domingo, 20 de maio de 2012

Aí está a explicação...


A explicação não demorou muito. A única razão pela qual o pecuarista e capixava, deputado Zé Geraldo fez todo esse carnaval de denuncias sobre a UFOPA foi para distrair a atenção da invasão que a Polícia Federal fez na Incra de Santarém.

O Deputado, que nunca tinha frequentado uma universidade, parecia dirigentes estudantil. Vestiu um terno e foi para audiência com o Ministro de Educação para obter o golpe que está planejando contra a Reitoria da UFOPA.

Vamos ver no que da.....

Por enquanto veja aqui a postagem do BACANA.


A Polícia Federal invadiu hoje o Incra de Santarém, comandado pelo PT.

É que na época do superintendente Luciano Brunet há acusações de contratos fraudulentos para repasses aos assentados de terra.

Hoje Brunet é vice presidente nacional do órgão.

Dizem, 50 milhões foram desviados.


Lula gastou e a Dilma tem que arrumar a casa, e quem paga a conta?



O governo Lula surfou uma década na economia da abundância. Quando todos queriam poupar para o futuro Lula recomendou gastar muito, ir às compras. Cada ano repetia o anterior. Contra toda recomendação monetarista o governo gastava sem limites. Os bancos com as melhores taxas de juros para enriquecer banqueiros e industriais.

Benditas commodities, só isso nos encheu de divisas, aplicadas, principalmente em investimentos sociais.

O resto da América Latina crescia menos e poupava muito. Ruim porque não desfrutaram da onda de bonança da economia mundial, que gerou um estoque de dólares que aí estão. Podemos viver uma estagnação com inflação.

A previsão de crescimento para o Brasil diminui cada dia, já está nos 2,5% e pode ainda crescer menos, além do mais, existe uma tendência de reprimarização da economia,  da qual Brasil não escapa e, especificamente no Brasil, a falta de planejamento do passado, tem feito com que a economia tenha perdido competitividade.

Os planos se sucedem, mudam de nome, mas tudo continua muito parecido. A Política Industrial, Tecnológica e de Comercio Exterior (PITCE), depois a Política de Desenvolvimento Produtivo e hoje temos a Política Industrial Brasil Maior. Vamos ver qual será o próximo Plano, já que terá que haver outro para dar resposta a crise da Europa, que terá seus efeitos nos países emergentes.

Hoje é o dia........

Felipe Iluminati anuncia forte terremoto na Itália para hoje 20 de maio de 2012

O trânsito na Av. Cachoeira lento, congestionado, nenhum motorista quer avançar

CPI do Cachoeira é a mais lenta em 20 anos

Com potencial para envolver parlamentares e três governadores, a CPI do Cachoeira chega a quase um mês de existência com a marca de comissão mais lenta dos últimos 20 anos entre as destinadas a investigar corrupção.

A Folha analisou outras dez grandes comissões de inquérito criadas desde a CPI do Collor (1992). Nunca antes, em seus primeiros 15 dias de trabalho (descontados fins de semana, feriados e recessos), uma comissão ouviu tão poucos envolvidos e demorou tanto para tomar seu primeiro depoimento público.

Durante a semana a CPI foi alvo de acordo entre governo e oposição para restringir o alcance das investigações.

A primeira tomada de depoimento público, do empresário Carlinhos Cachoeira, está marcada para terça-feira. A previsão inicial era que ocorresse na semana passada, mas os advogados de Cachoeira conseguiram no Supremo suspender a sessão alegando que não haviam tido acesso ao processo. Mesmo que o empresário tivesse dado o depoimento, o cenário da CPI em relação a comissões anteriores não mudaria.

Ainda que sejam contabilizados os depoimentos secretos dos delegados responsáveis pelas operações Vegas e Monte Carlo, a produtividade do caso Cachoeira é muito menor que outras. Em média, no mesmo período, as outras CPIs já tinham realizado oito depoimentos.

A CPI dos Bancos, criada em 1999 para investigar o auxílio oficial dado ao banqueiro Salvatore Cacciola, já tinha ouvido 17 pessoas. A do Banestado, que apurou um esquema ilegal de envio de dinheiro ao exterior, tinha feito 12 oitivas em duas semanas.

Mesmo as CPIs que contaram com blindagem mais explícita para conter maiores estragos ao Palácio do Planalto, como a dos Cartões Corporativos (2008) e a da Petrobras (2009), foram mais céleres em suas primeiras semanas de atividade, com seis e sete depoimentos, respectivamente.

O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), diz que a comissão é atípica porque o "trem já estava andando" --a CPI nasceu de uma operação da Polícia Federal. "A comissão está num ritmo adequado", disse. "O governo está usando um rolo compressor", diz o deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), eximindo de responsabilidade a oposição, que atua para impedir a convocação do governador tucano Marconi Perillo (GO).

Até quarta, a CPI do Cachoeira também se notabilizava por ser a que menos havia aprovado requerimentos. Na quinta, uma série de pedidos de convocação e quebras de sigilo foi aprovada. Ainda assim, o número de requerimentos derrubados não tem precedentes: 64 só na quinta. 
UOL

sábado, 19 de maio de 2012

De cada 100 brasileiros, 65 desconhecem a Internet


Quando a maioria dos avanços alcançados pelas tecnologias de Informação e Comunicação se medem em meses e até em dias, no Brasil se medem em décadas. 

Convergência Digital. 

Um terço dos domicílios brasileiros tem acesso à Internet, um avanço considerável frente aos 10% medidos há uma década. Mas usar a rede ainda é algo essencialmente restrito aos mais prósperos e de maior escolaridade. Afinal, de cada 100 brasileiros com mais de 10 anos de idade, 65 desconhecem a Internet. 

Dez anos depois de apresentar seu Mapa da Exclusão Digital, a Fundação Getúlio Vargas divulgou nesta quarta-feira, 16/5, um novo Mapa da Inclusão Digital – elaborado em parceria com a Fundação Telefônica. Ele demonstra que a 6ª maior economia do planeta, o 5ºo maior mercado de celulares e o 3º de computadores continua com um imenso fosso digital.

Nos termos da pesquisa apresentada pelo economista-chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV, Marcelo Neri, vale dizer que 90% das residências da classe A têm computador e conexão, realidade presente apenas em 2,5% das casas da classe E. A concentração é enorme. De cada 10 lares com computador e acesso, 7 acomodam os brasileiros mais ricos.

"A brecha digital preocupa não apenas porque a distância de oportunidades e de resultados entre providos e desprovidos de acesso à Tecnologia de Informação e Comunicação tende a aumentar numa época de forte inovação tecnológica, mas pela oportunidade de diminuir esta mesma desigualdade através de ações que melhorem a distribuição da quantidade e a qualidade do acesso digital", sustenta o estudo.

Não surpreende, portanto, que desigualdade semelhante seja verificada entre os estados da federação. “Se dividirmos os rankings de acesso em duas partes, na primeira, antes da 11a posição, enxergamos todos os estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Na segunda parte deste mesmo ranking, encontramos os estados do Norte e Nordeste”.

A análise com base em municípios persegue a mesma lógica. São Caetano, em São Paulo, é a cidade com maior índice de acesso 74%, seguida por Vitória-ES, Santos-SP, Florianópolis-SC, e Niterói-RJ, “que estão incluídos não por coincidência entre as cinco cidades mais classe AB do país”, diz o Mapa da Inclusão Digital.

Ou ainda: Vitória (80,6%) é a líder das capitais por acesso domiciliar por banda larga, seguida de Florianópolis (77%). Elas são as capitais com maior proporção de classes A e classes AB seguindo o ranking da FGV. Em Boa Vista e Macapá, onde o acesso por banda larga é de desprezíveis 0,36% e 1,69%, lideram o acesso domiciliar discado com 35,4% e 22%,

Desconexão e desinteresse
É quase certo que parte das conclusões do estudo serão usados como álibi pelas operadoras de telecomunicações do país: de que o custo não é o maior impeditivo ao acesso, mas sim o desinteresse, demonstrado por 33,1% dos sem Internet. Em seguida, 31,4% dos excluídos não utilizam porque não sabem. O custo do computador seria o fator excludente em apenas 1,76% dos casos – e o custo da utilização da conexão menos ainda, 0,40%.

O próprio estudo destaca, no entanto, que os números podem levar a uma conclusão apressada sobre o efeito custo no impacto geral. “Interessante é notar que, embora tenhamos constatado que o preço não é o principal impeditivo para o acesso à Internet, justamente a renda estadual parece ditar as posições do ranking estadual e municipal de uso”.

De acordo com o Mapa da Inclusão Digital, "seria possível que, ao possuir baixa renda, o indivíduo não enxergue a importância de ter a Internet como uma alavanca para suas outras habilidades, o que aumentaria a sua produtividade e consequentemente sua renda".

E, ainda, que "se a pessoa não tem acesso a microcomputador, não seria porque ela não tem renda, na maior parte dos casos? Portanto, antes de ela não ter acesso a microcomputador ela não imagina que o custo é elevado demais para que ela possa ter tal acesso?" Conclusão: "A metodologia da pesquisa força a pessoa a tratar as alternativas como independentes, mas o fato é que elas podem se apresentar por demais dependentes".

Mais uma do DNPM Pará



REPÓRTER DIÁRIO - RD - 19/05/2012

Embargo. 
Além de um inquérito instaurado na Polícia Federal para investigar as irregularidades no Departamento Nacional de Política Mineral  (DNPM), acaba de aterrizar no Ministério Público Federal (MPF) a cópia de fiscalização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) que acionada por ONG´s de Altamira, embargou e atuou a ÔNIX Mineração, flagrada operando com licença concedida pelo departamento federal, com assinatura de João Bosco, sem a licença ambiental da secretaria estadual, o que configura crime, da mesma forma. 


quinta-feira, 17 de maio de 2012

Chile: educação pública, gratuita e de qualidade.



Quando a UNE (chapa branca do Governo Federal) levou às ruas estudantes para protestar pela miserável educação brasileira -que mantem a centos de milhares de jovens na mais absoluta ignorância-, depois de uma década de governo?. Entenda o caso da educação chilena, país que tem um dos melhores níveis de educação da América Latina e ainda assim os estudantes lutam por mais educação e de melhor qualidade. Educação pública e gratuita. 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Expansão do dendê pela Amazônia gera problemas


Maior produtor de dendê do país, o estado do Pará é o principal parceiro do governo federal na implantação do projeto de expansão da dendeicultura na Amazônia. As estimativas de crescimento são desencontradas: o ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Reinhold Stephanes, hoje deputado federal (PSD-PR), chegou a falar em 10 milhões de hectares, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Agroenergia fala em 1 milhão, o governo paraense fala em 210 mil até 2014, e as empresas falam em 135 mil hectares de dendê até 2015.

Independentemente dos números, o plano do governo é fazer o máximo esforço para garantir a participação (e o trabalho) da agricultura familiar nessa nova empreitada. O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) estimou que 800 famílias estariam integradas ao cultivo do dendê até final do ano passado. Já o governo do Pará aposta em 13 mil até 2014. Como o dendê tem uma vida muito curta após a colheita – tem que ser processado em 24 horas para que não haja degradação das enzimas -, a lógica para o novo negócio da agricultura familiar é a integração com uma grande empresa (como acontece com os produtores de aves e fumo na Região Sul, por exemplo). Em contrapartida, a promessa do governo é que os ganhos de uma família com a dendeicultura cheguem a R$ 2 mil por mês, depois dos quarto mês de vida da palmeira, quando ela começa a produzir.

O pacote de “boas intenções” não encontra, porém, um equivalente na realidade do campo, como se verificou na comunidade do Ramal km 16 da Rodovia PA-252, na região do Baixo Acará, município de Acará (PA).

Era julho e fazia muito calor. Marcos Teixeira dos Reis, com seus 30 e poucos anos, estava em casa. Sua mulher, agente comunitária de saúde, estava em atividade externas. Os dois compõem um dos núcleos familiares que tomou um empréstimo de R$ 65 mil para plantar 10 hectares de dendê em parceria com a Biovale, uma das maiores empresas de dendê no Pará criada a partir de uma joint venture entre a mineradora Vale SA e a empresa canadense Biopalma.

Marcos acredita cegamente na promessa de renda de R$ 2 mil a partir do 4° ano do dendê. Mas, pelo menos até aquele momento, as coisas estavam apertadas. Sozinho no trabalho de campo, calculava que teria de contratar mais dois ou três ajudantes para formar o dendezal, roçar o mato e cuidar do plantio. Com o contrato com a Biovale, veio também um financiamento de R$ 500 mensais do banco (parte do programa de dendê para a agricultura familiar), mas este dinheiro de longe não é suficiente para garantir o sustento da família e ainda pagar uma ajuda na lavoura. “A esperança é que eu consiga um trabalho na construção civil para pagar os diaristas. Infelizmente, não sobrará tempo para tocar a roça de mandioca e urucum”, únicas fontes de renda, lamenta.

O que Marcos não contou, todavia, é que todo o trabalho dos últimos meses no plantio do dendê havia sido em vão. Foi sua vizinha, Jucimara da Conceição, quem revelou o drama do casal. Também parceira da Biovale, ela conduziu a reportagem até a área de roça. “Estão vendo essas mudas de dendê no meio do matagal? São do Marcos. Só que ele plantou no nosso terreno, por descuido. Vai ter que arrancar tudo e replantar. Coitado”.

“Aquele amontoado de muda sobrou do último plantio porque ele simplesmente não deu conta”, completou Jucimara. Sem dinheiro e contando apenas com a própria força de trabalho, Marcos enfrenta dificuldades para fazer os tratos que o cultivo do dendê exige nos primeiros anos de vida (limpeza, adubação e poda), sob pena de ver a produtividade de suas palmeiras sensivelmente prejudicada no futuro. “Olha só o mato alto. É preciso no mínimo três pessoas trabalhando duro todos os dias pra tirar. E aí, quando chove, cresce tudo de novo. Sem trato, o dendê não produz. Sem produção, não tem dinheiro pra viver e pagar as dívidas. Não sei o que vai ser desse menino”, comentou a vizinha.

Mas Jucimara e seu marido Walmir Matias não estavam em uma situação muito melhor. Receberam as mudas da Biovale sem ter contratado o empréstimo no Banco da Amazônia (Basa) porque têm uma pendência de R$ 12 mil de um financiamento anterior do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), contratado em 1994. “Na época, plantamos laranja, mas um incêndio queimou tudo. Depois, plantamos coco. E também não deu certo”. De acordo com ela, a Biovale adiantou R$ 1,5 mil, as mudas e o adubo, e fez uma nota promissória de tudo. A empresa também ficou com a documentação da terra, apesar de não ter feito nenhum contrato formal de parceria com a família.

Sem condições de trabalhar sozinho no roçado, Walmir foi procurar serviço de pedreiro na Biovale para pagar dois ajudantes para limpar o dendezal. As parcelas mensais de R$ 500 que recebem da empresa são divididas entre o casal e seus dois ajudantes. “Não é nada para quatro pessoas. Estamos nos endividando sem saber como vamos fazer para pagar. É uma situação que Deus me livre”, desabafou a agricultora. Tanto que o plano era vender a casa da família para quitar a antiga dívida do Pronaf e pagar a Biovale. Depois disso, tentariam um empréstimo junto ao Basa.

Contextualização

A institucionalização do dendê (ou palma) na Amazônia como matéria-prima para biodiesel, no âmbito do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), ganhou mais consistência a partir de três iniciativas do governo federal levadas a cabo ainda em 2010: a publicação do Zoneamento Agroecológico da Palma, a proposição de um projeto de lei para regulamentar aspectos ambientais da dendeicultura, e um programa de incentivos para a produção de palma – o Programa de Produção Sustentável de Palma de Óleo -, com itens dedicados à inclusão da agricultura familiar na cadeia produtiva.

Este conjunto de medidas transformou o dendê em uma das estrelas do programa agroenergético do MDA. No Pará, Estado com a maior produção do país, foi criado um dos chamados “Pólos de Produção de Biodiesel” – principal estratégia da pasta para promover a inclusão de agricultores familiares na cadeia de produção do biodiesel –, abrangendo 37 municípios prioritários para investimentos na dendeicultura. Paralelamente, o governo criou uma linha especial de financiamento para o dendê (Pronaf Eco), direcionou a regularização fundiária, por meio do programa Terra Legal, para os potenciais produtores de dendê (dada a importância da titulação das terras para o acesso ao crédito), e tem participado ativamente das negociações, junto ao setor empresarial, das condições para a expansão de iniciativas na área.

O Pará conta com várias empresas instaladas. Juntas, ocupam cerca de 80 mil hectares de dendê. Quanto aos projetos de expansão, a Agropalma, a maior e mais estruturada delas, quer chegar a 51 mil hectares até 2015. No mesmo período, a Denpasa quer chegar a 10 mil hectares, e a Dentauá deve manter estáveis os seus atuais 5,6 mil hectares. A Marborges quer cultivar 5,5 mil, e a Palmasa, 5 mil hectares.

As empresas que chegaram mais recentemente ao Estado têm planos mais audaciosos. A Biovale – joint-venture da canadense Biopalma com a mineradora Vale –, que iniciou seus cultivos em 2008, pretende chegar aos 80 mil hectares em 2016. A Petrobrás fala em 70 mil hectares até 2018, e a multinacional norte-americana ADM estabeleceu como meta começar com 21 mil hectares já no ano passado.

É importante frisar, no entanto, que, devido à grande demanda das indústrias alimentícia e de cosméticos para o óleo de dendê, apenas a Agropalma (entre todas as empresas que atuam no Pará) destinou, até meados de 2010, uma pequena porcentagem da sua produção ao biodiesel. Isso significa que o sucesso do projeto agroenergético do governo dependerá, pelo menos no curto prazo, dos novos empreendimentos. E este fator deve definir, em grande medida, como agricultores familiares e trabalhadores rurais se encaixarão na cadeia produtiva da dendeicultura.

Por Verena Glass
Fonte: Repórter Brasil*

O texto faz parte do Especial “Mapa Social” divulgado hoje pela Repórter Brasil e que apresenta reportagens que tratam de cada uma das cinco regiões do país sob perspectivas singulares e, ao mesmo tempo, complementares.

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Empresas. Coco seco será incluído na lista de exceção da TEC



Com o iminente fim da salvaguarda às importações de coco seco, marcado para o fim de agosto, e com um setor produtivo nacional ainda frágil, a Câmara do Comércio Exterior (Camex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) vai incluir o produto na Lista de Exceção da Tarifa Externa Comum (Letec), elevando a alíquota de importação do coco seco de 10% para 55%.

A medida deverá ser publicada no dia 1º de setembro e sua aplicação atingirá todos os países exportadores de coco. Em 31 de agosto termina o prazo de aplicação das medidas de defesa comercial adotadas pelo governo brasileiro em 2002, que limitam o volume de coco seco que pode ser importado. De 1º de setembro de 2011 a 31 de agosto de 2012, o máximo estabelecido foi 6 mil toneladas. Atualmente, as salvaguardas protegem a produção nacional contra o produto mais barato proveniente, sobretudo, de Malásia, Indonésia, Filipinas, Sri Lanka, Tailândia e Vietnã.

Com as novas tarifas, as importações serão desestimuladas. "Não sou contra a importação, sou contra a concorrência desleal. Não é justo que um país cujo salário médio no campo é de US$ 33 e sem benefícios, consiga exportar para cá", afirmou Francisco Porto, presidente do sindicato dos produtores, Sindcoco, referindo-se às condições de trabalho nos países exportadores do sudeste asiático. Porto acrescenta que alguns governos subsidiam a produção, e assim, o preço do produto importado chega no Brasil muito abaixo do que custa para o produtor local.

De janeiro a abril deste ano, o Brasil importou 3,2 mil toneladas de coco seco, ao custo de US$ 8,3 milhões. Em 2011, no mesmo período, o volume adquirido foi de 1,3 mil toneladas, por US$ 3,3 milhões. O forte aumento decorreu de uma antecipação de compras pelos importadores para fazerem estoque, já que as salvaguardas seriam suspensas.

Em 2006, quatro anos depois do início da salvaguarda, o prazo de limitação das importações foi prorrogado novamente pela Camex por mais quatro anos. Em julho de 2010, a Camex emitiu a Resolução nº 51, com uma nova prorrogação da medida de salvaguarda até 31 de agosto de 2012. Uma fonte da assessoria técnica da Camex informou que não será mais possível obter uma nova prorrogação da medida, já que o período de salvaguarda já atingiu o prazo máximo permitido pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

As empresas nacionais do segmento apoiam o aumento da tarifa de importação e criticam a "avalanche" de produtos importados. De acordo com executivos da área, a alíquota servirá para proteger o pequeno produtor nacional, preservar o mercado existente e "não exportar emprego". "O que vem de fora não concorre nas mesmas condições com o que produzimos aqui", argumentou Luiz Carlos Barboza, diretor da Coco do Vale - uma das maiores produtoras do país.

Paulo Roberto Maya Gomes, diretor comercial da Sococo, líder do mercado, afirmou que os preços aplicados no varejo devem se manter estáveis. O mercado já está acostumado a praticar esses preços, afirma ele, "e não vai ter inflação". O preço sugerido ao varejo de um pacote da marca com 100 gramas de coco puro varia entre R$ 2,80 e R$ 3.

O Sindcoco também está fazendo lobby para que o governo imponha um padrão mínimo de exigência na qualidade para que um país possa exportar para o Brasil. O sindicato alega que as condições de higiene dos produtos importados são piores do que os nacionais, e, por isso, o governo deveria aplicar algumas regras para os exportadores.

Segundo Porto, o ideal seria que o governo brasileiro criasse uma regra para inspecionar as indústrias que exportam para o Brasil. "É como as casas de controle de qualidade americana: quando a empresa brasileira exporta para os Estados Unidos, precisa passar pela avaliação do governo americano", disse Porto.

Por Leticia Casado e Tarso Veloso | De São Paulo e Brasília

TSE reduz multa contra Lula por propaganda antecipada



BRASÍLIA - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu reduzir de R$ 900 mil para cerca de R$ 21 mil uma multa aplicada ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por propaganda antecipada nas eleições de 2006.

O PSDB entrou com uma representação contra Lula na Justiça Eleitoral reclamando da edição, pela Casa Civil da Presidência da República, de um tabloide de 36 páginas com o título “Brasil, um país de todos”, em dezembro de 2005. O PSDB argumentou que se tratava de “intensa publicidade das realizações do governo federal.”

Ao analisar o caso inicialmente, o TSE havia imposto a Lula uma multa de R$ 900 mil — equivalente ao custo estimado da confecção de 1 milhão de exemplares do tabloide. A defesa de Lula recorreu e, esta noite, os ministros decidiram reduzir o valor, aceitando o argumento de que a multa era desproporcional. A decisão foi tomada por maioria de quatro votos a três.

(Maíra Magro | Valor)

Para Netinho, aliança entre PT e PCdoB em São Paulo "não é o ideal"



Em meio a cortejos do PT, PMDB, PRB e PDT, o pré-candidato do PCdoB à Prefeitura de São Paulo, vereador Netinho de Paula, disse nesta segunda-feira que a aliança com os petistas "não é o ideal". Netinho acenou com a possibilidade de retirar sua pré-candidatura e disse que as conversas com o PMDB "estão muito avançadas". O pré-candidato afirmou ainda que se não for candidato, não será vice.


"Ou eu serei candidato ou vou ceder [a vice] para ganhar tempo de televisão", afirmou Netinho. O pré-candidato destacou as conversas do PCdoB com o PMDB, PRB e PDT e deixou em segundo plano a negociação com o PT, feita pela cúpula nacional de seu partido. "Defendo o fortalecimento de uma terceira via. A polarização [entre PT e PSDB] em São Paulo é muito antiga", comentou.

Netinho reuniu em um evento na noite desta segunda-feira o pré-candidato do PMDB, deputado federal Gabriel Chalita, e o pré-candidato do PRB, Celso Russomano. No lançamento do site do vereador e pré-candidato do PCdoB participaram também parlamentares do PT e PSD.

Duas das estrelas do evento foram os deputado federal Protógenes Queiroz (SP) e o ex-ministro Orlando Silva, ambos do PCdoB. Protógenes puxou o coro de "peredeguedê" no evento, em um bar de São Paulo.

À frente das negociações das alianças políticas na capital, o ex-ministro Orlando Silva reforçou a proximidade do PCdoB com o PMDB, mas disse que o partido poderá manter a pré-candidatura de Netinho.

Na capital, a relação política entre PT e PCdoB se desgastou a partir das denúncias contra Orlando Silva, que levaram à sua queda do Ministério dos Esportes, e com críticas feitas pela bancada de vereadores petistas à entrada do PCdoB na gestão Gilberto Kassab (PSD).

Orlando Silva lembrou-se desses dois casos. "Faço política com a razão e tenho a consciência tranquila. Evidentemente que aqui e ali a gente fica triste quando se depara com o fogo amigo. Mas é da vida. Eu tenho a consciência limpa, mas não sei se todo mundo tem", afirmou Silva. "Mas não vamos pautar a discussão a partir do ministério dos Esportes nem vamos nos pautar pelas dificuldades que tivemos na Câmara dos Vereadores com a bancada do PT", disse.

No evento, o pré-candidato do PRB fez uma homenagem ao ex-ministro ao discursar. Russomano elogiou também Protógenes,como "um exemplo de inovação".

(Cristiane Agostine | Valor)

terça-feira, 15 de maio de 2012

Grécia deve marcar novas eleições antes de 10 de junho

ATENAS E BRUXELAS - Os líderes dos principais partidos gregos, juntamente com o presidente do país, Karolos Papoulias, devem decidir o quanto antes pela formação deum governo interino que marque novas eleições para antes do dia 10 de junho, previsto anteriormente. A pressa acontece por causa da pressão de membros União Europeia, que ameaçavam expulsar a Grécia da EU, e também devido à queda do índice Stoxx Europe 600 ao nível mais baixo desde dezembro de 2011, nesta terça-feira, puxado pela incerteza política vigente no país. O índice caiu 0,7%, chegando a 245,76 pontos. O euro também teve queda de 0,8%. 

“Sabemos que o povo não deseja novas eleições, mas, sim, um governo de coalizão que mantenha o país na zona do euro”, afirmou Evangelos Venizelos, líder do partido socialista Pasok. No entanto, todas as quatro tentativas para formar esse governo conjunto, envolvendo os partidos mais votados nas eleições de domingo, 6 de maio, falharam, o que obrigou a convocação de novas eleições.

“Uma segunda votação na Grécia significa que o país está em vias de deixar a zona do euro”, disse Fredrik Erizon, diretor do Centro Europeu para Política Econômica Internacional (Ecipe, na sigla em inglês), em Bruxelas.

Pesquisas de opinião apontam vitória do partido de esquerda Syriza, o que compromete a situação da Grécia perante os membros da UE. Seu líder, o jovem parlamentar Alexis Tsipras, afirmou que a legenda é contra as medidas de austeridade, impostas pela união para manter a ajuda financeira à Grécia e o país na zona do euro.

(Bloomberg)

A jovem que com 6 meses já paga seus investimentos

Em menos de 6 meses a Secretaria de Indústria Comércio e Mineração - SEICOM, que tinha sido extinta no Governo Ana Julia, recriada no atual governo, já está dando seus frutos. A primeira taxa pelo acompanhamento da exploração mineral já foi paga. Veja a nota do Repórter Diário abaixo, logo virão outras.


" A norueguesa Norsk Hydro é a primeira mineradora a pagar a taxa sobre a extração de minérios em todo o Pará, cumprindo o que determina o decreto que regulamentou a lei 7.591/2011, instituindo a Taxa de Controle, Acompanhamento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários (TFRM), além do controle e fiscalização das atividades do setor."

Segundo informação de fontes próximas à empresa, o valor arrecadado foi de R$885 mil reais.





segunda-feira, 14 de maio de 2012

A última floresta


Morar em vários países ajuda a ser promovido. No Brasil não é regra.

Se você crê que um período de trabalho no exterior pode lhe garantir um cargo mais elevado, comece a arrumar as malas.

Agora que o processo de levar um produto ao mercado envolve uma rede cada vez mais mundial de comercialização, gerentes que disputam cargos executivos devem estar dispostos a trabalhar no exterior por vários períodos. Esses profissionais com experiência em dois ou três países estão em alta demanda, pois o tempo passado no exterior amplia sua capacidade de administrar operações complexas e interligadas — habilidades que não podem ser desenvolvidas na sede da empresa ou num período breve no exterior, dizem recrutadores e gerentes de recursos humanos.

"Não há nada como estar no próprio local para ver a realidade de como o negócio realmente funciona", diz Tom Kolder, presidente da firma de recrutamento de executivos Crist|Kolder. "Temos visto isso passar de 'seria uma vantagem' para 'é essencial'".

No passado, enviar um executivo para o estrangeiro sinalizava que ele não era mais vital para as operações do dia-a-dia, diz James Hertlein, diretor administrativo da Boyden, firma de recrutamento de executivos. Agora, sete em cada dez clientes pedem experiência internacional ao procurar executivos de alto escalão ou membros do conselho; e, desses sete, cerca de metade começou recentemente a exigir vários anos de experiência em diversos países, estima Hertlein.

À frente dessa mudança estão os diretores-presidentes que desejam ter uma equipe na sede com experiência prática em administração em quase qualquer parte do mundo, desde encontrar parceiros locais até prever as preferências dos clientes.

À medida que a Xerox Corp. transferia suas divisões de design, fabricação e fornecimento para parceiros no exterior, os empregados com experiência em várias regiões do mundo tornaram-se os mais adequados para administrar essas parcerias — por exemplo, supervisionando um produto desde os estágios iniciais de fabricação na China até o lançamento para clientes de varejo no Brasil, diz Tom Maddison, diretor de recursos humanos da Xerox.

"Agora já não tem mais valor estar em Nova York gerenciando operações no exterior", diz ele.

Assim, quando a empresa precisou de um novo diretor financeiro, pediu aos recrutadores que encontrassem candidatos com "ampla experiência mundial no setor". Tradução: quando se trata de períodos de trabalho no exterior, "quanto mais, melhor", diz Maddison.

A equipe que buscava um diretor financeiro encontrou o executivo Luca Maestri, italiano de nascimento que já morou em mais de seis de países — inclusive Brasil, Irlanda e Tailândia — a serviço da General Motors Co. e da Nokia Siemens Networks. A Xerox nomeou Maestri seu diretor financeiro no início de 2011.

Quando veteranos em trabalhos no exterior como Maestri estão na sala, as discussões na sede da empresa, no Estado americano de Connecticut, logo passam das grandes ideias para os detalhes específicos — por exemplo, como uma dada faixa demográfica se comporta na Índia, ou qual diretor-presidente brasileiro seria melhor chamar para um dado projeto, diz Maddison. E acrescenta que esses executivos não só sabem conduzir os negócios como também quem se deve contatar.

Ter experiência no local também pode reduzir o risco de uma empresa incorrer em problemas com subornos e pagamentos por baixo da mesa, que são "bastante comuns" em alguns países em desenvolvimento, observa Kolder. Por ter experiência no país, um executivo pode identificar onde essas armadilhas podem ocorrer, e garantir que haja controles em ação para evitá-las, diz ele.

Na Xerox, os executivos com experiência mundial trazem suas redes de contatos pessoais para a empresa. Mas o importante é ter acesso ao conhecimento que eles têm dos locais, e não usar a sua influência, ressalta Maddison. "A influência é uma ladeira escorregadia, e é preciso ter cuidado", diz ele.

A Idex Corp. também queria alguém com experiência internacional significativa quando substituiu um membro do conselho que se aposentou no ano passado. A fabricante americana de produtos industriais e de tecnologia escolheu Tony Satterthwaite, executivo da área de energia, que já havia passado quatro anos no Reino Unido e cinco anos em Cingapura chefiando a divisão de geração elétrica da Cummins Inc.

Embora os membros ativos do conselho tivessem alguma experiência internacional, Satterthwaite conhecia os "detalhes sinistros" da formação de canais de distribuição, navegação pelos processos regulatórios e compreensão do papel do governo, diz o diretor-presidente Andrew Silvernail.

Silvernail reconhece que essa nova exigência tem um custo pessoal alto para os executivos, que podem não se animar a mudar a família para o exterior duas vezes ou mais. Ele mesmo nunca morou no exterior, mas diz que teria feito isso se seus chefes tivessem pedido. Contudo, passar mais que cinco ou seis anos fora do país teria sido um sacrifício demasiado grande.

"Para mim, pessoalmente, seria muito difícil, porque tenho uma família muito unida", diz ele.

Alguns críticos dizem que contratar candidatos em função do seu currículo global traz nômades, e não líderes. O trabalho no estrangeiro recompensa o funcionário por retornos de curto prazo e não por resultados duradouros, diz Brian Kropp, diretor administrativo da Corporate Executive Board, empresa de pesquisa e consultoria. Em vez disso, ele recomenda mandar os executivos para outrospaíses em viagens longas, de até duas semanas a cada mês.

Na Xerox, onde oito de cada dez executivos do alto escalão são promovidos de dentro da empresa, as estrelas em ascensão fazem rotação em períodos no exterior de dois a quatro anos, de modo que precisam passar por esse "teste decisivo" informal bem antes de serem candidatos a cargos executivos, diz Maddison.

O atual presidente da divisão de tecnologia da Xerox, Armando Zagalo de Lima, é fruto dessa preparação. O executivo, português de nascimento, tem ocupado sucessivos cargos no exterior há 22 anos, com passagens pela Bélgica, Reino Unido e Espanha. Trabalhando agora na sede, em Connecticut, o executivo de 53 anos supervisiona mais de 160 países e é diretamente subordinado à diretora-presidente Ursula Burns.

Os anos de estrada o treinaram nos detalhes mais sutis dos negócios em vários mercados, mas ele diz que sua esposa e seus dois filhos sofreram com as constantes mudanças de país. Mesmo assim, ele diz que teria disposição para fazer tudo de novo.

"Posso me ver facilmente vivendo no Brasil. Posso me ver morando no México", diz ele. "Se isso acontecer, poderia ser emocionante."


Por LESLIE KWOH


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