sexta-feira, 3 de maio de 2013

Avaliação de patentes vai render "pontos" a cientistas


A partir de junho, cientistas brasileiros ajudarão no processo de análise de patentes solicitadas ao Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).

Em troca, em vez de receber remuneração, eles ganharão pontos no currículo acadêmico, o "lattes".

Esses pontos, que também são conferidos ao pesquisador quando ele publica artigos científicos, serão levados em conta, por exemplo, quando o cientista fizer um pedido de financiamento ao CNPq, agência federal de fomento à ciência.

A remuneração em dinheiro não está descartada. "Vamos pensar nisso no futuro", diz Júlio César Moreira, diretor de patentes do Inpi.

A parceria entre o instituto e o CNPq visa a agilizar a avaliação de patentes, que leva cerca de cinco anos --isso se o pedido foi feito em 2012; pedidos anteriores levam mais tempo.

A agilidade, espera-se, virá dos cientistas. Eles participarão da fase de pesquisa da patente, na qual é verificado se o pedido é mesmo novo.

A expectativa é que, por conhecer bem sua área, o cientista faça o trabalho de pesquisa mais rápido do que o Inpi. Esse processo hoje leva cerca de oito meses. Com os pesquisadores, o tempo pode ser reduzido em 30%



INSPIRAÇÃO

A ideia da participação de cientistas na análise de patentes vem de fora: o JPO, equivalente ao Inpi no Japão, já tem usado esse sistema.

"Por lá tem dado bem certo", diz Moreira.

Por aqui, o Inpi vai fazer um experimento com 60 cientistas de engenharias mecânica, química e elétrica.

Eles farão uma capacitação em pesquisa de patentes em maio e começarão a receber os pedidos --encaminhados pelos examinadores do Inpi-- já no mês seguinte.

"A ideia é expandir a capacitação para além das engenharias no futuro", afirma Rafael Leite, chefe de propriedade intelectual do CNPq.

Quem se inscreveu para o projeto inicial quer "aprender o que é patenteável", como conta a engenheira química Claudia Danielle Carvalho de Sousa, pesquisadora da UFRJ. Ela é uma das 60 cientistas que vão participar da capacitação do Inpi.

"Também quero contribuir para as análises, que ainda demoram muito."

Inpi e CNPq acreditam que esse aprendizado pode trazer um efeito cascata positivo no processo de inovação.

A inserção dos cientistas na cultura de patenteamento pode melhorar os pedidos que chegam ao Inpi (hoje cerca de 20% são aprovados) e também as suas análises.

Ainda mais porque seis das dez maiores patenteadoras do Brasil são instituições de ensino e pesquisa: USP, Unicamp, UFMG, UFRJ, Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e Fapemig (de Minas).

"A capacitação dos cientistas em patentes deve melhorar todo o processo. Haverá um subsídio melhor para as análises", diz Leite.

Para o engenheiro e consultor Bruno Rondani, criador do Open Innovation Center (centro de difusão de inovação brasileiro que reúne empresários, governo e universidades), a parceria vai funcionar se o incentivo para os cientistas for bom.

"Mas há muito cientista que nem sabe fazer revisão de artigo científico. Espero que essa má qualidade não se aplique ao Inpi."

FILA

A parceria com os cientistas é mais uma tentativa do instituto de reduzir o tempo de espera dos pedidos de proteção industrial no país. Hoje, há mais de 160 mil pedidos esperando por análise.

Desde o ano passado, tecnologias consideradas "verdes" já passaram a ser analisadas com prioridade. Três pedidos "verdes" foram deferidos em menos de um ano.

Já a partir deste ano, medicamentos para o combate ao câncer, à Aids e às doenças negligenciadas também vão furar a fila.


SABINE RIGHETTI
FOLHA DE SÃO PAULO

quarta-feira, 1 de maio de 2013

PT perde apoios importantes - a 3ª via


Eduardo Campos responde a anúncios do PT: ‘Quem viver verá’

Em comemoração pelo 1º de Maio, o governador criticou quem “acha que já fez tudo e começa a contar o que já foi”


O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, celebrou o 1º de maio visitando o assentamento Normandia, do MST Hans von Manteuffel / Agência O Globo


CARUARU (PE) – O presidente nacional do PSB, governador Eduardo Campos, possível adversário da Presidente Dilma Rousseff em 2014, aproveitou as comemorações do 1º de Maio para apresentar um novo mote, “Quem viver verá”, para se combinar ao slogan "é possível fazer mais", que vem usando em pronunciamentos e entrevistas. Nos últimos dias, o PT usou inserções para responder à tecla em que o socialista vem batendo. Ele, porém, não considerou o fato uma apropriação o mesmo mote usado pelo PT, mas afirmou:


— Quem viver, verá que é possível fazer mais pelo povo brasileiro. Ruim é quando a gente acha que já fez tudo e começa a contar o que já foi. Importante na vida da gente, da família, da empresa, de um país é que se sintam desafiados a fazer mais e melhor.


O governador fez as declarações na cidade de Caruaru, a 130 quilômetros do Recife, que escolheu para dar início às comemorações do Dia do Trabalhado. Logo cedo, ele esteve no assentamento Normandia, do MST, um dos mais emblemáticos símbolos da luta pela terra no estado, cujo processo de desapropriação só foi consolidado depois de greve de fome feita por trabalhadores rurais que exigiam que o "latifúndio" fosse destinado à reforma agrária.

Caruaru fica na região agreste, uma das mais afetadas pela seca. O mês de Abril, no entanto, mostrou chuvas generosas em alguns municípios da região, e o governador e seu secretário de agricultura, Ranilson Ramos, começaram a percorrer municípios beneficiados pela chuva para distribuir sementes e dar início à operação de tratores para semear o solo. Ele deu ordens de serviço para início de obras de convivência com a seca.

O governador tinha vários convites para festas do primeiro de Maio, inclusive da Força Sindical, em São Paulo, mas preferiu fazer um périplo pelo interior de Pernambuco, do qual só retorna na sexta de noite.

LETÍCIA LINS
Agência O Globo

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Pensamento Único bebe do seu próprio veneno......

Marina agradece Gilmar Mendes por suspender projeto no Senado



BRASÍLIA - Em vídeo divulgado nesta segunda-feira, a ex-senadora Marina Silva agradece o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), pela decisão de suspender a tramitação de um projeto de lei que dificulta a viabilização de novos partidos políticos.

Marina trabalha para criar a Rede Sustentabilidade, partido pelo qual pretende disputar a Presidência da República em 2014.

"Graças a Deus, à mobilização da sociedade, dos senadores e do Supremo, na pessoa do ministro Gilmar Mendes, nós estamos agora livres para fazer o nosso processo politico", diz a ex-senadora na mensagem.

O projeto suspenso por Mendes na última quarta-feira restringe o acesso de novos partidos ao dinheiro do fundo partidário e ao tempo de propaganda na TV.

O espaço de uma eventual candidatura de Marina no horário político, por exemplo, cairia de 56 segundos para apenas 19 segundos.

Para Marina, o projeto, que foi patrocinado pelo Planalto e por seus dois principais aliados --PT e PMDB--, é uma "tentativa no Congresso de silenciar a voz daqueles que têm um outro posicionamento".

O texto foi aprovado pela Câmara e seria analisado pelo Senado. A decisão de Mendes vale até que os demais ministros do STF analisem o tema em plenário, o que não tem prazo para acontecer.

Ainda no vídeo, a ex-senadora afirma que a Rede já conseguiu coletar 200 mil das cerca de 500 mil assinaturas necessárias para o registro do partido.

A meta da Rede é encerrar o mês de abril com 300 mil assinaturas coletadas e atingir o total necessário até junho.

(Folhapress)

Até criança de colo sabe que no RE X PA sempre tem roubo!!!

Zeca Pirão quer investigar borderô do Re x Pa

A cota de cada um no Re x Pa foi de apenas 19 mil reais, enquanto a Federação Paraense de Futebol levou R$ 27 mil limpos, gastaram R$18 mil reais com arbitragem, R$ 94 mil e R$ 800 com produção dos ingressos, R$ 9 mil e R$ 300 com lanche , R$ 3 mil e R$ 700 reais com rádios transmissores e mais R$ 13 mil e R$ 700 reais com o custo das cercas de ferro . Totalizando R$ 165 mil reais.

Contestando todos os problemas recorrentes que envolvem a renda dos clubes paraenses e das despesas do estádio Mangueirão a cada partida disputada no maior estádio de futebol do Pará, o vice presidente do Clube do Remo e vereador de Belém, Zeca Pirão, irá através da Câmara dos Vereadores solicitar ao Ministério Público do Pará uma investigação minuciosa para averiguar com detalhes os números do borderô do último superclássico da Amazônia valendo pela semifinal da Taça Estado do Pará, onde o time azulino foi vencedor pelo placar de 2 a 1 no sábado (27).

O DOL conversou com o dirigente remista esta manhã ele confirmou a medida. "Como vereador de Belém vou solicitar junto ao Ministério Público uma investigação detalhada sobre estes números. A poriori não concordo com o que está discriminado no borderô da Federação. As despesas são exageradas", afirmou Zeca Pirão.

(Ronald Sales/DOL)