segunda-feira, 25 de maio de 2015

Grandes compositores

Johann Sebastian Bach (The Best of Bach) 


“Bach (riacho, em alemão) deveria se chamar Ozean (oceano) e não Bach!” Esta frase atribui-se a ninguém menos que Ludwig Van Beethoven referindo-se a Johann Sebastian Bach. Ele nasceu em 21 de março de 1685, em Eisenach na Alemanha em uma família tradicional que gerou músicos por várias gerações. Seu pai o ensinou a tocar, violino, viola e o alfabetizou musicalmente. Aos dezoito anos trabalhou na igreja de Arnstadt e já demonstrava ter uma técnica muito apurada ao órgão. Teve aulas também com Dietrich Buxtehude aprimorando sua técnica e interpretação.

Foi trabalhar em Weimar onde ganhou maior prestígio profissional. Lá ele sofreu dificuldades devido a desavenças com o duque Wilhelm Ernst.

Bach foi para Köthen trabalhar para o príncipe Leopold d’Anhalt-Köthen. Lá obteve bastante liberdade e atuou compondo em sua maioria músicas não-litúrgicas tais como os famosos e belos “concertos de Brandemburgo” e o “Cravo Bem Temperado”.

Em maio de 1723, Bach foi trabalhar como “kantor” (diretor musical e professor) na igreja de São Tomás, em Leipzig. Lá ele ensaiava coros às segundas, terças, quartas e sextas. Aos sábados, ele agregava os cantores com os instrumentistas para ensaiar e por conseguinte, apresentar aos domingos. Foi um período de muito trabalho, chegando a compor quase que uma cantata por semana. Teve algumas dificuldades e conflitos em Leipzig até que em 1729 ele ocupou o cargo de diretor doCollegium Musicum, uma orquestra de estudantes e músicos profissionais fundada por Telemann que fazia apresentações constantes na cidade.



Bach não foi tão reconhecido em sua época, sendo suas obras esquecidas até 1829, quando, segundo algumas narrativas, foram encontradas suas partituras sendo usadas para embrulhar carnes de um açougue. Assim, possivelmente muitas de suas obras foram perdidas. Porém, com o que temos, podemos ter a dimensão da genialidade deste compositor que influenciou grandes mestres da música e influencia até hoje os músicos de nosso tempo.


fff

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Barbosa critica Dilma por 'erro imperdoável' ao não vetar aumento do Fundo Partidário







O ex-ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quarta feira, 20, que a presidente Dilma Rousseff (PT) cometeu um 'erro político imperdoável' ao não vetar a lei aprovada pelo Congresso que aumentou os recursos destinados ao Fundo Partidário.

"Há cerca de um mês a presidente da República, em um gesto absolutamente insensato, deixou de vetar uma lei irracional votada pelo Congresso que aumentou o valor do fundo partidário. Essa verba do orçamento que banca as atividades dos partidos, essa verba era algo de duzentos e poucos milhões de reais, que já era uma quantia enorme, foi aumentada para 900 milhões de reais.A presidente da República deveria ter vetado, mas deixou passar, um erro político imperdoável", disse o ex-presidente da mais alta Corte judicial do País.

Barbosa participou em São Paulo do congresso da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima). Ele disse que "a corrupção pública é muito incentivada pelo modelo de organização da política que foi adotada".

"A evolução do sistema político brasileiro contribui para isso (a corrupção)", afirmou o ex-ministro. "Um sistema partidário fragmentado, sistema de partidos políticos destituídos de qualquer ideário, de qualquer conotação ideológica ou o que o valha. A atividade politica se tornou um meio para se atingir outros objetivos que não aquele de atender os interesses da coletividade. E impune".

Ele afirmou que "o esporte mais praticado pelo Congresso é a vontade de derrotar o Executivo nessa ou naquela proposta". Segundo Barbosa, o Congresso "em vez de contribuir propositivamente com políticas públicas, usa seu poder muito mais para chantagem, não é participativo" Em sua avaliação, "o Legislativo se acomodou ao presidencialismo de coalizão".

Ao criticar a ampliação dos recursos destinados ao Fundo Partidário, Joaquim Barbosa foi enfático. "Há hoje coisas inaceitáveis que o brasileiro sequer discute. A ideia de tirar uma parcela, uma fatia importante do orçamento público dedicada aos parlamentares para que possam usar lá em seus currais é algo absolutamente inaceitável."

"Eu vejo tudo isso com uma involução. O Poder legislativo, que é extremamente importante, está muito preocupado em se perpetuar nos cargos."Da platéia que o aplaudiu demoradamente, o ex-ministro ouviu a pergunta. "O sr. vai nos dar o privilégio de se tornar candidato a presidente em 2018?". Ele disse que "tornar-se presidente de seu país é a honra suprema".

Em seguida, fez uma ressalva, em meio à ovação. "Mas, em primeiro lugar é preciso ter vontade e até hoje não tive essa vontade, é simples", disse Barbosa. "Pode ser que daqui a alguns anos, mas essa vontade até hoje não tive, não."

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Papão vence e se classifica para próxima fase da Copa do Brasil

'O diabo mora nos detalhes', diz economista sobre acordos com a China

O Estado de S. Paulo


Lia Valls, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, é cética em relação à realização de investimentos na casa de US$ 50 bilhões anunciados pelos chineses no Brasil. Ela não acha que se trata de um episódio "pirotécnico", mas ressalta que uma coisa é a intenção e outra coisa é detalhar como serão feitos os projetos. "O diabo mora nos detalhes. Precisa ver como é que será feito, se isso vai se concretizar mesmo." A seguir, os principais trechos da entrevista.


Como a sra. avalia o anúncio de investimentos chineses no País: tem pirotecnia ou é fato?

Muitas coisas são memorandos de entendimentos, protocolos, acordos de cooperação. Isso significa que você vai detalhar o que é isso. Acho que algumas coisas estejam mais fechadas, mas todos esses US$ 50 e tantos bilhões na realidade ainda vão ter uma outra etapa que é detalhar como será feito esse acordo. Não acho que exista pirotecnia. Acho que há a intenção de fazer. Agora uma coisa é intenção e outra coisa é quando você senta para detalhar como será feito, como será construído. O diabo mora nos detalhes. Tem de olhar para ver se isso vai se concretizar mesmo. Vem para Argentina, para o Brasil, não sei se eles vão fazer todo esse investimento. Não é tão óbvio que vão bancar isso tudo, não. Depende muito das condições. Os chineses são negociadores por excelência. Não é uma coisa que vai cair do dia para noite e acabou, eles vão negociar.

Isso é um risco de não se concretizar?

Não, acho que a China tem interesse em financiar. Algumas coisas eles já fecharam. A China não está fazendo isso só com o Brasil. Fez com a Argentina, depois vão para outros países. Faz parte de uma estratégia mais global deles. De um lado você tem esses países aqui que, com a própria desaceleração da China e a queda no preço das commodities, alguns, em maior ou menor grau, por problemas domésticos estão passando por uma fase de ajuste complexo, que é o caso do Brasil. São países que têm poupança doméstica muito baixa. Argentina e Brasil precisam de investimento. Há interesse da nossa parte por esse investimento. Pelo lado dos chineses, há o interesse nos recursos minerais. A China também está num processo de internacionalização das empresas, por isso quer se expandir para a região. São regiões que têm potencial de crescimento e que estão passando por uma fase ruim. É uma intenção.

Corremos algum risco nessa investida chinesa?

A gente não é a África, que tem uma institucionalidade mais fraca. O Brasil tem uma institucionalidade mais forte. Acho que os diplomatas e as empresas no nosso caso sabem negociar para termos benefício para ambas as partes. Na época em que os chineses estavam comprando terras, o governo brasileiro limitou a compra de terras por estrangeiros, percebendo que isso não era uma boa. São culturas diferentes. Temos de aprender como fazer negócios juntos. Não há motivos para acharmos que possa ser ruim. Agora eu não sei se todos os US$ 53 bilhões serão concretizados. Não tenho muita certeza. No passado os chineses já falaram que iam investir não sei quanto e acabou não acontecendo.

Na Argentina, a indústria de vagões está preocupada com a competitividade dos produtos chineses. A sra. acha que isso pode ser um problema para a nossa indústria?

Se você deixar as empresas de construção chinesas virem construir aqui, as nossas empresas de engenharia não vão ficar muito felizes. Como faz essa repartição? Como é isso? Agora eu acho que o Brasil precisa de investimento e nessa área de infraestrutura é mais difícil vir investimento americano e europeu.

O interesse dos chineses na infraestrutura pode provocar conflito com as empresas de capital americano e europeu?

Não, porque essas empresas em geral não têm mostrado muito interesse. Como as regras de concessão na infraestrutura muitas vezes não estão muito claras aqui, o investidores europeus e americanos são mais reticentes. Já o chinês está mais acostumado a investir em outros países e aparentemente está mais disposto a correr riscos.

terça-feira, 19 de maio de 2015

China, indústria do mundo


O que o contrato de patrocínio com a Parmalat representou para a equipe de futebol do Palmeiras, o que representou para o futebol mundial e, o que isso tem a ver com a nossa prateleira cheia de mercadorias chinesas?
É uma longa história, que começa antes da geração dos nossos pais e vai ter consequências talvez até depois dos nossos filhos.
Não o contrato Parmalat! Esse só durou de 1992 até 2000. Oito anos que mudam a história do clube.

Se é interdisciplinar a proposta de perceber o que impacta nossas vidas, por quê não passar pelo futebol? Paixão nacional, ou talvez mundial, que tem no seu mecanismo muita ciência pra gente explorar dos temas gestão e econ​omia!
Um clube tem corpo político, administrativo e técnico.​ ​​Lida com expectativas do seu público e, tem que apresentar resultado num ambiente muito competitivo.
Mas como nasce um clube e quanto tempo leva para construir sua história?
O principio não é feito de glórias, requer esforços e sacrifícios, aprendizados, treinamento contínuo, aposta nas categorias de base, evolução, maturidade e só daí, conquistas.



Em Agosto de 1914 o "Palestra Itália" (Palastrae - do grego, lugar de treino) foi fundado por imigrantes italianos, no estado de São Paulo.
Seus fundadores, em sua maioria trabalhadores da Indústria Matarazzo, publicaram uma convocação de esportistas num jornal da colônia italiana empolgados com a visita de clubes do futebol italiano ao Brasil. Cinco meses depois, em Janeiro de 1915 entrou pela primeira vez em campo contra o forte time Savoia Votorantim e venceu por 2 a 0, conquistando seu primeiro campeonato: Taça Savóia.

Em 1942, quando o Brasil entra na II Guerra Mundial, uma lei do Governo Vargas obriga a troca do nome. O time passa a chamar-se Sociedade Esportiva Palmeiras. Logo em seguida, seu próximo jogo definiria o campeão paulista. Já com o novo nome, marca 3 a 1 contra o São Paulo e fatura mais um título.

Resumindo a história, os números devem detalhar melhor as conquistas. Aos 85 anos de trajetória, o Palmeiras saiu do século XX avaliado como o maior campeão brasileiro tendo 37 dos principais títulos nacionais. Com aproximadamente 15 milhões de fiéis torcedores.
Mas o que vem a seguir é uma outra realidade. Completando seu centenário, o Palmeiras amarga alguns rebaixamentos consecutivos e encontra dificuldade para remontar uma equipe com qualidade e desempenho consistentes.

Nem de longe se parece com o clube glorioso do fim do milênio.



Talvez não coincidentemente, o que dividiu esses dois períodos foi o contrato com a Parmalat. Uma arriscada manobra da direção em 1992 para viabilizar uma super equipe com recurso de um patrocinador milionário, delegando e terceirizando o que até então era de competência interna do corpo administrativo do clube. Especializando-se mais em gerir a burocracia do que o seu próprio negócio. Criando dependência financeira e principalmente técnica.


O resultado por algum tempo foi gratificante, prova disso, Parmalat ainda é o patrocinador mais lembrado pelos torcedores palmeirenses, como uma época de muitas conquistas. Será mesmo?
Talvez ainda não perceberam o papel que teve aquele contrato a longo prazo.
O futebol estava indo para outro patamar e para outros valores no mundo todo e por aqui o Palmeiras apoiou essas mudanças alavancado por seu patrocinador. Tanta era a fusão, que não se diferenciava muito empresa e clube, parecia uma só identidade.
Mas por fim, ao término do jogo de interesses, o clube viu sair pela porta o dono do dinheiro, levando consigo o apoio financeiro e desmontando o plantel.


Quão drástico poderia ser o impacto de desmontar um corpo técnico?

Me perdoem os lusitanos mas pra quem já teve Dener, a Portuguesa não está longe de virar o que podemos chamar de 'Juventus da Móoca'. Como hoje também o Palmeiras recebe o apelido de 'Guarani da Capital'.
Essas comparações resumem a decadência de clubes que foram grandes e competitivos mas hoje lutam para se manter na primeira divisão ou até mesmo nos grupos de acesso.Drible não ganha jogo, gol vale por um confronto apenas e cada temporada conta pontos do zero. Não há saldo que garanta vantagem na competição seguinte. Somente uma equipe bem montada, com entrosamento, disciplina e o mais importante​, amor à camisa, podem fazer a diferença.
(A exemplo do mundial conquistado pelo Corinthians em 2012 sem a presença de estrelas. Só pra constar, eu sou santista).
Se por um lado o período vencedor não garante vitórias na atualidade, por outro lado deveria ser fácil desvencilhar-se do fantasma de ter sofrido um desmembramento técnico, retomar a gestão do time e consolidar uma equipe campeã novamente. Afinal a instituição não foi desmontada, ainda tem estádio, tem CT, tem público fiel. Por quê então vive uma crise?
Nesse novo mundo pós Parmalat o custo de montar uma boa equipe é outro, a dificuldade em mantê-la é muito maior. Futebol marketeiro e corporativo. Jogadores de carreira, motivados por riqueza, com passes caros e pouca ou nenhuma fidelidade a um brasão.

A INDÚSTRIA DO MUNDO
Com a quantidade, qualidade e preço dos produtos importados invadindo o mercado global, podemos comparar esse momento da economia consumista à fase do contrato de patrocínio Palmeiras/Parmalat.
Delegamos total gestão do parque de máquinas. Entregamos pronto, conhecimentos que levaram décadas para desenvolvermos, deixamos o nosso público se apaixonar pela conquista fácil e barata.
Mas tente adivinhar como estará nossa equipe no futuro. Aparato industrial obsoleto, carga tributária produtiva inviável, profissionais desqualificados ou sem campo de trabalho.



Essa é uma responsabilidade diária de todos.
Ao importador e ao atacadista fica a pergunta: apesar do lucro atual parecer vantajoso, pra quem esperam vender seus produtos quando faltar emprego?
E ao consumidor, fica o alerta: hoje escrevo este artigo num momento de plena retração da economia brasileira. Já se perguntou qual o seu papel na balança comercial do país? Ou qual o montante que juntos enviamos pra China diariamente?
Quanto tempo pra se recuperar disso?
Quando começaremos?



Do Blog: http://percepcaosocial.blogspot.com.br/