quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O Governador não está brincando de gestor público


É no Centro de Convenções Hangar onde hoje, os secretários de Estado e dirigentes das autarquias e empresas de governo, continuam prestando contas e esclarecendo as metas para os dois próximos anos do mandato do Governador Simão Jatene.

Quem pensava que seria uma reunião de tranquila, se equivocou profundamente. O Governador já fez tremer muitos dos seus secretários e alguns dirigentes até entregaram as pastas. As perguntas são de um especialista em planejamento, como é o Jatene, não de amador ou um júnior, que começou ontem na vida pública. 

Ele vai ao fundo dos temas e  são os próprios secretários que devem responder, não seus assessores. De fato na reunião só entra o secretário e seu adjunto. 

O Governador quer metas concretas, já cumpridas e por realizar, com dados quantificáveis, que possam ser medidos. Não aceita generalidades nem verbos no gerúndio, nem menos improvisações. 

"Estamos fazendo, já realizamos muitas reuniões, visitas técnicas, assinamos convênios, apresentamos projetos, estamos conseguindo recursos para o Estado, estamos acompanhando projetos, realizando seminários, etc. etc."  NADA DISSO!. 

Têm secretarias que, ainda, não conseguem explicar a que vieram. Muito amadorismo e pouca ação planejada. Isso Jatene vai corrigir, e ele sabe como.  

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Mas vale tarde do que muito mais tarde



  •  HIDROVIA


Estudo


A Secretaria de Indústria e Comércio acaba de montar um grupo de trabalho para elaborar estudo sobre a importância da hidrovia do Tocantins para o Pará e para o País. O levantamento de informações começa dentro da própria secretaria e tem por finalidade defender a execução de obras para viabilizar a navegação no Tocantins. Na verdade, trata-se de mais um esforço do Estado para tentar convencer o governo federal a incluir a obra, retirada do PAC por duas vezes, entre suas prioridades. Não custa tentar.

Repórter 70 - O Liberal.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Casa das Caldeiras

Feliz coincidência

Se os cinco empresários do setor produtivo privado com quem a presidente Dilma Rousseff conversou individualmente na semana passada tiverem o mesmo (bom) senso de oportunidade, patriotismo ou adesão aos objetivos do governo para o país que o atribuído por interlocutores do blog ao presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, estaremos no melhor dos mundos. Os investimentos fluirão e a atividade reagirá rapidamente sob condições que a governante encomendou à sua equipe – e, por garantia, pediu a Deus. O PIB tende a crescer 5% ao ano ou mais, o juro nominal e real não descolará da mínima histórica e a taxa de câmbio será a adequada para evitar tragédia na indústria e inflação descontrolada. O IPCA permanecerá orbitando 5,5% ao ano – variação considerada estrutural pelo BC e que já não provoca ranger de dentes no mercado.

A conversa entre a presidente Dilma e o principal executivo do Bradesco durou 1h30 na sexta-feira. E pode não ter qualquer relação com a decisão do banco de ampliar o crédito pré-aprovado para pessoas físicas e que poderá beneficiar cerca de 25 milhões de clientes – praticamente a metade da base já atendida pela instituição. A decisão do Bradesco foi anunciada ontem e considerada, por fontes do Casa das Caldeiras, produto da reunião entre a presidente e Trabuco.

Octavio de Lazari Junior, diretor da área de empréstimos e financiamento do Bradesco, explicou a Felipe Marques, especialista em crédito do Valor, que o aumento dos limites para pessoas físicas decorre da segurança do banco em sua capacidade de prever o risco da base de clientes, que recebeu um reforço significativo desde que foram abertas cerca de 1.000 novas agências no fim de 2011.

O Bradesco foi um dos grandes bancos que teve necessidade de reformular seus modelos estatísticos de concessão de crédito nos últimos anos, para prever com mais eficácia o comportamento de classes de baixa renda. Essa reformulação foi necessária com a chegada de 42,5 milhões de pessoas agregadas ao sistema bancário brasileiro de meados de 2005 até o fim de 2012.

O colunista Raymundo Costa detalha no Valor PRO que Dilma recebeu seis pesos pesados entre quinta e sexta-feira para discutir cenários e projetos específicos das empresas. Além do presidente do Bradesco, a presidente recebeu Rodolpho Tourinho, presidente do Sindicato Nacional da Indústria Pesada; o presidente do grupo francês Lafarge, Bruno La Font; os diretores-presidentes da Cosan, Rubens Ometto; da Vale, Murilo Ferreira; e da Odebrecht, Marcelo Odebrecht.

A ideia desses encontros é distender as relações da presidente com o PIB nacional e inspirar mais confiança a fim de melhorar o ambiente de negócios. Embora tenha sido convocado a investir e ter suas reivindicações em grande parte atendidas pelo governo, o setor privado não respondeu com o investimento previsto, em 2012.

A desconfiança do empresariado decorre do intervencionismo da presidente e de decisões que contribuem para gerar desconfiança no governo. Dois exemplos são frequentemente citados, segundo contou um integrante do primeiro escalão: o apoio à presidente Cristina Kirchner, que não chega a ser um modelo para os brasileiros, e o posicionamento em relação à posse de Hugo Chávez, na Venezuela, antes mesmo que os próprios venezuelanos tivessem apresentado a solução.

Valor Econômico. 

Marina e o novo partido

Marina Silva: ex-ministra representa uma ameaça à reeleição
de Dilma e não conta com a boa vontade nem de partidos da base nem da
oposição, como o PSDB

Marina terá mais obstáculos que Kassab

A criação de um partido pela ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, é uma tarefa que terá de superar duas frentes de batalha e um desafio. A primeira frente são os obstáculos cartoriais - como a exigência de coleta e validação de quase 500 mil assinaturas de apoio. A segunda é a rejeição política do governo federal e de legendas que não querem ver seus espaços e bancadas reduzidos para uma nova sigla em ascensão. Já o desafio - interno e mais contornável - é convergir os interesses dos três principais grupos que se reúnem em torno da liderança de Marina: os ambientalistas, os evangélicos e os militantes de esquerda, especialmente os de perfil mais radical, ligados ao PSOL.

As duas frentes de batalha estão relacionadas. Marina tende a enfrentar mais dificuldades de juntar as assinaturas do que teve o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, ao sair do DEM para fundar o PSD, em 2011. O projeto de Kassab foi incentivado pelo PT porque representava um racha na oposição e trazia um naco importante dela para a base de sustentação da presidente Dilma Rousseff. O PSD, que já nasceu como a quarta bancada da Câmara, com 51 deputados federais, permitiu o maior realinhamento partidário desde a chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao poder, em 2003.

Marina, diferentemente de Kassab, representa uma ameaça à reeleição de Dilma em 2014 e não conta com a boa vontade dos petistas. Nem dos partidos que ainda contabilizam a perda de recursos políticos para o PSD.

"A maior dificuldade da Marina não será colher as assinaturas. Mas atrair filiados caso não tenha acesso à fatia maior do tempo de TV e do fundo partidário. Há um movimento forte no Congresso para não se permitir o que aconteceu com o PSD. E esse movimento tem tudo para dar certo", afirma Carlos Siqueira, primeiro-secretário do PSB, partido liderado por outro presidenciável, o governador de Pernambuco Eduardo Campos.

Siqueira refere-se ao projeto do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP). A proposta proíbe que a bancada recém-cooptada por um novo partido na Câmara seja utilizada como critério para o rateio proporcional do tempo de rádio e TV e dos recursos do fundo partidário. É algo já previsto na legislação, mas que recebeu outra interpretação, em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) favorável ao PSD. O objetivo agora é explicitar a regra, fechando a brecha aberta pelo STF. "Quem tem que legislar é o Congresso Nacional. Com esta lei, fica mais claro. O deputado é eleito com a ajuda do partido. Ele pode até criar outra legenda, mas não vai levar o tempo de rádio, de TV, nem recursos do fundo. Isso dá segurança institucional e jurídica [ao partido pelo qual foi eleito]", defende Edinho Araújo.

O deputado nega que a proposta tenha sido criada com o objetivo de prejudicar a candidatura presidencial de Marina Silva. "Quando propus, não pensei em ser contra ninguém individualmente. A dificuldade será geral", prevê. Caso a lei seja aprovada, o partido de Marina terá direito de participar apenas da distribuição igualitária do tempo de TV (um terço dele dividido entre todos os candidatos) e de 5% do fundo partidário. Os demais 95% e os restantes dois terços do horário eleitoral seriam repartidos proporcionalmente pelos partidos de acordo com o desempenho na última eleição à Câmara dos Deputados. O projeto é apoiado por nove legendas tanto governistas - PT, PMDB, PSB, PP, PR, PDT e PRB - quanto os oposicionistas PSDB e PPS, que reúnem 360 deputados, nada menos que 70% dos votos na Casa.

Com o clima político hostil, a terceira via Marina Silva tende a ter mais problema para obter, em pelo menos nove Estados, as 491.569 assinaturas de apoio - número equivalente a 0,5% dos votos válidos na última disputa à Câmara. A exigência é um muro de contenção erguido no anos 1990 para impedir a proliferação de legendas. Hoje, há 30 partidos. Mas cerca de 70 siglas nasceram - e a maioria foi extinta - entre 1980 até 1995, quando entrou em vigor a nova legislação, mais rígida. Desde então, em 17 anos, apenas cinco agremiações foram criadas da estaca zero: o PRB, ligado à Igreja Universal, e o PSOL, fundado por dissidentes do PT, ambos em 2005; o PSD e o Partido Pátria Livre (PPL), em 2011; e o Partido Ecológico Nacional (PEN), no ano passado.

O PEN, de acordo com seu presidente, o ex-deputado estadual de São Paulo Adilson Barroso, levou seis anos para levantar as assinaturas e obter o registro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Barroso chegou a oferecer a legenda para abrigar o grupo de Marina Silva, que, no entanto, não aceitou.

Kassab, por sua vez, conseguiu o registro do PSD em menos de sete meses, tempo semelhante ao que terá Marina. Se lançar a sigla em meados de fevereiro, como se cogita, a ex-ministra terá menos de oito meses até o prazo de 5 de outubro para cumprir todas as etapas - já que os candidatos precisam estar filiados a seu partido pelo menos um ano antes do dia da eleição.

O secretário-geral do PSD, Saulo Queiroz, afirma que a missão do grupo de Marina não será fácil e talvez nem factível, pelo pouco tempo à disposição. "É uma tarefa infernal, se você não tem uma estrutura importante, como foi o caso do PRB que tem a Igreja Universal. Quanto a nós, lançamos o partido em abril [de 2011] e começamos a colher as assinaturas em maio. Mas o que já éramos na época? Tínhamos dois governadores, cinco ou seis vice-governadores e mais de 40 deputados. Tínhamos estrutura de ação grande para fazer a coleta de assinaturas", diz o dirigente do PSD, que aponta ainda como dificuldade a criação de comissões provisórias em ao menos 5% dos municípios de cada Estado.

Saulo Queiroz questiona o poder de fogo do grupo da ex-senadora, que não detém o controle de máquinas de governo como era o caso dos aliados de Kassab. "Marina não tem esse apoio. Quem vai acompanhá-la, quem vai operar pelo país todo?", questiona.

A ex-ministra conta com os simpatizantes que a acompanham desde a eleição de 2010, e de sua saída do PV, e formaram o Movimento por uma Nova Política, com atuação nas redes sociais da internet. O movimento é composto por uma gama de políticos de vários partidos, como PT, PDT, PPS, PSOL, ambientalistas e evangélicos.

O deputado federal Alfredo Sirkis (RJ), que preferiu ficar no PV durante a crise que levou Marina a abandonar o partido, em julho de 2011, questiona a associação de segmentos tão diferentes. "É um conjunto de forças extremamente heterogêneo. Vai ser a dificuldade do partido. Numa campanha presidencial, como a de 2010, tudo bem, puderam coexistir. Mas imagine como será o programa do partido. Estou visceralmente ligado à causa verde; e não me vejo discutindo assuntos como aborto ou voltando a teses da extrema-esquerda", afirma Sirkis, que participou da luta armada durante o regime militar.

O deputado diz que Marina está estreitando sua base de apoio, numa inflexão à esquerda, "sobretudo se a Heloisa Helena for a segunda maior personalidade" da legenda. A contundente ex-senadora e candidata à Presidência em 2006, hoje em seu segundo mandato de vereadora em Maceió, já anunciou que sairá do PSOL caso Marina venha a formar o partido.

Sirkis considera que a previsão de que a nova sigla atraia até 15 deputados federais trabalha com um "cenário muito otimista". "Os descontentes nos partidos não são tantos assim. Agora tem muita gente fazendo rerré, jogando charme. Mas na hora do 'vamos ver' desiste", diz.

O deputado afirma que o projeto em tramitação na Câmara sobre tempo de TV e fundo partidário "está em ponto de bala". Se ele passar, diz Sirkis, Marina terá tempo mínimo no horário eleitoral e seu poder de atração cairá muito. "Não vão dar para ela a colher de chá que deram para o Kassab. Antes interessava ao governo, agora não", diz.

O ex-presidente estadual do PV em São Paulo, Maurício Brusadin, que saiu da legenda junto com Marina Silva, concorda que o ambiente político para a ex-senadora será bem menos propício. No entanto, discorda do baixo potencial de adesões. Ele lembra que recentemente 312 dissidentes petistas no Piauí aderiram ao Movimento por uma Nova Política. Na Câmara, em sua opinião, a bancada poderia chegar a 30 deputados federais. "Ela [Marina] não é um azarão. É uma candidata a presidente que teve 20% e pode puxar a votação dos parlamentares que querem se reeleger. O mais difícil já se tem, que é uma potência, uma candidatura sedutora para o parlamentar mediano", diz.

Sobre o perfil heterogêneo do grupo ligado à Marina, Brusadin minimiza. "Não dá para aceitar alguém que nos foi contrário no Código Florestal, mas a tese ampla da sustentabilidade comporta tudo isso. Para se chegar à Presidência tem que se ter mesmo um balaio", afirma.

BNDES aprova crédito de R$ 488 milhões para usina Adecoagro


SÃO PAULO - A usina Adecoagro Vale do Ivinhema obteve o financiamento de R$ 488,6 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltados para a implantação de uma nova usina de açúcar e etanol no município de Ivinhema (MS), com capacidade para 4,1 milhões de toneladas de cana por safra.

O projeto também inclui a instalação de uma unidade de cogeração de energia elétrica com capacidade de 120 MW e de linha de transmissão associada. A Adecoagro Vale do Ivinhema integra o Grupo Adecoagro, de controle internacional. Fundado em 2002, o grupo opera no Brasil, na Argentina e no Uruguai e desenvolve atividades no setor agropecuário que incluem o cultivo de cereais, oleaginosas, lácteos, café, algodão e açúcar, produção de etanol, cogeração de energia e pecuária.

Este é o segundo projeto que o Grupo Adecoagro implanta no setor sucroenergético no Brasil. O primeiro é de 2008, quando a empresa iniciou as atividades operacionais da Angélica Agroenergia, localizado no Mato Grosso do Sul, e com capacidade de moagem de 4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Em 2014, quando a unidade de Ivinhema começar a operar, o grupo chegará a uma moagem de cerca de 9,3 milhões de toneladas de cana de açúcar.

(Janice Kiss | Valor)

Vendas da linha Galaxy S da Samsung somam 100 milhões de aparelhos



SÃO PAULO - Em mais um sinal do espaço que vem ocupando no mercado mundial de smartphones, a coreana Samsung informou hoje ter atingido a marca de 100 milhões de aparelhos da linha Galaxy S vendidos.

O número inclui as vendas dos modelos Galaxy SIII e dos antecessores Galaxy SII e Galaxy S. Segundo informou a Samsung, o Galaxy S, lançado em junho de 2010, vendeu 10 milhões de unidades nos primeiros sete meses no mercado. Já o Galaxy SII atingiu a marca em cinco meses, enquanto o Galaxy SIII vendeu 20 milhões de unidades em 100 dias.

O anúncio da Samsung acontece no mesmo dia em que notícias de agências internacionais indicam que a Apple teria diminuído a demanda por componentes para o iPhone 5 diante da menor expectativa de demanda.

(Bruna Cortez | Valor)

domingo, 13 de janeiro de 2013

Onde o sonho e a Ilusão se confundem

Repórter 70

  • VALE
Ferrovia

Tudo indica que a Vale vai optar por uma ferrovia para transportar minério de ferro de Carajás até o futuro porto do Espadarte, em Curuçá. A informação já chegou aos escalões superiores do governo do Estado. A se confirmar, a opção não será surpresa, por conta da novela mexicana que se tornou a Hidrovia do Tocantins, que até hoje não saiu do papel. O efeito colateral dessa medida é que seria doloroso: o fim do sonho de agregar valor econômico à produção de ferro em solo paraense.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Casa das Caldeiras


No coração do brasileiro, luz mais barata e bronca em banco 


A redução da conta de luz em cerca de 20% neste ano entusiasmou os brasileiros na virada do terceiro para o quarto trimestre do ano passado. A novidade, rara inclusive pela dimensão do corte, não passou em branco. Foi registrada na pesquisa de opinião sobre o governo da presidente Dilma Rousseff realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Ibope em setembro do ano passado como um tema de destaque nos noticiários. Teve cartaz semelhante, na pesquisa de junho, o combate do governo Dilma às elevadas taxas de juros cobradas pelos bancos aos tomadores de crédito. O apreço da população por essas notícias faz sentido. Repercutem pra valer no orçamento das famílias. Interferem nas decisões de consumo.

As pesquisas de opinião pública a respeito do governo e da gestão da presidente sugerem elevada correlação entre as medidas tomadas no sentido de fortalecer o consumo e melhorar a distribuição de renda e a positiva e crescente avaliação positiva – tanto do governo quanto de Dilma.

O “prejuízo” na imagem do governo que poderia resultar de um abatimento menor no preço da conta de luz em função da escassez de energia – possibilidade afastada categoricamente ontem pelo governo – não chegou a ser estimado por analistas de mercado. Mas, segundo esses analistas, não deve ser desconsiderado. Até porque, explicam, no caso de revisão de cálculos sobre redução da conta de luz, a inflação tende a ficar mais pesada.

E, como uma coisa puxa a outra, na pior hipótese o Banco Central poderia ser forçado a também tirar a taxa Selic do atual nível recorde de baixa para algo superior, cenário em que todo mundo sairia perdedor: o governo, que prefere o juro o mais nanico possível, mesmo com inflação mais gorducha, e o brasileiro que subiu à classe média e conquistou espaço no mercado de crédito.

VALOR ECONÔMICO

A conferir. Ministro Barbosa, disse que o IPCA deve seguir tendência de queda em 2013

Nelson Barbosa vê inflação convergindo
 para o centro da meta


BRASÍLIA - O ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, disse há pouco que o IPCA deve seguir tendência de queda em 2013, em direção ao centro da meta, de 4,5%. “A inflação mais um ano ficou dentro do intervalo estabelecido pelo governo e a expectativa é de que em 2013 ela continue caindo, se aproximando mais do centro da meta”, afirmou. “Nosso diagnóstico é o mesmo do Banco Central”, disse, lembrando que sobre o assunto “o BC presta esclarecimentos mais detalhados.”

Ontem, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que apesar de a inflação mostrar "resistência" no curto prazo, as perspectivas indicam "retomada da tendência declinante" ao longo deste ano. O presidente do BC lembrou que, pelo nono ano consecutivo, a inflação encerrou o ano dentro da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O IPCA fechou 2012 com alta de 5,84%, ante 6,5% em 2011.

Barbosa, que esteve em uma reunião no Ministério do Planejamento sobre o Fundo de Previdência Complementar dos Servidores Públicos Federais (Funpresp), frisou que a redução no custo da energia elétrica também vai contribuir para o controle da inflação neste ano. A queda no índice seria de mais ou menos 0,5 ponto percentual, como já anunciou o governo anteriormente, mas Barbosa não comentou o número exato previsto.

Vai haver, segundo ele, uma baixa nas contas de luz e o “impacto a gente vai começar a ver a partir de março.” A energia corresponde a cerca de 3,3% do cálculo do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA). Também há impacto indireto, pois “havendo redução de custo [de produção] as empresas podem repassar isso” às mercadorias, afirmou.

Em relação ao IPCA do ano passado, que fechou acima do centro da meta, o ministro interino disse que houve quebra da safra agrícola no hemisfério norte, o que elevou os preços de grãos e derivados.

Barbosa disse ainda que desonerações contribuíram para controlar o aumento dos preços de alguns produtos, mas houve “aumentos pontuais” decorrentes de alta na tributação de cigarros e bebidas. “No balanço geral, a política tributária teve um impacto neutro ou favorável sobre a evolução da inflação”, avaliou o ministro interino.

(Thiago Resende e Lucas Marchesini | Valor)

Queda da indústria no Pará

O Pará precisa agregar valor a sua produção.   

Repórter Diário.