terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O amor do governo pela educação


QUE PAÍS É ESSE?


Parte de entrevista do ROMÁRIO ao jornalista Cosme Rimoli - TV Record .
- Você foi recebido com preconceito em Brasília?
Olha, vou ser claro para quem ler entender como as coisas são. Há o burro, aquele que não entende o que acontece ao redor. E há o ignorante, que não teve tempo de aprender. Não houve preconceito comigo porque não sou nem uma coisa nem outra. Mesmo tendo a rotina de um grande jogador que fui, nunca deixei de me informar, estudar. Vim de uma família muito humilde. Nasci na favela. Meu pai, que está no céu, e minha mãe ralaram para me dar além de comida, educação. Consciência das coisas... Não só joguei futebol. Frequentei dois anos de faculdade de Educação Física. E dois de moda. Sim, moda. Sempre gostei de roupa, de me vestir bem. Queria entender como as roupas eram feitas. Mas isso é o de menos. O que importa é que esta sede de conhecimento me deu preparo para ser uma pessoa consciente... Preparada para a vida. E insisto em uma tese em Brasília, com os outros deputados. O Brasil só vai deixar de ser um país tão atrasado quando a educação for valorizada. O professor é uma das classes que menos ganha e é a mais importante. O Brasil cria gerações de pessoas ignorantes porque não valoriza a Educação. E seus professores. Não há interesse de que a população brasileira deixe de ser ignorante. Há quem se beneficie disso. As pessoas que comandam o País precisam passar a enxergar isso. A Saúde é importante? Lógico que é. Mas a Educação de um povo é muito mais.
- Essa ignorância ajuda a corrupção? Por exemplo, que legado deixou o Pan do Rio?
Você não tenha dúvidas que a ignorância é parceira da corrupção. Os gastos previstos para o Pan do Rio eram de, no máximo, R$ 400 milhões. Foram gastos R$ 3,5 bilhões. Vou dar um testemunho que nunca dei. Comprei alguns apartamentos na Vila Panamericana do Rio como investimento. A melhor coisa que fiz foi vender esses apartamentos rapidamente. Sabe por quê? A Vila do Pan foi construída em cima de um pântano. Está afundando. O Velódromo caríssimo está abandonado. Assim como o Complexo Aquático Maria Lenk... É um escândalo! Uma vergonha! Todos fingem não enxergar. Alguém ganhou muito dinheiro com o Panamericano do Rio. A ignorância da população é que deixa essa gente safada sossegada. Sabe que ninguém vai cobrar nada das autoridades. A população não sabe da força que tem. Por isso que defendo os professores. Não temos base cultural nem para entender o que acontece ao nosso lado. E muito menos para perceber a força que temos. Para que gente poderosa vai querer a população consciente? O Pan do Rio custou quatro vezes mais do que este do México. Não deixou legado algum e ninguém abre a boca para reclamar.
- Se o Pan foi assim, a Copa do Mundo no Brasil será uma festa para os corruptos...
Vou te dar um dado assustador. A presidente Dilma havia afirmado quando assumiu que a Copa custaria R$ 42 bilhões. Já está em R$ 72 bilhões. E ninguém sabe onde os gastos vão parar. Ningúem. Com exceção de São Paulo, Rio, Minas, Rio Grande do Sul e olhe lá...Pernambuco... Todas as outras sete arenas não terão o uso constante. E não havia nem a necessidade de serem construídas. Eu vi onze das doze... Estive em onze sedes da Copa e posso afirmar sem medo. Tem muita coisa errada. E de propósito para beneficiar poucas pessoas. Por que o Brasil teve de fazer 12 sedes e não oito como sempre acontecia nos outros países? Basta pensar. Quem se beneficia com tantas arenas construídas que servirão apenas para três jogos da Copa? É revoltante. Não há a mínima coerência na organização da Copa no Brasil.
- São Paulo acaba de ser confirmado como a sede da abertura da Copa. Você concorda?
Como posso concordar? Colocaram lá três tijolinhos em Itaquera e pronto... E a sede da abertura é lá. Quem pode garantir que o estádio ficará pronto a tempo? Não é por ser São Paulo, mas eu não concordaria com essa situação em lugar nenhum do País. Quando as pessoas poderosas querem é assim que funcionam as coisas no Brasil. No Maracanã também vão gastar uma fortuna, mais de um bilhão. E ninguém tem certeza dos gastos. Nem terá. Prometem, falam, garantem mas não há transparência. Minha luta é para que as obras não fiquem atrasadas de propósito. E depois aceleradas com gastos que ninguém controla.
- O que você acha de um estádio de mais de R$ 1 bilhão construído com recursos públicos. E entregue para um clube particular.
Você está falando do estádio do Corinthians, não é? Não vou concordar nunca. Os incentivos públicos para um estádio particular são imorais. Seja de que clube for. De que cidade for. Não há meio de uma população consciente aceitar. Não deveria haver conversa de politico que convencesse a todos a aceitar. Por isso repito que falta compreensão à população do que está acontecendo no Brasil para a Copa.
- A Fifa vai fazer o que quer com o Brasil?
Infelizmente, tudo indica que sim. Vai lucrar de R$ 3 a R$ 4 bilhões e não vai colocar um tostão no Brasil. É revoltante. Deveria dar apenas 10% para ajudar na Educação. Iria fazer um bem absurdo ao Brasil. Mas cadê coragem de cobrar alguma coisa da Fifa. Ela vai colocar o preço mais baixo dos ingressos da Copa a R$ 240,00. Só porque estamos brigando pela manutenção da meia entrada. É uma palhaçada! As classes C, D e E não vão ver a Copa no estádio.
O Mundial é para a elite. Não é para o brasileiro comum assistir.

EDUCAÇÃO NÃO TEM LIMITES




segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Prévias não se inserem na cultura do PSDB, diz ex-presidente da sigla


SÃO PAULO – O ex-presidente  do diretório municipal do PSDB de São Paulo José Henrique Reis Lobo voltou a atacar nesta segunda-feira a realização de prévias pela legenda e disse que a sua opinião encontra respaldo em setores do partido. Na semana passada, ele causou polêmica no partido ao criticar a consulta interna para escolher o candidato a prefeito da capital paulista.

“É sintomático que a opinião que defendo venha encontrando tanto apoio de simpatizantes e eleitores do partido. Os que não concordam invariavelmente são "militantes", que, sem ter como derrubar a tese, querem desconstruí-la com agressões ao autor”, escreveu o tucano, que postou 28 mensagens seguidas sobre o tema em sua página no Twitter.

Quatro tucanos devem disputar as prévias, marcadas para 4 de março.

Lobo diz que os militantes deveriam respeitar a história do PSDB, que tradicionalmente define os candidatos a cargos majoritários por escolha da cúpula do partido, sem consultar os filiados. “Repito o que sempre disse: prévias não se inserem na cultura e na história do PSDB. Prévias não promovem a unidade do partido. Dividem-no”, opinou o tucano, que citou casos em que um dirigente da sigla definiu um candidato mesmo com a pressão de disputas internas.

Na quinta-feira,  a “Folha de S. Paulo”  trouxe artigo de Lobo em que afirma que as prévias "estão metendo o partido numa encalacrada sem tamanho".
A inciativa foi apontada por integrantes da legenda como um recado do ex-governador José Serra (PSDB), que articula contra as prévias e vem sendo cotado para a disputa, embora diga que não quer concorrer.  Outro aliado de Serra, o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, também já se manifestou de forma contrária à disputa interna.

Lobo diz não se importar se pensam que ele está a serviço de Serra, mas defende a candidatura do ex-governador como o nome capaz de dar “perspectiva de sucesso nas eleições” para o PSDB. “Serra é o nome mais competitivo, que traz perspectiva de vitória para o PSDB. Estou convencido disso. O nome dele é o melhor, apesar de ele dizer que não disputará. É decisão dele, mas acho que ele deveria reconsiderar.  Lideranças mais experientes  acham isso. Ele sabe”, afirmou ao Valor.

O ex-presidente critica a atual direção, comandada no município e no Estado por dois aliados do governador Geraldo Alckmin (PSDB), por optar, “com antecedência imprudente”, pelas prévias sem antes “construir uma candidatura que agregasse apoios dentro e fora do partido”. Segundo Lobo, o PSDB perde com isso. “Faz um tempão que o partido não fala para a sociedade. Está voltado para dentro de si mesmo (sic). Os pré-candidatos discursam para a ‘militância’”, escreveu.

Concorrem às prévias o deputado federal Ricardo Tripoli e os secretários Bruno Covas (Meio Ambiente), José Aníbal (Energia) e Andrea Matarazzo (Cultura), este último tido como favorito e nome apoiado pelo grupo de Serra na disputa interna.

(Raphael Di Cunto e Carmen Munari / Valor)

sábado, 11 de fevereiro de 2012

PT recicla mantra de tucanos sobre concessões

BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO


O debate sobre o leilão dos aeroportos faz o PT reciclar um mantra repetido por políticos do PSDB nas últimas campanhas: "Fazemos concessões, não privatizações".
Este foi o discurso usado pelos tucanos Geraldo Alckmin e José Serra para se defender da alcunha de privatistas nas eleições presidenciais de 2006 e 2010, vencidas por Lula e Dilma Rousseff.

Acusado de querer vender a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa, Alckmin usou a tática em 2006 para justificar a cessão de rodovias paulistas à iniciativa privada.

"Não é privatização, é concessão. Privatização é venda de ativo", disse ele, que chegou a vestir um macacão com logotipos das estatais para negar a intenção de vendê-las.
Em 2010, Serra reprisou o discurso ao dizer à revista "Época" que, se eleito, faria concessões de... aeroportos.

"O termo correto não é privatização, é concessão. (...) É completamente diferente de privatização. Eu defendo a concessão de aeroportos."
Agora, quando o senador Aécio Neves (PSDB-MG) capricha na ironia para saudar a entrada do PT no "mundo moderno das privatizações", o argumento tucano passa a ser ouvido de bocas petistas.

"Não dá para tratar essa concessão dos aeroportos como privatização", afirmou na quarta-feira o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
"Alguns chegam a dizer que é privatização e que estamos mudando o nome para concessão tentando mascarar um ideário", reclamou ontem o líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA).

A metamorfose também atinge os tucanos. Contrariando os presidenciáveis do partido, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) agora nega diferenças entre concessões e privatizações.

"São roupagens jurídicas do mesmo fenômeno", disse anteontem à Globo News.

Aeroportos brasileiros - Privatização ou concessão o X da questão


 Seguem três artigos, da Senadora MARTA SUPLICY, do advogado RICARDO SALLES e do  FRANCISCO LEMOS, presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina. 
O tema é sobre a privatização ou cocessão dos aeroportos brasileiros. Com relação ao primeiro artigo, da Senadora Marta Suplicy, não tem como se enganhar, ela pretende abusar da inteligência dos leitores. Para efeitos da exploração do negócio, tanto faz se o terreno é do governo e os prédios são alugados ou não, o lucro será para a empresa privada e revela a imcompetência do Estado de administrar um empreeendimento de grande porte. O Estado é bom para administrar o negocio social, Bolsa Família e demais programas de transferência de renda, ótimo. Concessão e privatização é a mesma coisa. 


Segundo o Dicionário Concessão é: dispor para que (alguém) faça uso de (um direito seu). 

O Segundo e terceiro artigo debatem sobre se a privatização (eles já aceitam que os aeroportos serão privatizados) será uma boa solução para os aeroportos. 

Leia os artigos na íntegra.





A privatização é uma boa solução para os aeroportos brasileiros?(SIM ou NÃO?).


Concessão não é venda
A política é uma arte que exige paciência e, às vezes, contorcionismo. Nesta última semana, essas "artes" ocuparam bastante espaço tanto no Senado quanto na mídia. Petistas e peessedebistas se esmeraram em dar suas versões frente à concessão dos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Viracopos.

Enquanto governo e petistas comemoravam o enorme sucesso de uma concessão importante para a Copa, a Olimpíada e o desenvolvimento do país, a presidenta era acusada de "estelionato eleitoral". Aos petistas couberam de ironias até a cobrança de mea-culpa, por fazerem o que antes criticavam.

A intenção do estardalhaço foi igualar privatização com concessão e livrar, por meio desse artifício, a pecha de entreguista e mau negociador que tem corroído as chances tucanas nas últimas eleições.

Na privatização, há transferência de patrimônio e de responsabilidade para a iniciativa privada. Esses ativos não retornam mais ao poder público. A nova empresa -fruto desse processo- toma as decisões de acordo com seus interesses. É o caso da Vale, privatizada por R$ 3,3 bilhões, valor ridículo já à época da venda. Pior foi a venda da telefonia, que tirou qualquer participação da União nas empresas, além de entregar o ouro do século 21 para mãos estrangeiras. Esqueço: sem receber um tostão na venda.

Trocando em miúdos: a privatização feita pelo PSDB é como se eu vendesse meu apartamento. Venda feita e pagamento efetuado, não tenho mais nada a receber, seja de aluguéis ou futura valorização imobiliária.

Na concessão, que é o que foi feito no caso dos aeroportos, o bem ativo não é alienado. Depois de um tempo, volta para o governo, que até então tem a propriedade de 49% das ações dos aeroportos. Essa fatia permite ao governo, como sócio, participar das principais decisões, receber aluguéis e utilizar o ganho na melhoria de outros aeroportos, para os quais seria difícil conseguir interessados.

Dá para dizer que é igual? Não dá, porque não é venda. Na concessão, o tal apartamento continua sendo meu.

Até entendo o esforço para confundir as duas ações, foco de tantas eleições. O ponto importante é que se espera que os grandes aeroportos tenham nova infraestrutura pronta para a Copa e os pequenos sejam recuperados. O bom é que devido às novas condições econômicas do país, os R$ 24,5 bilhões arrecadados, com quase 350% de ágio, não irão para pagamento de dívida, e sim para melhorias para o povo.

Teremos progresso político se, nas próximas concessões, as falas não precisarem ser distorcidas e unirmos forças para ações de qualidade e proteção à economia do país.

MARTA SUPLICY escreve aos sábados nesta coluna.


A privatização é uma boa solução para os aeroportos brasileiros?

SIM 


Privatização, ainda que tardia

Para o consumidor brasileiro, usuário dos serviços aeroportuários, pouco importa se eles serão prestados pela iniciativa privada ou pelo poder público, desde que eles sejam de boa qualidade e que os preços sejam baixos.

A experiência brasileira dos últimos 20 anos comprova que os serviços privatizados são, em regra, melhores e mais baratos do que aqueles anteriormente prestados pelo Estado.

Provas desse sucesso não faltam: a telefonia privatizada expandiu brutalmente a quantidade de linhas e a qualidade do sistema, mediante preços muito mais acessíveis ao consumidor; a Vale saltou de 11 mil para cerca de 55 mil empregos; a Embraer passou a produzir aviões de qualidade, trazendo divisas de exportação e conhecimento tecnológico; as estradas ficaram melhores e mais bem conservadas. Enfim, os tantos exemplos falam por si.

O binômio eficiência e lucro, a ser perseguido em um ambiente com competição, regulação e fiscalização efetivas, é a única saída para o estado calamitoso de nossos aeroportos, especialmente nas questões de capacidade e infraestrutura.

Ao contrário de outros setores já privatizados, é quase impossível imaginar que existirão outros aeroportos nas mesmas regiões competindo com os privatizados. Assim, para que tenhamos serviços de qualidade a preços baixos, é fundamental impor aos aeroportos privatizados um rígido regime de regulação, com metas, indicadores e sanções.

Defender a tese contrária seria ignorar o amplo histórico de desserviço público prestado pela Infraero, frequentemente envolvida em escândalos de corrupção e incapaz de atender às demandas da sociedade.

É bem verdade que a venda dos aeroportos de Cumbica, Viracopos e Brasília não pode ser considerada um caso típico de privatização, dada a indesejada participação dos fundos de pensão estatais e do BNDES. Eles, mais uma vez, colocam recursos do contribuinte onde deveria existir apenas participação privada -isso sem falar na participação da própria Infraero na composição dos consórcios.

Ou seja, deixamos o lobo tomando conta do galinheiro. No fundo, o governo tirou de um bolso para por no outro, mas isso não diminui a importância desse divisor de águas na histórica postura demagógica até então adotada pelo PT sobre as privatizações.

A sociedade brasileira só tem a ganhar com a diminuição do tamanho do Estado, sempre tão incompetente, perdulário e arrogante no trato com os cidadãos e os seus impostos.
Quanto menos empresas e cargos públicos existirem, menor a chance de captura e aparelhamento do Estado por quem estiver no poder, diminuindo o espaço para a corrupção e o desperdício de dinheiro público.

Se prevalecer o modelo de privatizações e gestão privada dos serviços até então prestados pelo poder público, maiores serão as chances da sociedade finalmente receber qualidade a preços satisfatórios.
Perdem com as privatizações apenas os grupos de lobby e de apadrinhados políticos, pois elas reduzem o espaço para as suas nomeações desprovidas de qualificação. No final, a incompetência e a má gestão resultantes são sempre debitadas na conta do contribuinte.
Que venham mais privatizações, em todas as áreas. E que elas sejam, nos próximos casos, para valer, sem participação do BNDES e dos fundos de pensão estatais, cujas negociações de bastidor estão vinculadas a muitos dos escândalos conhecidos nos últimos anos.


A privatização é uma boa solução para os aeroportos brasileiros?

NÃO

Apenas ilusão
As experiências com as privatizações em nosso país indicam que não devemos nos iludir com a solução dada para os aeroportos de Brasília, Campinas e Guarulhos, que foram a leilão na Bovespa, na última segunda-feira.

Se privatizar fosse uma boa solução, não veríamos tampas de bueiros voando nas ruas e avenidas do Rio de Janeiro, panes nos serviços de internet, subutilização de nossa rede ferroviária e muito menos apagões no fornecimento de energia elétrica.

Mesmo assim, em nenhum momento os trabalhadores -representados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pelo Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina)- foram contra a parceria com o setor privado.

O que foi questionado na mesa de diálogo com a presidência da República, através das secretarias Geral e de Aviação Civil, foi o formato da concessão/privatização decidido pelo governo federal.

Os trabalhadores aeroportuários entendem que as atividades-fim dos aeroportos -operações, segurança aeroportuária, carga aérea, manutenção especializada e navegação aérea- deveriam permanecer sob a responsabilidade da Infraero.

Não faltam argumentos para isso.
Na história da aviação, 98% dos acidentes aéreos ocorreram nos processos de pouso e decolagem. Apenas 2% ocorreram em cruzeiro.

Isso significa que a parte mais sensível dos voos acontece nos aeroportos. A sua operação não pode, portanto, ser entregue a quem não tem experiência, através da terceirização e até da "quarteirização" da atividade.

Segundo a Infraero, os três terminais atenderam juntos, durante 2011, 52.962.571 passageiros, um quarto da população do Brasil!

E a Infraero, com 38 anos de experiência, é reconhecida internacionalmente pela sua competência na operação da infraestrutura aeroportuária, além de ser a guardiã da soberania nacional.

Pelos aeroportos, além de passageiros, trafegam cargas de alto valor agregado, infectocontagiosas, vivas, explosivas e radiativas, além de numerário da Casa da Moeda e de condenados pela Justiça do Brasil e de outros países.

É evidente que era preciso tomar providências com relação aos nossos aeroportos.
A ascensão social promovida pelo governo do ex-presidente Lula fez com que as classes C e D trocassem as viagens de ônibus pelos voos da aviação civil. Hoje, acredita-se que mais de 50% dos bilhetes aéreos são adquiridos por passageiros dessas classes sociais.

Agora, realizada a concessão, o Sina assume o compromisso de monitorar os três aeroportos -especialmente nas atividades-fim-, de olho na segurança de milhões de vidas humanas e para impedir que as classes C e D retornem às estações rodoviárias.

Cabe à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) fiscalizar os serviços aeroportuários. Infelizmente, até hoje ela fez muito pouco, e a esperança de vê-la agindo com competência e eficiência é muito pequena.

Mesmo contrariados com a solução escolhida pela presidenta Dilma Rousseff, os trabalhadores/as seguem adiante, escorados por acordos e compromissos estabelecidos com a presidência da República e com a Infraero.

Seguiremos também buscando medidas judiciais que questionem todo o processo de concessão.


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Leitura de fim de semana - Confissões Privadas.


CONFISSÕES PRIVADAS: O QUE ELES NÃO  HAVIAM OUÇADO FALAR (E MENOS A SUA MULHER)

 De: YAZMIN ALESSANDRINI

 

MUCHO SE DICE DE DE LA PREDILECCIÓN DE LOS HOMBRES POR LLEVAR SIEMPRE EL CONTROL DE LA SITUACIÓN, SE HABLA DE SUS FUERTES Y EQUILIBRADAS EMOCIONES EL HOMBRE, COMO LOS CÁNONES MARCAN, DEBE TENER CIERTA MEZCLA DE INTELIGENCIA Y RUDEZA; LO QUE PUEDE LLEVARLO A CONSTRUIRSE UNA IMAGEN DE MUJERIEGO E INFIEL SIN EMBARGO, AUNQUE PAREZCA INCREIBLE NECESITAN MÁS TERNURA Y CARIÑO DE LO PODEMOS IMAGINAR: DETRAS DE ESA CORPULENTA ARMADURA HABITA UN SER .