terça-feira, 21 de julho de 2015

A festa dos palhaços da CBF


CBF procura Sampaoli, mas só para ouvir sugestões




A CBF quer ouvir sugestões de pelo menos um treinador rival da seleção brasileira: Jorge Sampaoli, técnico do Chile. O argentino recebeu um convite de Gilmar Rinaldi para conversar com a comissão técnica comandada por Dunga. No primeiro telefonema dado pelo coordenador de seleções da CBF, Sampaoli não respondeu se aceita o convite.

O argentino tem dúvidas se Dunga reagiu bem à ideia. Porém, o técnico brasileiro está em sintonia com Gilmar no projeto de reunir técnicos estrangeiros para discutir o futebol nacional.

A meta do coordenador era juntar vários treinadores de outras nacionalidades de uma só vez, mas ele encontra dificuldades por conta da agenda de cada um. Assim, pode realizar encontros individuais.

O blog procurou Gilmar para falar sobre o assunto, no entanto, seu celular foi atendido pela assessoria de imprensa da CBF que declarou que informações só serão divulgadas por meio do site da entidade.

Campeão da Copa América, Sampaoli se transformou num dos estrangeiros mais desejados pelos times brasileiros desde o ano passado.

O São Paulo foi clube que mais se aprofundou nas negociações. Após a saída de Muricy Ramalho, Carlos Miguel Aidar, acompanhado do empresário e ex-volante Bernardo Silva, que tem bom relacionamento com o argentino, mas não é agente dele, teve uma longa conversa com treinador.

Durante a Copa América, foi a vez de Modesto Roma Júnior, presidente do Santos, tentar a contratação em vão.

Por sua vez, apesar de querer ouvir Sampaoli e outros estrangeiros, a CBF mantém a postura de rejeitar técnicos de fora do país no comando da seleção. E assegura que Dunga segue firme no cargo.

Luta feminina do ano, Ronda Rousey x Beth Correia





quarta-feira, 15 de julho de 2015

Dilma, vete! ANTONIO DELFIM NETTO



Um dos problemas mais complicados –principalmente nas "ciências" sociais– é o estabelecimento de relações de causalidade. O festejado aumento recente de protagonismo do Poder Legislativo, essencial à consolidação do processo democrático no regime presidencialista, é a causa eficiente da visível irresponsabilidade fiscal que ele tem revelado? O maior equilíbrio de forças entre o Executivo, que formula o Orçamento, e o Legislativo, que o modifica, aprova e fiscaliza a sua execução, é necessariamente um mal? Por que um projeto proposto por um deputado ou senador é sujeito a mais desconfiança do que quando ele mesmo é submetido, pelos nebulosos caminhos da burocracia, na proposta orçamentária?

É impossível proibir, sem anular o Poder Legislativo, emendas ou modificações de gastos dentro das boas regras orçamentárias universais.

Elas exigem que (1) caibam no teto técnica e honestamente estabelecido para a receita total, ou seja, apenas substituam outras de valor equivalente, que, (2) quando o teto é violado, sejam acompanhadas pela aprovação de aumento da receita (imposto ou contribuição) igual e simultâneo, que (3) despesas de caráter permanente não sejam financiadas por aumento de receitas eventuais ou aleatórias e que (4) se considere que o investimento de hoje é despesa de custeio permanente de amanhã.

Essas regras têm sido abusadas pelos três Poderes, num conluio permissivo preocupante que ameaça a estabilidade financeira do país.

Seguramente, não foi o aumento do protagonismo do Legislativo, que, aliás, ajudou a aprovar boa parte do "ajuste" proposto pelo governo, que produziu a irresponsabilidade. Foi a visível e crescente desorientação do Executivo e do PT que estimularam a oportunística "farra fiscal" à qual não faltou, sequer, o Poder Legislativo! Dá tristeza e preocupação assistir ao que poderia ser um enorme avanço civilizatório, uma Câmara independente funcional e ágil, revelar-se uma assembleia de diretório acadêmico, onde a repetitiva gritaria ignorante de um esquerdismo infantil e o abuso de uma direita troglodita prevalecem sobre o bom senso.

Presidente Dilma, enfrente o "panelaço" que lhe cabe! Não sofra calada à desresponsabilização do Legislativo e do Judiciário no aumento das despesas. Vete os gastos propostos de quase R$ 80 bilhões nos próximos três anos, que nas últimas semanas foram postos no seu caminho. E vá à televisão mostrar à sociedade, com clareza, que, para desgastá-la, alguns oportunistas recusam os caminhos institucionais e ensaiam jogar o Brasil no caos financeiro.

Estudo aponta alto consumo de drogas para ereção por jovem; uso pode viciar


A preocupação em se garantir na hora do sexo tem levado muitos brasileiros a usar remédios que estimulam a ereção, como Viagra, Levitra e Cialis.
Se a curiosidade por experimentar o "doping sexual" não é nova, uma pesquisa recente mostra um alto consumo entre jovens, uma faixa etária em que são raras as indicações de uso. E o consumo frequente pode levar à dependência.


Confira alguns mitos e verdades sobre impotência 25 fotos

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Homens que não têm uma ereção completa podem ser considerados impotentes. Verdade: existem diferentes graus de impotência, mas todos se caracterizam pela ereção não completa. Na disfunção leve, o homem consegue penetração, mas sente que o pênis não está em sua rigidez máxima. Nos graus moderado e severo, o homem já apresenta dificuldade tanto de penetração quanto de ereção. É importante salientar, no entanto, que eventualmente qualquer homem pode vir a ter alguma falha na hora da relação sexual, motivada por fatores psicológicos, como ansiedade, estresse e preocupação. "Para ser considerada disfunção, a falha tem de ser recorrente e impedir o homem de ter ume relação sexual satisfatória", diz o urologista Valter Javaroni, membro do departamento de sexualidade humana da Sociedade Brasileira de Urologia e chefe do departamento de Andrologia da secção do Rio de Janeiro da mesma entidade. Se o problema estiver causando incômodo, vale consultar um médico para que ele possa avaliar melhor o caso e indicar um tratamento, se houver necessidade Leia mais Shutterstock/Arte UOL



Entre os homens de 22 a 30 anos que experimentaram os estimuladores nos últimos seis meses, um em cada cinco passou a usá-los em todas as relações sexuais. Já entre aqueles que têm de 41 a 50 anos, 44% passaram a usar o medicamento em todas as relações após experimentarem a droga.

Esses são os resultados de um levantamento feito entre dezembro de 2014 e janeiro de 2015 com consumidores brasileiros pelo instituto GFK, sob encomenda da fabricante de medicamentos Medley.

O urologista Sidney Glina conta que todos os meses recebe jovens que querem parar de tomar o remédio. Um dos pacientes foi um adolescente de 16 anos que relatou ao médico que ele e seus amigos transavam com as mesmas meninas e ele não poderia "falhar". "Há uma pressão para os homens mostrarem sua masculinidade, 'comparecer'", diz.

É exatamente a ansiedade e o medo de falhar que fazem com que muitos comprem o medicamento, e passem a acreditar que não vão conseguir uma ereção sem essa "ajudinha". Quando chegam ao consultório, a tarefa do médico é procurar algum problema físico que justifique a indicação do medicamento que trata a disfunção erétil.

E, na maioria dos casos, não há nada além da insegurança e de uma dependência que faz com que o paciente acredite que precisa da droga para conseguir transar --e essa é uma situação que deve ser tratada com ajuda psicológica profissional.

Para o terapeuta sexual Amaury Mendes Júnior, o fato de esses medicamentos serem encontrados em lugares tão distantes das farmácias quanto motéis e baladas, faz com que seu uso seja considerado normal.. "Virou uma droga necessária para noitada, uma vez que o álcool inibe o desempenho sexual".
Relação entre homens e mulheres mudou, mas não justifica uso excessivo das drogas

Mendes Júnior tem recebido um número cada vez maior de pacientes com dificuldade de ereção por motivos psicológicos, e entre as principais queixas está a nova postura das mulheres, sexualmente mais experientes, além da característica das relações afetivas, cada vez mais rápidas.

A coordenadora do Programa de Sexualidade da USP (Universidade de São Paulo), Carmita Abdo, concorda que houve mudança na relação entre homens e mulheres. "Antes as parceiras eram menos experientes sexualmente, e diante dessa parceira com mais experiência eles não querem parecer menos experientes ou ter um desempenho pior do que outros homens".

Abdo destaca ainda que a dependência do remédio não permite que os jovens aprendam a fazer sexo naturalmente. "Ao iniciar o uso [dos estimulantes de ereção] sem necessidade, o homem não ganha experiência para ter uma relação sexual espontânea. Ele acaba atribuindo sua competência ao medicamento e não a si mesmo".

A ansiedade pode levar o corpo a produzir e liberar adrenalina --o hormônio que provoca a contração dos vasos--, e aí a ereção não vai acontecer. Glina afirma que muitas vezes o remédio atua apenas como uma "muleta" psicológica, sem efeitos físicos imediatos. "Muitos jovens tomam pouco antes de transar, mas o remédio demora pelo menos uma hora para fazer efeito".
Drogas podem provocar diversos efeitos colaterais; funcionamento se baseia

Além da dependência, alguns dos efeitos colaterais físicos que podem atingir os pacientes são dores de cabeça, vista embaçada, dores nas costas e nas pernas, e sensação de nariz entupido.

Ao contrário do que pregam os mitos populares, de acordo com os médicos ouvidos pelo UOL, não há relação direta entre o uso desses medicamentos e o aparecimento de doenças cardíacas --a única contraindicação é para aqueles que fazem uso de remédio para o coração feitos à base de nitratos.

As drogas que combatem a disfunção erétil funcionam a partir da inibição de uma substância que regula a produção de uma enzima que facilita o relaxamento da musculatura e circulação do sangue, mecanismo que ajuda a provocar a ereção.

"O pênis fica muito sensível com o remédio, [mas] isso não significa que necessariamente exista a vontade de fazer sexo ou facilitar o orgasmo", afirma Glina.

O homem só conseguirá ter e manter uma ereção mais facilmente, o que pode prolongar a relação sexual, ou mesmo possibilitar um maior número de relações e diminuir o tempo de recuperação entre uma relação e outra. Aliás, prolongar o prazer foi o motivo indicado por 40% dos homens que disseram usar os medicamentos.

Segundo pesquisas norte-americanas, a disfunção erétil atinge aproximadamente 10% dos homens de 40 a 70 anos, que não conseguem ter ou manter uma ereção suficientemente para ter relações sexuais. Entre esses, 25% têm disfunções moderadas ou intermitentes. Já entre os mais jovens, a disfunção atinge de 5% a 10% dos homens com menos de 40 anos.


Juliana Passos
Do UOL, em São Paulo