domingo, 8 de julho de 2012

Ministério (MCTI) abasteceu esquema de fraudes

Governo dá R$ 24 mi a ONG investigada

Instituto Muito Especial, que firmou 32 convênios com Ministério de Ciência,  Tecnologia e Inovação, é suspeito de contratar empresas de fachad.


O Ministério da Ciência e Tecnologia abasteceu, via convênios com uma entidade beneficiada por R$ 24,7 milhões em recursos públicos, um esquema de fraudes praticado por empresas de fachada.

Favorecido por 32 contratos na gestão do PSB no ministério, o Instituto Muito Especial forjava cotações de preços e contratava para executar os serviços fornecedoras ligadas aos seus dirigentes e que existem apenas no papel. Cerca de 90% dos recursos que abasteceram o esquema vieram de emendas parlamentares. O relato das fraudes consta de documentos que o ministério mantém sob sigilo, aos quais o Estado teve acesso.

Com sede no Rio de Janeiro, o Instituto Muito Especial obteve, desde 2008, R$ 22,4 milhões em emendas individuais do primeiro-secretário da Câmara, Eduardo Gomes (PSDB-TO), de dez ex-parlamentares e da Comissão de Ciência e Tecnologia da Casa, a título de desenvolver ações de apoio a portadores deficiência em vários Estados.

Sempre as mesmas. De acordo com dados, sob investigação da Controladoria-Geral da União (CGU), apesar da abrangência de sua atuação, a entidade contratava sempre as mesmas cinco empresas para executar os convênios, muita vezes a preços superiores aos autorizados nos normativos do ministério. A pasta não fiscalizava as parcerias, o que abria caminho para as irregularidades.
Veja matéria completa no Estadão Clicando AQUI

Em educação o PT é ruim, tem escola para isso.

 

Rompido com o PT, o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), vai atacar a gestão da prefeita Luizianne Lins. Mostrará que Fortaleza teve o segundo pior desempenho em educação, em 184 municípios. O ex-secretário de Educação Elmando Franco é o candidato do PT.

 

A Venezuela e a ampliação do Mercosul



Artigo de domingo: Venezuela bem vinda ao Mercosul


Publicado em O Liberal (08/07/2012)
Cláudio Puty (*)
Por uma cruel ironia da História, o golpe parlamentar contra Fernando Lugo no Paraguai foi um fator decisivo para superar um impasse que durava sete anos no Mercosul, possibilitando que a Venezuela finalmente ingressasse no bloco. Essa adesão vinha sendo barrada pelo Senado do Paraguai desde 2009; agora, com a suspensão deste país do Mercosul por conta da ruptura institucional, o pedido da Venezuela pôde ser aceito. Por um lado, essa crise eliminou qualquer dúvida sobre o papel da oligarquia que domina o Paraguai há seis décadas na estratégia dos EUA de dividir o bloco por meio de acordos bilaterais de livre comércio com países da região. Por outro, a adesão da Venezuela ao Mercosul é um passo decisivo para a consolidação do projeto sul-americano de integração, por mais que os porta-vozes do fim do mundo da direita nativa torçam o nariz.        

Haverá um considerável incremento da economia regional, com o PIB total do bloco atingindo US$ 3,2 trilhões – 75% da economia sul-americana – e uma população de 272 milhões de pessoas, algo como 70% do total da região. Mais importante do que essa nada desprezível pujança econômico-social, no entanto, é o fato de a adesão da Venezuela representar um turning pointgeopolítico do Mercosul, que a partir de agora deixa de ser uma entidade limitada ao Cone Sul para expandir-se em direção ao norte da América do Sul. E esse deslocamento possibilitará a integração dos Estados amazônicos ao projeto de integração regional, como assinalaram Pedro Barros, Luiz Pinto e Felippe Ramos em artigo na Folha de S. Paulo.            
Os autores lembram que a importância econômica da Venezuela também poderá contribuir para dar mais equilíbrio ao bloco, atenuando o peso de Brasil e Argentina. A Venezuela tem hoje o 24º PIB mundial – o Brasil, o 7º e a Argentina, o 27º – ficando adiante do Chile, Peru, Bolívia e Paraguai. E não é apenas isso: as reservas comprovadas do país vizinho atingem mais de 250 bilhões de barris de petróleo (cerca de 20% das reservas mundiais), superando inclusive a Arábia Saudita, segundo o relatório anual de 2011 da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Além disso, a Venezuela detém a oitava maior reserva de gás do planeta, de acordo com o Informe Estatístico de Energia Mundial 2011, da British Petroleum, sem falar das riquezas minerais como níquel, carvão, zinco, prata, cobre, cromo, chumbo, bauxita, diamantes, ouro e manganês e fosfato.
Em relação ao Mercosul, estima-se que, com a entrada da Venezuela, o comércio intra-bloco aumentará cerca de 20%. Já o Brasil poderá incrementar o comércio com os venezuelanos, em alta desde 2003. No ano passado, tivemos um superávit de US$ 3,2 bilhões, o terceiro maior em 20 anos. A sinergia entre os dois países deverá aumentar bastante; o mercado de fertilizantes, por exemplo, é uma das possibilidades. Apesar de a Venezuela contar com grandes reservas de fosfato, ela ainda exporta pouco para o Brasil, que importa metade do que consome.
Com a Venezuela no Mercosul, ampliam-se as possibilidades de empresas brasileiras usarem o país andino como plataforma logística para exportação para o Caribe e para os Estados Unidos. A instalação de centros de distribuição no Norte também facilitaria o processo de vendas de mercadorias na região. O Pará, por exemplo, poderá aumentar significativamente a exportação de carne de búfalo para a Venezuela.  
Mas há um gargalo no comércio bilateral, que é a integração logística entre os dois países – hoje ela é feita apenas por meio de cabotagem e frete aéreo. No médio e longo prazo, será preciso investir na diversificação de modais. Como assinalou o professor Paulo Vicente dos Santos Alves, da Fundação Dom Cabral, poderíamos construir ferrovias ligando cidades como Belém e Caracas, passando pelas Guianas e pelo Suriname.
Mas, como dissemos anteriormente, a chegada da Venezuela transcende o aspecto meramente econômico e ganha uma dimensão geopolítica fundamental. Abre caminho para a integração ao Mercosul de outros países andinos e amazônicos, tornando o bloco mais abrangente. Com isso, o Mercosul se consolidará e poderá dar um salto qualitativo, avançando da fase de união aduaneira para a de integração econômica. 
(*) Deputado federal (PT-PA)

ACORDA, DILMA! ELES ENLOUQUECERAM!



Em 1968, quando os tanques russos invadiram Praga, pondo fim a um movimento libertário que tomou conta do povo tcheco, a última resistência foi na universidade local. Atacados, antes de render-se, os estudantes escreveram no muro: “Acorda, Lênin! Eles enlouqueceram!”

Recorda-se o episódio porque uns por presunção, outros por cautela, os principais auxiliares econômicos da presidente Dilma evoluem sobre o conteúdo da segunda metade de seu governo. O que fazer, o que mudar, o que conservar?

Aqui mora o perigo, porque dando como certas algumas mudanças, ministros e dirigentes do PT demonstram arrogância e já tentam enquadrar o futuro conforme suas novas tendências e seus atuais compromissos. Começam a ameaçar com mais ajuste fiscal, mais sacrifícios, talvez mais neoliberalismo, depois da temporada de benesses e benefícios promovida no governo Lula.

Chega a ser agressiva a postura adotada pela equipe econômica, esperançosa de continuar e incapaz de perceber chegada a hora de mudar de vez o modelo que nos assola desde os tempos do sociólogo. Pregam tudo o que faz a alegria dos potentados, dos banqueiros e dos especuladores, esquecendo-se da classe média e até se preparando para retirar das massas o alpiste oferecido há pouco como embuste eleitoral. Senão vejamos:

Prevêem, os áulicos de Dilma, que desta vez virá a reforma da Previdência Social. Traduzindo: vão restringir direitos dos aposentados, desvinculando de uma vez por todas do salário mínimo os vencimentos de quem parou de trabalhar. Pensionistas, aposentados do INSS e inativos do serviço público que se virem, porque receberão sempre menos do que os funcionários e trabalhadores em atividade. Quem mandou envelhecer? Ao mesmo tempo, serão descontados como se disputassem novas aposentadorias, sabe-se lá se no céu ou no inferno.

Em paralelo, evidencia-se que os reajustes do salário mínimo vão minguar. Jamais acontecerão nos níveis de anos de eleições presidenciais. No máximo, encostarão na inflação, mas, mesmo assim, na dependência de os juros baixarem. Quer dizer, os responsáveis pelos juros ainda altíssimos são os assalariados e os aposentados, não os especuladores e os banqueiros cujos lucros, em todas essas previsões, só farão crescer.

No capítulo das reformas diabólicas, asseguram que desta vez virá a reforma trabalhista. Para restabelecer direitos surripiados nos oito anos de Fernando Henrique? Nem pensar. Virão para extinguir as poucas prerrogativas sociais que sobraram. Por exemplo: vão acabar com a multa por demissões imotivadas e vão autorizar o parcelamento em doze vezes ao ano do décimo-terceiro salário e das férias remuneradas. Como a cada ano os salários e vencimentos perdem parte de seu poder aquisitivo, em poucos anos as parcelas estarão incorporadas à perda, ou seja, desaparecerão.

Outra iniciativa a assolar o país na segunda parte do mandato de Dilma será a contenção dos gastos públicos, atendendo a exigências do poder econômico. Não apenas demissões e não reposição de vagas no serviço público, mas a retomada do processo de privatizações. Como também cortes em investimentos de infra-estrutura, saúde, educação, habitação e congêneres. Ninguém se iluda se, a prevalecer a cartilha dos neoliberais incrustados no governo, logo voltar a deletéria proposta da privatização da parte da Petrobrás que continuou pública, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica e até dos presídios. Nada melhor do que, para atender as exigências do PCC, do CV e congêneres, vender as cadeias à iniciativa privada. Algumas vão virar hotéis de cinco estrelas, para os bandidos que puderem pagar. O resto que se vire...

Numa palavra, ainda que verbalmente, os auxiliares econômicos da presidente Dilma estão tramando. Trata-se da repetição de que desenvolvimento e crescimento econômico acontecerão às custas dos mesmos de sempre, porque está guardada para o fim a maior de suas pérolas: reconhecendo que a carga fiscal anda insuportável para quem produz e para quem vive de salário, voltam a prometer que na reforma tributária em gestação farão com que “mais cidadãos paguem impostos, para que todos os cidadãos possam pagar menos”. Trata-se do maior embuste produzido por esses embusteiros. Significa que o pobrezinho, até hoje livre de impostos por não ter o que comer, começará a pagar com um único objetivo oculto: aliviar a carga fiscal daquele que pode pagar e que ficará profundamente agradecido por pagar menos.

Diante dessas previsões, só resta mesmo gritar aos sete ventos: "acorda, Dilma! Eles enlouqueceram!"
Por Carlos Chagas 

Mais cachoeira

Prisão de ex-cunhado abala Cachoeira

O empresário Carlinhos Cachoeira, preso desde o dia 29 de fevereiro acusado de comandar um esquema de jogos ilegais, ficou abalado com a prisão de seu ex-cunhado. Cachoeira passou mal ao saber que Adriano Aprígio fora detido anteotem sob a suspeita de ter ameaçado, em e-mail, a procuradora da República Léa Batista de Souza, que investigou Cachoeira durante a Operação Monte Carlo. Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, Cachoeira teve uma crise de tontura e vomitou ao ser informado da prisão, por telefone, por sua mulher, Andressa Mendonça. A ameaça a investigadores por parte do grupo de Cachoeira é um dos motivos que têm levado a Justiça a negar liberdade provisória ao empresário. Já foram feitas ao menos quatro tentativas judiciais de soltura. Aprígio é também investigado pela CPI do Cachoeira e seria uma espécie de "laranja" de Cachoeira. "Ele [Cachoeira] ficou chocado com a notícia, teme que imputem a ele as ameaças, quando não está nem remotamente envolvido com isso", afirmou a advogada Dora Cavalcante, da equipe de Márcio Thomaz Bastos. CH.

sábado, 7 de julho de 2012

De perto ninguém é.....politicamente correto, menos eu!




6 de julho inicia-se o pleito eleitoral para prefeitos e veradores, o que tem de novo?

Alguns elementos novos nas eleições de 2012:


1. A presidenta Dilma, administra uma economia em crise, reconhecida pelas próprias autoridades econômicas. A indústria está em franco retrocesso, em queda de mais de 5% nos seis primeiros meses de 2012.

2. Isso não é pouco, é resultado, não apenas da crise internacional e sim da estratégia industrial de derrota do Governo, que não conseguiu aproveitar a bonança das commodities para dar robustez à economia brasileira.

3. Em práticamente uma década, não criou condições de aumentar a competitividade da indústria, com políticas de inovações tecnológicas, que dessem sustentação ao setor industrial brasileiro.

4. Existe um claro processo de desindustrialização e de reprimarização da economia.

5. Como Estado, declarou que orientaria os grandes eixos da política econômica e deixou correr solto o grande capital financeiro e industrial. Administrou o crédito com políticas frouxas de juros, com taxas de câmbio que não favoreceram exportações industriais e, fechando os olhos para a dívida interna, hoje um dos principais problemas do Brasil.

6. No âmbito social o governo não fez uma verdadeira transferência de renda já que não tirou renda do grande capital financeiro, nem da indústria, para repassar aos setores mais fragilizados do tecido social, apenas utilizou recursos do orçamento, de impostos e lucros das exportações para ampliar a bolsa família e distribuir recurso a famílias necessitadas. Mas foi uma grande obra que levou a Lula a obter o grande prestígio que hoje tem. Para alguns foi o grande autor de uma experiência populista, já conhecida em outras fronteiras.

7. No âmbito político. Aí sim que as coisas desandaram, principalmente para o Partido dos Trabalhadores (PT), que terá que enfrentar eleições aliando-se às piores correntes políticas que por muitos anos combateu a morte e que faz torcer o nariz à maioria dos partidos de esquerda do Continente, para os quais o PT não representa um bom exemplo a seguir. Acabou com seus fundamentos ideológicos e políticos, transformando-se em um partido parecido aos velhos paridos, como o PTB brasileiro, o PRI mexicano, etc. Passou a defender e cuidar, melhor do que qualquer partido "neo-liberal", do capitalismo brasileiro.

8. Esse novo panorama das eleições de 2012 leva ao PT a se misturar com Maluf, Kassab (aquém tanto combateu por ser neo-liberal) e a muitos partidos aos quais sempre tinha enfrentado e que hoje o PT comandado por Lula abraça com esse novo pragmatismo petista que interna e externamente todas as correntes do PT se orgulhan.

9. O PT não tem nada que oferecer. Mudança? Ele não fez. Ética? Ele não tem, está impregnado de corrupção e encobre a corrupção não apenas do seu partido como também dos seus aliados. Futuro de prosperidade democrática para o Brasil? Como qualquer outro partido, desde que mostre competência, que até hoje não teve.

10. Mas mesmo assim vai ganhar muitas prefeituras, com a máquina do Estado que já reparte recursos nas principais prefeituras de Brasil para ganhar votos, nestas eleições que não serão um mar de leite.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Mulher é mulher, para bem ou para mal

Geraram expectativa  na CPI do Cachoeira as  declarações da companheira do réu, de que ele estaria disposto a revelar em detalhes as suas operações, bem como o nome dos sócios e implicados. Se verdadeira a ameaça, causaria vasto terremoto no país, porque as atividades do bicheiro não se limitam ao Centro-Oeste, ou seja, Goiás e Brasília.  Cachoeira, pelo que parece, estendeu os tentáculos por outras regiões, em especial se demonstrada sua parceria com a empreiteira Delta.  Uma força-tarefa da CPI está disposta a ir à penitenciária da Papuda, onde o cidadão se encontra preso, na esperança de que na cela, sozinho com alguns senadores, ele decida falar.  Não dá para acreditar que fale para prejudicar-se, mas se for para prejudicar outros, quem sabe?

Política de alianças pragmática

Antigamente o PT tinha serias limitações para alianças com determinados partidos considerados "neoliberais", de direita ou que tivessem compromissos com partidos descendentes da ditadura. Hoje esse fator não interessa, vale qualquer aliança, de direita esquerda, centro ex-DEM pro-DEM ou quem quer que seja. Só não aceitam em hipótese alguma se aliar com Serra, nem com a mulher dele, do resto fecham os olhos e engolem em seco.

Disputa presidencial começa na eleição de BH



Após o PT romper a aliança com PSB pela reeleição do prefeito Márcio Lacerda em Belo Horizonte, a presidenta Dilma e o senador Aécio Neves (PSDB) correm contra o tempo para obter apoio dos partidos na capital mineira. Controlado pelo PSDB, o estado de Minas Gerais será, como sempre, fator essencial nas eleições presidenciais de 2014. Com o rompimento PT/PSB, Aécio desarticulou candidaturas do PTB e PV, que ele próprio havia estimulado para enfraquecer Lacerda. CH

Brasil perde 9 posições em ranking de inovação


 
País é 58º da lista de países mais inovadores, atrás de Portugal, Chile e África do Sul. Crédito, ambiente de negócios e educação são entraves.

O Brasil desabou no ranking dos países mais inovadores do mundo. Uma classificação publicada hoje (3) pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual e pelo instituto Insead, considerada como a mais completa temperatura do grau de inovação no mundo, aponta que o Brasil ocupa apenas a 58ª posição no ranking, uma queda de nove posições em relação a 2011.

Países como Portugal, Sérvia, Romênia, África do Sul e Bulgária estão melhores colocados que o Brasil. Os principais obstáculos no País: a qualidade do ensino superior e as condições para investir em ciência. O ranking é liderado pela Suíça, seguido pela Suécia, Cingapura e Finlândia. Os Estados Unidos estão na décima colocação.

O levantamento revela que o Brasil foi o país que mais caiu no ranking entre os Brics, sigla que agrupa China, Índia, Rússia e Brasil. Para os especialistas, o bloco todo precisa corrigir obstáculos institucionais para fomentar a inovação. China e Índia são citados como exemplos de países que conseguiram transformar bolsões de tecnologia em ganhos mais generalizados para a economia.

Mas, quanto ao Brasil, o levantamento revela que o País não é líder em inovação nem mesmo na América Latina. O Chile está na 39.ª posição. Já o restante da região está bem abaixo. Na 58ª posição, a situação do Brasil não é cômoda. "Particularmente preocupante é a posição do Brasil no que se refere ao ambiente para negócios (127ª posição de 141 países analisados), a educação superior (115º lugar), condições de crédito e comércio (108º lugar)", alertou o estudo.

O levantamento ainda indica que o peso das importações no PIB brasileiro é o menor do mundo. Em 2010, as importações representavam apenas 12% do PIB, o menor índice entre 141 países avaliados. O Brasil também tem uma baixa taxa de pesquisas publicadas em revistas científicas em comparação a seu PIB. O Brasil tem uma produção menor que Fiji, Irã ou Zimbábue, levando em conta o tamanho das economias.

Exportação - Com apenas 14% de suas exportações com valor agregado de alta tecnologia, o Brasil ocupa a 49.ª posição entre os países com uma pauta de exportação mais avançada. Tunísia, Indonésia e Cazaquistão estão em melhor posição. Outra constatação é de que empresas raramente contribuem com a inovação no Brasil, com menos de 5% das patentes registradas. Hoje, 24% das patentes são registradas por universidades.
(O Estado de São Paulo)

Indústria tem novo tombo mesmo após medidas do governo


Produção teve queda de 4,3% em maio, na comparação com mesmo mês de 2011, pior resultado desde 2009

Desempenho ruim foi influenciado pelo baixo investimento das empresas e pelo recuo na fabricação de carros DE SÃO PAULO
DO RIO

Diante de um cenário externo ruim e de um esfriamento de demanda doméstica, as medidas adotadas pelo governo para reaquecer a indústria foram insuficientes para evitar que o quadro de contração do setor continuasse se agravando em maio.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção industrial caiu 0,9% ante abril, terceira queda mensal seguida. A contração foi puxada principalmente pela fabricação menor de veículos e de alimentos, os dois segmentos com maior peso na indústria.

Na comparação com maio do ano passado, a produção industrial caiu 4,3%. Foi a maior queda desde setembro de 2009 e a nona retração anual consecutiva.

Com isso, produção acumulada nos primeiros cinco meses de 2012 foi 3,4% menor que a registrada do mesmo período do ano passado.

A retração da indústria, tanto em maio quanto no acumulado do ano, foi puxada por fortes quedas, de cerca de 10%, na produção de bens de capital (como máquinas e caminhões) e de bens de consumo duráveis (como carros e aparelhos celulares).

A queda da produção de bens de capital reflete a redução dos investimentos de empresários, que estão mais cautelosos por causa da demanda doméstica mais fraca e do cenário externo incerto.

Desde agosto, o Banco Central já reduziu a taxa de juros (Selic) de 12,5% para 8,5% ao ano, medida que torna mais baratos os financiamentos para investir.

"Mas isso não foi capaz de impulsionar ainda os investimentos exatamente porque o empresário não vê um crescimento forte de consumo à frente", diz o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa.

No caso de bens duráveis, os economistas dizem que o consumo desses itens foi afetado pela expansão menor do crédito no Brasil devido à alta do endividamento e da inadimplência das famílias.

Além disso, a produção de bens duráveis está sendo prejudicada pela queda das exportações para a Argentina. A venda de celulares para lá, por exemplo, caiu 80% neste ano, até maio.

COMPETITIVIDADE

O economista da CNI (Confederação Nacional da Indústria) Flávio Castelo Branco afirma que algumas medidas do governo amenizaram a retração da indústria. O IBGE mostra que a redução do IPI sobre eletrodomésticos e móveis impulsionou a produção desses segmentos.

Branco diz, porém, que desonerações pontuais são insuficientes para mudar o quadro geral da indústria. Para ele, o principal desafio é ampliar a competitividade do setor com reformas estruturais, como redução da carga tributária e aumento do investimento em infraestrutura.

Diante do desempenho decepcionante nos primeiros meses de 2012, economistas já falam até em retração da indústria neste ano.

A consultoria LCA, que antes previa crescimento de 0,7% neste ano, projeta agora que a produção vai ficar estacionada. Já a corretora Votorantim prevê queda de 1%.

"Em 2011, a indústria teve estagnação devido à concorrência com importados. Agora, vive uma retração devido à crise de investimentos" diz Julio de Almeida, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial.

(MARIANA SCHREIBER E VENCESLAU BORLINA FILHO)

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Puro sangue

Depois de bater em muita porta para fazer coligação, o PT desiste e recluta vice dentre os próprios militantes para compor a Chapa. Um histórico militante petista foi escalado para a missão.


O Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) anunciou oficialmente no fim da tarde desta quarta-feira (04), na sede do Diretório em Belém, o nome de João Cláudio Arroyo (PT) como vice do candidato à prefeitura de Belém, Alfredo Costa.

Segundo o presidente estadual do PT, João Batista, a decisão foi consensual e conta com o apoio dos membros do partido 'Essa foi a melhor escolha que o PT poderia fazer. Foi um grande acerto do partido, que só tem a ganhar com a experiência que ele pode agregar nesse momento', esclareceu.

  João Cláudio Arroyo é militante histórico do Partido dos Trabalhadores e acumula diversas experiências na gestão pública. Foi presidente do Banco do Povo durante a gestão municipal de Edmilson Rodrigues e também diretor da Agência de Desenvolvimento da Amazônia (ADA). Na última função pública exercida atuou como chefe de gabinete do governo estadual de Ana Júlia Carepa. (Luana Laboissiere/DOL)

Kassab fecha apoio do PSD à candidatura de Patrus em BH



Liderado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o PSD fechou nesta quarta-feira apoio à candidatura de Patrus Ananias (PT) em Belo Horizonte. O acordo, orquestrado a pedido da presidente Dilma Rousseff, exigiu de Kassab uma negociação com a bancada do PSD no Congresso.

Kassab viajou a Brasília para selar o acordo. O prefeito consultou o presidente da seção mineira de seu partido, Paulo Simão, e formalizou o embarque na campanha do PT. A decisão foi da Executiva nacional, acatada pela direção municipal.

Os deputados federais do PSD já informaram a decisão ao prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, e ao candidato do PT, Patrus Ananias.

A princípio, os dirigentes locais resistiam à mudança de rota. O prefeito paulistano, contudo, argumentou que a disputa ganhara conotação "nacional". Segundo interlocutores de Kassab, era sua intenção fazer um gesto aos petistas, que não fizeram objeção à criação da nova legenda.

A Folha apurou que Antonio Anastasia (PSDB), aliado de Lacerda, chegou a propor ao PSD mais espaço no governo mineiro para manter a sigla na órbita do prefeito. A oferta, contudo, não foi aceita.

Com o apoio ao PT, o partido de Kassab definirá nos próximos dias se devolve a Anastasia a Secretaria de Gestão Metropolitana, hoje comandada pelo deputado Cássio Soares (PSD).

O movimento contraria o PSD de Minas Gerais, muito ligado ao senador Aécio Neves (PSDB-MG).

PT

Apesar de fazer parte da aliança que levou Lacerda à prefeitura, o PT decidiu por candidatura própria na capital mineira após o partido não chegar a um acordo com os socialistas sobre a chapa para vereador.

O PT anunciou que teria candidato próprio no último sábado, logo após saber que o PSB decidiu não fazer coligação proporcional (que influencia na eleição de vereadores).

A decisão do PSB em não renovar a coligação proporcional foi influenciada pela pressão do senador Aécio Neves (PSDB), que ameaçou romper a aliança com Lacerda.

CATIA SEABRA
DE BRASILIA
VERA MAGALHÃES

EDITORA DO PAINEL 

São Paulo. Eleições 2012




Com Bruno Boghossian

O PSDB estipulou em R$ 98 milhões o teto para arrecadação na campanha municipal deste ano, que terá como candidato o tucano José Serra. O PT, de Fernando Haddad, fixou as despesas em R$ 90 milhões. O PMDB, de Gabriel Chalita, diz que gastará até R$ 70 milhões.

Para se ter uma ideia, na eleição de 2010, o PSDB, que lançou Serra candidato à Presidência, gastou R$ 106 milhões. O PT, da presidente Dilma Rousseff, apresentou despesas de R$ 153 milhões com a campanha presidencial. A maior parte dos custos é com os programas eleitorais que vão ao ar na televisão no horário gratuito.

Os partidos têm até amanhã para divulgar o teto do quanto pretendem gastar – e, portanto, arrecadar. As doações são permitidas depois do registro das candidaturas, que deve ser feito até sexta-feira, e da consequente obtenção de um CNPJ, por meio do qual são criadas as contas bancárias da campanha, onde entram as doações.

Outra vez com os mesmos erros


A recente matéria publicada no Blog da ex-governadora Ana Julia Carepa, hoje Diretora de Finanças de uma empresa de seguros do Banco do Brasil, localizada no Rio de Janeiro, informa da entrega de máquinas no contexto de “uma doação” do MDA (imagine se fala em doação, como se o dinheiro fosse particular).

Isso caracteriza mais uma ação ao “varejo” do Governo Federal, promovida sem uma visão estratégica de conjunto do desenvolvimento regional sustentável do Pará. Mais uma doação, que vai requerer recursos adicionais para a manutenção de equipamento pelas prefeituras.

Sempre pensei que essas ações poderiam ser feitas como parte de um programa mais amplo de desenvolvimentos sustentável, no contexto de pólos de desenvolvimento e não de uma ação individual, em apenas algumas prefeituras.

Para isso se requer pensar o Estado de forma muito diferente de como é pensado hoje, simplesmente com um interesse político partidário.

Essa visão diferente supõe uma estratégia integradora do governo federal, estadual e municipal, o que não acontece no referido neste governo. Veja a foto e da para confirmar que é uma das marcas do PT na região do Carajás e Sudeste do Pará. Sem pacto federativo nenhum.

Para que essas ações de equipar ás prefeituras com maquinas que sejam de utilidade pública para as prefeituras, seria fundamental concentrar equipamentos, para promoiver realmente efeitos de integração de associativismo e de uso comum dos mecanismos de desenvolvimento sustentável.

Qual seria a idéia de concentrar equipamentos em diversas regiões? Em vez de distribuir 144 equipamentos para os municípios, seriam distribuídas patrulhas mecanizadas que atenderiam a vários municípios e ações de desenvolvimento sustentável, não apenas para melhorar estradas e sim ações diversas, abrir vias para escoar a produção, melhorar solos, promover o uso compartilhado e manutenção dos equipamentos, etc.

Mas, como sempre, se opta pelo caminho inverso que nunca deu certo no Brasil, trabalhar no varejo, distribuir deixando a marca pessoal de quem usa dinheiro público para se promover.

Perguntas que não querem calar:


é curiosa a presença da governadora em ato do MDA, quando ela mora no Rio e trabalha em uma diretoria de empresa de seguros do banco do Brasil?Chama a atenção.

Claro tem todo o direito de andar pelo Brasil afora, inaugurando obras de quem quer que seja, eu também. Mas convenhamos que se eu saisse por aí, inaugurando escolas de samba, programas da minha casa minha vida, creches ou tirando fotos com prefeitos,  que mais parecem  “test drive” que uma ação de desenvolvimento sustentável, não seria sério.


Se a governadora tem saudade do Pará, que venha aqui a trabalhar pelo seu Estado.

Para trabalhar pelo desenvolvimento do Pará, ninguém está sobrando.

Confira a matéria embaixo.


Do Blog da ex-governadora do Pará, Ana Julia Carepa.


MDA entrega máquinas para 58 municípios e Prefeitos recordam as Máquinas do meu Governo em 2010



"Uma visão do conjunto de máquinas entregues aos 58 municípios".VISÃO DE CONJUNTO?, DESCULPEM, MAS FALTA A VERDADEIRA VISÃO DE CONJUNTO, isso aí e um amontoado de máquinas, sem visão estratégica do conjunto da obra.
Ana Julia.
Estive participando da entrega de retroescavadeiras para 58 municípios paraenses. O evento aconteceu em Marabá na manhã do dia 02/07/2012, segunda-feira. Os equipamentos foram doados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para a realização de obras da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Através da sua Delegacia Federal de Desenvolvimento Agrário no Pará (DFDA-PA), o MDA realizou nos dias 28 e 29/06, um curso de capacitação para 116 operadores ligados aos municípios contemplados, etapa obrigatória para o recebimento do maquinário.

Participaram do Ato também os Deputados federais Cláudio Puty, Miriquinho Batista e a Dep. Estadual Bernadete Ten Caten, além de diversos Prefeitos(as).

Foram investidos mais R$ 10.9 milhões para a aquisição das máquinas aqui no Estado. Os equipamentos serão utilizadas para reestruturar e dar infraestrutura às estradas vicinais – denominação dada às estradas que ligam as cidades às zonas rurais – dos 58 municípios selecionados. A cerimônia de entrega está marcada para as 10h, no município de Marabá.


As ferramentas irão contribuir decisivamente para o desenvolvimento da agricultura familiar no Estado.pois vão viabilizar o escoamento dos produtos entre as regiões de produção e o comércio local, além de garantir também que os trabalhadores rurais tenham acesso à outras ações de fomento à agricultura familiar, tais como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Foi emocionante e muito gratificante ouvir o agradecimento dos prefeitos que falaram pelas Associações de Prefeituras, em relação às mais de 500 máquinas que meu governo entregou em 2010 para Todas as 143 Prefeituras do Pará. Vários Prefeitos declararam publicamente no Ato, que estão trabalhando nos municípios graças as máquinas do Programa Faz Estrada do nosso governo. Na época entregamos 1 Patrol, 1 Pá Carregadeira, 1 Trator de Pneu e 1 Caçamba.

Veja a lista dos municípios contemplados no Pará: Acara, Afua, Agua Azul Do Norte, Almeirim, Anajas, Anapu, Aurora Do Pará, Aveiro, Bagre, Baião, Bannach, Belterra, Brasil Novo, Bujaru, Cachoeira Do Arari, Cachoeira Do Piriá, Chaves, Conceição Do Araguaia, Concórdia Do Para, Cumaru Do Norte, Curralinho, Curuá, Eldorado De Carajás, Faro, Floresta Do Araguaia, Garrafão Do Norte, Gurupá, Ipixuna Do Pará, Irituia, Itupiranga, Juruti, Limoeiro Do Ajuru, Medicilândia, Melgaço, Mocajuba, Muaná, Nova Esperança Do Piriá, Óbidos, Oeiras Do Pará, Ourilândia Do Norte, Pacajá, Piçarra, Placas, Ponta de Pedras, Portel, Porto De Moz, Prainha, Rurópolis, Santa Maria Das Barreiras, São Domingos Do Capim, São Geraldo Do Araguaia, Senador Jose Porfírio, Tome-açu, Trairão, Tucumã, Ulianópolis, Uruará e Vitória Do Xingu.

Quem vai quebrar o Estado não é a educação, é a falta de educação que quebra o Brasil.

Depois da farra das commodities, não sobrou nada. 

Aumento de gastos para educação pode 'quebrar' Estado, diz Mantega


O ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou hoje que as discussões no Congresso que aumentam os gastos do governo colocam em risco a solidez fiscal do país.

Mantega citou o PNE (Plano Nacional de Educação), que pretende elevar os gastos do governo federal para o equivalente a 10% do PIB, e as pressões por aumentos salariais do funcionalismo.

"Sempre nos deparamos com riscos de que o Parlamento aumente os custos de maneira extraordinária, o que põe em risco a solidez fiscal que conquistamos a muito custo", disse.

O ministro afirmou que o aumento dos gastos em educação para 10% tempestivamente pode "quebrar" o Estado brasileiro.

Ele criticou também os pleitos salariais dos servidores do judiciário. Nas palavras de Mantega, são os servidores que têm os melhores salários e estão pedindo reajuste superior a 50%.

"Nossa folha é de R$ 200 bilhões e temos que ter cuidado, não podemos brincar em momentos de crise", afirmou Mantega.

Ele também criticou as tentativas de extinguir o fator previdenciário, que diminui a aposentadoria de quem se aposenta com menos de 60 anos (para mulheres) e 65 anos (para homens).

Segundo Mantega, o fim do fator retira a exigência da idade mínima para a aposentadoria, o que só existe em três países do mundo.

Mantega participa hoje de encontro organizado pelo Lide (grupo de líderes empresariais), em São Paulo.

Efeito Lula


PT nacional indica Patrus Ananias à Prefeitura de Belo Horizonte
 
SÃO PAULO - A executiva nacional do PT aprovou o rompimento da aliança com o atual prefeito de Belo Horizonte (MG), Márcio Lacerda (PSB), que concorrerá à reeleição, e indicou o ex-ministro do Desenvolvimento Social Patrus Ananias como candidato da sigla à sucessão na capital mineira.

Segundo o presidente petista, deputado estadual Rui Falcão (SP), o presidente municipal do PT em Belo Horizonte e vice-prefeito da cidade, Roberto Carvalho, virá a São Paulo na quarta-feira para alinhavar os últimos detalhes do acerto.

Para oficializar Ananias, é preciso que Carvalho retire o registro de candidatura que fez ontem no Tribunal Regional Eleitoral local.

O anúncio põe fim à parceria entre PT e PSB na cidade. O deputado federal Miguel Corrêa (PT) avisou que o partido entregará ainda essa semana todos os cargos que tem no governo de Belo Horizonte.

(Vandson Lima | Valor)

terça-feira, 3 de julho de 2012

MPE-TO investigará relação entre Raul Filho, Prefeito de Palmas (PT) e Cachoeira

Em 30 dias, investigação do MP pode desencadear um inquérito policial ou o procurador-geral pode levar a denúncia ao Judiciário

O procurador-geral de Justiça do Tocantins, Clenan Renault de Melo Pereira, instaurou nesta terça-feira, 3, Procedimento de Investigação Criminal (PIC) para investigar as relações do prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), e o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, flagradas em vídeo encontrado durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.

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A apuração será conduzida pelo próprio procurador-geral de Justiça, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate do Crime Organizado (Gaeco), coordenado pela promotora de Justiça Kátia Gallieta Chaves, na parte criminal, e pela Promotoria do Patrimônio Público conduzida pelo promotor Adriano Neves nos aspectos cíveis. O MP tem 30 dias para concluir a investigação e pode desencadear um inquérito policial ou, caso reúna provas convincentes, o procurador-geral levará a denúncia ao Judiciário.

O procurador explica que o procedimento foi aberto para apurar as negociações suspeitas decorrentes do "relacionamento do prefeito Raul Filho e seu amigo, Sílvio Roberto, com Carlinhos Cachoeira e seus assessores" e correrá paralela à investigação do órgão que apura outra denúncia envolvendo a esposa do prefeito, a deputada estadual Solange Duailibe (PT).

Esta outra investigação, conforme o procurador-geral, apura o depósito bancário de R$ 120 mil efetuados pelo esquema de Cachoeira na conta da ex-servidora Rosilda Rodrigues do Santos, que atuava no gabinete da esposa do prefeito. A conta era movimentada pelo ex-secretário municipal de governo e cunhado do prefeito Pedro Duailibe, exonerado do cargo após as denúncias do depósito.

"Nós estamos com esses procedimentos já em andamento e tomando as providências que o Ministério Público julgar conveniente; vamos ouvir muita gente, o prefeito, os seus assessores ligados ao caso para que cheguemos a uma conclusão", pontua Pereira, que vislumbra suposta conexão criminal entre todos os fatos. "Esse fato da Rosilda, do Pedro Duailibe, da Solange Duailibe, tudo envolve a Delta, a empresa. O negócio toma proporções maiores, mais profundos do que a gente pensava".

O Promotor Adriano Neves avalia que os vídeos mostrados corroboram com as denúncias da ação civil que tramita na 1ª Vara da Fazenda Pública de Palmas. "Tudo o que foi mostrado nos vídeos comprovam o que eu venho mostrando nas ações civis, o vínculo entre o prefeito de Palmas e a Delta que resultou na fraude no processo licitatório que escolheu a Delta". Desde 2009 o promotor questiona a contratação da empresa com sucessivos pedidos de anulação do contrato em liminares que foram negadas pela Justiça. "Quando vai ser julgado eu não sei, mas um dia vai terá de ser, e só o juiz pode dizer quando".