sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Me engana que eu gosto


Eleição

Quatro postulantes à presidência do partido não querem aliança com o PMDB

Dos cinco candidatos à Presidência do Partido dos Trabalhadores (PT) que participaram de um debate com dirigentes e militantes do partido no Hotel Sagres, ontem à noite em Belém, quatro defenderam o rompimento do PT com o PMDB em todos os níveis nas eleições do ano que vem. Ao se pronunciar, o candidato Renato Simões chegou a enfatizar: "O PT do Pará não pode saber por um jornal que terá que engolir os Barbalhos". Ele também defendeu candidatura própria do PT do Pará ao Governo do Estado e não um candidato com "sobrenome Barbalho". Também posicionaram-se contra coligação com o PMDB os candidatos Paulo Teixeira, Markus Sokol e Valter Pomar. O candidato Rui Falcão, atual presidente nacional do PT, não se manifestou sobre essa coligação. O sexto candidato, Serge Goulart, não veio a Belém.

Rui Falcão destacou à Imprensa que o PT estadual realizou dez plenárias regionais e dois encontros, os quais indicaram a coligação prioritária com o PMDB no Pará e o nome do ex-deputado federal Paulo Rocha como candidato majoritário nas eleições no Estado. Entre os candidatos a presidente nacional do PT, o ponto comum é a reeleição da presidente Dilma Rousseff. A eleição nacional do PT ocorrerá em 10 de novembro, com 32 mil membros do PT do Pará aptos a votar.

Presidente estadual do PT, João Batista, destacou que somente em dezembro o partido debaterá o programa de governo e outros temas de campanha, entre os quais a decisão final sobre coligar ou não com o PMDB no Estado. Mas, o posicionamento de quatro dos cinco candidatos ontem em Belém terá peso particular nessa definição de dirigentes e militantes.

O debate reuniu lideranças do PT no Pará como a ex-governadora Ana Júlia Carepa, deputados estaduais e candidatos à presidência do Diretório estadual: deputados federais Cláudio Puty e Zé Geraldo, deputado estadual Milton Zimmer, Marcos Oliveira e Bira Barbosa. Os candidatos aos diretórios municipais e distritais podem se inscrever até 11 deste mês.

Rui Falcão defendeu a reforma do sistema político nacional, democratização da mídia, reforma do Poder Judiciário e do sistema tributário e defendeu uma militância permanente no partido. Markus Sokol lembrou que o PMDB foi contra a proposta do PT de um plebiscito referente às reivindicações apresentadas por estudantes e movimentos populares em junho. Ao defender o rompimento do acordo nacional com o PMDB tanto no 1º como no 2º turno, Sokol classificou como "absurdo um acordo com Jader no Pará".
O Liberal


quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Seicom encerra oficinas para o Plano de Mineração do Pará


Da Redação
Agência Pará de Notícias
Atualizado em 05/09/2013




O Estado do Pará é o segundo maior produtor de bens minerais do Brasil, responde por 6% das exportações nacionais e aproximadamente 70% do saldo comercial brasileiro, que foi de US$ 17 bilhões em 2011 e US$ 13,5 bilhões em 2012. A mineração e a indústria de transformação mineral somam ainda 15% do Produto Interno Bruto e colaboram com 3,5% dos empregos formais gerados do estado.

Para debater alternativas que tornem o setor uma plataforma de desenvolvimento sustentável para o estado, a Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração do Pará (Seicom) realizou, nesta quinta-feira (5), a 13ª oficina para o Plano Estadual de Mineração (2013-2030), que teve como tema “Política Estadual e Modelo de Governança para Mineração no Pará”, no Centro Integrado de Governo, em Belém.

A última das oficinas para o Plano Estadual de Mineração reuniu alguns dos mais expressivos atores do segmento mineral no Pará. A ideia do ciclo de palestras foi abordar assuntos que vão da geologia à transformação mineral, com o objetivo de priorizar objetivos e definir ações e metas efetivas para a política mineral no estado.

"O Governo Federal não está fazendo uma gestão eficiente e o Pará acaba penalizado por esta situação. Isso precisa mudar. E uma das ações do governador Simão Jatene para ajudar no desenvolvimento do estado foi a recriação da Seicom. O trabalho estratégico desenvolvido por esta secretaria vem sendo importante para os projetos do governador", informou o titular da Secretaria Especial de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção, Sidney Rosa.

A expansão do Arranjo Produtivo Local (APL) de gemas e joias, em Itaituba e Parauapebas; os Grupos de Trabalho (GTs) de insumos minerais para a agricultura, petróleo e gás, agregados de uso direto na conservação; o adensamento de valor às cadeias minerais, com estudos de cadeias produtivas do cobre, níquel, manganês, alumínio, ferro, caulim e ouro são algumas das realizações da Seicom, desde sua recriação há quase dois anos. "Estas são ações que já deveriam estar ainda mais avançadas do que estão agora, não fosse o período de quatro anos de interrupção das atividades da Seicom, entre 2007 e 2011. Mas estamos nos empenhando para dar todo o apoio para desenvolver o Pará", informou Maria Amélia Enríquez.

Participaram da 13ª oficina para o Plano Estadual de Mineração (2013-2030), além da Seicom, representantes da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Pará (Secti), Vale, Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-Pará) e outros órgãos públicos e particulares.                                                                                                                   

Manaus sai na frente

Os Prêmios Professor Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente. 

Pouca participação do Pará nos Prêmios Samuel Benchimol e Banco da Amazônia. Ainda pode participar 

Instituídos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e Banco da Amazônia, com o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (SEBRAE) têm por objetivos:

1- Promover a reflexão sobre as perspectivas econômicas, tecnológicas, ambientais, sociais e de empreendedorismo para o desenvolvimento sustentável da Região Amazônica;

2- Fomentar a interação permanente entre os setores governamentais, empresariais, acadêmicos e sociais da Região Amazônica;

3- Identificar, analisar, selecionar e divulgar projetos de interesse empresarial e oportunidades de investimento a potenciais financiadores, públicos ou privados; e

4- Agraciar pessoas que se destacam no desenvolvimento sustentável da Região Amazônica.

Entre no endereço abaixo e se candidate, Até domingo 8 de setembro, prazo final. 


Prêmio Benchimol da Amazônia


No domingo encerra o prazo para se candidatar aos Prêmios  Benchimol / Banco da Amazônia . Segue o mapa das candidaturas abaixo e a  capilaridade destes,  inclusive em outros estados fora da região norte.  

Na categoria empresas da Amazônia , em que  se homenageia empresas foram apresentadas, apenas, quatro candidaturas. Trata-se de uma categoria honorífica a empresas que atuam no desenvolvimento da Amazônia.

Reforçamos a importância da categoria e a escassa participação do Estado do Pará.  


 VEJA AQUI AS CATEGORIAS JÁ INSCRITAS.


Categoria Ambiental:

Total 42 Inscritos sendo 02 Acre, 09 Amazonas, 02 Amapá, 01 Maranhão, 01 Minas Gerais, 01 Mato Grosso do Sul, 08 Pará, 02 Paraná, 02 Rio de Janeiro, 01 Rio Grande do Norte, 02 Rondônia, 08 Roraima, 01 São Paulo e 01 Tocantins.

Categoria Econômica e Tecnológica:

Total 49 inscritos sendo 05 Acre, 27 Amazonas, 01 Distrito Federal, 01 Mato Grosso do Sul, 07 Pará, 03 Rondônia, 03 Roraima e 02 São Paulo.

Categoria Social:

Total 40 Inscritos sendo 15 Amazonas, 02 Amapá, 12 Pará, 01 Rio de Janeiro, 03 Rondônia, 05 Roraima, 01 Rio Grande do Sul e 01 São Paulo.

Categoria Empreendedorismo Consciente:

Total 16 Inscritos Sendo 01 Acre, 06 Amazonas, 01 Maranhão, 06 Pará e 02 São Paulo.

Categoria Suporte ao Desenvolvimento Regional:

Total 13 Inscritos sendo 01 Acre, 08 Amazonas e 02 Amapá, 01 Pará e 01 Rondônia.

Categoria Personalidade Amazônica:

Total 13 Indicados Sendo 03 Acre, 01 Amazonas, 02 Pará, 01 Rondônia e 03 Roraima.

Categoria Empresas na Amazônia:

Total 04 Indicados Sendo 01 Amazonas, 01 Mato Grosso, 01 Pará e 01 Roraima.


Total de 177 Inscritos até as 10horas do dia 04/09/13


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Quem pariu Matheus que o embale


TRE condena Ana Júlia. Defesa promete recorrer.


Decisão por três votos a um deixa a ex-governadora inelegível até 2020


O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará condenou por três votos contra um a ex-governadora Ana Júlia Carepa (PT) e o seu então candidato a vice, Anivaldo Vale (PR), por conduta vedada a agentes públicos em período eleitoral, decidindo pela aplicação de multa de 200 mil e 100 mil UFIRs (Unidade de Referência Fiscal), respectivamente. Ana Júlia foi condenada por firmas convênios com municípios do interior e repassar verbas públicas em período vedado pela legislação eleitoral, ou seja, a partir de 3 de julho daquele ano. A multa a Ana Júlia equivale a R$ 500 mil e a Anivaldo, R$ 240 mil.

Com a condenação, a ex-governadora ficará inelegível até 2020. A ação de investigação judicial eleitoral impetratada em 2010 contra Ana Júlia pela Coligação "Juntos com o Povo'' voltou à pauta ontem, após pedido de vista do desembargador Agnaldo Corrêa, na sessão de 27 deste mês. Na ocasião, a juíza Eva Coelho já havia proferido o seu voto. Ela excluiu do processo Fernando Carneiro, José Júlio Lima e a Coligação Frente Popular Acelerá Pará, também citados na ação.

Em seu voto vista, o desembargador Agnaldo Corrêa apresentou liminar de ofício com pedido de extinção do processo sem resolução do mérito, pela violação ao rito sumaríssimo. Argumentou que o entendimento da relatora havia se firmado com base em documentos apresentados após a audiência inicial da representação, quando todas as provas devem ser levantadas, ferindo à formalização. A relatora reagiu dizendo que a matéria havia sido plenamente discutida na Casa, com garantia de ampla defesa para os representados.

Na discusão do mérito, o desembargador Agnaldo Corrêa manteve voto divergente da relatora, ao afirmar que os convênios e o repasse da verba federal aos municípios era de ''interesse público não de interesse privado'', por ter sido vinculado à lei estadual aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado, em 15 de setembro de 2010. "Não existiu partidarização. Todos os partidos receberam verbas dos convênios. O próprio PSDB, que é o cabeça da representação, se beneficiou. Tenho certeza que esta representação perdeu o objeto'', ponderou o magistrado, mais uma vez foi vencido. Votaram com a relatora os juizes Ruy Dias de Souza Filho e Ezilda Pastana Mutran. O juiz João Batista Vieira dos Anjos se declarou impedido de votar e a juiza Célia Regina de Lima Pinheiro pediu para não participar do julgamento por não ter acompanhado a apreciação completa da matéria.
O Liberal, 04/09/13

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Empresário mais querido do BNDES

Acabaram os recursos públicos, a crise chegou

Eike pode vender Glória a Acron


O empresário Eike Batista está finalizando negociações para vender o Hotel Glória ao fundo de investimento suíço Acron. A informação foi confirmada à agência de notícias Dow Jones pelo diretor de comunicação do fundo, Kai Bender. A oferta de R$ 225 milhões (US$ 94,9 milhões) pelo empreendimento, que só tem a fundação pronta e a fachada preservada, surpreendeu empresários que também negociavam com a REX, braço imobiliário do grupo EBX.
 Valor Econômico.

Caiu na Rede.....


BRASÍLIA - (Atualizada às 17h48) Em conversa na manhã desta segunda-feira, 2, com o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, pediu informações por escrito sobre os documentos que revelaram que os EUA espionaram a presidente Dilma Rousseff e seus assessores.

Figueiredo disse que expressou a “indignação” do governo brasileiro com os fatos revelados e que espera receber uma resposta ainda nesta semana.

Segundo o chanceler, Shannon respondeu que se comunicaria hoje com a Casa Branca, apesar do feriado americano do Dia do Trabalho.

Medidas concretas

Figueiredo se recusou a comentar se a viagem de Dilma a Washington, marcada para o mês que vem, está ou não confirmada, gerando a suspeita de que a presidente poderia cancelar a visita. Ele também disse que o Brasil só decidirá sobre eventuais medidas concretas sobre o assunto depois de receber a resposta dos EUA.

Em relação à conversa com o embaixador americano, Figueiredo disse que ele “entendeu o que foi dito” e buscará uma resposta. “Muitas vezes se acha que diplomacia é dar um jeito de explicar as coisas de forma sinuosa, não é. As coisas, quando têm de ser ditas de forma clara, o são, e foram ditas de forma muito clara”, disse o chanceler.

Proteção

Figueiredo informou ainda que o governo brasileiro está conversando com outros países desenvolvidos e em desenvolvimento para avaliar como eles se protegem desse tipo de situação e que ações conjuntas podem ser tomadas para tratar do tema, que classificou como “grave”.

As denúncias também serão levadas para discussão nos foros internacionais, disse Figueiredo.

Ministro da Justiça

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que o Brasil ainda não recebeu explicações conclusivas dos EUA, mas que “tomará as medidas necessárias” em relação ao caso.

“Se confirmados os fatos, isso representará uma violação inaceitável e inadmissível da nossa soberania. Isso não pode acontecer sob nenhum pretexto, mesmo para investigação de dados ilícitos. E quando a investigação acontece em uma dimensão política, empresarial, do ponto de vista valorativo, a situação fica, sem sombra de dúvida, piorada”, declarou Cardozo em entrevista coletiva ao lado do chanceler Figueiredo Machado.

O ministro classificou as interceptações das comunicações do governo brasileiro como “inadmissíveis e caracterizadores de uma situação que não condiz com as relações bilaterais e a parceria estratégica que o Brasil tem com os EUA”.

Ele sublinhou que a espionagem não tinha nada a ver com o combate ao terrorismo ou ao crime organizado, mas atingiram a chefe do governo brasileiro com objetivos políticos e comerciais.

“Os brasileiros amam tanto sua Constituição como os americanos amam a deles. Esse tratamento entre países exige um protocolo que legitime essa situação”, defendeu.

Cardozo voltou de uma viagem aos EUA, na sexta, 30m de agosto, sem a concordância dos americanos em relação à proposta brasileira de que toda interceptação de dados em território nacional fosse feita apenas diante de indícios de práticas criminosas e com ordem judicial de uma corte brasileira, respeitando o princípio da presunção da inocência.

O governo americano respondeu que não concorda em fazer um acordo desse tipo não só com o Brasil, mas com nenhum país do mundo.

(Maíra Magro | Valor)

Tem ponto de vista para todos os gostos

O fascismo do PT contra os médicos

LUIZ FELIPE PONDÉ
O PT está usando uma tática de difamação contra os médicos brasileiros igual à usada pelos nazistas contra os judeus: colando neles a imagem de interesseiros e insensíveis ao sofrimento do povo e, com isso, fazendo com que as pessoas acreditem que a reação dos médicos brasileiros é fruto de reserva de mercado. Os médicos brasileiros viraram os "judeus do PT".
Uma pergunta que não quer calar é por que justamente agora o governo "descobriu" que existem áreas do Brasil que precisam de médicos? Seria porque o governo quer aproveitar a instabilidade das manifestações para criar um bode expiatório? Pura retórica fascista e comunista.
E por que os médicos brasileiros "não querem ir"?
A resposta é outra pergunta: por que o governo do PT não investiu numa medicina no interior do país com sustentação técnica e de pessoal necessária, à semelhança do investimento no poder jurídico (mais barato)?
O PT não está nem aí para quem morre de dor de barriga, só quer ganhar eleição. E, para isso, quer "contrapor" os bons cidadãos médicos comunistas (como a gente do PT) que não querem dinheiro (risadas?) aos médicos brasileiros playboys. Difamação descarada de uma classe inteira.
A população já é desinformada sobre a vida dos médicos, achando que são todos uns milionários, quando a maioria esmagadora trabalha sob forte pressão e desvalorização salarial. A ideia de que médicos ganham muito é uma mentira. A formação é cara, longa, competitiva, incerta, violenta, difícil, estressante, e a oferta de emprego decente está aquém do investimento na formação.
Ganha-se menos do que a profissão exige em termos de responsabilidade prática e do desgaste que a formação implica, para não falar do desgaste do cotidiano. Os médicos são obrigados a ter vários empregos e a trabalhar correndo para poder pagar suas contas e as das suas famílias.
Trabalha-se muito, sob o olhar duro da população. As pessoas pensam que os médicos são os culpados de a saúde ser um lixo.
Assim como os judeus foram o bode expiatório dos nazistas, os médicos brasileiros estão sendo oferecidos como causa do sofrimento da população. Um escândalo.
É um erro achar que "um médico só faz o verão", como se uma "andorinha só fizesse o verão". Um médico não pode curar dor de barriga quando faltam gaze, equipamento, pessoal capacitado da área médica, como enfermeiras, assistentes de enfermagem, assistentes sociais, ambulâncias, estradas, leitos, remédios.
Só o senso comum que nada entende do cotidiano médico pode pensar que a presença de um médico no meio do nada "salva vidas". Isso é coisa de cinema barato.
E tem mais. Além do fato de os médicos cubanos serem mal formados, aliás, como tudo que é cubano, com exceção dos charutos, esses coitados vão pagar o pato pelo vazio técnico e procedimental em que serão jogados. Sem falar no fato de que não vão ganhar salário e estarão fora dos direitos trabalhistas. Tudo isso porque nosso governo é comunista como o de Cuba. Negócios entre "camaradas". Trabalho escravo a céu aberto e na cara de todo mundo.
Quando um paciente morre numa cadeira porque o médico não tem o que fazer com ele (falta tudo a sua volta para realizar o atendimento prático), a família, a mídia e o poder jurídico não vão cobrar do Ministério da Saúde a morte daquele infeliz.
É o médico (Dr. Fulano, Dra. Sicrana) quem paga o pato. Muitas vezes a solidão do médico é enorme, e o governo nunca esteve nem aí para isso. Agora, "arregaça as mangas" e resolve "salvar o povo".
A difamação vai piorar quando a culpa for jogada nos órgãos profissionais da categoria, dizendo que os médicos brasileiros não querem ir para locais difíceis, mas tampouco aceitam que o governo "salvador da pátria" importe seus escravos cubanos para salvar o povo. Mais uma vez, vemos uma medida retórica tomar o lugar de um problema de infraestrutura nunca enfrentado.
Ninguém é contra médicos estrangeiros, mas por que esses cubanos não devem passar pelas provas de validação dos diplomas como quaisquer outros? Porque vivemos sob um governo autoritário e populista.
Luiz Felipe Pondé
Luiz Felipe Pondé, pernambucano, filósofo, escritor e ensaísta, doutor pela USP, pós-doutorado em epistemologia pela Universidade de Tel Aviv, professor da PUC-SP e da Faap, discute temas como comportamento contemporâneo, religião, niilismo, ciência. Autor de vários títulos, entre eles, "Contra um mundo melhor" (Ed. LeYa). Escreve às segundas na versão impressa de "Ilustrada".

Artigo publicado na Folha de S.Paulo, de 02.09.2013