quarta-feira, 6 de março de 2013

Política de cotas


Editorial da Folha de São Paulo



Como era previsível, são acalorados os debates acerca da adoção de uma política de cotas pela USP.



O modelo foi proposto pelas reitorias das três universidades estaduais de São Paulo (USP, Unicamp e Unesp) e tem o aval do governo do Estado, mas precisa ser aprovado até junho pelos respectivos conselhos universitários para ser posto em prática já a partir de 2014.



Tendo em vista as críticas que o projeto passou a sofrer, não é improvável que o debate se prolongue para além do prazo estipulado.



A proposta paulista de cotas tem, sobre a versão federal, a vantagem de não se limitar à simples reserva de vagas. Preocupa-se, também, em assegurar o preparo do aluno para acompanhar os cursos.



Até 2016, 20% das vagas seriam preenchidas por egressos de escolas públicas, que passariam antes por uma espécie de "college", um curso intermediário semipresencial de dois anos (ainda a ser criado). Outros 30% entrariam pelo vestibular, mas com bonificação para alunos da rede oficial; e 50% seguiriam o método clássico.



Lamentavelmente, no caso dos postos destinados a jovens vindos do ensino público, incluiu-se uma subcota racial de 35% (discriminação desnecessária, ainda que positiva, pois o critério social já permite a inclusão de não brancos).



Capacitar alunos desfavorecidos é importante, mas o modelo paulista termina por discriminar o jovem mais pobre. Afinal, determina que apenas ele passe pelo curso intermediário. Além disso, a reciclagem seria semipresencial -o estudante iria pouco ao campus, o que nada contribui para a inclusão.



Há críticas pertinentes, mas a janela é curta. Já tramitam na Assembleia Legislativa projetos de lei determinando que as universidades estaduais paulistas reservem 50% das vagas para cotistas, como nas congêneres federais.



Se as academias não alcançarem uma solução de consenso, são grandes as chances de que a controvérsia se encerre por força dos legisladores -a despeito do que pense a comunidade universitária.

sábado, 2 de março de 2013

Mantega. A piada sou eu.....

“É uma piada. Vai ser muito mais que isso!”


Guido Mantega: para Financial Times, otimismo do ministro não tem razão de ser (Lionel Bonaventure/AFP). 
 Para FT, Guido Mantega insiste em tocar 'disco quebrado'

Essa foi a resposta do Ministro Mantega às previsões do Credit Suisse, no início de 2012,  de um PIB de apenas 2%. Logo o banco baixou a sua projeção para 1,5%. O ministro ficou furioso. 

A Presidente Dilma havia inaugurado aquele ano prevendo uma expansão da economia de 4,5%, depois dos magros 2,7% de 2011. Ali pelo início do segundo trimestre, Mantega decidiu baixar 0,5 ponto e se contentou com 4%. 

No fim de junho, já não era tão preciso a respeito, mas uma coisa o homem assegurava: seria superior a 2011 — logo, rondando a casa dos 3%.

Essa do banco é uma piada, vamos crescer mais de 3%. O PIB foi de quase a metade disso.......

Culpa da crise internacional?, pode ter sido,  só em parte. Os  BRICS cresceram bem mais e nossos vizinhos,  sem contar Venezuela e Argentina,  acima dos 5%, dentre eles, Colômbia, Chile, Perú e México. 

Na realidade, é falta de uma verdadeira política industrial que gere competitividade da indústria. Mas principalmente, falta uma política de desenvolvimento econômico para o Brasil. Essa é a grande dívida dos governantes com o povo.  

Ruim.....







quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Elizer Batista, o avô homenageado pela ALEPA, o neto indiciado por homicídio






O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro afastou o perito criminal responsável pelo laudo do processo do atropelamento no qual Thor Batista matou um ciclista em 17 de março do ano passado.

O acidente aconteceu na Rodovia Washington Luís, na altura de Xerém, em Duque de Caxias.

Thor havia sido indiciado por homicídio culposo, sem intenção de matar, mas a Quinta Câmara Criminal anulou o documento elaborado pelo perito, que constatou que o filho de Eike Batista dirigia a 135 km/h.

De acordo com a decisão da juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza, da 2ª Vara Criminal de Caxias, Hélio Martins Junior não deverá mais manifestar-se nos autos.

Na semana passada, os desembargadores já tinham votado a favor da defesa de Thor, que alega que o laudo viola a imparcialidade.

Justiça descarta laudo contra Thor Batista

Além de retirar os laudos periciais e o depoimento de Hélio do processo, a magistrada marca novo interrogatório de Thor, para às 13h do próximo dia 12 de março.


Paulo Bernardo, nosso ministro da banda larga de 5 Mbps

Na falta do que mostrar…



Na Espanha – país que em breve terá uma rede de banda larga de 100Mbps – Paulo Bernardo, nosso ministro da banda larga de 5 Mbps, voltou a atacar os EUA pelos custos assumidos pelo Brasil com a falta de um PTT na América Latina (ponto de troca de tráfego). Que, segundo ele, obriga que 35% das conexões brasileiras tenham de passar pela rede norte-americana.

E aí se valeu do ataque para defender a tortuosa posição brasileira na UIT, que apoiou abertamente países contrários à neutralidade de rede, a maioria com viés ditatorial. Todas as grandes democracias do mundo foram contra a proposta da UIT.

* É o tipo da viagem que, o melhor que um ministro sem agenda faria, seria tomar vinho.
Do Blog Capital Digital.