segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Impacto do mensalão em São Paulo

Mensalão tirou 10% dos votos dos paulistanos que iriam para Haddad

Como o Datafolha descobriu que 81% dos paulistanos não mudaram seus votos para prefeito de São Paulo por causa do mensalão, muitos petistas se sentiram aliviados. Mas a notícia não foi tão boa assim para o PT quando são analisados os 19% que se incomodaram com o caso agora sendo julgado no Supremo Tribunal Federal.

Segundo a pesquisa, 10% dos eleitores paulistanos deixaram de votar em Haddad por causa do mensalão.

Outros 4% abandonaram José Serra (PSDB) pelo mesmo motivo e 2% desertaram Celso Russomanno (PRB).

Gabriel Chalita (PMDB) e Paulinho da Força (PDT) perderam 1% cada um. E 1% não souberam responder.

Há uma hipótese clássica para não petistas perderem votos na esteira do mensalão: quando ocorre um escândalo em Brasília, políticos famosos também registram danos em suas imagens ""uma decorrência do estereótipo reducionista segundo o qual "eles são todos iguais".

Já no caso de Fernando Haddad, há uma ligação direta. Ele é do PT. Se o mensalão não existisse, o candidato petista teria potencialmente mais dez pontos percentuais de intenção de voto. Iria de 18% a 28%, patamar tradicional do partido na cidade.

Nesta semana, devem começar a ser julgados políticos importantes do PT, como José Dirceu e José Genoino. Os telejornais vão noticiar todos os dias, até a eleição.

Se algum candidato vier a perder voto de maneira mais robusta em decorrência deste escândalo, o Datafolha indica que esse político será Fernando Haddad.

FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIAUOL

Utopia congelada?

Utopia congelada 


Tarso Genro

TENDÊNCIAS/DEBATES (Folha)

Em 1994, pedi aqui a moratória da utopia socialista. A esquerda ganharia pelas regras do jogo. Criticaram. Hoje, o "votar não adianta" assombra é a Europa

Há anos (em janeiro de 1994), escrevi um artigo nesta seção da Folha, cujo título era "Uma moratória para a utopia".

Na época, fui criticado pela autodenominada "esquerda" do meu partido -que mais tarde tomou seus próprios caminhos- e também pela esquerda acadêmica, que agora se especializou no antilulismo e no antipetismo e que faz coro com a direita mais retrógrada, "contra os políticos" e "contra a corrupção", estabelecendo uma identidade mecânica e autoritária entre ambos.

A moratória com a utopia socialista pressupunha -e ainda pressupõe- uma convergência à esquerda a partir dos valores básicos da democracia e da república, daí tendo como fulcro o Estado de Direito: a observância das "regras do jogo" (Bobbio).

Isso pressupunha a inversão de prioridades, a partir dos governos de esquerda, pautando -em oposição à mera estabilidade- a estabilidade com distribuição de renda e inclusão social e educacional amplas.

Tratava-se de colocar os "de baixo" na mesa da democracia, como dizia Florestan Fernandes. E isso foi feito.

Felizmente (e não foi obviamente por artigos como aquele) o Brasil trilhou este caminho. E por mais que se possa criticar o cerco midiático ao STF no processo do "mensalão", por mais que se possa discordar da avaliação das provas, da inovação de teses para proporcionar condenações, da "politização" excessiva do processo, ninguém pode dizer que os ministros da nossa corte suprema estão julgando contra as suas convicções ou insuflados por pressões insuportáveis.

Nada do que está acontecendo é estranho a qualquer Estado de Direito, por mais democrático e maduro que ele seja.

O Estado de Direito democrático é assim mesmo. A sua superioridade em relação às ditaduras é que as suas limitações e insuficiências são abertas e podem ser contestadas, tanto no plano da política como do direito, de forma pública e sem temor, por qualquer cidadão.

Faço estas observações porque eminentes intelectuais e jornalistas europeus, em distintas manifestações, hoje questionam a situação da democracia na Europa.

Boaventura Sousa Santos (na revista "Visão", de Lisboa) escreve "Portugal é um negócio ou é uma democracia?". Joaquin Estefania ("El País", de Madrid), defende que "começa a ser um mistério que alguém se moleste de votar e estimular a alternância partidária (...) se não existe capacidade de intervenção efetiva por parte de uma autoridade política eleita".

Antonio Baylos Grau, da Universidade Complutense de Madrid, diz que a Espanha está "numa democracia limitada", com a "soberania limitada (doutrina Brejnev) através da arquitetura financeira mundial, concentrada em poucas mãos".

Assim, sugiro que a democracia no Brasil, neste período histórico, está mais avançada do que no continente europeu, porque a adoção da dogmática de "não há alternativa" (ao caminho pautado pelas agências de risco e pelo poder privado do capital financeiro) não tem vigência nem efetividade em nosso país.

As medidas que a presidenta Dilma tem tomado na gestão econômica, dando sequência às políticas do presidente Lula, de inserção soberana, cooperativa e interdependente do país, na economia e no mercado mundial, mostram que a democracia, sim, pode ter consequência na economia e no desenvolvimento social de qualquer estado.

Na Europa, não somente foi feita uma moratória com a utopia socialista, cujo impulso foi responsável pelas grandes conquistas de proteção social e de coesão nacional no século passado, mas também foi congelada a utopia democrática. Os governos eleitos, sejam socialdemocratas ou conservadores, na primeira fala que fazem, quando chegam ao poder, é que "não há alternativa".

Logo, não adianta votar e escolher.

Nós, da esquerda e do PT, e todos os democratas de todos os partidos celebremos esta diferença: ainda não conseguiram congelar, aqui, a utopia democrática.

TARSO GENRO, 65, é governador do Rio Grande do Sul. Foi ministro da Justiça, da Educação (ambos no governo Lula) e prefeito de Porto Alegre pelo PT (1993-1996 e 2001-2002)

sábado, 29 de setembro de 2012

Duas músicas de Joaquin Sabinas, recomendo. Feliz domingo.

Noches de Boda, Y Nos Dieron Las Diez

Para morrer basta estar vivo.

Descansa em Paz



Meus lindos, nem acredito!!! Estou de volta ao SBT, meu coração está disparado! Feliz feliz feliz feliz!!! 

Russomanno se compara a Lula após cair em pesquisa


Após registrar pela primeira vez queda nas intenções de voto no Datafolha, Celso Russomanno (PRB) se comparou ontem a Lula, maior fiador da candidatura de Fernando Haddad.

Russomanno lidera com 30% das intenções de voto, mas perdeu cinco pontos em uma semana. Haddad (PT) tem 18% e está tecnicamente empatado com José Serra (PSDB), que tem 22%.

Em uma palestra na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação, em Santa Cecília (centro), Russomanno rebateu as críticas de que não teria experiência, mote de inserções veiculadas pelo PT e de discursos de Haddad.

Ele listou os cargos que ocupou no Detran, no Juizado de Menores e na Casa Civil no governo de Paulo Maluf. Russomanno disse que Lula, ao assumir o Planalto, tinha no currículo um mandato na Câmara e a experiência como líder sindical.

"Será que eu não estou preparado, não tenho currículo? Mas, se a gente voltar uns anos atrás, todo mundo tinha medo do Lula. Ele tinha um mandato de deputado federal e tinha sido presidente de sindicato. E foi um bom presidente."

Ele disse ainda que, como Lula, gostaria de "trabalhar pelo social". O discurso de Russomanno segue uma nova estratégia da campanha: neutralizar o ataque petista usando o exemplo de Lula.

 DIÓGENES CAMPANHA
DE SÃO PAULO

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O Mensalão, a cara mais feia do Reformismo





Ao citar mensalão, Lula diz que governos do PT julgaram e condenaram envolvidos no escândalo. 

O "Pensamento Único" supõe que o Governos do PT eram também juízes.

Me aplica! 

E os juízes do STF fazem o que?. 

Lewandowski e Joaquim Barbosa voltam a bater boca durante julgamento do mensalão

 

Então tá

 Ao citar mensalão, Lula diz que governos do PT julgaram e condenaram envolvidos no escândalo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, em evento de campanha do candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, nesta quinta-feira (27), que o PT tem de ter orgulho por ter julgado e condenado pessoas envolvidas em escândalos de corrupção, ao fazer referência ao escândalo do mensalão. Foi a primeira vez que Lula se referiu ao mensalão desde o início da campanha.

"Aquele mesmo senhor que ofendeu a Dilma [Rousseff] até onde ninguém jamais tentou ofender, agora está ofendendo o companheiro Fernando Haddad. Ou seja, tentando baixar o nível da campanha, tentando vincular Haddad ao julgamento do processo que está na Suprema Corte. Tem que ter orgulho, não tem que ficar com vergonha, no nosso governo as pessoas são julgadas e apuradas. No deles, tripudiam ", afirmou Lula ao fazer referência a uma declaração do candidato tucano José Serra, que afirmou que a presidente "não deveria meter o bico" na eleição de São Paulo.

De acordo com Lula, "no tempo deles, o procurador-geral da República [Geraldo Brindeiro] era chamado de engavetador".

"É importante lembrar da compra de voto em 1996 para aprovar a reeleição neste país", disse Lula, dessa vez em referência ao escândalo que envolveu a aprovação da emenda à Constituição que permitiu a reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1994-2001).

"Se juntarem todos os presidentes da história do Brasil, vocês vão ver que eles não criaram instituições para combater a corrupção como nós criamos em oito anos. Sintam orgulho porque, se tem uma coisa que fizemos, foi criar instrumentos para combater a corrupção", afirmou Lula.

Sem citar nomes, o ex-presidente afirmou que, em 2006, a imprensa tentou inflar a candidatura de uma ex-militante do PT --a ex-senadora Heloisa Helena-- e pediu a Haddad que não responda ao "jogo rasteiro" de quem tenta ligá-lo ao mensalão.

Logo após a entrada de Lula e Haddad no anfiteatro onde foi realizado o evento, a manifestação de um estudante causou constrangimento no início da cerimônia. Em frente ao palco, ele levantou uma faixa com a inscrição "Renovação com Mensalão? PT do Lula, PT do Haddad, tem o mensalão".

O manifestante foi hostilizado, teve a faixa arrancada de suas mãos e foi retirado do local.
 Julianna Granjeia
Do UOL, em São Paulo

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Mulheres uruguaias protestam contra projeto que descriminaliza aborto

Um grupo de mulheres se manifestou na frente do Parlamento uruguaio, algumas delas completamente nuas e com seu corpo coberto apenas com uma pintura laranja, em protesto contra partes do projeto de descriminalização do aborto que está sendo debatido nesta terça-feira pelo Legislativo.


As mulheres do movimento Mulher e Saúde no Uruguai (MYSU, na sigla em espanhol) desceram de um ônibus e protestaram perante o olhar atento dos transeuntes e dos meios de comunicação que se aglomeraram diante da cena, e permaneceram ali durante vários minutos apesar das baixas temperaturas em Montevidéu.

Segundo explicou Marta Aguñín, uma das porta-vozes da organização, o protesto se justifica porque a norma debatida pelos deputados não recolhe nenhum dos pedidos das organizações pró-aborto e "nem contempla nem defende muitos direitos das mulheres".

Galeria

"Os deputados estão debatendo o que acontece com o corpo das mulheres, e nós mulheres defendemos nossos direitos e queremos ser nós as que decidimos sobre o que acontece com nossos corpos", disse Aguñín.

A ativista lamentou que o projeto, que deve ser aprovado por uma pequena margem na Câmara dos Deputados e precisará ainda ser confirmado pelo Senado para entrar em vigor, obrigue as mulheres que queiram abortar a comparecer perante uma comissão médica.

"Além disso, a norma não descriminaliza o aborto inteiramente, já que se não forem cumpridos os prazos dentro do sistema, a mulher terá que recorrer ao circuito clandestino e ali seria punível", destacou.

Se for aprovada, a norma descriminaliza o aborto até a 12ª semana de gestação, com um prazo maior e sem limite caso haja riscos para a saúde da mãe. O aborto deverá ser sempre feito em centros de saúde e sob a supervisão das autoridades.




 HUMILHAÇÃO

Desde que o conteúdo do projeto ficou conhecido, organizações que defendem o aborto mostraram seu profundo descontentamento. Entre outros adjetivos, elas definiram como "humilhante" que as mulheres tenham que submeter-se "a um tribunal" para explicar por que querem abortar, sem que, além disso, se legalize a prática em sua totalidade.

Na sexta-feira passada, uma enquete realizada pela empresa de consultoria Numero mostrou que 52% da população do Uruguai é a favor da descriminalização do aborto, 34% contra e 14% não se pronuncia.

Apesar de estar penalizado pela lei, no Uruguai acontecem 30 mil abortos por ano segundo números oficiais. Esse número chega a duplicar nas estimativas de organizações defensoras dos direitos das mulheres.

 DA AGENCIA EFE, EM MONTEVIDÉU

Haddad empata com Serra em SP, segundo pesquisa Vox Populi



Pesquisa Vox Populi divulgada pelo "Jornal da Band" nesta segunda-feira (24) aponta o petista Fernando Haddad empatado em segundo lugar com o tucano José Serra na disputa pela Prefeitura de São Paulo.

Na pesquisa feita entre 19 e 21 de setembro, Haddad subiu de 14% no levantamento em agosto para 17% das intenções de voto. Já o candidato do PSDB passou de 22% para 17%.

A liderança continua com Celso Russomanno (PRB), que passou de 31% para 34% das intenções de voto.

Russomanno segue à frente e Serra se descola de Haddad

Segundo o Vox Populi, o candidato do PMDB, Gabriel Chalita, aparece em quarto lugar, com 5% das intenções de voto, mesmo número do levantamento anterior.

Soninha Francine (PPS) passou de 4% para 2%, Paulinho da Força (PDT) foi de 2% para 1% e Levy Fidelix (PRTB) passou de 0% para 1%.

Carlos Giannazi (PSOL), Ana Luiza (PSTU), Anaí Caproni (PCO), Eymael (PSDC) e Miguel Manso (PPL) não alcançaram 1% dos votos.

O número de votos brancos e nulos é de 10%. Os eleitores que não sabem ou não responderam somam 13%.

A pesquisa ouviu 2.000 pessoas e foi registrada na Justiça Eleitoral com o número SP-01066/2012. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

ESPONTÂNEA

Na pesquisa espontânea, Russomanno aparece com 30%, seguido por Haddad e Serra, com 15% das intenções de voto cada.

Chalita tem 4%, Soninha, 2% e Levy Fidelix, 1%. Os demais candidatos somam juntos 1% das intenções de voto.

O número de votos brancos e nulos é de 10%. Os eleitores que não sabem ou não responderam somam 22%.

Sobre a rejeição, Serra passou de 32% na pesquisa de agosto para 39% neste levantamento.

Haddad aparece em segundo lugar, com 12% --antes ele tinha 11%. Russomanno oscilou dois pontos e agora tem 7% de rejeição.

Soninha e Levy Fidelix aparecem com 5% de rejeição. Paulinho da Força tem 3%. Eymael e Chalita somam 2%. Miguel Manso registra 1%. Anaí Caproni, Ana Luiza e Carlos Giannazi não pontuaram.

Os eleitores que disseram que poderiam votar em qualquer um dos candidatos somam 9%. Os que não votariam em nenhum deles são 7%. Não sabe ou não responderam somam 8%.

SERRA

Questionado sobre a queda na pesquisa, Serra minimizou a pesquisa. "O Vox Populi não é sério, é brincadeira", disse o tucano ao chegar ao debate da TV Gazeta nesta segunda-feira.

UOL 

PT/PMDB Aliança estratégica, cada vez mais parecidos

Debate tem dobradinha entre Haddad e Chalita para atacar Serra


O debate desta segunda-feira (24) na "TV Gazeta" registrou uma dobradinha involuntária entre os candidatos Gabriel Chalita (PMDB) e Fernando Haddad (PT) --que atacaram o tucano José Serra.

No primeiro bloco do encontro, Haddad perguntou a Chalita sobre o transporte público --na pergunta ele disse que o setor tem uma "avaliação ruim", "ao contrário do que disse Serra" --o tucano havia respondido antes uma pergunta feita por Paulinho da Força (PDT) sobre o tema.

Na resposta, Chalita atacou a administração "Serra/Kassab" e disse que os recursos no setor são insuficientes. Haddad, em sua tréplica, afirmou que as obras feitas no metrô são insuficientes.

PMDB e PT são aliados no governo federal. Antes do processo eleitoral, Chalita e Haddad trocaram elogios. Haddad e Serra brigam pelo segundo lugar nas pesquisas.

Celso Russomanno --até agora líder nas sondagens-- sofreu um ataque de Carlos Giannazi (PSOL), em pergunta endereçada a Haddad.

Giannazi questionou o motivo dos ataques a Russomanno, "[cujo partido] é da base do governo federal" --nos últimos dias o petista aumentou o tom contra o candidato do PRB.

"O Russomanno é um subproduto da política", disse Giannazi, que, segundo ele, foi criado pelo PT, "que prioriza o consumo". "O PT reduziu a cidadania ao consumo."

Haddad respondeu que não fez ataques a Russomanno, mas questiona sua "falta de plano de governo". Disse ainda que sua "boa educação" o permite discordar da forma como Giannazi "faz política" sem atacá-lo.

Giannazi respondeu: "Você é mal agradecido com ele", disse ao lembrar que o partido de Russomanno vota junto com o governo na Câmara dos Deputados.

Do UOL, em São Paulo