quarta-feira, 8 de junho de 2011

Palocci diz que deixa governo por causa de ambiente político. Sai para escapar

SÃO PAULO - De saída do governo, o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci afirmou hoje que decidiu deixar o governo porque seu trabalho estava sendo comprometido pelo ambiente político.

Segundo Palocci, manifestação da procuradoria-geral da República, que negou a abertura de uma investigação por causa da evolução do seu patrimônio, confirmou que ele trabalhou dentro da legalidade, respeitando os padrões éticos.

“O mundo jurídico é diferente do mundo político, que não permitiu que eu trabalhasse normalmente. Minhas atividades foram sendo progressivamente comprometidas pelo ambiente político. Se eu vim para ampliar o diálogo, saio agora para promovê-lo”, declarou.

Em um plenário lotado, Palocci arrancou aplausos de pé da plateia que acompanhava a cerimônia de transição na Casa Civil. O ex-ministro, no entanto, procurou demonstrar tranqüilidade com a saída do governo.

“Nao quero fazer deste ato um momento triste. A vida é uma luta permanente e não costumo me abater pelas pedras no caminho. Até porque fomos avisados. Havia e haverá sempre pedras na nossa caminhada. A políttica é naturalmente conflituosa e, por isso, é reservado aos librianos e, somente aos librianos, a tarefa de construir pontes”, argumentou.

Palocci ainda desejou sorte para sua sucessora, Gleisi Hoffmann, ressaltando que teve a oportunidade de trabalhar com ela na equipe de transição de governo, em 2002. Por fim, disse que sai do governo de cabeça erguida.
(Fernando Taquari | Valor)

terça-feira, 7 de junho de 2011

Da própria base aliada. É fogo amigo

Paulinho pede afastamento imedidato de Palocci

SÃO PAULO - O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, pediu, por meio de nota, nesta segunda-feira o “imediato afastamento” do cargo de ministro-chefe da Casa Civil a Antonio Palocci.

Deputado federal eleito pelo PDT, partido da base aliada do governo, Paulinho afirma que as explicações dadas por Palocci sobre o seu enriquecimento por meio da prestação de serviços de consultoria não foram suficientes.

“O imediato afastamento do ministro só trará benefícios para o País, que vive um bom momento econômico, com pleno emprego e sinais de controle inflacionário, mas começa a sentir a paralisia política do governo devido às incertezas que cercam o atual ocupante da Casa Civil do Palácio do Planalto”, diz Paulinho na nota divulgada pela Força Sindical.

Segundo o dirigente sindical, Palocci “ainda deve explicações ao povo brasileiro, visto que, sendo servidor público de alto escalão, deve servir de exemplo e ser pautado pela ética, pela transparência e pela moralidade pública”. Na nota, Paulinho diz ainda que o “povo brasileiro” “anseia por uma resposta convincente e verdadeira” por parte do ministro.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Explicação necessária e com números



Foam extremamente frágies as explicações dadas pelo chefe da Casa Civil e Deputado Federal Palocci, empresário do ramo sanitarista, sobre seu rápido enriquecimento, quando foi deputado por São Paulo. 

Seria correto que sua explicação se fundamenta-se em números  e não com respostas genericas sobre as consultorias.

As pessoas gostariam saber por exemplo, que tipo de consultorias foram feitas. As dúvidas são crescentes. Não utilizou informação previlegiada já que tinha sido ministro da fazenda e ainda mantinha seus contatos no ministério? quem era o profissionalo que realizava os estudos. Na empresa só consta ele e mais outra pessoa que nem economista era. 

Quem assinava os pareceres das consultorias?

Bastava ele mostrar uma tabela como a que aparece embaixo, com números e fluxo de caixa básico, sem comprometer a ninguém, mas mostrando quantos contratos administrava, quanto era o lucro por contrato. De que área eram as empresas em que realizava as consultorias, de qual estado da federação.

As consultorias eram sobre finanças, economia, indústria, medicina.

Se a pessoa estivesse, realmente, interessada em explicar seu enriquecimento "inexplicável" apresentaria, na entrevista, documentos, mesmo genêricos, sobre seus contratos, com números e evolução do lucro.

O Ministro optou por acreditar que os brasileiros ficaremos satisfeitos com a conversa geral que ele jogou para o jornalista de globo. Logo todo se esquece...


 investimentos
 receitas
 %
 %
 %
 %
 Lucro



























 20 milhões

quinta-feira, 2 de junho de 2011

“Metade equívoco, metade invenção” Deu no BLOG CAPITAL DIGITAL


Foi como reagiu ontem no Twitter o ministro das Comunicações @Paulo_Bernardo, às reportagens publicadas pelo portal Convergência Digital, além de outros veículos especializados no setor de TI e Telecomunicações, sobre a já encomendada exoneração de Rogério Santanna da presidência da Telebrás e a ida de Cezar Alvarez para o cargo na estatal.
Manobra que transforma definitivamente o PNBL no já chamado: “PNBTeles”.

O ministro tem todo o direito de responder e negar qualquer informação, assim como tudo o que saiu ontem na imprensa especializada pode conter uma série de “equívocos”. Jornalismo não é ciência exata, está sujeita à tudo. Inclusive a erros.

Mas “Invenção” como ele mesmo afirmou no Twitter, isso não.

Veículos especializados de TI e Telecom – ou de qualquer outro setor econômico – diferem da imprensa convencional, porque seu público alvo é altamente instruído. Não toleraria e nem perdoaria qualquer leviandade cometida, seja por conta de qualquer interesse político ou econômico. Portanto, a sobrevivência desses veículos está intimamente ligada à credibilidade.  Se perdem, não recuperam mais perante o seu público leitor.

Mas o ministro tem o direito de achar o que quiser. Entretanto, se a imprensa ‘inventou’ algo comprometedor que esteja ocorrendo nos porões do Ministério das Comunicações, então Paulo Bernardo tem de vir à público hoje e desmentir categoricamente todos os veículos que deram a informação.

Tem de prestar contas à sociedade em geral e não apenas à “militância 2.0″, sobre todos os investimentos (dinheiro do contribuinte) feitos para o governo dispor de uma rede nacional de banda larga, que agora supostamente pretende limitá-la ao papel de mero fornecedor de rede no atacado para empresas privadas, que em última instância irão transformar um projeto social num bom negócio: Venda casada de Internet com telefone e TV por assinatura.

Tem de informar se o governo abandonou ou não os objetivos preceituados no inciso IV  do Artigo 4º do Decreto nº 7.175/2010 – que definiu pelo menos uma das competências da Telebrás diante do Plano Nacional de Banda Larga e que não era somente a oferta de infraestrutura de rede no atacado:

IV – prestar serviço de conexão à Internet em banda larga para usuários finais, apenas e tão somente em localidades onde inexista oferta adequada daqueles serviços.

Quero deixar claro que não sou contra as empresas de telefonia serem parceiras do governo no PNBL. Aplaudi a decisão da GVT e TIM/Intelig, de fazerem um acordo com a Telebrás no sentido de compartilharem redes e evitar gastos desnecessários para prestar o mesmo serviço numa mesma localidade. Se as empresas tivessem um mínimo de bom senso, lá atrás teriam fechado esse acordo com o governo, no qual um grande backbone federal lhes possibilitaria chegar aonde sempre disseram que era muito caro chegar: aos mais pobres.

Ao contrário, o que fizeram foi resistir ao PNBL. Criaram um plano paralelo – com apoio do ex-ministro Hélio Costa – que custaria R$ 75 bilhões ao país. Cujo único objetivo evidente, na época, seria o de impedir o governo da sua missão social de integrar todo o Brasil com Internet. Em suma, não queriam que governo comprovasse que existe um monopólio privado no Brasil, onde por falta de concorrência o preço da Internet não cai.

A sua versão de PNBL ministro, está bem longe dos objetivos iniciais do governo. Resta saber por que o senhor ou o governo mudaram o discurso.

Caro ministro @Paulo_Bernardo, justificar os seus atos pelo Twitter à “militância 2.0″ é lícito e louvável,  mas não passa de um privilégio que o senhor concede a apenas uma pequena parcela da população brasileira: A bem vestida e nutrida.

Só não diga que os seus atos expostos pela imprensa especializada foram  ”invenções”, porque qualquer pessoa esclarecida e com um mínimo de bom senso sabe que o seu discurso difere daquilo que se almejou no PNBL original.

Muito menos reflete o pensamento de um ex-presidente que sempre pensou no país do ponto de vista dos mais pobres.

* E não usava Twitter para conversar com o povo brasileiro.