quinta-feira, 5 de julho de 2012

Mulher é mulher, para bem ou para mal

Geraram expectativa  na CPI do Cachoeira as  declarações da companheira do réu, de que ele estaria disposto a revelar em detalhes as suas operações, bem como o nome dos sócios e implicados. Se verdadeira a ameaça, causaria vasto terremoto no país, porque as atividades do bicheiro não se limitam ao Centro-Oeste, ou seja, Goiás e Brasília.  Cachoeira, pelo que parece, estendeu os tentáculos por outras regiões, em especial se demonstrada sua parceria com a empreiteira Delta.  Uma força-tarefa da CPI está disposta a ir à penitenciária da Papuda, onde o cidadão se encontra preso, na esperança de que na cela, sozinho com alguns senadores, ele decida falar.  Não dá para acreditar que fale para prejudicar-se, mas se for para prejudicar outros, quem sabe?

Política de alianças pragmática

Antigamente o PT tinha serias limitações para alianças com determinados partidos considerados "neoliberais", de direita ou que tivessem compromissos com partidos descendentes da ditadura. Hoje esse fator não interessa, vale qualquer aliança, de direita esquerda, centro ex-DEM pro-DEM ou quem quer que seja. Só não aceitam em hipótese alguma se aliar com Serra, nem com a mulher dele, do resto fecham os olhos e engolem em seco.

Disputa presidencial começa na eleição de BH



Após o PT romper a aliança com PSB pela reeleição do prefeito Márcio Lacerda em Belo Horizonte, a presidenta Dilma e o senador Aécio Neves (PSDB) correm contra o tempo para obter apoio dos partidos na capital mineira. Controlado pelo PSDB, o estado de Minas Gerais será, como sempre, fator essencial nas eleições presidenciais de 2014. Com o rompimento PT/PSB, Aécio desarticulou candidaturas do PTB e PV, que ele próprio havia estimulado para enfraquecer Lacerda. CH

Brasil perde 9 posições em ranking de inovação


 
País é 58º da lista de países mais inovadores, atrás de Portugal, Chile e África do Sul. Crédito, ambiente de negócios e educação são entraves.

O Brasil desabou no ranking dos países mais inovadores do mundo. Uma classificação publicada hoje (3) pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual e pelo instituto Insead, considerada como a mais completa temperatura do grau de inovação no mundo, aponta que o Brasil ocupa apenas a 58ª posição no ranking, uma queda de nove posições em relação a 2011.

Países como Portugal, Sérvia, Romênia, África do Sul e Bulgária estão melhores colocados que o Brasil. Os principais obstáculos no País: a qualidade do ensino superior e as condições para investir em ciência. O ranking é liderado pela Suíça, seguido pela Suécia, Cingapura e Finlândia. Os Estados Unidos estão na décima colocação.

O levantamento revela que o Brasil foi o país que mais caiu no ranking entre os Brics, sigla que agrupa China, Índia, Rússia e Brasil. Para os especialistas, o bloco todo precisa corrigir obstáculos institucionais para fomentar a inovação. China e Índia são citados como exemplos de países que conseguiram transformar bolsões de tecnologia em ganhos mais generalizados para a economia.

Mas, quanto ao Brasil, o levantamento revela que o País não é líder em inovação nem mesmo na América Latina. O Chile está na 39.ª posição. Já o restante da região está bem abaixo. Na 58ª posição, a situação do Brasil não é cômoda. "Particularmente preocupante é a posição do Brasil no que se refere ao ambiente para negócios (127ª posição de 141 países analisados), a educação superior (115º lugar), condições de crédito e comércio (108º lugar)", alertou o estudo.

O levantamento ainda indica que o peso das importações no PIB brasileiro é o menor do mundo. Em 2010, as importações representavam apenas 12% do PIB, o menor índice entre 141 países avaliados. O Brasil também tem uma baixa taxa de pesquisas publicadas em revistas científicas em comparação a seu PIB. O Brasil tem uma produção menor que Fiji, Irã ou Zimbábue, levando em conta o tamanho das economias.

Exportação - Com apenas 14% de suas exportações com valor agregado de alta tecnologia, o Brasil ocupa a 49.ª posição entre os países com uma pauta de exportação mais avançada. Tunísia, Indonésia e Cazaquistão estão em melhor posição. Outra constatação é de que empresas raramente contribuem com a inovação no Brasil, com menos de 5% das patentes registradas. Hoje, 24% das patentes são registradas por universidades.
(O Estado de São Paulo)

Indústria tem novo tombo mesmo após medidas do governo


Produção teve queda de 4,3% em maio, na comparação com mesmo mês de 2011, pior resultado desde 2009

Desempenho ruim foi influenciado pelo baixo investimento das empresas e pelo recuo na fabricação de carros DE SÃO PAULO
DO RIO

Diante de um cenário externo ruim e de um esfriamento de demanda doméstica, as medidas adotadas pelo governo para reaquecer a indústria foram insuficientes para evitar que o quadro de contração do setor continuasse se agravando em maio.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção industrial caiu 0,9% ante abril, terceira queda mensal seguida. A contração foi puxada principalmente pela fabricação menor de veículos e de alimentos, os dois segmentos com maior peso na indústria.

Na comparação com maio do ano passado, a produção industrial caiu 4,3%. Foi a maior queda desde setembro de 2009 e a nona retração anual consecutiva.

Com isso, produção acumulada nos primeiros cinco meses de 2012 foi 3,4% menor que a registrada do mesmo período do ano passado.

A retração da indústria, tanto em maio quanto no acumulado do ano, foi puxada por fortes quedas, de cerca de 10%, na produção de bens de capital (como máquinas e caminhões) e de bens de consumo duráveis (como carros e aparelhos celulares).

A queda da produção de bens de capital reflete a redução dos investimentos de empresários, que estão mais cautelosos por causa da demanda doméstica mais fraca e do cenário externo incerto.

Desde agosto, o Banco Central já reduziu a taxa de juros (Selic) de 12,5% para 8,5% ao ano, medida que torna mais baratos os financiamentos para investir.

"Mas isso não foi capaz de impulsionar ainda os investimentos exatamente porque o empresário não vê um crescimento forte de consumo à frente", diz o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa.

No caso de bens duráveis, os economistas dizem que o consumo desses itens foi afetado pela expansão menor do crédito no Brasil devido à alta do endividamento e da inadimplência das famílias.

Além disso, a produção de bens duráveis está sendo prejudicada pela queda das exportações para a Argentina. A venda de celulares para lá, por exemplo, caiu 80% neste ano, até maio.

COMPETITIVIDADE

O economista da CNI (Confederação Nacional da Indústria) Flávio Castelo Branco afirma que algumas medidas do governo amenizaram a retração da indústria. O IBGE mostra que a redução do IPI sobre eletrodomésticos e móveis impulsionou a produção desses segmentos.

Branco diz, porém, que desonerações pontuais são insuficientes para mudar o quadro geral da indústria. Para ele, o principal desafio é ampliar a competitividade do setor com reformas estruturais, como redução da carga tributária e aumento do investimento em infraestrutura.

Diante do desempenho decepcionante nos primeiros meses de 2012, economistas já falam até em retração da indústria neste ano.

A consultoria LCA, que antes previa crescimento de 0,7% neste ano, projeta agora que a produção vai ficar estacionada. Já a corretora Votorantim prevê queda de 1%.

"Em 2011, a indústria teve estagnação devido à concorrência com importados. Agora, vive uma retração devido à crise de investimentos" diz Julio de Almeida, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial.

(MARIANA SCHREIBER E VENCESLAU BORLINA FILHO)

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Puro sangue

Depois de bater em muita porta para fazer coligação, o PT desiste e recluta vice dentre os próprios militantes para compor a Chapa. Um histórico militante petista foi escalado para a missão.


O Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) anunciou oficialmente no fim da tarde desta quarta-feira (04), na sede do Diretório em Belém, o nome de João Cláudio Arroyo (PT) como vice do candidato à prefeitura de Belém, Alfredo Costa.

Segundo o presidente estadual do PT, João Batista, a decisão foi consensual e conta com o apoio dos membros do partido 'Essa foi a melhor escolha que o PT poderia fazer. Foi um grande acerto do partido, que só tem a ganhar com a experiência que ele pode agregar nesse momento', esclareceu.

  João Cláudio Arroyo é militante histórico do Partido dos Trabalhadores e acumula diversas experiências na gestão pública. Foi presidente do Banco do Povo durante a gestão municipal de Edmilson Rodrigues e também diretor da Agência de Desenvolvimento da Amazônia (ADA). Na última função pública exercida atuou como chefe de gabinete do governo estadual de Ana Júlia Carepa. (Luana Laboissiere/DOL)

Kassab fecha apoio do PSD à candidatura de Patrus em BH



Liderado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o PSD fechou nesta quarta-feira apoio à candidatura de Patrus Ananias (PT) em Belo Horizonte. O acordo, orquestrado a pedido da presidente Dilma Rousseff, exigiu de Kassab uma negociação com a bancada do PSD no Congresso.

Kassab viajou a Brasília para selar o acordo. O prefeito consultou o presidente da seção mineira de seu partido, Paulo Simão, e formalizou o embarque na campanha do PT. A decisão foi da Executiva nacional, acatada pela direção municipal.

Os deputados federais do PSD já informaram a decisão ao prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, e ao candidato do PT, Patrus Ananias.

A princípio, os dirigentes locais resistiam à mudança de rota. O prefeito paulistano, contudo, argumentou que a disputa ganhara conotação "nacional". Segundo interlocutores de Kassab, era sua intenção fazer um gesto aos petistas, que não fizeram objeção à criação da nova legenda.

A Folha apurou que Antonio Anastasia (PSDB), aliado de Lacerda, chegou a propor ao PSD mais espaço no governo mineiro para manter a sigla na órbita do prefeito. A oferta, contudo, não foi aceita.

Com o apoio ao PT, o partido de Kassab definirá nos próximos dias se devolve a Anastasia a Secretaria de Gestão Metropolitana, hoje comandada pelo deputado Cássio Soares (PSD).

O movimento contraria o PSD de Minas Gerais, muito ligado ao senador Aécio Neves (PSDB-MG).

PT

Apesar de fazer parte da aliança que levou Lacerda à prefeitura, o PT decidiu por candidatura própria na capital mineira após o partido não chegar a um acordo com os socialistas sobre a chapa para vereador.

O PT anunciou que teria candidato próprio no último sábado, logo após saber que o PSB decidiu não fazer coligação proporcional (que influencia na eleição de vereadores).

A decisão do PSB em não renovar a coligação proporcional foi influenciada pela pressão do senador Aécio Neves (PSDB), que ameaçou romper a aliança com Lacerda.

CATIA SEABRA
DE BRASILIA
VERA MAGALHÃES

EDITORA DO PAINEL 

São Paulo. Eleições 2012




Com Bruno Boghossian

O PSDB estipulou em R$ 98 milhões o teto para arrecadação na campanha municipal deste ano, que terá como candidato o tucano José Serra. O PT, de Fernando Haddad, fixou as despesas em R$ 90 milhões. O PMDB, de Gabriel Chalita, diz que gastará até R$ 70 milhões.

Para se ter uma ideia, na eleição de 2010, o PSDB, que lançou Serra candidato à Presidência, gastou R$ 106 milhões. O PT, da presidente Dilma Rousseff, apresentou despesas de R$ 153 milhões com a campanha presidencial. A maior parte dos custos é com os programas eleitorais que vão ao ar na televisão no horário gratuito.

Os partidos têm até amanhã para divulgar o teto do quanto pretendem gastar – e, portanto, arrecadar. As doações são permitidas depois do registro das candidaturas, que deve ser feito até sexta-feira, e da consequente obtenção de um CNPJ, por meio do qual são criadas as contas bancárias da campanha, onde entram as doações.

Outra vez com os mesmos erros


A recente matéria publicada no Blog da ex-governadora Ana Julia Carepa, hoje Diretora de Finanças de uma empresa de seguros do Banco do Brasil, localizada no Rio de Janeiro, informa da entrega de máquinas no contexto de “uma doação” do MDA (imagine se fala em doação, como se o dinheiro fosse particular).

Isso caracteriza mais uma ação ao “varejo” do Governo Federal, promovida sem uma visão estratégica de conjunto do desenvolvimento regional sustentável do Pará. Mais uma doação, que vai requerer recursos adicionais para a manutenção de equipamento pelas prefeituras.

Sempre pensei que essas ações poderiam ser feitas como parte de um programa mais amplo de desenvolvimentos sustentável, no contexto de pólos de desenvolvimento e não de uma ação individual, em apenas algumas prefeituras.

Para isso se requer pensar o Estado de forma muito diferente de como é pensado hoje, simplesmente com um interesse político partidário.

Essa visão diferente supõe uma estratégia integradora do governo federal, estadual e municipal, o que não acontece no referido neste governo. Veja a foto e da para confirmar que é uma das marcas do PT na região do Carajás e Sudeste do Pará. Sem pacto federativo nenhum.

Para que essas ações de equipar ás prefeituras com maquinas que sejam de utilidade pública para as prefeituras, seria fundamental concentrar equipamentos, para promoiver realmente efeitos de integração de associativismo e de uso comum dos mecanismos de desenvolvimento sustentável.

Qual seria a idéia de concentrar equipamentos em diversas regiões? Em vez de distribuir 144 equipamentos para os municípios, seriam distribuídas patrulhas mecanizadas que atenderiam a vários municípios e ações de desenvolvimento sustentável, não apenas para melhorar estradas e sim ações diversas, abrir vias para escoar a produção, melhorar solos, promover o uso compartilhado e manutenção dos equipamentos, etc.

Mas, como sempre, se opta pelo caminho inverso que nunca deu certo no Brasil, trabalhar no varejo, distribuir deixando a marca pessoal de quem usa dinheiro público para se promover.

Perguntas que não querem calar:


é curiosa a presença da governadora em ato do MDA, quando ela mora no Rio e trabalha em uma diretoria de empresa de seguros do banco do Brasil?Chama a atenção.

Claro tem todo o direito de andar pelo Brasil afora, inaugurando obras de quem quer que seja, eu também. Mas convenhamos que se eu saisse por aí, inaugurando escolas de samba, programas da minha casa minha vida, creches ou tirando fotos com prefeitos,  que mais parecem  “test drive” que uma ação de desenvolvimento sustentável, não seria sério.


Se a governadora tem saudade do Pará, que venha aqui a trabalhar pelo seu Estado.

Para trabalhar pelo desenvolvimento do Pará, ninguém está sobrando.

Confira a matéria embaixo.


Do Blog da ex-governadora do Pará, Ana Julia Carepa.


MDA entrega máquinas para 58 municípios e Prefeitos recordam as Máquinas do meu Governo em 2010



"Uma visão do conjunto de máquinas entregues aos 58 municípios".VISÃO DE CONJUNTO?, DESCULPEM, MAS FALTA A VERDADEIRA VISÃO DE CONJUNTO, isso aí e um amontoado de máquinas, sem visão estratégica do conjunto da obra.
Ana Julia.
Estive participando da entrega de retroescavadeiras para 58 municípios paraenses. O evento aconteceu em Marabá na manhã do dia 02/07/2012, segunda-feira. Os equipamentos foram doados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para a realização de obras da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Através da sua Delegacia Federal de Desenvolvimento Agrário no Pará (DFDA-PA), o MDA realizou nos dias 28 e 29/06, um curso de capacitação para 116 operadores ligados aos municípios contemplados, etapa obrigatória para o recebimento do maquinário.

Participaram do Ato também os Deputados federais Cláudio Puty, Miriquinho Batista e a Dep. Estadual Bernadete Ten Caten, além de diversos Prefeitos(as).

Foram investidos mais R$ 10.9 milhões para a aquisição das máquinas aqui no Estado. Os equipamentos serão utilizadas para reestruturar e dar infraestrutura às estradas vicinais – denominação dada às estradas que ligam as cidades às zonas rurais – dos 58 municípios selecionados. A cerimônia de entrega está marcada para as 10h, no município de Marabá.


As ferramentas irão contribuir decisivamente para o desenvolvimento da agricultura familiar no Estado.pois vão viabilizar o escoamento dos produtos entre as regiões de produção e o comércio local, além de garantir também que os trabalhadores rurais tenham acesso à outras ações de fomento à agricultura familiar, tais como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Foi emocionante e muito gratificante ouvir o agradecimento dos prefeitos que falaram pelas Associações de Prefeituras, em relação às mais de 500 máquinas que meu governo entregou em 2010 para Todas as 143 Prefeituras do Pará. Vários Prefeitos declararam publicamente no Ato, que estão trabalhando nos municípios graças as máquinas do Programa Faz Estrada do nosso governo. Na época entregamos 1 Patrol, 1 Pá Carregadeira, 1 Trator de Pneu e 1 Caçamba.

Veja a lista dos municípios contemplados no Pará: Acara, Afua, Agua Azul Do Norte, Almeirim, Anajas, Anapu, Aurora Do Pará, Aveiro, Bagre, Baião, Bannach, Belterra, Brasil Novo, Bujaru, Cachoeira Do Arari, Cachoeira Do Piriá, Chaves, Conceição Do Araguaia, Concórdia Do Para, Cumaru Do Norte, Curralinho, Curuá, Eldorado De Carajás, Faro, Floresta Do Araguaia, Garrafão Do Norte, Gurupá, Ipixuna Do Pará, Irituia, Itupiranga, Juruti, Limoeiro Do Ajuru, Medicilândia, Melgaço, Mocajuba, Muaná, Nova Esperança Do Piriá, Óbidos, Oeiras Do Pará, Ourilândia Do Norte, Pacajá, Piçarra, Placas, Ponta de Pedras, Portel, Porto De Moz, Prainha, Rurópolis, Santa Maria Das Barreiras, São Domingos Do Capim, São Geraldo Do Araguaia, Senador Jose Porfírio, Tome-açu, Trairão, Tucumã, Ulianópolis, Uruará e Vitória Do Xingu.

Quem vai quebrar o Estado não é a educação, é a falta de educação que quebra o Brasil.

Depois da farra das commodities, não sobrou nada. 

Aumento de gastos para educação pode 'quebrar' Estado, diz Mantega


O ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou hoje que as discussões no Congresso que aumentam os gastos do governo colocam em risco a solidez fiscal do país.

Mantega citou o PNE (Plano Nacional de Educação), que pretende elevar os gastos do governo federal para o equivalente a 10% do PIB, e as pressões por aumentos salariais do funcionalismo.

"Sempre nos deparamos com riscos de que o Parlamento aumente os custos de maneira extraordinária, o que põe em risco a solidez fiscal que conquistamos a muito custo", disse.

O ministro afirmou que o aumento dos gastos em educação para 10% tempestivamente pode "quebrar" o Estado brasileiro.

Ele criticou também os pleitos salariais dos servidores do judiciário. Nas palavras de Mantega, são os servidores que têm os melhores salários e estão pedindo reajuste superior a 50%.

"Nossa folha é de R$ 200 bilhões e temos que ter cuidado, não podemos brincar em momentos de crise", afirmou Mantega.

Ele também criticou as tentativas de extinguir o fator previdenciário, que diminui a aposentadoria de quem se aposenta com menos de 60 anos (para mulheres) e 65 anos (para homens).

Segundo Mantega, o fim do fator retira a exigência da idade mínima para a aposentadoria, o que só existe em três países do mundo.

Mantega participa hoje de encontro organizado pelo Lide (grupo de líderes empresariais), em São Paulo.

Efeito Lula


PT nacional indica Patrus Ananias à Prefeitura de Belo Horizonte
 
SÃO PAULO - A executiva nacional do PT aprovou o rompimento da aliança com o atual prefeito de Belo Horizonte (MG), Márcio Lacerda (PSB), que concorrerá à reeleição, e indicou o ex-ministro do Desenvolvimento Social Patrus Ananias como candidato da sigla à sucessão na capital mineira.

Segundo o presidente petista, deputado estadual Rui Falcão (SP), o presidente municipal do PT em Belo Horizonte e vice-prefeito da cidade, Roberto Carvalho, virá a São Paulo na quarta-feira para alinhavar os últimos detalhes do acerto.

Para oficializar Ananias, é preciso que Carvalho retire o registro de candidatura que fez ontem no Tribunal Regional Eleitoral local.

O anúncio põe fim à parceria entre PT e PSB na cidade. O deputado federal Miguel Corrêa (PT) avisou que o partido entregará ainda essa semana todos os cargos que tem no governo de Belo Horizonte.

(Vandson Lima | Valor)

terça-feira, 3 de julho de 2012

MPE-TO investigará relação entre Raul Filho, Prefeito de Palmas (PT) e Cachoeira

Em 30 dias, investigação do MP pode desencadear um inquérito policial ou o procurador-geral pode levar a denúncia ao Judiciário

O procurador-geral de Justiça do Tocantins, Clenan Renault de Melo Pereira, instaurou nesta terça-feira, 3, Procedimento de Investigação Criminal (PIC) para investigar as relações do prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), e o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, flagradas em vídeo encontrado durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.

Veja também:

CPI em Palmas para examinar contrato com a Delta é remota, diz vereador
Prefeito que ofereceu ‘oportunidades’ a Cachoeira contratou Delta por R$ 119 mi
Prefeito de Palmas é flagrado em vídeo com Carlinhos Cachoeira
Relator da CPI quer reconvocar Cachoeira para agosto


A apuração será conduzida pelo próprio procurador-geral de Justiça, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate do Crime Organizado (Gaeco), coordenado pela promotora de Justiça Kátia Gallieta Chaves, na parte criminal, e pela Promotoria do Patrimônio Público conduzida pelo promotor Adriano Neves nos aspectos cíveis. O MP tem 30 dias para concluir a investigação e pode desencadear um inquérito policial ou, caso reúna provas convincentes, o procurador-geral levará a denúncia ao Judiciário.

O procurador explica que o procedimento foi aberto para apurar as negociações suspeitas decorrentes do "relacionamento do prefeito Raul Filho e seu amigo, Sílvio Roberto, com Carlinhos Cachoeira e seus assessores" e correrá paralela à investigação do órgão que apura outra denúncia envolvendo a esposa do prefeito, a deputada estadual Solange Duailibe (PT).

Esta outra investigação, conforme o procurador-geral, apura o depósito bancário de R$ 120 mil efetuados pelo esquema de Cachoeira na conta da ex-servidora Rosilda Rodrigues do Santos, que atuava no gabinete da esposa do prefeito. A conta era movimentada pelo ex-secretário municipal de governo e cunhado do prefeito Pedro Duailibe, exonerado do cargo após as denúncias do depósito.

"Nós estamos com esses procedimentos já em andamento e tomando as providências que o Ministério Público julgar conveniente; vamos ouvir muita gente, o prefeito, os seus assessores ligados ao caso para que cheguemos a uma conclusão", pontua Pereira, que vislumbra suposta conexão criminal entre todos os fatos. "Esse fato da Rosilda, do Pedro Duailibe, da Solange Duailibe, tudo envolve a Delta, a empresa. O negócio toma proporções maiores, mais profundos do que a gente pensava".

O Promotor Adriano Neves avalia que os vídeos mostrados corroboram com as denúncias da ação civil que tramita na 1ª Vara da Fazenda Pública de Palmas. "Tudo o que foi mostrado nos vídeos comprovam o que eu venho mostrando nas ações civis, o vínculo entre o prefeito de Palmas e a Delta que resultou na fraude no processo licitatório que escolheu a Delta". Desde 2009 o promotor questiona a contratação da empresa com sucessivos pedidos de anulação do contrato em liminares que foram negadas pela Justiça. "Quando vai ser julgado eu não sei, mas um dia vai terá de ser, e só o juiz pode dizer quando".

domingo, 1 de julho de 2012

México ressuscita o PRI. A versão mexicana do PT, que como o PRI pegou o gosto do poder.

O Partido Revolucionário Institucional (PRI) do México apresenta uma ideologia e fundamentos teóricos parecidos à ideologia do PT Brasileiro. O PRI governou por mais de 70 anos no México e hoje pode retornar ao poder, se confirmados os resultados das pesquisas eleitorais, que o colocam 10% na frente do Partido da Revolução Democrárica (PRD).
O PRI nasceu inspirado na revolução bolchevique e nas revoluções e experiências socialistas da Europa, só que quando assumiu o poder pouco a pouco foi mudando de ideologia e perdendo seus fundamentos. Inspirados nas políticas pragmáticas para conduzir os diversos governos da “Revolução Mexicana” fizeram pactos até com o diabo e foram entregando recursos naturais e a própria economia ao sistema financeiro internacional e ao grande capital.
Foram administrando a economia com taxas de câmbio, taxas de juro, pequenos incentivos aos segmentos econômicos, diminuindo a dívida externa, aumentando a dívida externa, etc.
Qualquer parecido com Brasil é só coincidência.Até a proposta de Bolsa Família é parecida. Na realidade a Bolsa Família Brasileira foi uma cópia mal feita da do México. 


Veja matéria sobre a experiência mexicana da Bolsa Família Aqui

 Veja aqui a Editorial da Folha de São Paulo.

Editoriais 
Folha de São Paulo

O PRI (Partido Revolucionário Institucional) deve voltar ao poder nas eleições presidenciais de hoje no México. Hegemônica no país de 1929 a 2000, a agremiação populista cedeu a Presidência, nos últimos 12 anos, ao conservador PAN (Partido Ação Nacional).

O candidato do PRI, Enrique Peña Nieto, aparece com vantagem suficiente nas pouco confiáveis pesquisas eleitorais para manter o favoritismo. É a grande esperança da legenda para voltar a dominar o segundo país mais rico e populoso da América Latina, o que antes fazia com recurso a fraudes eleitorais, benesses clientelistas e política econômica estatizante.

A dominação do PRI foi interrompida em 2000 com a eleição de Vicente Fox (PAN). Em 2006, o PAN obteve vitória apertada, com Felipe Calderón, sobre o esquerdista Andrés Manuel López Obrador, candidato do PRD (Partido da Revolução Democrática).

As três forças principais voltam a se enfrentar hoje. Peña Nieto, do PRI, tem 40% a 45% das intenções de voto. López Obrador aparece em segundo, com 25% a 30%, seguido pela candidata da situação, Josefina Vázquez Mota (23% a 27%).

Sob o PAN, a economia mexicana teve desempenho razoável. Atrelado ao gigante norte-americano, o PIB do México recuou mais de 6% em 2009, mas se recuperou no ano seguinte, com 5,5% positivos.

Para este ano, o banco central projeta avanço entre 3% e 4%. Há sinais de que o México se adianta ao Brasil, entre países da América Latina, na preferência de investidores estrangeiros.

O calcanhar de aquiles do atual mandatário e de sua candidata é a violência derivada do tráfico de drogas. Desde que Calderón declarou guerra contra o crime organizado, em 2006, mais de 50 mil pessoas foram assassinadas. Estima-se que metade dessas mortes tenha relação com o crescente enfrentamento entre cartéis que disputam o controle do tráfico para os EUA.

Apesar dos problemas de segurança pública, a sociedade mexicana segue trilha similar à brasileira, com acelerado crescimento da classe média. Os índices de mortalidade infantil e de escolaridade são parecidos nos dois países -com vantagem para o México.

Nessa sociedade mais complexa e diversificada, o eventual retorno do PRI ao poder não deve reeditar o populismo nacionalista que praticou na maior parte do século 20. Uma das bandeiras de Peña Nieto, o jovem e pragmático candidato, é flexibilizar o monopólio estatal do petróleo exercido pela Pemex e dar menos ênfase à guerra contra os cartéis de drogas.

"Essa cidade não é conservadora, já elegeu um negro, uma nordestina e uma sexologa" disse Haddad.

 Claro o negro era Pitta, da equipe do Maluf.....

 Veja um diálogo com jornalistas.

Ao ser questionado se sentia falta de Paulo Maluf no evento, Haddad criticou a imprensa. “Vocês (jornalistas) têm o propósito de fulanizar o debate e estigmatizar nossa aliança”, disse, ressaltando que está focado no futuro da cidade e em como reproduzir na capital paulista as experiências que deram certo em âmbito federal.

Haddad questionou ainda a ideia de que a capital paulista tenha um perfil conservador. “Essa cidade não é conservadora, São Paulo já elegeu um negro, uma nordestina e uma sexóloga. A verdade é que atuam nessa cidade forças extremamente conservadoras. O povo paulistano merece dias melhores a vamos oferecer isso”, disse.

sábado, 30 de junho de 2012

Para pensar e agir. Marta Suplicy



São Paulo vive situação dramática. Só neste ano foram assassinados 40 policiais, todos fora de serviço. Vários ônibus foram incendiados numa possível ação orquestrada contra o comando das autoridades policiais. Isso sem falar dos arrastões a restaurantes e prédios.

É nesse contexto de agravamento da violência, tanto na região metropolitana quanto no restante do Estado, que se inserem os casos de violência contra a mulher.

De setembro de 2011 a maio deste ano, tivemos 55.174 casos de mulheres vítimas de lesão corporal dolosa e, destes, 34.906 casos foram no interior -dados da Secretaria da Segurança Pública.

Estudo do Instituto Sangari indica que a violência doméstica ainda é a maior causa de assassinatos de mulheres no Brasil (em São Paulo, em 2010, 663 morreram). Enquanto os homens morrem nas ruas, as mulheres morrem e são agredidas dentro de suas casas.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a violência contra a mulher vem apurando denúncias de omissão em diversos Estados brasileiros.

Em São Paulo, Franco Montoro foi pioneiro com a criação da Delegacia da Mulher. Entretanto, quando se aprofunda a questão, as ações são gotas d'água num oceano de problemas -que os números mostram que só se agravaram nas últimas décadas, sem empenho realmente sério por parte do Estado diante dos fatos.

Não existe um programa de atendimento integrado às vítimas e há somente uma Delegacia de Defesa da Mulher com atendimento 24 horas! Mais grave, não existe orçamento nem a devida contrapartida do recurso federal.

As verbas federais para ações de combate à violência contra a mulher não têm sido aplicadas com a transparência necessária pelo governo estadual. Em um Estado com 645 municípios, só existem 34 equipamentos específicos para atendimento às vítimas. O problema das mulheres agredidas e assassinadas tem sido tratado como ocorrência pouco importante ou relevante.

Fico pensando quantos desses que batem em mulher ou quantos assaltantes que estão fazendo da vida do paulista um inferno não são fruto de lares violentos. De mulheres espancadas, humilhadas e abandonadas à própria sorte. Que não tiveram assistência nem oportunidade para tentar, com seus filhos, uma vida melhor. Que, por circunstâncias, não conseguiram criar cidadãos.

Embora 70% das situações de violência contra a mulher ocorram na residência da vítima, esse não é um problema que será resolvido dentro de casa. O Estado tem que estar presente: na infância, prestando assistência às mães, ou, depois, construindo cadeias. Os resultados e diagnósticos da CPMI, se levados a sério, podem fazer diferença.

MARTA SUPLICY escreve aos sábados nesta coluna.

A ascensão do popularismo virtual e a falta de líderes reais

 Coluna do Thomas L. Friedman

 

Viajando pela Europa na semana passada, parecia que quase toda conversa terminava com alguma modalidade desta pergunta: por que existe a sensação de que poucos são os líderes capazes de inspirar as pessoas a fazer frente aos desafios na nossa era? Existem diversas explicações para esse déficit de liderança global, mas eu vou me concentrar em dois: uma é de natureza geracional e a outra de natureza tecnológica.

Comecemos pela explicação de natureza tecnológica. Em 1965, Gordon Moore, cofundador da Intel, propôs a chamada Lei de Moore, segundo a qual o poder de processamento capaz de ser inserido em um único microchip dobraria a cada período de 18 a 24 meses. Isso tem de fato ocorrido sistematicamente desde àquela época. Ao ver as lideranças europeias, árabes e norte-americanas às voltas com as suas respectivas crises, eu me pergunto se não existiria um corolário político da Lei de Moore: a qualidade da liderança política diminuiria com o surgimento de cada conjunto de 100 milhões de novos usuários do Facebook e do Twitter.

A conexão mundial por meio da mídia social e de telefones celulares dotados de recursos para navegação pela web está modificando a natureza da conversa entre líderes e liderados em todas as regiões. Nós estamos passando de uma estrutura baseada fundamentalmente em conversas unilaterais – de cima para baixo – para discussões que ocorrem preponderantemente nos dois sentidos – de cima para baixo e de baixo para cima. Isso tem várias consequências: mais participação, inovação e transparência. Mas seria possível que houvesse algo como um excesso de participação? Ou seja, que os líderes passassem a escutar uma quantidade de vozes tão grande e a acompanhar um número tão excessivo de tendências que eles acabassem vendo-se prisioneiros dessas vozes e tendências?

Esta sentença estava na edição da última quarta-feira do jornal "The Politico": "As campanhas de Obama e de Romney passam o dia inteiro atacando-se mutuamente no Twitter, e ao mesmo criticam a falta de ideias sérias para uma época séria. Mas na maioria das vezes em que tiveram a oportunidade de pensar grande, elas preferiram pensar e agir com pequenez".

De fato, eu escutei uma nova palavra em Londres na semana passada: “Popularismo”. Essa é a ideologia predominante da nossa época. Ler as pesquisas, acompanhar os blogues, contar as mensagens no Twitter e no Facebook e ir precisamente para onde as pessoas se encontram, e não para onde elas precisariam ir. Se todo mundo está “seguindo”, quem está liderando?

E há também o fator exposição. Atualmente todo indivíduo que tem um telefone celular é um paparazzi; todos os que possuem uma conta no Twitter são repórteres; e todos os que dispõem de acesso ao YouTube são cineastas. Mas quando qualquer um é um paparazzi, repórter e cineasta, todos os demais são figuras públicas.

E, se o indivíduo é de fato uma figura pública – um político – o escrutínio poder tornar-se tão desagradável que a vida pública passa a ser algo a ser evitado a todo custo.

Alexander Downer, ex-ministro das Relações Exteriores da Austrália, me disse recentemente: “Vários líderes estão agora, mais do que nunca, sendo alvo de um escrutínio maciço. Isso não desencoraja os melhores deles, mas o ridículo e a interação constante por parte do público estão fazendo com que seja cada vez mais difícil para eles tomar decisões sensíveis e corajosas”.

Quanto à mudança geracional, nós passamos de uma Grande Geração que acreditava na poupança e no investimento no futuro para uma geração Baby Boomer que acreditava em contrair dívidas e gastar diariamente. Basta comparar George W. Bush com o pai dele, George H.W. Bush. O pai apresentou-se como voluntário para lutar na Segunda Guerra Mundial imediatamente após o ataque a Pearl Harbor, desenvolveu a sua liderança durante a Guerra Fria – uma época séria, na qual os políticos não podiam simplesmente seguir as pesquisas – e, como presidente, elevou impostos quando a prudência fiscal recomendava esta medida. Já o seu filho da geração Baby Boomer evitou o serviço militar e tornou-se o primeiro presidente da história dos Estados Unidos a reduzir impostos em meio a não apenas uma, mas a duas guerras.

Praticamente todos os líderes atuais têm que pedir aos seus povos que façam sacrifícios, em vez de apenas oferecer-lhes benefícios, e que estudem mais e trabalhem com mais inteligência apenas para não sofrerem uma redução do padrão de vida. Isso exige uma liderança extraordinária que tem que começar pelo hábito de se falar ao povo a verdade.

Dov Seidman, autor do livro “How”, e cuja companhia, a LRN, presta assessoria sobre liderança a diretores executivos de empresas, há muito chama atenção para o fato de que “nada inspira mais as pessoas do que a verdade”. A maioria dos líderes acha que dizer a verdade ao povo os torna vulneráveis – tanto ao povo quanto aos seus oponentes. Mas eles estão equivocados.

“O mais importante em relação a dizer a verdade é que isto de fato gera vínculos positivos com o povo”, explica Seidman. “Isso porque, quando você demonstra confiança nas pessoas, dizendo a elas a verdade, elas passam a demonstrar uma confiança recíproca”. A falta de transparência por parte dos líderes faz apenas com que os cidadãos tenham um outro problema – mais opacidade – a atrapalhá-los.

“Demonstrar confiança nos outros dizendo-lhes a verdade é algo como proporcionar a eles um piso firme”, acrescenta Seidman. “Isso estimula a ação. Quem está ancorado em uma verdade compartilhada começa a resolver problemas de forma conjunta. E isso é o início do processo para que se possa encontrar uma solução melhor”.

Mas não é isso o que nós estamos vendo atualmente por parte dos líderes dos Estados Unidos, do mundo árabe ou da Europa. Se ao menos um deles, apenas um, aproveitasse a oportunidade para dizer ao verdade ao seu povo: em que patamar se encontra, do que é capaz, de que plano ele necessita para atingir os objetivos e que contribuição ele precisa dar para encontrar uma rota melhor. O líder que fizer isso contará com “seguidores” e “amigos” reais – ao contrário do que acontece no mundo virtual da Internet.

Thomas L. Friedma
Colunista de assuntos internacionais do New York Times desde 1995, Friedman já ganhou três vezes o prêmio Pulitzer de jornalismo.

 

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Édson de Oliveira e três servidores são suspeitos do desvio de R$ 5,4 milhões

OPERAÇÃO LICEU

Reitor do IFPA é preso acusado de corrupção

A Polícia Federal (PF) prendeu, no início da manhã de ontem, quatro funcionários do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Pará (IFPA), entre eles o reitor da instituição, professor Edson Ary de Oliveira Fontes, durante ação policial denominada "Operação Liceu". Édson foi preso no Aeroporto Internacional de Belém, quando se preparava para embarcar para Brasília (DF).

Além dele, foram presos também Bruno Henrique Garcia Lima, diretor de projetos; Armando Barroso da Costa Júnior, diretor da Fundação do IFPA, e o ex-diretor financeiro administrativo Alex Daniel Costa Oliveira. Os quatro são acusados de desvios de recursos na instituição calculados em R$ 5,4 milhões.

As prisões cumpriram mandados expedidos pela 4ª Vara da Justiça Federal a pedido da Controladoria Geral da União (CGU), Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF).

O esquema fraudulento foi descoberto por intermédio de denúncias e investigações que duraram um ano. Segundo a CGU, no total foram denunciadas 13 pessoas, mas apenas quatro tiveram mandado de prisão preventiva decretado. Segundo investigações, a quadrilha desviava recursos provenientes do Ministério da Educação (MEC) e Ministério da Ciência e Tecnologia, que eram destinados a bolsas de implementação tecnológicas. Os valores eram repassados à Fundação Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará (Funcefet). A verba era destinada aos programas Universidade Aberta do Brasil (UAB), Projetos de Mestrado (Minter), Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Promatec), Pró-Campo e E-TEC Brasil (Cursos Técnicos para ensino médio). O dinheiro que deveria financiar as bolsas, com valores entre R$ 600 e R$ 9 mil, era usado em benefício pessoal dos suspeitos. De acordo com as investigações, os prejuízos aos cofres públicos podem ultrapassar R$ 5,4 milhões.

BOLE-BOLE


De acordo com o MPF, a Funcefet era peça principal no esquema da quadrilha e, mesmo sem o credenciamento do MEC e do Ministério da Ciência e Tecnologia, obrigatórios para receber verbas da educação, foi beneficiada nos últimos quatro anos com mais de R$ 79 milhões em verbas federais. Com o dinheiro destinado à educação, os envolvidos teriam adquirido imóveis em Belém e em São Paulo, comprado carros e motos, custeado cirurgia plástica, pagamento de cartão de crédito e até mesmo custeio do carnaval da escola de samba "Bole-Bole", do Guamá, em Belém. "Há cerca de um ano que a CGU e o MPF vem investigando o IFPA. Durante as investigações, foi constatado que os recursos estavam sendo usados em benefício pessoal, ou seja, o dinheiro que deveria ser repassado para a educação estava sendo gasto com a compra de imóveis, veículos e até mesmo pagamento de cirurgias plásticas. A partir de uma auditoria, foram detectados os desvios que beneficiavam familiares e amigos dos diretores.


A documentação apreendida comprova os desvios dos recursos que chegavam ao instituto para estudantes de programas federais, mas que acabavam tendo outro destino, como o custeio de escola de samba. A fundação não era reconhecida pelo MEC e atuava de forma irregular, mas mesmo assim o recurso era repassado", disse Marcelo Borges de Sousa, chefe da CGU regional Pará. "Soubemos que a quadrilha sonegou muitos papeis, o que indica que o desvio pode ter sido muito maior do que calculamos", completou.

 



De marabá - PAC2: termina treinamento para operadores de máquinas

Cento e dezesseis (116) operadores de retro escavadeiras participaram de um curso específico ontem e hoje (29) no Auditório do INCRA em Marabá, como condição para que 58 municípios recebam os equipamentos do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Em outras palavras, cada município receberá nesta 2ª-feira uma retro escavadeira doadas com recursos do PAC 2.
A ação faz parte da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal, PAC2, programa que visa objetivamente a melhoria das condições de infraestrutura do país. Esta ação tem por foco a melhoria das condições de vida no campo por meio da Recuperação das Estradas Vicinais que melhoram as condições logísticas de comercialização dos pequenos produtores e assentados das reforma agrário, além de auxiliar no acesso à outras políticas públicas. O Ministério do Desenvolvimento Agrário pretende a redução dos custos com transporte das mercadorias e a melhoria das condições de vida desta parcela da população.
Durante o treinamento esteve presente o Delegado da DFDA – PA, Paulo Cunha, que fez uma fala aos operadores das retroescavadeiras, orientando sobre a destinação das máquinas e alertando quanto ao uso adequado do maquinário para que tenha maior durabilidade. “É muito importante a conscientização dos operadores, eles são fundamentais na operação de infra-estrutra e deverão saber o quanto estas máquinas são importantes para o desenvolvimento de milhares de famílias aqui na região”, analisa Paulo Cunha.