícia Academia de Ciências, no Vaticano – ele que numa entrevista pioneira no Brasil para Caros Amigos, quando eu era editor da revista, em maio de 2008, declarou ao perguntarmos se acreditava em Deus:
“Não. O único Divino que eu acredito é o Ademir da Guia [craque do Palmeiras entre 1960/70 apelidado de Divino pela crônica esportiva]. Aliás, tenho uma ótima relação com Deus: ele não acredita em mim e eu não acredito nele.”

Criticou a gestão científica no País, especialmente em São Paulo. E questionou os critérios – políticos – para a escolha do ministro da Ciência & Tecnologia, Aloizio Mercadante. 

Leia aqui parte da entrevista concedida a Alexandre Gonçalves ao Estadão.


O que você acha da política científica brasileira?

Está ultrapassada. Principalmente, a gestão científica. Foi por isso que eu escrevi o Manifesto da Ciência Tropical (publicado em primeira mão no blog Viomundo). O mais importante nós temos: o talento humano. Mas ele é rapidamente sufocado por normas absurdas dentro das universidades.


Não podemos mais fazer pesquisa de forma amadora. Devemos ter uma carreira para pesquisadores em tempo integral e oferecer um suporte administrativo profissional aos cientistas.


Visitei um dos melhores institutos de física do País, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e o pessoal não tem suporte nenhum. Se um americano do Instituto de Física da Universidade Duke visitar os pesquisadores brasileiros, não vai acreditar. Eles tomam conta do auditório, fazem os cheques e compram as coisas, porque não é permitido ter gestores científicos com formação específica para este trabalho. Nós preferimos tirar cientistas que despontaram da academia. Aqui no Brasil há a cultura de que, subindo na carreira científica, o último passo de glória é virar um administrador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) ou da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). É uma tragédia. Esses caras não têm formação para administrar nada. Nem a casa deles. Não temos quadros de gestores. A gente gasta muito dinheiro e presta muita atenção em besteira e não investe naquilo que é fundamental.
Absurdo anticorpos apodrecer por causa da burocracia. Alguém precisa dizer: “Chega!”


Qual é a diferença nos mecanismos de financiamento e gestão científica nos EUA e no Brasil?

O investimento privado e público americano – sem contar os gastos do Pentágono que, em parte, são sigilosos – é equiparável: cerca de US$ 250 bilhões anuais cada um (o equivalente a R$ 425 bilhões). Eles também enfrentam o problema de que as empresas privadas não costumam investir em pesquisa pura, meio de cultura de onde saem as ideias aplicadas. Contudo, o governo não investe só em universidades. Ele também coloca dinheiro em empresas e em institutos de pesquisa privados. Este é o segredo.

No Brasil, a grande maioria dos mecanismos públicos de financiamento está voltado para universidades públicas. Sendo assim, você não contrata cientistas e técnicos para um projeto, pois depende dos quadros da universidade. Mas esses quadros estão dando 300 horas de aula por semestre. Não dá para competir com um chinês que está em Berkeley pesquisando o dia inteiro e recebendo milhões de dólares para contratar quem ele quiser. Como fazer ciência sem gente?

Na realidade, os americanos não contam com pessoas mais capazes lá. O que eles têm de diferente é um número muito maior de pesquisadores, processos eficientes, gestão científica profissional – a melhor jamais inventada – e dinheiro. Nos Estados Unidos, sou visto como um pequeno empreendedor. Recebo dinheiro do governo americano e uma parcela menor de investimento privado. Tenho assim uma “padaria” que faz ciência: posso contratar o padeiro, o faxineiro e a atendente de acordo com as necessidades do projeto. Esse empreendedorismo não é permitido pelas leis brasileiras. As mesmas regras que regem o gasto de quaisquer dez mil réis que um cientista ganha do governo federal servem para controlar licitações de centenas de milhões de reais para a construção de estradas, hidrelétricas. Achar que um cientista vai desviar dinheiro para fazer fortuna pessoal é absurdo. O processo de financiamento deve ser mais aberto, com mecanismos simples de auditoria. Além disso, deveria ser mais fácil importar insumos e, com o tempo, precisaríamos atrair empresas para produzi-los aqui. É um absurdo ver anticorpos apodrecer no aeroporto de Guarulhos por causa da burocracia. Alguém no topo da pirâmide – o presidente da República ou o ministro da Ciência e Tecnologia – precisa dizer:
“Chega! Acabou a brincadeira.”

“Não precisamos mais de caciques. Precisamos
de índios. Investir na massificação dos talentos.”


É um desperdício gigantesco de talento e de dinheiro. A China está recuperando pesquisadores que emigraram para os EUA oferecendo condições de trabalho ainda melhores que as americanas. Milhares de brasileiros voltariam ao Brasil se tivessem melhores condições para trabalhar. Mas o sujeito vem para uma universidade federal e é obrigado a dar 300 horas de aula por semestre. Perdemos o talento. Além disso, ele conquista a estabilidade de forma quase automática. Que motivação vai ter para crescer? Há talentos, mas os processos são medievais. E o cientista brasileiro tem muito receio de bater de frente com as autoridades para reivindicar o que ele realmente precisa.


Quanto o Brasil deveria investir em ciência?


O Brasil precisa investir de 4% a 5% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em ciência e tecnologia para encarar a China, a Índia, a Rússia, os Estados Unidos, a Coreia do Sul. Esses são os jogadores com quem devemos nos equiparar. É o mesmo percentual que já investimos em educação. É essencial realizar os dois investimentos: por um lado, para formar gente e iniciar a revolução educacional que o País precisa; por outro, para usar o potencial intelectual dessas pessoas na produção de algo para o País. Atualmente, investimos 1,3% do PIB. No Japão, é quase 4%. Isso explica muita coisa.

Você afirmou diversas vezes que a ciência precisa ser democratizada no País.

Sem dúvida. É uma atividade extremamente elitizada. Não temos a penetração popular adequada nas universidades. Quantos doutores são índios ou negros? A ciência deve ir ao encontro da sociedade brasileira. Essa foi uma das razões que me motivaram a escrever o manifesto. Até bem pouco tempo, a ciência era uma atividade da aristocracia brasileira. Há 30 ou 40 anos só a classe mais alta tinha acesso à universidade. Não precisavam de financiamento porque tinham dinheiro próprio.


Hoje, nós precisamos de cientista que joga futebol na praia de Boa Viagem. Precisamos do moleque que está na escola pública. As crianças precisam ter acesso à educação científica, à iniciação científica. O que também implica uma democratização na distribuição de oportunidades e recursos em todo o País. Estamos trabalhando com 21 crianças da periferia de Natal. Elas nem mesmo entraram no ensino médio e já estão sendo incorporadas às linhas de produção de ciência do nosso instituto. Quatro participaram de um projeto-piloto em que aprenderam a usar ressonância nuclear magnética de bancada para medir o volume de óleo nas sementes do pinhão-manso do semi-árido nordestino. E classificaram as diferentes sementes de acordo com a quantidade de óleo. Duvido que exista algum técnico na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) melhor do que essas crianças.


Não precisamos mais de caciques. Precisamos de índios. Devemos investir na massificação dos talentos. Esses moleques vão decidir o que vai ser a nossa ciência. Se chega um jovem muito talentoso que quer investigar besouro, devemos responder:

Como você avalia o governo Lula?

Apoiei e apoio incondicionalmente o presidente Lula porque vivemos hoje o melhor momento da história do País. A proposta global de inclusão do governo Lula – e espero que será a mesma com a Dilma – é aquela que eu acredito. Contudo, os detalhes devem ser corrigidos. Admiro profundamente o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende. Tivemos grandes avanços como a criação dos INCTs e dos fundos setoriais. Mas o ministro não enfrentou a estrutura. Talvez não pudesse, por não ter condições práticas ou por fazer parte dela, por ter crescido nela. Em oito anos, nunca fui chamado para dar uma opinião no MCT ou para apresentar os resultados do projeto de Natal. Sei que outros cientistas, melhores do que eu, também não foram chamados. É curioso. Mas fui chamado pelo Ministério da Educação. O ministro (Fernando Haddad) é o melhor que já tivemos na história da República. Ele criou a infraestrutura que será lembrada daqui a 50 anos como a reviravolta da educação brasileira. Com o Haddad eu consigo conversar e nossa parceria está dando resultados.