sábado, 21 de setembro de 2013

Não só o Brasileiro vive de ilusão, o Governo Federal até vende

Lobão: 7 das 12 maiores empresas do setor estão no leilão de Libra



BRASÍLIA - (Atualizada às 17h10) O ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, disse, nesta sexta-feira, 20, que a ausência de algumas grandes empresas petroleiras no leilão de Libra gerou “interpretações equivocadas”. Segundo ele, o governo está convencido do sucesso do leilão, que representa uma “grande oportunidade para as petroleiras”. O ministro comenta na tarde desta sexta o resultado das inscrições para o leilão do campo de Libra.
Onze empresas se inscreveram no leilão, mas o governo esperava uma participação de 40 companhias. As ausências da Exxon Mobil, BP, Chevron e BG, gigantes do setor, chamaram a atenção do mercado.

“Estamos vendo certo pessimismo porque duas ou quatro grandes empresas deixaram de se inscrever no leilão”, afirmou Lobão, lembrando que, das 12 maiores empresas do setor, sete companhias estão participando do leilão.

Sobre a participação da Petrobras no leilão, o ministro argumentou: “Não há mal em empresas estatais participarem”. Para ele, o leilão terá “êxito total”, frisando que as regras para a operação estão claras.

Lobão disse que o governo procurou defender o “interesse brasileiro, sem complicar a vida das empresas”. “O regime de partilha é bom para o Brasil.” Ele, no entanto, admitiu que houve atraso na elaboração da legislação do leilão.

Espionagem

O ministro de Minas e Energia disse, ainda, que as empresas inscritas no leilão são grandes e “tranquilizadoras com sua presença”. Assim, o leilão será bem sucedido e será “um dos mais importantes da história do petróleo do mundo”.

Questionado sobre um possível risco político no leilão e se algumas empresas deixaram de participar por causa das denúncias de espionagem feitas pelo governo americano contra a Petrobras, ele respondeu que, dizer isso, “seria especulação”. Lobão reiterou que não tem informações sobre a questão da espionagem à estatal.

O ministro vê “interesse legítimo das empresas” no leilão marcado para o dia 21 de outubro. Para ele, as empresas que não se inscreveram “tiveram suas razões”.

(Lucas Marchesini e Thiago Resende | Valor)


ANP divulga empresas interessadas no pré-sal; gigantes estão fora



RIO - A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou nesta quinta-feira a lista das 11 empresas cadastradas para participação no leilão do prospecto de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, na primeira licitação sob o regime de partilha de produção.

Gigantes

As petroleiras britânicas BP e BG e as norte-americanas ExxonMobil e Chevron não vão participar do leilão. A diretora-geral da ANP, Magda Chambriar, já havia informado sobre a negativa das três primeiras.

Ela contou ter recebido ligações de representantes das empresas informando que não participariam do leilão, marcado para 21 de outubro, por motivos específicos. A diretora informou que esperava todas as companhias, as chamadas "A" e as "B" para o leilão e previa participação de até 40 companhias.

As empresas classificadas como "A" são aquelas com experiência já comprovada em exploração e produção em águas profundas, ultra-profundas, águas rasas e terra. Já as empresas do tipo "B" são as que têm experiência apenas em águas rasas e terra.

Se inscreveram na ANP e pagaram a taxa de R$ 2 milhões as empresas chinesas CNOOC International Limited e China National Petroleum Corporation (CNPC); a japonesa Mitsui; a colombiana Ecopetrol; a indiana ONGC Videsh; a portuguesa Petrogal; a Petrobras; a malaia Petronas; a hispano-chinesa Repsol-Sinopec; a anglo-holandesa Shell; e a francesa Total.

Por Marta Nogueira, Rafael Rosas e Rodrigo Polito | Valor

domingo, 15 de setembro de 2013

Assinatura Paulo Chaves



Diário do Pará

Atividade econômica abre trimestre em queda

Recuo de 0,33% apurado por índice do BC foi menor que média esperada pelas instituições consultadas pelo Valor Data, de baixa de 0,6%


BRASÍLIA - (Atualizada às 9h24) Depois do firme avanço no mês de junho, a economia brasileira voltou a mostrar contração em julho. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br, que busca antecipar o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) caiu 0,33% em julho, na série com ajuste sazonal. Além disso o Banco Central reviu os dados de junho, que agora registram alta de 1,03% sobre maio, ante leitura inicial de 1,13%.

A variação mensal de menos 0,33% foi melhor do que a média projetada pelas 13 instituições financeiras consultadas pelo Valor Data, que sugeria contração de 0,6% em julho ante junho, no dado ajustado. O intervalo de projeções variava de queda de 0,1% a 1%.

O prognóstico feito pelas instituições ouvidas pelo Valor Data levava em consideração a queda da produção industrial (baixa de 2% no mês de julho) e o resultado melhor do que esperado pelas vendas no varejo, divulgado ontem pelo IBGE (avanço de 1,9% em julho).

O IBC-Br mostrou alta de 3,38% em julho ante igual período do ano passado, na série sem ajustes. Considerando a sazonalidade, foi verificado avanço de 2,60% na mesma comparação. E nos 12 meses acumulados em julho, o aumento foi de 2,3%, com ajuste sazonal (e alta de 2,11% sem ajuste). No ano, o aumento é de 2,97% (sem ajuste) e 3,10% considerada a sazonalidade.

O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços). A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.

No Relatório de Inflação de junho, o BC rebaixou sua previsão de crescimento para o ano de 3,1% para 2,7%. A projeção deve ser atualizada no fim do mês, com a divulgação de um novo Relatório de Inflação. Já os analistas consultados para a confecção do boletim semanal Focus estimam avanço de 2,35%.

Média móvel trimestral

O IBC-Br apresentou contração na passagem de junho para julho e também tem variação negativa na medida móvel trimestral.

Considerando os dados com ajuste sazonal, o indicador, que tenta antecipar o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB), mostra queda de 0,26% nos três meses encerrados em julho quando comparado com os três meses encerrados em junho.

Essa é a primeira leitura negativa da média móvel desde maio do ano passado. Mantendo a base de comparação, o trimestre encerrado em junho mostrava avanço de 0,16% sobre os três meses findos em maio.


(Eduardo Campos | Valor)