segunda-feira, 11 de junho de 2012

A VALE não paga?, então acabou a festa dos incentivos fiscais, herança do governo passado.


ARGENTINA / BRASIL

Antes de achincalhar a Argentina e sua política econômica, é bom dar uma olhada nas estatísticas do país nesses anos de crescimento chinês. Mesmo tendo permanecido praticamente fora do mercado financeiro internacional, a economia dobrou de tamanho em dez anos - o crescimento acumulado atingiu 102%, considerando-se uma expansão prevista de 3,5% neste ano.

Com isso, o índice de desemprego caiu para 6,6%, um dos mais baixos da América Latina. Puxado pela demanda interna, o nível de investimentos subiu para 25% do PIB, performance nada brilhante, mas muito distante dos míseros 10% dos tempos do "inferno".

Sem pagar dívidas externas e ajudada pelo boom dos preços das commodities, mas também por conta de seus avanços na produção agrícola, o país conseguiu seguidos superávits no balanço de pagamentos que somaram cerca de U$ 30 bilhões em dez anos.

Mas os problemas voltaram e se agravaram com os reflexos da crise europeia e a queda das commodities. Em 2011, pela primeira vez em quase uma década, o balanço de pagamentos apresentou déficit (de US$ 2,2 bilhões), tendência que se mantém em 2012. Sem poder contar com crédito internacional para financiar seus déficits, o país começa a fazer estripulias cambiais e comerciais, sem poupar seu grande parceiro, o Brasil. Na verdade, nunca deixou de fazê-las nesses anos todos, embora como menos assiduidade.

Nesse ponto, porém, convém observar no gráfico abaixo como se inverteram as linhas que mostram os saldos comerciais no relacionamento entre Brasil e Argentina. Desde o início do Mercosul, em 1995, até 2003, o Brasil teve déficits que, acumulados, atingiram quase US$ 10 bilhões. A partir de então, a tendência se inverteu e o Brasil passou contabilizar superávits que já somam US$ 30 bilhões.

A Argentina não é um parceiro qualquer. É especial, porque compra do Brasil quase exclusivamente produtos manufaturados. No ano passado, comprou US$ 20 bilhões, enquanto os Estados Unidos compraram apenas US$ 11 bilhões. Em dez anos, as vendas brasileiras de manufaturados para o mercado argentino somaram impressionantes US$ 111,6 bilhões.

Fica difícil, ao examinar esses números, sustentar a tese de que a Argentina deve ficar quietinha em seu canto, sem pedir mudanças nas estruturas que regulam o comércio com o Brasil. Seria muita arrogância, defeito que os brasileiros normalmente atribuem aos vizinhos do sul.

Até os empresários exportadores brasileiros já se movimentaram para tentar alterar essa situação. A Fiesp, em colaboração com industriais de Buenos Aires, fez recentemente um estudo envolvendo 38 produtos manufaturados que o governo argentino considera estratégicos para suas exportações. E constatou que o Brasil importa US$ 12 bilhões por ano desses produtos, mas apenas US$ 2 bilhões da Argentina. Ou seja, seria possível aumentar as compras brasileiras desses itens sem nenhum ônus para o superávit da balança comercial.

Há inúmeras críticas que podem ser feitas aos governos argentinos nas últimas décadas, ora pelo neoliberalismo exacerbado ora pelo peronismo que loteia o poder público. Nenhuma delas, entretanto, autoriza conclusões que subestimem a parceria do Mercosul.

Pedro Cafardo é editor-executivo do Valor. Sergio Leo, que escreve às segundas-feiras, está em férias.

E-mail: pedro.cafardo@valor.com.br

sábado, 9 de junho de 2012

Minha Caixa minha vida.


Caixa tem que fornecer informações claras


A Justiça Federal divulgou na noite desta sexta-feira (8) a determinação de que a Caixa Econômica Federal (CEF) esclareça aos consumidores durante o Feirão, que acontece em Belém até domingo (10), sobre a inexistência de garantia de financiamento pré-aprovado para todos os imóveis colocados à venda durante o evento. Caso o banco descumpra a decisão, a multa é de R$ 10 mil.

A decisão liminar foi da juíza da 2ª Vara Federal em Belém, Hind Ghassan Kayath. Segundo a decisão da juíza, caso necessário, a Caixa Econômica poderá ser intimada no local do evento, realizado no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia.

“Não basta que as empresas participantes do evento sejam instruídas acerca da informação a ser transmitida. Na condição de empresa pública organizadora do evento, a CEF também está obrigada a agir em prol dos interesses do consumidor, promovendo publicidade clara que forneça diretamente ao público a informação acerca da real situação de cada empreendimento”, ressaltou Kayath.

A ação que pediu a defesa dos direitos dos consumidores foi encaminhada à Justiça no último dia 21 pelo Ministério Público Federal (MPF). Assinada pelo procurador da República Bruno Araújo Soares Valente, a ação solicitou que a Caixa fosse obrigada a tomar essas providências em todos os feirões que realizar. A decisão liminar, no entanto, restringiu-se ao feirão em Belém. A ampliação dessa obrigação para todo o país será avaliada em decisão posterior, registra a decisão.

HISTÓRICO

O caso passou a ser investigado pelo Ministério Público Federal a pedido de famílias que se disseram enganadas. Em um feirão da Caixa em Belém, elas fizeram contratos de promessa de compra e venda com a Porto Rico Incorporadora de Imóveis para aquisição de unidades residenciais do empreendimento Vila Rica.

A promessa da construtora era de entregar os imóveis em 2010. Mas isso não ocorreu porque a empresa não atendeu todos os pré-requisitos para aprovação do financiamento pela Caixa. “A ré Caixa Econômica Federal realiza feirões com o seu nome, para venda de imóveis, sem, no entanto, garantir os empreendimentos”, criticou o procurador da República no texto da ação.

No final de 2011, o MPF encaminhou recomendação para que o banco regularizasse a propaganda dos feirões, mas a Caixa apenas limitou-se a dizer que “não tem gestão sobre as peças publicitárias, tampouco sobre o conteúdo divulgado”. (DOL, com informações do MPF)

“É bobagem isso tudo”


“É bobagem isso tudo”, diz Marta Suplicy sobre eventual saída do PT


BRASÍLIA - A senadora Marta Suplicy (PT-SP) rejeitou nesta quarta-feira a avaliação de seu afastamento progressivo da cúpula do PT e negou ter cogitado deixar a legenda. “É bobagem isso tudo. Não têm o que falar, então ficam inventando história”, disse a senadora ao ser questionada sobre uma eventual saída do PT.

Dizendo-se “tranquila”, a senadora evitou estender-se em comentários sobre a campanha do ex-ministro da Educação Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo e suas relações com dirigentes do PT.

“Há o tempo para falar, há o tempo para silenciar. Eu estou onde sempre estive. Eu tenho que ficar quieta, me preservar”, disse.

Marta era aguardada no lançamento da pré-candidatura de Haddad no último sábado, mas não compareceu ao evento. E não deu explicações a correligionários e militantes.

Dois dias depois, Marta justificou a ausência por meio de nota por “impedimento de caráter privado”.

Integrantes do PT entenderam a ausência da senadora e ex-prefeita de São Paulo como uma demonstração de que Marta não pretende participar da campanha de Haddad. A senadora pretendia lançar-se à disputa municipal, mas foi pressionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a desistir.

A ausência também foi entendida por alguns petistas como uma afronta de Marta ao ex-presidente Lula.

(Bruno Peres/Valor)

terça-feira, 5 de junho de 2012

Empresas dos EUA usam água salgada para extrair componente de bateria de carros elétricos


Carros elétricos ainda são caros demais (BBC)

Carros elétricos são uma opção para diminuir a poluição, mas ainda não são populares, pois a tecnologia para fabricação de baterias ainda não avançou.

As baterias atuais são pesadas, caras e não duram muito.

Mas, empresas do Vale do Silício na Califórnia podem mudar isso com água salgada.

Na falha de San Andreas, uma usina geotérmica usa água salgada quente para movimentar turbinas e se transformou em uma nova fonte de minerais como o lítio, um material chave para fabricar baterias melhores.
BBC/Brasil.


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'Aqueles que apostam na crise vão perder', afirma Dilma



A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (5), em discurso na cerimônia de comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, que aqueles que apostam na crise, "como apostaram há quatro anos atrás, vão perder de novo".

Dilma afirmou que já está tomando as medidas necessárias para enfrentar a crise e disse que o governo possui um "arsenal de providências" que ainda poderão ser adotadas.

"Quem aposta na crise, como alguns apostaram há quatro anos atrás, vai perder de novo. Enfrentaremos novas dificuldades com transparência, sem esconder problemas. [...] Vamos continuar crescendo, incluindo, protegendo o meio ambiente. [...] As medidas necessárias estão sendo tomadas e ainda temos um arsenal de providências que serão adotadas quando necessário", afirmou a presidente.

Ainda sobre o cenário econômico internacional, Dilma disse que a crise não pode servir de pretexto para que os governos deixem de lado ações de proteção ao meio ambiente.

"O que todos esperamos é que a crise mundial, gerada pelo excesso de ganância e pela falta de controle dos mercados, não seja um pretexto para uma vitória do excesso da ganância e da falta de controle sobre recursos naturais", disse a presidente.

MEDIDAS

Em maio, o governo lançou uma série de medidas para incentivar os setores automotivo e de bens de capital, além do consumo em geral. O pacote inclui redução de impostos, aumento de prazos de financiamentos e corte de juros.

Entre as medidas, o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) cobrado em todos os financiamentos para consumo caiu de 2,5% para 1,5%.

Outra medida foi a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) até 31 de agosto em até sete pontos percentuais, de acordo com o modelo e a cilindrada do veículo. A renúncia fiscal é estimada em R$ 2,1 bilhões.
KELLY MATOS
DE BRASÍLIA

Folha.com

Serra conquista 4º aliado e isola ainda mais Haddad


Cortejado por praticamente todas as siglas que lançarão candidatos à Prefeitura de São Paulo nas eleições deste ano, o PR anunciou ontem apoio à pré-candidatura do ex-governador do Estado José Serra (PSDB) e isolou ainda mais o candidato do PT, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, que ainda não tem nenhuma aliança formal. 


O PR também será mais um a pressionar os tucanos a abrirem a chapa de vereadores - o PSD, do prefeito Gilberto Kassab, também reivindica a coligação proporcional.


Capacidade da indústria recua


Uso da capacidade da indústria cai para 81% em abril, diz CNI

SÃO PAULO - O nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) da indústria brasileira caiu para 81% em abril, com ajuste sazonal, em relação aos 81,5% registrados em março, de acordo com a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada nesta terça-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A utilização era maior em abril de 2011, quando o setor operou com 82,4% de sua capacidade instalada.

O faturamento real da indústria cresceu 0,2% no período, ante março, feitos os ajustes sazonais, e subiu 2,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O emprego dessazonalizado diminuiu 0,60% em abril na comparação com março e teve contração de 0,40% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Já o número de horas trabalhadas apresentou queda de 0,60% em abril ante março, com ajuste, e queda de 1,9% na comparação anual.

2012

No primeiro quadrimestre do ano, o faturamento real da indústria cresceu 2,2% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O emprego aumentou 0,2% e as horas trabalhadas cederam 1,1% na mesma base de comparação.

Caminhos opostos em um setor

A indústria de tecidos registrou o pior desempenho dentre todos os 19 setores da indústria de transformação no quesito horas trabalhadas: queda de 8,5% ante o mesmo mês de 2011.

Na outra ponta da cadeia, os fabricantes de vestuário registraram o melhor resultado entre os pesquisados pela CNI: avanço de 1,2% nas horas trabalhadas na comparação entre abril deste ano e abril do ano passado.

Mesmo com a forte queda nas horas trabalhadas, a indústria têxtil ampliou seu faturamento real em 8,3% na mesma comparação (abril de 2012 ante abril de 2011).

Mais curioso é o aumento do emprego formal - os empregados do segmento trabalharam menos em abril, mas os empresários ampliaram seu quadro de pessoal em 3,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Já os fabricantes de vestuário viram seu faturamento real saltar 8,9%, na mesma comparação, e o nível de emprego apenas 0,2%.

(João Villaverde | Valor)

Eleições 2012. Paraupebas PT/PMDB Deus os cria...

RD - Diário do Pará, 05/06/2012