terça-feira, 3 de maio de 2011

Mantega admite que Agnelli caiu porque desagradou a Lula


BRASÍLIA – Não houve interferência política do governo na sucessão da Vale, disse há pouco o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Entretanto, ele admitiu que acompanhou “o processo de perto”, conversou com acionistas e aprovou a retirada do ex-presidente Roger Agnelli, que descumpriu planos de investimentos e deixou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva insatisfeito.

Ele afirmou que Agnelli apresentou vários projetos siderúrgicos e investimentos, que não fez. “Isso desagradou” o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, confessou Mantega.

Além disso, a Vale demitiu cerca de 1,2 mil funcionários, num momento em Lula pediu ao empresariado para não fazer demissões, por causa da crise mundial do fim de 2008, disse o ministro aos senadores, lembrando que o governo federal é acionista majoritário da Vale.

“Acionistas quiseram a mudança, e parece que o resultado está bom. E eu acompanhei, porque o governo é sócio e trata-se de uma concessão, uma empresa estratégica, que tem grande impacto, e temos que zelar para que seja bem sucedida”, afirmou Mantega na Comissão de Assuntos Econômicos  (CAE) do Senado.
“Conversei com acionistas, inclusive com a Previ, que é presidente do Conselho de Administração”, disse Mantega. A Previ é o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, com 49% do capital votante, e o BNDES tem 9%, citou ele.
“Somos os primeiros interessados no sucesso da Vale. O governo gosta que a Vale seja bem sucedida, porque cobra imposto sobre o lucro da empresa, que é privada e a segunda maior do país, depois da Petrobras”, disse o ministro.

Ele lembrou que Lula chegou a manifestar sua insatisfação com Agnelli. “Mas isso não nos levou a nenhuma imposição na Vale”, disse. “Não trouxemos a discussão para o nível do político”, continuou.

“Não é só contribuir com o lucro, mas ela também tem que contribuir para os interesses do país”, disse Mantega. O ministro confessou ter interesse no lucro da empresa, já parte do seu Fundo de Garantia por Tempo de Serviços (FGTS) aplicado em ações da Vale.


(Azelma Rodrigues | Valor)

Código Florestal: estratégia do governo é atuar dentro do Congresso, afirmam ministros



No dia em que o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) apresentou o novo relatório do projeto sobre mudanças do Código Florestal Brasileiro, os ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, disseram que a “estratégia do governo é atuar dentro do Congresso”, e isso será feito, a partir de agora, com o trabalho da bancada governista.

Durante encontro na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), os ministros afirmaram que o governo preferiu fazer a mediação com Rebelo e com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para que fosse acrescentado ao relatório o máximo de pontos da proposta do Executivo.
“Não é para embromar.  É um passo a frente.  A presidenta [Dilma Rousseff] foi incisiva com os ministros: ‘eu quero uma solução e quero produção sustentável neste país’”, afirmou Izabella Teixeira.  Segundo ela, um consenso entre diferentes áreas significava “excluir todos os [pontos] radicais, para ter a proposta mais ampla possível, pensando no futuro”, regularizando a agropecuária nacional.

A ministra disse ainda que o governo fez um grande levantamento, considerando todas as áreas produtivas do país, com imagens tiradas por satélites, “derrubando mitos”.  Além de conversar com todas as bancadas e partidos da Câmara, Izabella Teixeira afirmou que também foram procurados vários juízes para saber se as propostas do governo eram conflitantes com alguma jurisprudência.

Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, uma das novidades propostas feitas pelo governo ao relator Aldo Rebelo, graças aos estudos técnicos, foi a identificação e flexibilização das áreas de uso de interesse social, com base em legislação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).  Uma resolução do conselho reconhece como sendo de interesse social algumas atividades desenvolvidas em áreas de Preservação Permanente (APPs), um dos pontos mais polêmicos das discussões entre os ambientalistas e ruralistas.

A ministra do Meio Ambiente disse que o governo chegou a uma proposta capaz de ser aplicada no mesmo dia em que virar lei.  Agora, a preocupação passa a ser o tempo, já que no dia 11 de junho termina o prazo do decreto para averbação da reserva legal ou adesão ao programa de regularização ambiental.  Após esta data, as propriedades irregulares podem ser multadas e embargadas.

“Temos que conciliar tempo de votação [no Congresso] e tempo do decreto, porque não queremos nenhum produtor penalizado de forma injusta”, disse Izabella Teixeira.  Segundo os ruralistas, menos de 10% dos produtores do país estão em dia com a legislação ambiental.

Edição: Aécio Amado

A corrupção corria solta

Ex-comandante dos Bombeiros é interrogado Diante de quatro juízes militares,
do juiz titular José Roberto Maia Bezerra Júnior e do promotor Armando Brasil, da
Promotoria Militar, o coronel Paulo Gerson, ex-comandante geral do Corpo de Bombeiros, teve que se explicar sobre as denúncias de desvio de recursos públicos na corporação durante os anos de 2007 a 2009.

Estão sendo investigadas sete irregularidades, que somam em torno de R$ 5 milhões. O depoimento de Paulo Gerson começou às 11h30 de ontem e se prolongou até o início da tarde.

O promotor apura denúncias envolvendo locação de helicóptero, fornecimento
de passagem aérea, formação dos processos de convênio com prefeituras, dispensa de licitação, superfaturamento em obras, sobrepreço na aquisição de uniforme e alimentos.

Cinco testemunhas também foram ouvidas ontem, segundo o promotor.
De acordo com as apurações, foi assinado pela corporação, nos anos de 2007 e
2008, um contrato de locação de helicóptero com uma empresa de táxi aéreo do Rio Grande do Sul, mas as notas fiscais apresentadas estavam vencidas e não informavam o serviço que havia sido prestado.

O acusado explicou que há uma lei em Porto Alegre que dispensa as empresas de
locação de expedir notas fiscais e, por isso, as empresas apresentavam só recibos. Paulo Gerson disse que só sentiu falta do documento no 2º ou 3º pagamento e exigiu o material, que chegou vencido. Sobre a prestação de serviços, ele explicou
que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) fiscaliza tanto o deslocamento como
a manutenção da aeronave e existe um relatório rigososo contendo os horários de saída e retorno, que comprovam a utilização do helicóptero.

Ele informou ainda que, na época, os bombeiros fizeram um convênio com a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) e em quatro anos, mais de 500 pessoas foram resgatadas. Existe denúncia ainda de notas fiscais de passagens aéras
na quais não constam informações como data e nome de passageiro. Paulo Gerson alega que isso ocorreu apenas uma vez, durante a operação Paz no Campo, quando a titular da Secretaria de Segurança, Vera Tavares, pediu que fossem tomados todos os cuidados necessários para que não vazasse informação.

Outro ponto que chamou a atenção do Ministério Público foi o valor gasto com reforma no quartel de Salinas (R$ 146 mil). Segundo a investivação, houve sobrepreço de 50% dos produtos em comparação ao valor de mercado. O coronel e
ex-comandante geral alegou que o sobrepreço era de 58% em alguns produtos, mas, no total, a obra custou 13% a mais que o valor de mercado. O Conselho
Federal de Engenharia e Arquitetura (Crea) considera normal uma diferença de até
13,5% em reformas. Além disso, ele enfatizou que, em sua gestão, foram reformadas mais de 15 unidades e apenas a de Salinas apresentou problemas.
Sobre o aumento no custo da alimentação, Paulo Gerson justificou que em sua gestão, também aumentou o número de militares. Mas ele não soube explicar por que os uniformes ficaram 39% mais caros entre um pregão e outro realizado
pela corporação para a compra do material enquanto ele era comandante geral. O promotor Armando Brasil afirmou que o coronel Paulo Gerson entrou em contradição por diversas vezes durante o depoimento.

“Ele nega as acusações, mas não consegue explicar as denúncias”, ressalta o promotor.
O Liberal.

Pedofilia no Pará


PEDOFILIA
 

Investigação
Mais de 30 denúncias envolvendo pessoas
influentes da sociedade paraense serão
apuradas pela Comissão de Direitos
Humanos, da Câmara Federal, que chega
ao Pará na próxima quinta-feira para
investigar novos casos de abuso sexual
contra crianças e adolescentes no Estado.
O evento foi solicitado pelo deputado federal
Arnaldo Jordy (PPS-PA), vice-presidente
da comissão e ex-relator da CPI do
Legislativo paraense que apurou casos de
pedofilia no Estado.

VÁRIAS

Curitiba

Pesquisa encomendada pela CBN de Curitiba ao Ibope mostra Gustavo Fruet (PSDB) com 34% das intenções de votos para a Prefeitura da capital paranaense. O prefeito Luciano Ducci (PSB) aparece com 23%. Rafael Greca (PMDB) tem 7% e o petista Dr. Rosinha, 6%. Dos eleitores entrevistados pelo Ibope, 17% disseram que ainda não sabem em quem vão votar e 13% declararam votos em branco ou nulos. O Ibope entrevistou 812 pessoas entre os dias 16 e 19 de abril. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Dilma

A presidente Dilma Rousseff recebeu na tarde de ontem, no Palácio do Alvorada, o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) para uma audiência oficial, interrompendo seu descanso para se recuperar de uma pneumonia. O chefe de gabinete de Dilma, Giles Azevedo, também foi ao Alvorada. A agenda oficial da presidente informava que Dilma passaria o dia no Alvorada sem compromissos.

Colombo deixa o DEM e é o 2º governador a migrar para o PSD

Com a decisão de deixar o Democratas para assumir a fundação do PSD em Santa Catarina, o governador Raimundo Colombo precipitou a falência do partido no Estado em que colheu os melhores frutos eleitorais na disputa do ano passado. Ontem, depois de emitir uma nota que anunciava a decisão, na noite de domingo, Colombo vê com poucas esperanças a sobrevivência do partido no longo prazo. "O DEM não tem um projeto nacional, não tem um candidato à Presidência da República, depende da ação de um outro partido. Isso fragiliza. Com uma crise interna desta proporção, o partido tende a se desmanchar", disse o governador catarinense.

Câmbio não é um problema agudo, segundo ministro Pimentel

Luciana Seabra | Valor


 

SÃO PAULO - A moeda brasileira valorizada não colabora com as exportações, mas também não é um grande empecilho para o comércio exterior brasileiro, na opinião do ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC), Fernando Pimentel.

“Esse hoje não é um problema agudo, mas um sintoma, uma preocupação antecipada do governo”, disse em coletiva de divulgação do saldo comercial de abril.
O ministro considerou que será preciso conviver algum tempo com esse câmbio, o que, segundo ele, não inviabiliza o comércio exterior, “mas não nos deixa confortáveis para fazermos o que queremos: exportar mais produtos industrializados”. Pimentel disse que o setor exportador vai ter de buscar mecanismos criativos para enfrentar a questão.
Apesar do câmbio desfavorável, o secretário-executivo do MDI, Alessandro Teixeira, considerou que o país não passa por um processo de desindustrialização.

Segundo ele, a maior parte do crescimento nas importações é um resultado do crescimento da demanda, não atendida em sua totalidade pela oferta interna, e, por isso, não significa uma substituição de similares nacionais.
Ainda assim, Teixeira afirmou que o governo tem feito monitoramento diário da importação de produtos manufaturados para avaliar se a entrada dessas mercadorias no país não tem prejudicado a produção interna.


segunda-feira, 2 de maio de 2011

Por Belo Monte, Dilma abandona órgão de Direitos Humanos -

A partir de 2012, o Brasil não fará mais parte da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) e, desde este ano, suspendeu, por ordem da presidente Dilma Rousseff, o repasse de verba à entidade, de US$ 800 mil.  A informação é do jornal Folha de S. Paulo.

A reação do Brasil veio após a comissão pedir, em abril, a interrupção das obras de Belo Monte por irregularidades no processo de licenciamento ambiental da hidrelétrica, atendendo a uma medida cautelar de entidades indígenas que questionaram o empreendimento.

Após receber o pedido da comissão, Dilma convocou de volta ao país o representante do Brasil na OEA, embaixador Ruy Casaes.  Ele, até agora, ainda não recebeu autorização para retomar seu posto em Washington, tampouco sabe quando o terá.

A comissão integra o sistema interamericano de direitos humanos nas Américas.  Embora ligada à OEA, é um órgão formalmente independente; não representa países, embora a indicação venha deles.  Seus sete membros, entre eles o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, são eleitos por assembleia-geral.

No caso de Belo Monte, o Brasil argumenta que a CIDH concedeu apenas 28 dias para que o governo se explicasse, quando o prazo médio de solicitações semelhantes supera a marca de 100 dias.

Nessa semana, o governo enviou à entidade um relatório de 52 páginas explicando sua atuação no empreendimento junto às comunidades locais.  Disse ter ouvido as comunidades indígenas da região e que está atento aos efeitos sociais e ambientais da iniciativa.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a relação pode piorar ainda mais.  Isso porque a comissão passou a analisar uma nova reclamação de ONGs, que contestam obras no Rio para a Copa-2014 e Olimpíada-2016, eventos caros a Dilma.  Quando soube do novo processo, Dilma mandou um recado às lideranças do órgão: se isso for levado adiante, levará o caso à própria OEA, dando contornos de crise real ao caso.

Valor da Biodiversidade

  • 􀃔FENÔMENO
    Agradecido

    Houve uma passagem na rápida presença
    em Belém de Ronaldo “Fenômeno”
    que escapou à perspicácia geral, principalmente
    porque, a pedido de uma das
    partes, foi cercada da maior discrição.
    Foi a visita que ele fez a uma residência
    modesta da periferia da cidade, onde foi
    agradecer pessoalmente à veneranda
    senhora a quem considera dever parte
    importante da cura da grave lesão que
    sofreu quando jogava na Inernazionale
    de Milão e ameaçou tirá-lo do futebol.
     
  • Andiroba
    Ronaldo atribui a sua pronta e total
    recuperação, a ponto de voltar normalmente
    ao futebol e ainda ser artilheiro
    da Copa do Mundo seguinte, primeiro
    a Deus, depois ao cirurgião francês que
    o operou e ao fisioterapeuta “Filé” que
    comandou os exercícios de recuperação
    total dos movimentos no joelho afetado.
    Mas credita contribuição especial a
    essa anônima mulher que lhe mandou
    um litro de uma mistura de andiroba,
    copaíba, arnica e outros anti-inflamatórios
    naturais com a recomendação
    de que os aplicasse quentes todas as
    noites.

Você sabia?

O que é empoderamento (Empowerment)

 
Empoderamento significa em geral a ação coletiva desenvolvida pelos indivíduos quando participam de espaços privilegiados de decisões, de consciência social dos direitos sociais. Essa consciência ultrapassa a tomada de iniciativa individual de conhecimento e superação de uma situação particular (realidade) em que se encontra, até atingir a compreensão de teias complexas de relações sociais que informam contextos econômicos e políticos mais abrangentes. 

O empoderamento possibilita tanto a aquisição da emancipação individual, quanto à consciência coletiva necessária para a superação da “dependência social e dominação política”. Enfim, superação da condição de desempoderamento das populações pobres, as quais segundo Nyerere (1979), não podem se desenvolver se não tiverem poder. 

Esta noção remete a diferentes perspectivas de analise das Ciências Sociais. Como idéia-chave perpassa o centro do debate atual sobre as possibilidades e limites do desenvolvimento sustentável. Reconhecem-se as vantagens e dificuldades de implementação de processos e mecanismos que favoreçam a criação e ampliação de espaços e situações de empoderamento, onde a participação ativa dos excluídos ou dos que tenham acesso limitado a bens sociais, sejam crescentes e permanentes, face à cultura secular da dependência pessoal que tanto marcou a formação social brasileira, presente na administração hierarquizada e clientelística da burocracia estatal. Na verdade, os pretensos beneficiários dos bens públicos não são os despossuídos, mas uma minoria, formada por elites políticas e econômicas perdulárias e indiferentes às demandas sociais, situadas numa ordem econômica geradora e cônscia das desigualdades sociais. 

O empoderamento devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto de cidadania, e principalmente a liberdade de decidir e controlar seu próprio destino com responsabilidade e respeito ao outro. O débito social das instituições políticas e estatais diminui à medida que seus agentes desenvolvam ações e condutas de efetiva participação e mudança sociais. Portanto, a descrença nestas instituições tem aumentado pela impossibilidade de haver democracia real fora destes termos. Hoje o discurso democratizante se apropria desse termo para legitimar uma aproximação dos agentes institucionais àqueles tradicionalmente excluídos, sem mudar muito a natureza (autoritária) das relações de poder e a realidade concreta destes.

A criação de organismos institucionais não-estatais, com ampla participação de setores diversos da sociedade organizada, a exemplo de conselhos e fóruns públicos deliberativos, favorece a consolidação da participação social dirigida ao controle e à gestão dos usos dos recursos públicos, principalmente associada à lei de responsabilidade fiscal. 

O empoderamento, porém, não deve significar um conceito puramente instrumental, orientado somente à obtenção de resultados eficientes, mas antes de tudo, constituir uma afirmação das possibilidades de realização plena dos direitos das pessoas. 

A idéia de empoderamento representa importante papel na mobilização social em torno de contextos específicos, como o de desenvolvimento sustentável local, orientado não só para a emergência de projetos e ações de fortalecimento de grupos sociais tradicionalmente negligenciados dos processos políticos; mas também significativo espaço institucional de articulação e emergência de novos agentes/atores políticos envolvidos na transformação democrática da relação Estado-sociedade.

Ferdinand Cavalcante Pereira
Doutor em Sociologia
Professor da Universidade Federal do Piauí
Pesquisador do Núcleo de Estudos da Contemporaneidade
ferdi.pereira@ibest.com.br

Para PT, os riscos de uma escalada inflacionária são "mais propagandísticos que reais".

Em resolução, sigla apoia ações do governo

CATIA SEABRADE BRASÍLIA

Num momento em que a condução da política econômica divide o governo, o PT divulgou uma resolução em que afirma que o controle da inflação não pode impor sacrifício ao desenvolvimento social do país.


Aprovado ontem pelo Diretório Nacional do partido, o documento diz que os riscos de uma escalada inflacionária são "mais propagandísticos que reais".


O partido cita a fórmula aplicada pelo governo para contenção da inflação: o casamento de variação da taxa de juros com as medidas de contenção ao crédito.

"O combate à inflação, porém, não implica sacrificar as políticas de desenvolvimento social do governo, que requerem um crescimento do PIB entre 4% e 4,5% este ano", diz a resolução, cujo esqueleto foi elaborado pelo presidente do PT, Rui Falcão.


Na resolução, o PT diz considerar "correta a orientação geral que o governo vem imprimindo, sobretudo sua decisão de manter as políticas de geração de empregos e distribuição de renda".


KASSAB
Destinado à análise de conjuntura política, o texto de Falcão sofreu uma supressão, excluindo uma ironia ao PSD, partido recém-criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (ex-DEM).


O texto original lembrava que Kassab se referiu ao partido como "nem de centro, nem de direita, nem de esquerda". Segundo a sigla, a exclusão foi para evitar a "paulistanização" do debate. Foi retirado também elogio à troca de comando da Vale.

domingo, 1 de maio de 2011

O PT pelo PT

 
 
 
"Nunca se fez no PT uma verdadeira autocrítica de responsabilidades e erros. Quem fez campanha nas ruas sentiu na pele o que foi o episódio do mensalão."
DO DEPUTADO ESTADUAL RAUL PONT (RS), cuja corrente foi voto vencido no escrutínio que selou a volta de Delúbio Soares ao partido.

Morre aos 99 o escritor argentino Ernesto Sabato


Ganhador do prêmio Miguel de Cervantes ficou debilitado após bronquite

Um dos nomes mais populares da literatura do país, autor esteve na primeira investigação de crimes da ditadura

LUCAS FERRAZ
DE BUENOS AIRES




 Morreu na madrugada de ontem, aos 99 anos, o escritor argentino Ernesto Sabato, um dos nomes mais populares da literatura do país.

"Há 15 dias ele teve uma bronquite que o debilitou muito, ele estava sofrendo há algum tempo. Mas ainda tinha momentos ótimos, principalmente quando escutava música", disse Elvira González Fraga, companheira do escritor, que vivia na cidade de Santos Lugares, nos arredores de Buenos Aires.

Nascido em Rojas, o escritor e ensaísta teve seu nome marcado na história política do país por seu trabalho na área de direitos humanos.

A pedido do então presidente Raúl Alfonsín, ele presidiu entre 1983 e 1984 a Conadep (Comissão Nacional sobre o Desaparecimento de Pessoas), a primeira investigação sobre a última e brutal ditadura militar (1976-83).

Esse trabalho, conhecido como "relatório Sabato", resultou no livro "Nunca Mais" (1984), que narra o modus operandi da repressão e levanta a morte e desaparecimento de 30 mil pessoas.
A investigação abriu caminho para o julgamento de militares que cometeram crimes no período.

Logo após esse trabalho, ainda em 1984, Ernesto Sabato recebeu o Miguel de Cervantes, um dos maiores prêmios literários da língua espanhola. Ele foi o segundo escritor argentino a receber o título, depois de outro grande, Jorge Luis Borges.

Dentre os livros mais célebres, estão "Sobre Heróis e Tumbas" (1961), os livros "O Túnel" (1948) e "Abbadon, o Exterminador" (1974).

Apesar do sucesso literário -sua obra marcou principalmente a geração dos anos 60 e 70-, Sabato não se considerava um escritor de ofício.

"Nunca me considerei um escritor profissional, dos que publicam um romance por ano", disse numa antiga entrevista. Era formado em física, profissão que abandonou ainda nos anos 40.

Os últimos trabalhos do autor argentino, que também pintava, incluem memórias e crônicas sobre a velhice.

Por causa da idade, segundo o filho Mario, autor de um documentário sobre o pai, Sabato já não saia de casa, falava muito pouco e vivia sob cuidado de enfermeiras.
Hoje, o escritor seria homenageado na Feira Internacional do Livro de Buenos Aires por seu centenário, em 24 de junho.

Por que o Brasil não conta com uma universidade dentre as 200 mais importantes do mundo?

Ao contrário do seu time de futebol, as universidades do Brasil não tiveram um crescimento global. Mas o Brasil parece estar pronto para marcar alguns grandes sucessos em breve. 

O continente da América do Sul não tem uma única instituição na lista do Times Higher Education do mundo dos 200 melhores universidades.
E as instituições com maior probabilidade de entrar na lista de elite, de acordo com um especialista, são prejudicados por uma série de obstáculos na sua escalada até o topo. 

"A América Latina tem vários desafios no caminho para o desenvolvimento de universidades de classe mundial", diz Philip Altbach, diretor do Centro Internacional de Educação Superior do Boston College, EUA. 

"Os principais candidatos são o continente grandes universidades públicas, como a Universidade de Buenos Aires. Estes são, no entanto, confrontados com as estruturas de governança pesado, burocrático e, às vezes politizadas. Eles se baseiam principalmente na faculdade a tempo parcial - e em tempo parcial não pode ser a base de uma universidade de pesquisa. Eles também são sub-financiadas e mais não são capazes de cobrar propinas aos seus alunos. " 

Mas há pontos luminosos, sem dúvida, diz ele. "Talvez só no estado de São Paulo pode haver universidades de classe mundial. Suas duas principais universidades são formados por um corpo docente de tempo integral que doutorados, e as universidades têm uma missão de investigação significativo e financiamento adequado por parte do Estado. "
De fato, a Universidade de São Paulo era muito perto de fazer isso na tabela das 200 maiores instituições de 2010-11 - como revelado em dados da educação Times Higher World University Rankings aplicativo para o iPhone, que inclui informações sobre mais de 400 instituições. 

O iPhone app ranking também revela que a Universidade Estadual de Campinas e Universidade Estadual Paulista também estão sentados fora do top 200.
Em seu livro 2009 o desafio de criar universidades de classe mundial, Jamil Salmi, coordenador de ensino superior no Banco Mundial, destaca as potencialidades e os desafios da da Universidade de São Paulo. É a instituição mais seletivas no Brasil, escreve ele, e ele tem "o maior número de programas de pós-graduação top-rated, e todo ano ela produz mais graduados doutorado do que qualquer universidade dos EUA". 

Mas ele lamenta: "Ao mesmo tempo, sua capacidade de gerir os seus recursos é limitada por rígidas normas de serviço civil, embora seja a mais rica universidade do país.
"Tem muito poucas ligações com a comunidade científica internacional, e apenas 3 por cento de seus estudantes de graduação são de fora do Brasil. A universidade é muito voltado para si mesmo. "
 
Salmi diz O que houve muitos avanços positivos na região. Ele destaca a criação de sistemas de acreditação na maioria dos países, eo desenvolvimento de sistemas de empréstimo do estudante no Brasil, Chile e Colômbia.
No entanto, ele também destaca os desafios: o investimento público de baixa no ensino superior, as estruturas de governança tacanho, a escassez de programas de intercâmbio internacional e links, campus culturas predominantemente monolíngües e uma "falta de visão de longo prazo para o desenvolvimento do ensino superior".
 
Mas Andreas Schleicher, chefe dos indicadores e da divisão de análise da Organização para a Cooperação Económica e Direcção de Desenvolvimento para a Educação, diz que, para alguns países da região, "não foram muito interessantes desenvolvimentos recentes", que poderá em breve ter um impacto sobre os tempos Ensino Superior ranking mundial.
"Enquanto para a maioria dos países da OCDE gastos por estudante tem continuado a aumentar desde 2000, países como Brasil e Chile têm visto sobe muito mais rápido do que na participação [sobe em] níveis de gastos", diz ele.
Gastos por aluno no Chile caiu em 25 por cento e 15 por cento no Brasil - "e ainda, os retornos do mercado de trabalho para o ensino superior parece estar pegando.
"No Brasil, a vantagem salário de diplomados do ensino superior mais graduados do ensino secundário é agora superior a 263 por cento, bem acima do valor para qualquer país da OCDE. O valor para os EUA, que é alto para os padrões da OCDE, é de 177 por cento.
"É difícil dizer em que medida oferta ou fatores de demanda para este jogo, mas esses dados podem sugerir que a qualidade está melhorando."
E o continente parece pronto para um perfil de muito maior em pesquisa de classe mundial em algumas áreas-chave. 

A Global Research Report sobre o Brasil pela Thomson Reuters, o fornecedor de dados para o Mundial Universitário de Rankings, identifica o Brasil como uma força dominante em um novo pacote de "tigres Latina - incluindo México e Argentina.
O relatório afirma que partes da América Latina de artigos científicos no mundo passou de 1,7 por cento em 1990 para 4,8 por cento em 2008. Em 1981, cerca de 2.000 jornais tinham um endereço de autor no Brasil. Em 2008, o valor era de cerca de 20.000. 

"A característica mais marcante da nova geografia da ciência é a escala de investimento e mobilização das pessoas por trás da inovação que está em andamento, impulsionada por uma visão de alta tecnologia de como ter sucesso na economia global", a Thomson Reuters, diz relatório .
O Brasil, que tem uma população de 190 milhões, gastou £ 8400000000 em pesquisa e desenvolvimento em 2007: isto equivale a cerca de 1 por cento do produto interno bruto - bem à frente de muitos países europeus. 

Cada ano, o país produz mais de 500 mil novos licenciados e cerca de 10.000 novos pesquisadores PhD, diz o relatório, o que representa um aumento de 10 vezes em 20 anos.
É nas ciências da vida que o Brasil é mais impressionante. 

Entre 2003 e 2007, o país cerca de 85.000 trabalhos publicados, o que representou 1,83 por cento de todos os trabalhos publicados em periódicos indexados pela Thomson Reuters.
Mas o Brasil responde por quase 19 por cento da quota global de trabalhos de pesquisa em medicina tropical, e mais de 12 por cento das pessoas em parasitologia. 

No seu relatório, a Thomson Reuters adverte: "O Brasil é uma economia de investigação cada vez mais importante e competitivo. Sua capacidade pessoal de investigação e investimento em I & D estão se expandindo rapidamente, oferecendo muitas novas possibilidades em uma carteira de investigação em rápida diversificação. perfil do Brasil, melhorando a dimensão da excelência, e interface com o resto da base de investigação internacionais fazem dele um parceiro essencial em qualquer carteira de futuras pesquisas internacionais. "

A mineração no Pará


MINERAÇÃO
Secretaria
Cada vez mais o tempo - senhor dela -
dá razão ao ex-vice-governador Odair
Corrêa. Ele passou os quatro anos do governo
Ana Júlia travando brigas internas
pela criação de uma Secretaria de Mineração
no Pará. Nunca conseguiu vencer
o chamado “núcleo duro” do governo,
que mais influência exercia sobre a governadora.
Estados que não têm 10% dos
minérios do Pará criaram sua secretaria
e vão muito bem, obrigado, como é o caso
do Amazonas.
Compensações
No Pará, 86% das exportações do ano
passado estão relacionados à produção e
transformação mineral. No período, todos
os minérios registraram aumento no volume
de produção, sem falar no crescimento
de 25% dos postos de trabalho - em vagas
distribuídas em todas as regiões do Estado.
Outro dado positivo foi a arrecadação
de impostos. Parauapebas, por exemplo,
recebeu R$ 230 milhões de compensação
financeira pela exploração de recursos
minerais em seu território.

Jornal "O Liberal"

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O Código Florestal debatido pelos "cientistas", sem a presença de cientistas, pesquisadores ou professores da Região Amazônica


 A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência divulgou um documento que resume um debate de alguns cientistas e acadêmicos sobre o Código Florestal Brasileiro.

Como sempre, ou quase sempre, o que chama a atenção dessas contribuições feitas por encargo, é a ausência de representantes da Amazônia. Mais uma vez acontece essa divisão  regional. Chama a atenção que o único representante da Amazônia é do INPE/INPA (muito mais INPE do que INPA). Na realidade, o código florestal é um instrumento legal que abrânge a Federação, entretanto mais de 50% dessa federação se encontra na Amazônia e a proporção não revela essa realidade. 

Da a impressão que na Amazônia não existissem referências acadêmicas importantes, professores, pesquisadores e cientistas, como para formar parte de grupos de pesquisa. 

Também existe uma divisão desigual na formação acadêmica dos autores do documento que debate o código florestal. Há uma forte presencia de agrônomos, biológos, biotecnólogos e até engenheiros elêtricos. Faltam economistas, antropólogose, em geral, da área de ciências sociais. 

Daí que ó estudo é pífio nas análises das estruturas econômicas, do modelo de desenvolvimento da Amazônia. Se faz necessário entender a Amazônia e conhecer sua dinâmica econômica para pensar em uma proposta realmente alternativa de uso comercial, não apenas científico da região. 

É  fundamental entender as cadeias produtivas e as reais possibilidades de transformar os produtos da biodiversidade em base econômica de um novo modelo de desenvolvimento. Compreender suas populações e comunidades que preservam a Amazônia para poder contribuir com o debate de um instrumento legal que regirá, principalmente para essas comunidades que compartem sua vida com a floresta e não, apenas, com os laboratórios das universidades.

Mas, como no Brasil toda a ciência e seus grupos acadêmicos giram em torno da USP, a presência dos amazônidas é praticamente um luxo. Quando se formam os grupos, que vão a debater os temas que envolvem a Amazônia, os organizadores estão em São Paulo e em Brasília, aí conclue e rede.

Até a bibliografia do documento "O Código florestal e a ciência" denuncia a usência de autores da Amazônia. Uma falta real de uma reflexão da Amazônia, desde a Amazônia. 

No quadro abaixo se observa a divisão por regiões e instituições na formação de doutores o que revela a absoluta presença da USP e outras poucas universidade do sudeste na construção do conhecimento e na formulação de políticas. 

Mais embaixo se apresentam alguns objetivos do documento elaborado pelo grupo de cientistas brasileiros e o endereço para acessar o documento, que eles denominaram: O CÓDIGO FLORESTAL E A CIÊNCIA.




O Código Florestal e a Ciência

APRESENTAÇÃO

A Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), fundadas, respectivamente, em 1916 e 1948, são entidades representativas da comunidade cientí!ca do País, isentas de viés político-partidário e sem !ns lucrativos. Entre seus objetivos, estão: 

���� Representar a comunidade cientí!ca brasileira, nacional e internacionalmente, visando à implementação de uma política de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) que promova o desenvolvimento da ciência em benefício da sociedade; 

���� Promover a mobilização da comunidade cientí!ca para que ela atue junto aos poderes constituídos, buscando o avanço cientí!co e tecnológico nacional e o incentivo à inovação; 

���� Zelar pela manutenção de elevado padrão de ética entre os cientistas e em suas relações com a sociedade; 

���� Lutar pela remoção dos empecilhos e incompreensões que embaracem o progresso da ciência; 

���� Tomar posição em questões de política cientí!ca, educacional e cultural e programas de desenvolvimento cientí!co e tecnológico que atendam aos reais interesses do país. 

Atendendo a uma demanda da sociedade – em particular da comunidade cientí!ca – por uma participação mais efetiva da ciência na reformulação do Código Florestal (CF), a ABC e a SBPC formaram um grupo de trabalho (GT) para oferecer dados e argumentos técnico-cientí!cos que pudessem subsidiar as discussões em torno de mudanças no Código Florestal propostas no substitutivo ao Projeto de Lei no 1.876/99. 

O primeiro Código Florestal brasileiro foi instituído pelo Decreto no 23.793, de 23 de janeiro de 1934, revogado posteriormente pela Lei 4.771, de 15 de setembro de 1965, que instituiu o Código Florestal vigente. Tanto a legislação original como todas as alterações subsequentes levaram em consideração os conhecimentos cientí!cos até então disponíveis. No momento em que se reabre o diálogo acerca da matéria, a comunidade cientí!ca, amparada pela legitimidade de suas mais abrangentes e representativas associações, solicita que o Congresso Nacional continue a considerar os avanços cientí!cos e do desenvolvimento tecnológico para o diálogo sobre a legislação "orestal brasileira. 

O grupo de trabalho que organizou este documento foi constituído por: 

Antonio Donato Nobre (INPA/INPE) – Engenheiro Agrônomo (ESALQ USP), Mestre em Ecologia Tropical (INPA UA), PhD em Ciências da Terra (UNH – USA); 
Carlos Alfredo Joly (UNICAMP – BIOTA) – Graduação em Ciências Biológicas (USP), Mestre em Biologia Vegetal (UNICAMP), PhD em Eco!siologia Vegetal pelo Botany Department - University of Saint Andrews, Escócia/GB, Post-Doctor (Universität Bern, Suíça); 
Carlos Afonso Nobre (INPE – MCT) – Engenheiro Elétrico (ITA), PhD em Meteorologia (MIT- -USA), Post-Doctor (University of Maryland - USA); 
Celso Vainer Manzatto (EMBRAPA – Meio Ambiente) – Engenheiro Agrônomo (UFRJ), Mestre em Ciência do Solo (UFRJ), Doutorado em Produção Vegetal (Universidade Estadual do Norte Fluminense); 
Elibio Leopoldo Rech Filho (EMBRAPA – Recursos Genéticos e Biotecnologia) – Engenheiro Agrônomo (UnB), Mestre (MSc.) em Fitopatologia (UnB), PhD. em Life Sciences (University of Nottingham, Inglaterra), Post-Doctor em manipulação de cromossomos arti!ciais de levedura (YAC s) (University of Nottingham/Oxford, Inglaterra); 
José Antônio Aleixo da Silva (UFRPE – SBPC) – Engenheiro Agrônomo (UFRPE), Mestre em Ciências Florestais (UFV-MG), PhD e Post-Doctor em Biometria e Manejo Florestal (University of Georgia- -USA) – Coordenador do GT; 
Ladislau Araújo Skorupa (EMBRAPA - Meio Ambiente) – Engenheiro Florestal (UnB), Doutor em Ciências Biológicas (Botânica) (USP); 
Maria Manuela Ligeti Carneiro da Cunha (University of Chicago) – Graduação em Matemática Pura, Faculté Des Sciences, França, Doutorado em Ciências Sociais (UNICAMP), Post-Doctor (Cambridge University, École des Hautes Études en Sciences Sociales, Collège de France), Livre Docente (USP); 


Leia o documento completo clicando no link abaixo. 


CODIGO FLORESTAL E A CIÊNCIA

Lynaldo Cavalcanti é homenageado nos 60 anos do CNPq



     No início deste ano, o setor de Ciência e a Tecnologia perdeu um de seus grandes mestres e representantes, o paraibano Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque, um dos principais articuladores para a criação da ABIPTI e ex-presidente do CNPq. Na comemoração de aniversário da agência de fomento, realizada nesta quarta (27), em Brasília (DF), o professor  foi lembrado com louvor. As duas filhas do professor Lynaldo - Cristiana e Carla Albuquerque -  receberam das mãos do presidente do CNPq, Glaucius Oliva, uma placa em homenagem à contribuição do professor à inovação brasileira.

     Além das homenagens, o evento reuniu autoridades, colaboradores e demais atores da C&T, no Teatro Nacional Claudio Santoro. O coral Madrigal, da Universidade de Brasília, abriu os trabalhos com a apresentação do Hino Nacional, seguido de repertório repleto de músicas brasileiras. O evento também anunciou o título de pesquisador emérito e a menção especial de agradecimento a cientistas que contribuíram para o desenvolvimento científico e tecnológico do país. Os funcionários com mais de 25 anos também foram homenageados. Na oportunidade, foi lançado o selo alusivo aos 60 anos do CNPq.

     Conhecimento
    
Glaucius Oliva ressaltou a importância da educação básica de qualidade e a necessidade de mais investimentos em pesquisa e desenvolvimento. “Empresas dependem do conhecimento. A economia, que nos séculos 18 e 19 era o produto da soma de capital e do trabalho, hoje conta com um terceiro componente: o conhecimento”.

     Nesse contexto, completou, o CNPq funciona como a casa do cientista brasileiro, assumindo o papel da formação em tecnologia e inovação com avanço na produção do conhecimento, mas, principalmente na apropriação deste em forma de inovações, produtos e serviços. Hoje, o CNPq conta com mais de 64 mil processos vigentes, 75 mil propostas de pesquisas por ano e quase 90 mil bolsistas. As pesquisas são realizadas e renovadas ano a ano, não só em projetos financiados diretamente pela agência, mas também nas parcerias feitas com as Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs).

     Oliva ainda falou da importância crucial dos institutos de pesquisa. “A capacidade de traduzir conhecimentos em inovações, com foco e com atenção direta às demandas da indústria são essenciais para que haja avanço. Para isso, é fundamental que as universidades  continuem fazendo a ciência básica e aplicada, mas são os institutos de pesquisa que têm a capacidade de encontrar o foco na demanda nos projetos de C&T”, concluiu.  

     Fotografia Científica
    
Durante o evento, foi anunciado o lançamento do primeiro concurso do CNPq de fotografia científica, ciência e arte, produto inédito para a popularização do setor no Brasil, com a ampliação do banco de imagens nacional. O prêmio é voltado para a comunidade acadêmica e científica brasileira – estudantes de graduação, mestrado, doutorado, docentes universitários e pesquisadores.

     Serão 18 agraciados que dividirão o premiação de R$ 90 mil reais. As inscrições estarão abertas a partir do dia 2 de junho podendo ser feitas até 12 de agosto de 2011. A entrega do prêmio será na abertura da Semana Nacional da Ciência e Tecnologia em Brasília, no mês de outubro.